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segunda-feira, 20 de maio de 2019

Notas sobre o signo de Áries

1) A camada 1 é geralmente associada ao signo de Áries, cujo símbolo é o cordeiro. Como o cordeiro simboliza Cristo e o sacrifício definitivo feito na cruz, então o santo que melhor exemplifica o cordeiro é Santo Estêvão, o primeiro mártir. E ele foi diácono.

2.1) Diácono é aquele que se põe a serviço, visando a santificação de todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. A diagonal é a síntese da horizontal com a vertical.

2.2) A vertical representa a autoridade e a horizontal representa a liberdade, base para se tomar a todos como irmãos em Cristo já que Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, a ponto de a autoridade aperfeiçoar liberdade, através do serviço, já que Ele é a verdade em pessoa. Eis as três dimensões da Santa Cruz - ela é fato, valor e norma. Não é à toa que ela é a personificação do Direito e da Justiça.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de maio de 2019.

Novas meditações sobre simbólica

1) Um pouco antes de a missa começar, andei meditando muito sobre simbólica, a ponto de juntar o melhor dos dois mundos: o que aprendi com o Loryel e o que aprendi com o Olavo, descontados os egos exacerbados, ricos no amor próprio até o desprezo de Deus.

2.1) Do Olavo, eu aprendi que astrologia tem relação com a psicologia, que ela não é uma prática divinatória, tal como muitos fazem.

2.2.1) Se as doze camadas da personalidade fossem atribuídas aos signos da astrologia e a um santo que melhor explicasse esse signo, isso produziria um conhecimento simbólico tremendo.

2.2.2) Por exemplo, o signo de aquário é representado por São Paulo, que se converteu no dia 25 de janeiro. Aquário é o signo mais racional do zodíaco - e São Paulo conjugava a fé com a razão a ponto de fazer verdadeira ciência, provando o sabor das coisas de modo a ficar com o que é conveniente e sensato a ponto de ver nele um caminho que aponta para o Calvário, para o que decorre da dor de Cristo.

2.2.3) Peixes está associado ao signo do pescador, daquele que pesca homens. É o signo de São Pedro, o primeiro papa. Ele é que edifica as pontes, posto que ele foi o primeiro papa.

2.2.4) As camadas de 11 e 12 da personalidade são as colunas de São Pedro e São Paulo, as colunas da Igreja. Para o aquário ter seu sentido, é preciso que ele seja povoado por peixes.

2.2.5) Quando a pessoa faz morada nas camadas 11 e 12 é que podemos dizer a pessoa está pronta servir a Cristo em terras distantes, pois ela estará regida pelo signo de Portugal, a ponto de ter como seu anjo da guarda o Anjo Custódio. Ela servirá a Cristo em terras distantes, pois é por meio da Santa Cruz que ele vencerá na vida, ao se santificar através do trabalho.

3.1) Do professor Loryel, eu aprendi sobre os cálculos epilogísiticos.

3.2.1) Esses cálculos não são divinatórios - eles tem natureza de previsão, pois as coisas aparecem na forma de símbolo, já que Deus fala através de fatos, palavras e coisas.

3.2.2) Se os números governam o mundo, então eles não governam de forma puramente material, tal como a estatística demonstra, mas também de uma forma simbólica, o que revela muito sobre a qualidade, a essência das coisas, a ponto de terem também alma e espírito, além da matéria.

3.2.3) A Bíblia mesma usa muito os números como um símbolo - a soma, a subtração, a multiplicação ou a divisão desses números são argumentos que fazem o símbolo se desdobrar em outras realidades que ainda estão encobertas, mas que podem ser conhecidas através da razão, a ponto de viabilizar uma previsão.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de maio de 2019.

Por que não podemos falar em identidade brasileira?

1) Identidade (id + entidade): o ente é isto, é o que ele é. É a expressão da realidade, dentro da conformidade com o Todo que vem de Deus.

2) É a razão de ser de todas as coisas, a ponto de gerar um mito fundador que vai ser a razão de ser um povo de modo a tomar as terras que ocupa como um lar em Cristo, por conta de se servir a Ele e terras distantes. Por essa razão, a verdadeira identidade é a portuguesa, pois ela gera um mitologema verdadeiro.

3.1) Não podemos falar em "identidade brasileira". Ela se baseia na falsa alegação de que o Brasil foi colônia de Portugal, o que levou o Brasil a desviar-se do caminho sagrado fundado em Ourique e se tornar anticristão por força disso.

3.2.1) Toda razão de ser falsa leva a uma falsa ordem onde a liberdade será servida com fins vazios. Trata-se de uma falsa entidade; ela não foi fundada no id - coisa que remete ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem - mas no ego, no conservantismo dos maçons, gente essa rica no amor de si até o desprezo de Deus.

3.2.2) O ego tende a se inflar a ponto de tudo estar no Estado e nada estar fora dele ou contra ele, eis o superego na política.

4.1) Se tivermos que buscar um caminho próprio, dentro da nossa circunstância (de que somos portugueses nascidos na América), então o verdadeiro caminho será pautado pelo fato de que nascemos sob o signo da Santa Cruz, tal como vemos na primeira missa celebrada nestas terras. Como o pau-brasil foi nossa primeira riqueza, então serviremos a Cristo em terras distantes por meio da santificação através do trabalho. E neste ponto a capital dessa razão de ser deve ser fundar no estado do Espírito Santo, onde o lema do estado é "trabalha e confia".

4.2) É trabalhando e confiando no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem que tomamos múltiplos lugares como um lar em Cristo. Neste ponto, o Brasil será idêntico a Portugal no contexto do continente americano, onde temos esta terra como berço e o mundo para morrer.

4.3) Estas seriam as verdadeiras fundações espirituais da pátria - elas não se fundam na independência, numa luta onde portugueses e brasileiros são classes antagônicas, mas numa completa confiança e de dependência de Deus, a ponto de todas as partes da Lusitânia Dispersa cooperarem juntas de modo que o Reinado Social de Cristo Rei seja uma realidade em toda a cristandade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de maio de 2019.

Notas sobre compra e venda e sobre doação com recompensa

1) Qual é a diferença entre compra e venda e doação com recompensa - o é dando que se recebe -, tal como vemos nos sites de crowdfunding?

2.1) Em termos de ética, isso tem muita relevância.

2.2) Quem faz da riqueza sinal de salvação não levará em conta os que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. Essa pessoa tratará o seu produto como banana na feira. No final, farão a economia burra de reduzir a qualidade do produto de modo a maximizar os ganhos.

2.3.1) Quem se santifica através do trabalho, no entanto, sempre prestará serviço a quem comunga dos mesmos valores - se essa pessoa empreende nas letras, ela certamente necessitará da aprovação do bispo local de modo que sirva à comunidade diocesana, pois onde está o bispo ali está a Igreja Católica.

2.3.2) É preciso que haja uma licença do pastor de modo a servir as ovelhas sem que nenhuma delas se perca. Trata-se de um caminho de honras a ser percorrido - quanto mais licenças acumulo de modo a operar em múltiplas dioceses, mais sou capaz de criar a ponte de modo a fazer os dois lugares serem tomados como um lar em Cristo, o que constitui causa de nacionidade.

3.1) Se levarmos em conta a nossa realidade jurídica, isso não tem diferença alguma - e isso favorece quem faz da riqueza sinal de salvação, pois isso faz com que tudo esteja no Estado, a ponto de esse ser tomado como se fosse religião, criando assim um centralismo asfixiante.

3.2) Se levarmos em conta que a maioria dos juristas faz da jurisdição um fetiche, a ponto de promover ativismo judicial para tudo, então é provável que essas relações de doação com recompensa sejam tributadas, sobretudo no ISS, no IVA e no ICMS. E isso não é nada bom, dado que o que foi arrecadado não é devolvido à sociedade na forma de benefícios, como escolas ou hospitais.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de maio de 2019.

domingo, 19 de maio de 2019

Notas sobre circunstância e as 12 camadas da personalidade

1) Circunstância é tudo o que te circunda. É a camada mais superficial de tudo aquilo que se sujeita à realeza de Cristo, a realidade.

2.1) Para se conhecer a verdade, é preciso conservar o que é conveniente e sensato - como Deus fala através dos fatos, das palavras e das coisas, então todas elas apontarão para a verdade, a ponto de aprendermos a conservar a dor d'Aquele que foi verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, a ponto de amarmos e rejeitarmos as mesmas coisas tendo por Ele fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.2) À medida que acumulamos tudo o que é conveniente e sensato, nós vamos penetrando nas camadas da realidade, a ponto de percebermos as nuances - e em cada camada da personalidade vamos fazendo moradas provisórias nelas até migrarmos para uma camada mais elevada, uma vez que o senso de conformidade com o Todo que vem de Deus nos pede que nossa melhor parte lide com Deus, diante do sacerdote, no confessionário.

2.3.1) Tratam-se de 12 camadas da personalidade, tal como são os 12 os signos do zodíaco e 12 os apóstolos de Cristo.

2.3.2) Quando chegarmos à décima segunda camada da personalidade, nós estaremos na Era de Peixes, marcados pelo sinal da Santa Cruz de modo a servirmos a Cristo em terras distantes. Esse sinal marca não só Portugal, mas também o mundo português como um todo. Só estaremos prontos a tomar o país como um lar em Cristo quando este caminho de honras fundado no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem estiver completamente percorrido, de modo que nosso amor de si até o desprezo de Deus não fale mais alto do que nosso amor a Deus.

3.1) O estudo das 12 camadas da personalidade, associados aos 12 signos do zodíaco e a 12 santos que explicam a natureza de cada signo, é a chave para se entender o estado da alma dentro de um ambiente de ordem simbólica, onde Deus fala através dos fatos, das palavras e das coisas, a ponto de Pai, Filho e Espírito Santo mostrarem o caminho por onde devemos seguir, já que a trindade é a continuação da ordem política a ponto de a Igreja militante continuar o trabalho da Igreja celeste, sem cometer os erros da igreja padecente, que está no purgatório por conta de erros e omissões fundadas no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

3.2.1) Quem conservou o que era conveniente e dissociado da verdade em tempos de crise e foi amigo de Deus a vida inteira está no purgatório e não no inferno por conta da misericórdia de Cristo, pois ele navegou no Oceano da Misericórdia tal como os ingleses e franceses navegaram os mares: indo em busca de si, sem as bênçãos do Céu. Como esse tipo de pessoa não estava pronta para navegar nesses mares nunca dantes navegados, no final terminou naufragando nesses mares, não cumprindo o real propósito para o qual foi feito.

3.2.2) Essa pessoa terminou sendo com o Brasil: a vida inteira poderia ter sido uma nação gloriosa, porque nasceu nobre, mas no final acabou perecendo porque terminou conservando de maneira conveniente e dissociada da verdade a alegação mentirosa de José Bonifácio, esse falso patriarca: de que fomos colônia de Portugal - o que é uma blasfêmia, pois por Portugal foi aos mares por Cristo e não em busca de si, como a Inglaterra, a Holanda e a França.

3.2.3) E por imitar esse países ricos no amor de si, virou um espectro de pátria, a ponto de manter na apatria invencível quem viveu a vida com boa vontade e que tinha o direito de conhecer a razão pela qual devemos o país como um lar, por força da missão que recebemos de Cristo em Ourique. Se soubessem disso, essas pessoas teriam se tornado ainda mais santas do que já eram, apesar de toda essa mentira que levou ao Brasil a desligar-se daquilo que se funda em Ourique. É por causa dessas pessoas que Cristo leva esta terra para o purgatório, nunca para o inferno.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de maio de 2019.

Em busca do tempo perdido pelo conservantismo alheio - leituras da realidade brasileira à moda de Proust

1.1) Quem adquiriu minhas digitalizações sabe que o que eu faço é mais do que um simples escaneamento - faço da digitalização uma espécie de obra de arte.

1.2) Como digitalizo a partir de um livro impresso, a impressão que se tem é que estou lendo um ebook com alma de livro físico, uma vez que a fotografia retrata o estado da alma da pessoa, tanto de quem fotografa quanto de quem fotografou. Quando estou no escuro, uso o tablet de modo a ler no livro - e com isso tenho não só a luz do tablet mas também a luz das idéias do livro me iluminando em meio às trevas e à solidão.

2) Por conta desse trabalho, um contato me perguntou se eu podia "escanear" livros que ensinem russo para quem é falante de língua portuguesa. Disse-lhe o seguinte: "se tivesse um livro físico comigo, eu certamente digitalizaria, tal como estou fazendo com a Gramática de Língua Polonesa, que está em fase de revisão, neste momento".

3.1) A questão é: onde poderia conseguir esse material para contar esta história digital? Às vezes, para se contar uma boa história, você precisa escrever pequenas narrativas e depois encaixá-las em um todo harmônico.

3.2) Para escrever essa história texto muito bem, eu precisaria encaixar as histórias uma na outra de modo a produzir uma obra coerente e inteligível. Seria necessário buscar novas artes e novos engenhos, como bem disse Camões, sempre tendo por referência a missão de servir a Cristo em terras distantes e o justo meio para se chegar a esse tão nobre fim, que é chegar a essas terras navegando nesse mar nunca dantes navegado que é o Oceano da Misericórdia, tal como foi narrado no Diário de Santa Faustina Kowalska.

4.1) O segredo para se escrever bem é escrever pequenas histórias, pequenos diálogos, coisas que podem ser tiradas de situações cotidianas. É a partir do que se conhece que você medita sobre as conseqüências disso. Quanto mais trabalho acumulado nessa seara, mais complexa e mais envolvente será a sua experiência, a ponto de chamar mais pessoas para dela participarem.

4.2.1) Se ela for usada para que todos aprendam a amar e a rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus, então devemos usá-la como uma arma de edificação sistemática, uma vez que o mercado literário se funda no encontro, nunca na sujeição.

4.2.2) O bom escritor não pode ser rico no amor de si até o desprezo de Deus - toda vez que ele se eleva, ele será esmagado como uma barata; todas as vezes em que ele se esvazia de si mesmo, mais ele é elevado, tendo por fundamento os méritos de Cristo, nunca os dele.

4.2.3) Como escritor, eu administro o dom de escrever em favor de Cristo - e a Ele, por meio do confessionário, devo contas. Como sou administrador de um dom fundado no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, eu necessito da aprovação do meu bispo de modo que meu trabalho atinja os demais membros da comunidade católica, que é a principal beneficiária de todo o trabalho que eu faço, uma vez que só considero brasileiro quem toma o país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo, a ponto de as experiências aqui colhidas servirem de base para se servir a Ele em terras distantes, na Lusitânia Dispersa, tal como se deu Ourique. Eis aí porque a repetição desse processo faz parte da nossa tradição - isso é a nossa identidade, nossa razão de ser, nosso mitologema. E isso é um traço de comunidade revelada, nunca imaginada.

4.2.4) Por conta disso, há um verdadeiro governo de representação onde a criatura se faz às vezes de Criador a ponto de reproduzir com máxima precisão as feições do Filho da Virgem Maria, sem pecado concebida - e isso pode se dar escrevendo ou digitalizando, nessas que são as duas melhores coisas que eu sei fazer no momento. Isso não exclui qualquer outro dom que eu venha a ter no curso de minha vida - o que importa é que eu administre isso em favor de Cristo, por Cristo e para Cristo de modo que minha alma seja a mais íntegra possível. Se eu não me der por inteiro nestas tarefas, a ponto de me santificar através delas. então eu não valho nada mesmo.

4.2.5) É por conta dessa preocupação com a excelência que não é necessário ter nascido biologicamente aqui falando para ser considerado brasileiro, no sentido de se santificar através do trabalho de extrair pau-brasil de modo que do vermelho extraído dessa matéria-prima venha a ser produzida a tinta necessária para se tingir as vestes dos príncipes da Igreja. Pois é através deste selo, que marca o nosso caráter, que estaremos imitando o exemplo dos mártires que assim derramaram seu sangue em nome da verdade, do verbo que se fez carne a ponto de fazer em nós santa habitação, através da eucaristia, uma vez que somos todos portugueses nascidos na América, na Terra de Santa Cruz - e a exemplo de Portugal, nós temos o Brasil como berço e o mundo como o lugar onde devemos morrer.

4.2.6) É por isso que nós devemos morrer para o mundo, para o diabo e para a carne. E quanto mais em conformidade com esse falso todo decorrente de 1822, mais apátrida seremos, pois a vida de quem tomou o Brasil como o religião - a ponto de tudo estar no Estado e nada estar fora dele ou contra ele - terminará sendo vivida em vão, a ponto de o Santo Nome de Cristo ser pronunciado em vão infinitas vezes, de geração em geração, tal como estamos a ver dia após dia.

4.2.7) Esta é, pois, a verdade que reina em meio a esta tragédia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de maio de 2019 (data da postagem original).

Fundamentos para uma boa história - notas sobre isso

1.1) Às vezes, para se contar uma boa história, você precisa escrever pequenas narrativas e depois encaixá-las em um todo harmônico. Exemplo disso: um colega me pediu para escanear um livro que ensine russo para os falantes de língua portuguesa e a conseqüente resposta que dei a ele (história 1), seguida das minhas meditações a partir desse pedido, fundadas na minha experiência de digitalizador (história 2). 
 
1.2) Para escrever esse texto muito bem, fui encaixando as histórias uma na outra de modo a produzir um texto coerente e inteligível. Fui buscando novas artes e novos engenhos, como bem disse Camões, sempre tendo por referência a missão de servir a Cristo em terras distantes e o justo meio para se chegar a esse tão nobre fim, que é chegar a essas terras navegando nesse mar nunca dantes navegado que é o Oceano da Misericórdia, tal como foi narrado no Diário de Santa Faustina Kowalska.
 
2.1) O segredo para se escrever bem é escrever pequenas histórias, pequenos diálogos, coisas que podem ser tiradas de situações cotidianas. É a partir do que se conhece que você medita sobre as conseqüências disso. Quanto mais trabalho acumulado nessa seara, mais complexa e mais envolvente será a sua experiência, a ponto de chamar mais pessoas para dela participarem.
 
2.2.1) Se ela for usada para que todos aprendam a amar e a rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus, então devemos usá-la como uma arma de edificação sistemática, uma vez que o mercado literário se funda no encontro, nunca na sujeição.

2.2.2) O bom escritor não pode ser rico no amor de si até o desprezo de Deus - toda vez que ele se eleva, ele será esmagado como uma barata; todas as vezes em que ele se esvazia de si mesmo, mais ele é elevado, tendo por fundamento os méritos de Cristo, nunca os dele.

2.2.3) Como escritor, eu administro o dom de escrever em favor de Cristo - e a Ele, por meio do confessionário, devo contas. Como sou administrador de um dom fundado no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, eu necessito da aprovação do meu bispo de modo que meu trabalho atinja os demais membros da comunidade católica, que é a principal beneficiária de todo o trabalho que eu faço, uma vez que só considero brasileiro quem toma o país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo, a ponto de as experiências aqui colhidas servirem de base para se servir a Ele em terras distantes, na Lusitânia Dispersa, tal como se deu Ourique. Eis aí porque a repetição desse processo faz parte da nossa tradição - isso é a nossa identidade, nossa razão de ser, nosso mitologema. E isso é um traço de comunidade revelada, nunca imaginada.

2.2.4) Por conta disso, há uma verdadeiro governo de representação onde a criatura se faz às vezes de Criador a ponto de reproduzir com máxima precisão as feições do Filho da Virgem Maria, sem pecado concebida - e isso pode se dar escrevendo ou digitalizando, nessas que são as duas melhores coisas que eu sei fazer no momento. Isso não exclui qualquer outro dom que eu venha a ter no curso de minha vida - o que importa é que eu administre isso em favor de Cristo, por Cristo e para Cristo de modo que minha alma seja a mais íntegra possível. Se eu não me der por inteiro nestas tarefas, a ponto de me santificar através delas. então eu não valho nada mesmo.

2.2.5) É por conta dessa preocupação com a excelência que não é necessário ter nascido biologicamente aqui falando para ser considerado brasileiro, no sentido de se santificar através do trabalho de extrair pau-brasil de modo que do vermelho extraído dessa matéria-prima venha a ser produzida a tinta necessária para se tingir as vestes dos príncipes da Igreja. Pois é através deste selo, que marca o nosso caráter, que estaremos imitando o exemplo dos mártires que assim derramaram seu sangue em nome da verdade, do verbo que se fez carne a ponto de fazer em nós santa habitação, através da eucaristia, uma vez que somos todos portugueses nascidos na América, na Terra de Santa Cruz - e a exemplo de Portugal, nós temos o Brasil como berço e o mundo como o lugar onde devemos morrer.
 
2.2.6) É por isso que nós devemos morrer para o mundo, para o diabo e para a carne. E quanto mais em conformidade com esse falso todo decorrente de 1822, mais apátrida seremos, pois a vida de quem tomou o Brasil como o religião - a ponto de tudo estar no Estado e nada estar fora dele ou contra ele - terminará sendo vivida em vão, a ponto de o Santo Nome de Cristo ser pronunciado em vão infinitas vezes, de geração em geração, tal como estamos a ver dia após dia.

2.2.7) Esta é, pois, a verdade que reina em meio a esta tragédia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de maio de 2019.