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segunda-feira, 18 de junho de 2018

O que causa o conservantismo dos apátridas nascidos no Brasil, biologicamente falando?

 O fato de que os brasileiros - ao contrário de muitos outros povos - ainda não se abriram para a idéia de episteme (termo grego que designa conhecimento calcado no exame do senso comum - tal como a filosofia e a ciência). Em seu lugar, adotaram (ainda que de maneira inconsciente) o apriorismo (abstracionismo afastado da experiência), os ideais, a doxa (senso comum do país) e os juízos assertivos (juízos de fé). Isso explica muito da condição em que o país ainda se encontra.

Carlos Cipriano de Aquino

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Facebook, 17 de junho de 2018.


Troquemos a velha árvore envenenada, esse pau-brasil corrompido, pela muda de oliveira importada de Ourique

1) Jesus Cristo falou que conheceremos a árvore pelos seus frutos.

2) Os frutos da República de Ibirapitanga (árvore vermelha, comunista - uma espécie de pau-brasil corrompido) já são conhecidos, pois são venenosos. Essa ibirapitanga já é uma ibirapuera (árvore antiga e superada, que deve ser derrubada para da lugar à árvore nova).

3) A nova árvore, que decorre do fato de se servir a Cristo em terras distantes, é uma ibirarama: uma muda de oliveira (pois tem um passado glorioso em Ourique e um futuro promissor). Tal como Cristo, ela é um sinal de contradição, de mudança, dado que conhece as ranas (feridas, em polonês) do Senhor e se tornará frondosa, pronta para produzir frutos o mais rano (cedo, em polonês) possível a partir de seus ramos.

José Octavio Dettmann

Notas sobre a relação entre democracia e multiculturalismo

1.1) Se democracia é governo do povo, pelo povo e para o povo e se na etnarquia o fim do Estado tende a se reduzir nele mesmo, então o povo pode ser composto de qualquer coletividade composta de indivíduos de qualquer tipo de origem. E esse ponto, o multiculturalismo promove um verdadeiro tipo de experimento social na Europa, a ponto de ser um experimento de ciência louca, já que os políticos perderam tudo exceto a razão de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, que é Cristo Jesus.

1.2) É próprio da cultura liberal dizer que todos têm direito à sua verdade, a ponto de dizer que todas as culturas são válidas. Isso faz da democracia abstrata liberal uma versão muito mais perigosa da etnarqua, pois cria uma verdadeira cosmópolis, onde a cidade-Estado abrange todos os povos do planeta Terra, a ponto de reduzir tudo à natureza e às funções do governo mundial.

2.1) O ressurgimento de Roma (Unificação da Itália), da Grécia e de Israel foi o primeiro passo para a implementação de um governo mundial.

2.2) Todos os três têm a marca do neopaganismo, já que visam a restauração do antigo modelo de polis sem o intermédio da figura de Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de junho de 2018.

Da politia contraposta à etnarquia

1) Na politia, as pessoas conhecem umas às outras porque convivem, uma vez que partilham da mesma mesa, moram na mesma vizinhança, trabalham na mesma empresa e comungam da mesma fé, a ponto de amarem e rejeitarem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

2) Por conta disso, fica fácil estabelecer um registro acerca da pessoa, descrevendo as qualidades e defeitos dela e de cada membro da família. Com esse registro bem montado, fica fácil chamar algum membro dessa família para colaborar numa atividade econômica organizado, caso você seja o organizador dessa empreitada.

3.1) Na etnarquia, ocorre a impessoalidade. Se o fim da polis está nela mesma, então a tendência é os atos da pessoa do governante se reduzirem à natureza e às funções do Estado, já que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele.

3.2) Assim o Estado deixa de ser integrador, pois não resolve nenhum conflito de interesses qualificado pela pretensão resistida. Se a jurisdição se reduz à definitividade, então dizer o direito se reduz àquilo que está prescrito na lei positiva, a ponto de ser uma coisa abstrata - e nem sempre essa lei é consoante com a realidade das coisas, já que os políticos estão conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, que é Cristo.

3.3) Enfim, se o Estado deixa de ser integrador, então dizer o direito se torna uma ilusão, a ponto de a justiça ser a lei do mais forte, daqueles que concentram o poder de usar, gozar e dispor em poucas mãos. Isso dissemina a cultura da irresponsabilidade - a tal ponto que a cultura do registro, do controle se perde.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de junho de 2018.

domingo, 17 de junho de 2018

Notas sobre democracia e etnarquia

1) Se democracia é o governo do povo, pelo povo e para o povo, então etnarquia é o governo do povo eleito pelo povo eleito e para o povo eleito, a ponto de a polis ter sua razão de ser em si mesma. Eis a auto-determinação, pautada numa liberdade fundada no amor de si.

2) A Grécia é considerada o berço da cultura ocidental - e neste ponto, os gregos modernos, ao resgatarem o exemplo dos antigos, que eram pagãos, se tornaram uma espécie de povo eleito, imitando o exemplo dos judeus. Enfim, de certo modo os gregos se tornaram a versão liberal dos judeus, já que buscam liberdade fora da liberdade em Cristo.

3) Nos primórdios, os gregos definiam-se civilizados e os não nascidos na Grécia eram considerados bárbaros. Uma relação essencialmente de fronteira - quem estivesse dentro da fronteira era considerado eleito e quem estivesse fora dela era considerado um bárbaro. Isso de certa forma marca a civilização com a cosmovisão de dividir o mundo entre eleitos e condenados, como há nos protestantes.

4) Os critérios dos gregos eram critérios humanos, já que o homem era a medida de todas as coisas. Enfim, o critério era essencialmente pagão.

5) Os critérios dos judeus eram baseados em Deus. Deus escolheu o seu povo, deu-lhe terra e assentou o terreno onde viria uma Rei viria a governar por séculos sem fim. Por conta do pecado e do orgulho sem medida, Jesus foi rejeitado e passaram a judaizar as coisas, a ponto de edificar liberdade com fins vazios.

6) Em Cristo, Deus elimina o particularismo dos gregos e dos judeus e converte tudo em valores universais, já que Deus veio remir todo o gênero humano, distribuindo a graça a todos. Enfim, o verdadeiro governo de Cristo é uma politia e não uma etnarquia. Na etnarquia, há escravidão; como a politia decorre da virtude republicana dos romanos, então não há domínio de um homem sobre outro, já que todos são irmãos em Cristo.

7.1) Em termos de cultura simbólica, o símbolo da etnarquia é a ave fênix, já que a Grécia deseja renascer das próprias cinzas.

7.2) Se a ave fênix prevalece sobre a cruz, então será o retorno do paganismo clássico - e o Estado será tomado como se fosse religião. Ora, isso é um utopia - a ave fênix pode renascer das próprias cinzas, mas não será capaz de sobrepujar a Santa Cruz. A ave fênix será obrigada a sujeitar-se a Cristo, pois ressuscitará dos mortos tal como toda criatura que adormeceu n'Ele, por Ele e para Ele.

7.3) Eis a vitória da conformidade com o Todo que vem de Deus, a ponto de eliminar os vícios dos antigos e propor uma releitura condizente com aquilo que Deus quer para toda criatura - e a Idade Média foi a época em que essa releitura foi feita.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de junho de 2018.

Por que a monarquia republicana portuguesa era uma politia, considerando o pensamento aristotélico?

1) Segundo Aristóteles, politia é uma forma virtuosa de governo em que muitos indivíduos colaboram sistematicamente uns com os outros de modo a tomarem o país como um lar em Cristo, a ponto de não haver domínio de um homem sobre outro homem, já que todos são irmãos em Cristo.

2) A politia combina a monarquia, a aristocracia e a virtude republicana dos romanos. Cristo é o Rei, e Ele é assessorado pelos santos, os verdadeiros amigos de Cristo, que deram a vida amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. O exemplo dos santos estimula a todos a imitarem sistematicamente a Cristo, gerando uma verdadeira democracia.

3) Como Cristo quis um Império para si, então o vassalo de Cristo (Rei de Portugal, Brasil e Algarves) e o povo que está sob sua proteção e autoridade devem ser cúmplices, a ponto de o povo ser tomado como se fosse parte da família do soberano, em Cristo Jesus.

4) A monarquia republicana portuguesa foi o maior caso de politia que já houve, a ponto de ser um verdadeiro império de cultura. E esse império de cultura jamais perecerá, pois ele foi um bom governo, já que servir a Cristo em terras distantes faz com que as novas terras descobertas sejam tomadas como um lar em Cristo, a ponto de serem livres, n'Ele, por Ele e para Ele.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de junho de 2018.

Notas sobre a gênese da Grécia moderna - o caso do governo dos etnarcas

1.1) Quando a Grécia moderna foi criada, no século XIX, uma das políticas do novo governo foi trazer de volta os que tinham origem grega, ainda que não nascidos na Grécia.

1.2) Para que os países não ficassem privados de mão-de-obra qualificada, o governo grego oferecia cidadãos nativos da Grécia e que não eram etnicamente gregos como compensação. Na época havia muitos turcos morando na Grécia, por conta do domínio otomano - essa troca de turcos por gregos étnicos ficou conhecida como etnarquia. Os gregos étnicos voltavam à terra ancestral e ainda traziam o conhecimento de outros povos, de modo a aprimorar a visão grega do mundo. Afinal, a Grécia tem uma tradição de liberdade, pois lá foi berço da filosofia e da democracia - e esse legado civilizacional antigo é a razão de ser todo grego moderno.

1.3) Os turcos étnicos vinham com boa formação - e ao voltarem para a Turquia, eles ajudaram na formação da Turquia Laica moderna, a partir do início século XX, com Atatürk.

2.1) A etnarquia grega do século XIX é precursora do ressurgimento do Estado de Israel, quanto ao processo de formação do Estado moderno.

2.2.1) A terra onde abrigou uma importante civilização ou que serviu de berço para uma importante tradição religiosa passa a ser reservada para os descendentes legítimos daquele povo ou raça que concebeu a civilização que produziu aquele legado para a História da Humanidade.

2.2.2) No caso da Grécia, não houve participação da ONU, sendo que muita coisa decorreu da política de etnarcas como Eleftherios Venizelos; no caso de Israel, já houve a participação de um organismo supra-nacional, a ONU, que estava amparando o interesse do sionismo, um movimento esquerdista de origem judaica que queria recriar o Estado de Israel, já que o orgulho judeu o impede de tomar vários países como um mesmo lar em Cristo.

3.1) A etnarquia pode levar a um protecionismo econômico e a um nacionalismo, onde o país será tomado como se fosse religião em que tudo está no Estado e nada pode estar fora ou contra ele, já que ele tem a missão de reintegrar os descendentes dos povos gregos e romanos de modo a ressurgirem das cinzas e liderar o destino do mundo civilizado moderno tal como fizeram no passado. E isso é de certa forma um tipo de socialismo de nação, pois ele distribui a idéia do povo eleito de Israel e assim rejeitar a figura de Nosso Senhor Jesus Cristo, uma vez que a refundação da Grécia e da Itália esteve fortemente influenciada pelo neopaganismo.

3.2) A etnarquia leva ao empoderamento de uma etnia sobre as outras a ponto de gerar etnocentrismo, que é uma forma de tirania genocida. A maior prova disso é que os turcos, ainda que bem educados na Grécia, exterminaram os armênios, que são cristãos até a medula.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de junho de 2018.