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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

A apatria se caracteriza pela falta do senso das proporções

1) Se eu pegar algum engraçadinho falando mal de D. Pedro II, comparando-o com figuras execráveis como Marx ou Calígula, pode ter certeza que vou defenestrar o sujeito do meu perfil de facebook.

2) E olha que tá barato! Em outros tempos, onde não havia regra a proibir o exercício arbitrário das próprias razões, eu simplesmente capturaria o sujeito e o atiraria do alto da Pedra da Gávea - a versão brasileira da Rocha Tarpéia -, só pra ver se ele quica.

3) Aproveitem que vocês ainda têm a liberdade da Carta de 1988 para dizerem a asneira desejável. Quando a verdadeira ordem for restaurada, vocês pagarão com juros e correção monetária por todos os atentados ditos contra a verdade. 

4) Comparar o Magnânimo com Calígula é crime, pois Calígula foi um assassino e um louco perigoso. Além disso, é crime caluniar os mortos - só apátridas são capazes de dizer tal coisa de maneira premeditada e dolosa.

Não há perdão na República

1) Se perdoar fortalece, então preciso estar em conformidade com o Todo que vem de Deus, enquanto estiver na qualidade de autoridade. Tudo o que digo e faço precisa ser respaldado na verdade - e preciso reproduzir as feições de Cristo entre os meus subordinados. Só alguém digno de Cristo pode perdoar, pois é digno de dizer o direito com eqüidade e justiça.

2) O processo de reproduzir constantemente as feições de Cristo entre os que estão sujeitos à minha proteção e autoridade é algo permanente e necessário, pois são prerrogativas próprias de pai de família e chefe de Estado.

3) Se a chefia de Estado é trocada a cada 4 anos, fica impossível exercer essa prerrogativa, pois o personalismo do pai é necessário para o bom desenvolvimento dos filhos. Nenhum filho da terra será um bom ser humano se o pai é trocado uma vez a cada quatro anos. Será que nem as famílias modernas de hoje em dia, em que a maternidade, a de Mariane, é certa e a paternidade, a do eventual presidente da República, é presumida. 

4) Eis aí uma fábrica de apátridas, pois não há uma família-modelo a ser imitada: a Família Imperial, que por sua vez imita a Sagrada Família Cristã: Jesus, Maria e José.

Saudades do e-mail

1) Já perdi muita gente, por conta de estas não estarem prontas para este cenário em que atuo.

2) Um dos maiores erros que podemos cometer é misturar pessoas de contextos diferentes em um mesmo perfil. Pois a vida virtual não é como a vida real, em que podemos mudar de faceta facilmente, sem deixarmos de ser o que somos.

3) Eu poderia, se quisesse, adicionar gente que gosta de baseball e futebol americano por aqui - até mesmo gente com quem colaborei, quando estudava para concurso público. Mas acho que não seria uma boa idéia adicionar a todos num mesmo perfil - para essas pessoas, eu geralmente dou meu e-mail, mas ninguém hoje em dia usa isso. Acham que estou no tempo do bit lascado, quando na verdade eu estou prezando a privacidade do sujeito - assim como a sua segurança.

4) Se a vida online é onde se encontra a vida pública, então eu não posso adicionar à vida pública gente que não tenha interesse naquilo que é essencial, de modo a se tomar o país como se fosse um lar em Cristo. Como futebol americano e baseball são supérfluos, perto do essencial, então eu não posso adicionar essas pessoas no meu perfil de rede social. Eu devo dar a elas um ambiente privado, de modo a que possam conversar comigo, enquanto estou na linha de frente contra o PT. E no intervalo da luta, eu respondo a todos.

5) Eu aprendi a importância disso, por conta dos erros dos outros - muitos misturaram pessoas de diferentes contextos em um mesmo perfil. Pois a afinidade de interesses não significa necessariamente que as pessoas amem e rejeitem as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento - dentro do futebol americano e do baseball, podemos encontrar gente de direita e de esquerda praticando o mesmo esporte - às vezes, atuando dentro de um mesmo time. É ilusão pensar que o esporte resolve diferenças dessa natureza - na verdade, o esporte mascara, pois criou um falso ambiente de neutralidade. E quando adicionamos pessoas dessa natureza à rede social, por conta dessa afinidade de interesses, a máscara da hipocrisia cai - e o que era, então, amigo revela-se um verdadeiro mau-caráter que apóia esses regimes totalitários, que matam pessoas sistematicamente, como se fossem insetos a serem esmagados. 

6) Por isso que olho para aquilo que não pode ser perdido e se a pessoa pode me ajudar naquilo de que estou precisando. Se a pessoa está preocupada em viajar, trabalhar, curtir a vida, então ela não me será de muita valia para o momento por que estou passando, enquanto soldado nesta luta contra o PT e o Foro de São Paulo. Se ela ama e rejeita as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento, então vou ter de colocar essa pessoa para conversar comigo num ambiente mais privado - eis aí porque o e-mail me é tão importante, mas ninguém dá mais valor.

Comentários de Róger Badalum:

1) As colocações de José Octavio Dettmann fazem todo o sentido diante do contexto de ditadura corrupta com amplo apoio popular em que nos encontramos.

2) Como bem diz, o quadro de otimismo pode passar para um quadro de pessimismo num piscar de olhos - e isso está em consonância com o que Alexis de Tocqueville já nos alertava: “A República sobreviverá até o Congresso descobrir que pode subornar o povo com seu próprio dinheiro."

Não me faça esperar

1) Para quem está conduzindo uma guerra total contra o Foro de São Paulo e contra o PT, fazer-me esperar pode não ser a melhor escolha. A urgência pede para que eu fale ao maior número de pessoas que puder e da maneira mais simples possível. O Cristo Crucificado de Ourique me pede que eu aja agora, dentro do meu tempo e de minhas circunstâncias. E o meu tempo é agora ou nunca.

2) Nesta guerra total, em que o quadro de otimismo pode passar para o de pessimismo em um piscar de olhos, numa fração de segundo, você deve ser dedicado e decidido - e é preciso ter vontade férrea, de modo a não se perder em meio a tanta coisa sem sentido que há nesta terra. E a melhor forma de você adquirir esse espírito é você fazer da vida em rede social um meio de se ganhar a vida - pois navegar é preciso, uma vez que os comunistas inviabilizaram a minha vida offline: não posso viajar, advogar ou fazer coisas que as pessoas ditas normais costumam fazer, uma vez que a canalhice esquerdista ocupou quase todos os espaços disponíveis - e eu não vou vender a minha alma ao diabo, de modo a ter um emprego. Hoje, livre da vida de estudante de concurso público, eu me tornei escritor profissional. Passo largas horas do meu tempo na internet, combatendo o PT e o Foro de São Paulo. Sou a sucursal online que dá suporte àqueles que podem ir à rua para protestar.

3) Talvez porque esteja tão adaptado à vida online, que é a liberdade que me sobrou e cuja conquista me foi muito sofrida, que eu tenda a ser impaciente com todos aqueles que só podem me responder somente na semana seguinte a tudo o que digo. Eu compreendo bem a situação dessas pessoas - na época em que estava cursando faculdade e fazendo estágio na Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro, eu mal tinha tempo para me dedicar à internet. Além disso, estudava longe de casa: morava em Bangu, que é muito distante de Niterói, onde estudei. No meu tempo, não havia tablets ou smartphones - como meus colegas acessavam a internet do trabalho e moravam próximo à faculdade, eles acabavam sabendo de muitas coisas relevantes e obtinham muitas informações cruciais que, por sua vez, não me eram passadas e que poderiam representar a vida ou a morte no caminho da formatura, do sucesso. Ainda bem que estava sempre presente à faculdade e sabia de muita coisa - mas, quando ficava doente e não podia ir, aí era o caos, pois eu acabava sendo que nem marido traído: o último a saber.

4) Nunca confiei nos meus colegas, pois eles adoravam uma patota - e sempre me deixaram na mão quando mais precisei. Talvez por conta da cultura de patotas que há no Brasil e talvez por conta do fato de estas reterem em sigilo informações essenciais, que deveriam ser públicas, eu desenvolvi uma certa tendência a enxergar as coisas deste modo: "estamos em guerra, pois esperar é morrer!". Eu tenho trauma dessas coisas - quase fui reprovado na faculdade por conta disso.

5) Se você não tem condições de acompanhar o meu ritmo, não fique chateado. Só não quero que me faça esperar inutilmente por uma resposta - que pode representar a vida ou a morte, dependendo da circunstância. Estou em guerra permanente contra o mal que assola o meu país - e fazer-me esperar não é sensato. 

6) Se você é polonês e está aprendendo português, vai chegar um tempo em que serei forçado a ter de criar um novo perfil de modo a atender às suas necessidades, pois o aprendizado pede paciência - um tempo diferente da luta política que estou empreendendo. Pois neste perfil você estará na Faixa de Gaza - e você não se sentirá bem neste ambiente, cheio de muitas más notícias acerca da realidade do meu país e eu sempre falando em tom duro contra os apátridas que governam a minha terra. No momento, não posso prover um segundo perfil, assim como não possuo condições para comprar um teclado para a língua polonesa. Estamos longe da paz aqui - e corro o risco de ficar sem internet, pois ela pode ser censurada.

7) Por enquanto, não posso estar aberto a pessoas que não podem me acrescentar aquilo de que preciso: informações necessárias à luta política. Se o seu interesse é outro, não me adicione por aqui. Terei um perfil para outras coisas, mas não vou estar tão presente nele quanto aqui, por conta da luta que faço por minha pátria. Posso até adicionar outras pessoas, de modo a aprender a língua polonesa, mas sinto que, cedo ou tarde, essas pessoas acabarão me bloqueando ou me deletando por estar em um contexto muito diferente do meu. Já me aconteceu isso com várias pessoas que são da minha terra e que falam a minha língua - e não preciso disso para o caso das outras.

8) Espero não me aborrecer como me aborreci hoje, pois esperei por coisas sem sentido. Não posso dedicar muita energia a pessoas que não poderão me responder imediatamente a tudo o que tenho a dizer. Se eu estiver aborrecido, eu não vou fazer um bom trabalho online. Por isso, vou criar um perfil só para essas pessoas, de modo a que eu possa dar toda a atenção possível - pois há janelas em que não há nada de relevante na luta política e eu poderei me dedicar a essas pessoas nesse tempo.

sábado, 12 de dezembro de 2015

Notas sobre a Cristologia Ouriqueana

1) Para se estudar melhor o direito constitucional luso-brasileiro, é indispensável que se estude a Cristologia Ouriqueana. 

2) Quem não estudar as implicações da tarefa que o Cristo Crucificado de Ourique nos mandou fazer será incapaz de fazer um estudo constitucional decente. Pois tudo o que é fora dessa missão é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus e fora daquilo que se funda no bom direito, pois Cristo é a verdade, por ser o verdadeiro legislador.

3) Enfim, tudo o que for fora do Cristo não será direito, mas verdadeira legalística, pseudociência jurídica, coisa que só alimentará o ativismo judicial, base operacional de todo e qualquer movimento revolucionário.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 2015 (data da postagem original).

Sobre os dois tipos de nobreza que estão se formando no Brasil


1) Dois tipos de nobreza estão se formando no Brasil: a primeira decorrerá dos que tomam o Brasil como se fosse um lar, com base no Cristo Crucificado de Ourique - essa nobreza personificará aquilo que é a última flor do Lácio: uma flor de lis boa que foi servir a Cristo em terras distantes. Através de mim, do que estou a escrever e a ensinar, esta nobreza está se formando dentro do Brasil. 

2) Esta nobreza formará sua estirpe e será livre à medida em que for capaz de resistir aos vícios da República, do positivismo e do comunismo. Essa nobreza nascerá a partir do momento em que reconhecer que o Cristo Crucificado de Ourique é a razão pela qual se deve tomar este país como se fosse um lar. Essa nobreza não será mais enganada pelo quinhentismo ensinado nas escolas.

3) A outra nobreza, que completa a primeira, decorrerá daqueles que estão em diáspora, servindo a Cristo em terras distantes, lá no estrangeiro: eles fundirão aquilo que se aprendeu em Ourique com o que encontrarão nas terras locais. Amalgamarão o eu-nacional formado em Ourique com o eu-nacional de outras terras santificadas pela mais sólida fé cristã, como a Polônia e a Hungria.

4) Ao trazerem a virtude destes povos, este país sairá ainda mais fortalecido. E o renascimento da verdadeira civilização luso-brasileira ocorrerá. Pois eles precisarão sentir na carne os tempos de diáspora, de modo a compreenderem de vez o que Cristo espera de todos nós perante o mundo.

Nem todo emigrante é apátrida

1) Eis aí uma boa colocação da minha amiga Sara Rozante: "Nem sempre quem emigra é apátrida".

2) Ela tem razão. A apatria que tanto aponto nos que critico não está no fato da emigração, mas na postura covarde, pusilânime e conservantista dos que tomam o país como fosse religião de Estado da República, fundada por esses nefastos positivistas - ao verem esse projeto fracassar de maneira retumbante, preferem entregar o país aos vermes comunistas, de modo a que tudo acabe de vez. Eles podem fazer isso porque eles têm o respaldo de outra nação fundada na apatria modernista: os EUA - e por conta de saberem que essa utopia está ainda viva e forte, eles vão vender sua força de trabalho por lá, já que a economia deles é mais forte do que a nossa. Só por conta disso, são seres indignos - é mais ou menos como aconteceu agora na Argentina, em que a Cristina Kirchner não entregou a faixa presidencial ao Macri (ver esta postagem aqui: http://adf.ly/1TKL43). Pois o republicanismo, que é essencialmente ditatorial,  é algo sem classe - por isso que sua falsa fé republicana entrou em metástase e deu no que deu.

3) O Brasil, por conta desse republicanismo importado, é colônia desses movimentos modernistas, vindos tanto da França quanto dos EUA. Agora que este falso paraíso terrestre fracassou, após 126 anos de História de Movimento Revolucionário no Brasil, agora ele foi jogado às traças. Mas Deus é grande: o Cristo Crucificado de Ourique restaurará as verdadeiras fundações da pátria. Neste momento, ele mandou seus melhores soldados de modo a que possam servir a Ele em terras distantes.

4) Com o advento da Era Virtual, hoje eu posso servir em terras distantes, sem sair de minha casa. No entanto, para certas circunstâncias, minha presença em outro lugar se faz estritamente necessária - e cedo ou tarde terei de ir à Polônia ou a outro lugar qualquer, uma vez que o toque humano se faz estritamente necessário, de modo a consolar tanto os aflitos quanto os que têm fome e sede de justiça.

5) Às vezes, precisarei passar temporadas inteiras num outro lugar - e terei que aprender a lidar tanto com o calor do deserto quanto com o frio de 20 graus abaixo de zero da Polônia, em pleno inverno. Afinal, para se tomar o país do próximo como se fosse um lar, tudo o que preciso fazer é internalizar essas coisas na carne e passar as mesmas privações por que passam. Por isso que estar em terras distantes pede necessariamente um estágio, de modo a que eu incorpore no corpo esse espírito que  não encontrarei na minha terra de origem, cheia de apátridas e covardes: o espírito da solidariedade humana, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

5) Por isso que o meu eu-nacional, para ser universal, necessita se associar a outros eu-nacionais diferentes - e de tal modo a que vários componham um só: um ser mais sábio, que saiba viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 2015 (data da postagem original).