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quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Como funciona a técnica das tesouras envolvendo libertários e revolucionários?


1) Quem não vê que o libertarismo é a base motriz do comunismo não está entendendo absolutamente nada - dois exemplos são bem emblemáticos, a respeito do que estou falando: 

1.1) O primeiro deles é a revolução dos 100 dias na China, levada à cabo pelos libertários, que resultou na revolução de Mao, como conseqüência linear.  A retórica libertário-conservantista, ao tempo da queda do muro de Berlim, afirmava que o comunismo havia acabado, somente para dar-lhe o tempo necessário de modo a surgir renovado e dono da cultura, o que levou a que esta nefasta ordem pipocasse no mundo todo de forma mágica e trágica. 

1.2) Um outro exemplo é essa tendência filhadaputesca dos libertários brasileiros em desprezar os contundentes e certos diagnósticos do professor Olavo, o que os levou a caírem no colo de clássicos esquerdistas.  Os libertários-conservantistas são integrantes ativos no esquema revolucionário que visa destruir O ocidente e se apresentam como "adversários" no campo político.

2) Essa oposição é absolutamente necessária para o concurso mesmo do processo revolucionário que, segundo a idéia do materialismo histórico de Karl Marx, necessita de oposição para o seu desenvolvimento. A tese comunista precisa da sua antítese libertário-conservantista para condicionar as forças políticas no campo delimitado pelo esquema revolucionário, pois o libertarismo acaba a partir do momento em que aplica as premissas, fundadas numa liberdade voltada para o nada, em um cenário histórico qualquer, criando as condições materiais para o desenvolvimento do esquema comunista - e este, quando chega ao seu limite - depois de toda a destruição que promove-, faz com que o libertarismo seja a "única" opção "sensata" a ser seguida, somente para se limpar na própria sujeira e levar o processo a novos patamares, levando a novas possibilidades de ação revolucionária.

Haroldo Monteiro (texto adaptado por José Octavio Dettmann)

Das implicações de tudo o que digo


Quando separo o liberal do libertário, e o conservador do conservantista, eu estou restaurando o real significado das coisas. Pois o falso tangencia a verdade - durante séculos, o que era tomado como se fosse sinônimo fazia com que o falso fosse dito como se fosse verdade.

Da necessidade se proibir a doutrina libertário-conservantista


1) Assim como o comunismo, tudo o que se funda na doutrina libertário-conservantista deve ser proibido. Essas doutrinas trabalham tal como uma tesoura, pois uma não vive sem a outra.

2) A ordem libertário-conservantista não se confunde com a verdadeira ordem fundada na liberdade em Cristo e nem se compromete com a real defesa dos valores fundados nisso, quando se conserva a dor de Cristo, cuja morte na Cruz edificou a verdadeira liberdade. Se Cristo é a verdade, então o mesmo Cristo é necessariamente a liberdade, pois Ele veio para nos salvar do pecado - a maior prova de que a ordem libertário-conservantista é insincera é que ela só progride conservando o que é conveniente e dissociado dessa mesma verdade - e quanto mais progride, mais retrocede. Eis a gênese do processo de proletarização da nossa sociedade.

3) Para se viver nessa liberdade, é preciso se viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, assim como conservar a dor de Cristo na memória, coisa que se dá na carne, pois o verbo divino se fez carne de modo a ser exemplo a ser seguido e imitado. 

4) Ao se amar e rejeitar as mesmas coisas que Cristo amou e rejeitou, tem-se o impulso necessário a se conservar a dor de Cristo na ordem social. O conservadorismo verdadeiro nasce desse liberalismo verdadeiro, posto que sua força está na Igreja militante, pois a política é dever do católico - quando organizada, leva à promoção da caridade e do senso de se tomar o país como se fosse um lar e não como se fosse religião totalitária de Estado, em que tudo está nele e nada poderá estar fora dele. É sob este fundamento que enxergo as coisas. Fora disso será conservantismo e libertarismo.

4) Devemos chamar as coisas pelo seu verdadeiro nome, pois o famigerado modernismo corrompeu o real significado das coisas.

5) A guerra cultural já existe muito antes de Gramsci. Isso que os iluministas fizeram com a Igreja é parte da guerra cultural: propaganda e desinformação. 

6) O que Gramsci fez foi criar um sistema organizado de estratégia, de modo a se adotar um propósito específico. Ele racionalizou a prática nefasta, tornando a mentalidade revolucionária operacional e radical

7) Libertários-conservantistas, impropriamente chamados de liberais-conservadores, são piores do que os comunistas. Eles é que geram esse câncer. Pois o moderado alimenta o terror do radical. Veja o caso dos islâmicos. Pelo menos, é o que pude observar.

Ver também:

Como se dá a técnica das tesouras envolvendo libertários-conservantistas e revolucionários radicais? http://adf.ly/1SkQMu

O comunismo não existiria sem o laissez-faire libertário: http://adf.ly/1SkWYw

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Ainda é muito cedo para se falar em restauração monárquica


Me perguntaram:

_ José, você acha que o regime cai agora?

Eu respondo:

_ De que adianta o regime cair se o povo ainda se acha bestializado, conservando o que é conveniente e dissociado da verdade? O que dá sobrevida ao regime é esse conservantismo criminoso. Não percebem que fazer distanásia política, preservando de forma artificial algo que está essencialmente morto, é contrário àquilo que é conforme o Todo que vem de Deus?

Uma sinceridade de fato sobre o conservadorismo


1) Para ser um bom católico, é preciso viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus e conservar a dor de Cristo em sua memória, pois Ele morreu por Todos, de modo a nos livrar do pecado - e isso deu base à verdadeira liberdade, fundada na verdade, pois Cristo é a verdade. 

2) A ordem fundada na liberdade em Cristo leva ao verdadeiro liberalismo, pois a verdade leva à caridade, à magnificência. E esse liberalismo se alimenta pela militância, pelo processo de se conservador a dor de Cristo na ordem social - e isso leva ao verdadeiro conservadorismo.

3) O conservadorismo deve ser entendido neste fundamento, sob pena de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, que é o conservantismo.

4) Antes de começar a meditar sobre isso, conservadorismo e conservantismo eram sinônimos. Pelo menos, era assim como os dicionários até então registravam. Tudo começou a mudar a partir do momento em que comecei a ler um poema do Fernando Pessoa. Num dos versos, ele disse: "O poeta é um fingidor, pois finge a dor que deveras sente". E aí comecei a pensar sobre o assunto.

5) É preciso dominar muito bem a linguagem, antes de se proclamar a verdade.  Por conta da missão de se servir a Cristo em terras distantes, tal como se edificou em Ourique, é preciso que se tenha uma consciência muito boa acerca do que deve ser feito - do contrário, só espalharão balelas, fundadas no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. 

6) Entre 2009 e 2015, como parte do processo de entender de que forma devemos tomar o país como se fosse um lar, com base no Cristo Crucificado de Ourique, eu comecei a compreender a diferença entre o verdadeiro conservador e o conservantista. O trabalho que fiz se opõe à moda de se estudar o conservadorismo com base na tradição anglo-americana - e a conseqüência fatal dessa moda será conservar este regime criminoso, a República, coisa que é fora da verdade - e da aliança do Altar com o Trono que foi estabelecida pelo mesmo Cristo Crucificado de Ourique.

7) Enquanto muitos não me ouviram, alguns poucos me compreenderam - a eles eu devo a minha eterna gratidão. Aliás, como já sustentei em artigos anteriores, a reedificação da verdadeira ordem nacional, fundada no fato de se tomar o país como se fosse um lar em Cristo, começa a partir do momento em que as pessoas começam a ouvir o que tenho a dizer - se o que falo é conforme o Todo que vem de Deus, então isso edificará toda uma ordem onde todos os meus amigos amam e rejeitam as mesmas coisas tal como eu faço, pois o que falo se funda no doloroso e difícil processo de se conservar a dor de Cristo, que é a verdade e a liberdade por excelência. Se isso fosse fácil, eu teria mais seguidores do que o Olavo - na verdade, os verdadeiros Cristãos são mesmo poucos. Por isso tenho orgulho dos meus poucos amigos, ainda que dispersos pelo País afora. 

8) Quando eu consigo fazer alguém compreender a necessidade de se conservar a dor de Cristo com base nestes fundamentos que aponto, sinto que o Céu entra em êxtase, quando faço bem o meu trabalho. Trata-se de um trabalho de formiguinha - e vou fazendo isso de um a um, pois o começo do Cristianismo foi assim mesmo. Gostaria que isso andasse mais rápido, mas tenho receio de ser perseguido por todos os que são ricos em sabedoria humana dissociada da divina. Afinal, vivemos num regime que se diz laico. Mas a tolerância dos laicos só conserva o que é conveniente e dissociado da verdade - por isso mesmo eles são intolerantes à verdade. Eis aí o fruto de 126 anos do mal republicano no Brasil.

Ver também:

Das implicações de tudo o que digo: http://adf.ly/1SkL4U

Da necessidade de se banir a doutrina libertário-conservantista, impropriamente chamada de liberal-conservadora: http://adf.ly/1SkEHD

Carta Apostólica Octogesima Adveniens, do Papa Paulo VI: http://adf.ly/1So8XE

Comentários sobre a a Carta Apostólica Octogesima Adveniens, de Sua Santidade, o Papa Paulo VI: http://adf.ly/1SoArv

Notas sobre os dois tipos de filhas de Mariane


1) Existem dois tipos de filhas de Mariane: as que se exibem na rede social de bikini, a ponto de exibir ao Deus-dará suas vergonhas, e as republicanas mais intelectualizadas, que fazem da atividade intelectual um meio de angariar os elogios dos puxa-sacos, quando ficam a exibir livros, em vez de bikini, nas rede sociais.

2) A filha de Mariane de tipo 1 é bem comum, mas perde sua força com o passar do tempo: quanto mais velha fica, menos interessante se torna. A filha de Mariane do tipo 2 é menos comum, mas é mais perigosa: ela conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, tem consciência do que faz, sabe que está à esquerda do pai no seu grau mais básico e realmente deseja se aprofundar nesse lamaçal revolucionário.

3) A mulher conservantista é a mais perigosa das feministas, pois a mentalidade revolucionária se aprofunda a partir do mais puro conservantismo - ao se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a liberdade voltada para o nada é buscada e desejada. E isso leva à perdição. Elas são a personificação do fruto que Adão comeu no Éden - e este pecado contaminou a toda a descendência.

4) Para se fugir de uma mulher deste tipo, todo homem deve aprender a conservar a dor de Cristo. E quando se conserva a dor de Cristo, dizendo sim a Ele, ele consegue enxergar o conservantismo da mulher e separar a mulher pecadora da mulher virtuosa. Pois a mulher virtuosa ama e rejeita as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento.

5) O verdadeiro amor está na amizade. Se duas almas não amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, então não haverá aliança com Deus, de modo a que se edifique uma família, uma verdadeira Igreja doméstica. Sem a família, não  haverá comunidade - muito menos, senso de se tomar o país como se fosse um lar com base na pátria do céu.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 02 de dezembro de 2015.

Notas sobre a construção material da lingugagem


1) Se gramática é a construção material da linguagem, então a construção material mais duradoura é aquela que proclama as coisas do modo mais simples e direto possível. Afinal, tudo o que é dito dessa forma é conforme o Todo que vem de Deus.

2) Quando se proclama a verdade, você está semeando consciência. E quando você escreve, você está levando o presente da nossa linguagem para aquilo que um dia vai acontecer, para as coisas futuras. Como a sinceridade é a presença da alma diante da realidade, de modo a dizer sim a Deus, então a linguagem se torna atualizada - e isso se torna constante, à medida que o povo aprende a tomar o país como se fosse um lar com base no sim que você deu ao Cristo Crucificado de Ourique, de modo a servir a Ele em terras distantes.

3) Houve quem dissesse que intelectuais odeiam a proclamação, já que procuram a forma pela forma. Eles não percebem que essa busca é vã e efêmera - e persistir constantemente nisso é conservantismo, pois eles estão conservando o que é conveniente e dissociado da verdade. Não é à toa que esses, que forjam palavras, estão à esquerda do Pai no seu grau mais básico - e sua fé, fundada em sabedoria humana dissociada da divina, tende a entrar em metástase, tão logo se aprofunde neste lamaçal revolucionário em que nos encontramos.

4) A verdade pede a forma mais adequada, de modo a que seja proclamada ao maior número de pessoas possível. Por isso, ela pede formas simples e diretas. Tudo o que não for simples e direto não terá valor diante da eternidade - e é isso o que realmente conta,

Ver também:

Notas sobre a crise de erudição dos nossos tempos: http://adf.ly/1SeaXO