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domingo, 8 de abril de 2012

Por que sou a favor do casamento, fundado no amor verdadeiro, fundado na compreensão que o homem tem pela mulher - e vice-vesa?


Isso explica a radiografia que eu tracei (http://adf.ly/7645y): se você tira Deus dos corações das pessoas, o amor fundado na compreensão, que é a causa do casamento indissolúvel, deixa de fazer sentido na vida das pessoas - e essa falácia acaba se tornando senso comum. E esse tipo de falácia destrói a sociedade. Pensem nisso!

Para acessar o link adf.ly, eis um tutorial: http://qgdoconcurseiro.blogspot.com/2011/07/tutorial-como-acessar-um-adfly.html

Política é o exercício da capacidade humana de julgamento, afirma cientista política


A matéria está neste link: http://adf.ly/7CQUI

Comentários (destacados do facebook):

"Eu concordo com você que nossa política, nosso discurso político, consiste, em grande parte, de acusações, e há pouquíssimas argumentações sérias sobre os grandes problemas. E o discurso democrático deveria tratar disso.

Eu acho que a nossa política se tornou muito gerencial e tecnocrática e focada demais em questões econômicas limitadas. Isso tem deixado de lado questões genuinamente políticas, inclusive questões éticas e questões espirituais que surgem no debate político.

E, muitas vezes, é a direita religiosa que quer levar questões ligadas aos valores, à moralidade e à religião para a política mas a esquerda ou os liberais dizem: "Não, isso é intolerância."

Eu acho que discurso público democrático deveria acolher debates morais e espirituais e que os cidadãos não deveriam ser forçados a deixar para trás suas convicções morais e espirituais quando entram na arena pública".


Ver também:

1) Definição de Política, segundo meu amigo Paulo Henrique Cremoneze: http://adf.ly/1Qnktd

2) Da amizade como a base para a sociedade política: http://adf.ly/c8q6A

3) O debate político se dá no alto dos céus e não debaixo da terra: http://adf.ly/1P00Ti

4) Comentários sobre a política em Aristóteles: http://adf.ly/bmJVe

Por que a cota constitui uma forma de racismo dissimulada?

Um leitor me escreve o seguinte:
A questão das cotas, no Brasil, se deve ao fato de que os negros são os mais prejudicados, por viverem em situação de miséria – por isso, elas se justificam porque a grande maioria não tem acesso a estudo de qualidade. Isso não tem nada tem a ver com racismo.
Eu respondo ao argumento da seguinte forma:
Se a questão fosse tão somente ensino público de qualidade, o problema já teria sido resolvido faz tempo, bastando tão somente vontade política. Mas o começo da solução teria que começar a partir das futuras gerações – e não na geração que foi prejudicada. Pois se você deseja corrigir as injustiças na sociedade, você precisa pensar a longo prazo e não de forma a obter resultados imediatos, para colher nas próximas eleições. E esse é o segredo do estadismo, já que a política nesse ponto é promover a virtude cívica – e isso não se confunde com fisiologismo político, tal qual os nossos políticos, em sua maior parte, fazem.
A situação de miserabilidade não é privilégio exclusivo dos negros: há brancos pobres, há indígenas pobres e mulatos pobres. Por que tão somente os negros teriam esse “privilégio”? Só por que eles são maioria? Dá pra perceber que a questão é puramente populista e demagógica, pois elas se pautam no argumento de que o número governa o mundo, criando uma espécie de ditadura da maioria, quando se usa as tais minorias como bucha de canhão nessa história.
Além disso, a situação ruim do ensino público é mantida assim artificialmente em razão do clientelismo político, tal como me referi acima, já que o regime democrático, infelizmente, se pauta nos números – e esse números, que vão compor a quantidade dos votos, é que vão reger a vida política do País, já que essa é forma que rege a democracia no país. Isso é uma forma imoral de se fazer política; se Vox Populi é Vox Dei, basta plantar um boato, que esse fato se espalhará e esse “Deus” falhará.
A verdadeira política que serve ao povo não está nos números, mas nos motivos determinantes que fazem com que você vote no candidato X e não no Y. X construiu estradas – essas estradas facilitaram o escoamento da produção da cidade, logo essas estradas trouxeram riqueza para o país, e a renda per capita da população aumentou, possibilitando que a economia da cidade se diversificasse, facilitando a integração entre as pessoas e criando mais oportunidades para toda a população e para toda a região onde a cidade se localiza.  Y baniu a repetência das escolas – o aluno que não aprende a lição vai acumulando déficit de aprendizagem durante a vida escolar; e quando ele chega à universidade, ele não sabe ler nem escrever. Logo, o diploma não vai traduzir as reais qualidades dessa pessoa, já que a universidade acabou virando fábrica de diploma, já que todo mundo tem direito ao ensino universitário, garantido pelo governo, mas nem todo tem condições de estar na vida universitária.
Se acrescentarmos o fato da cota, você está colocando uma pessoa na universidade só por causa da cor da pele e não por causa das qualidades que ele tem como aluno. E quando ele tiver um diploma na universidade, vai com certeza constar que ele entrou pela vida universitária através da cota e não pelo mérito. Isso estimularia uma subavaliação das reais qualidades profissionais desse recém-formado no mercado do trabalho, tomando-se por base a cor da pele e não o que ele faz, e isso cria uma espécie de distorção que favorece os conflitos na sociedade e não a integração entre as pessoas – e isso, sim, é uma forma dissimulada de racismo e de exclusão da pessoa do mercado de trabalho que o governo promove, já que a lógica do petismo é forjar a luta de classes, de modo a desestabilizar a democracia e implantar uma ditadura totalitária no país.
Para você chegar a isso que eu falei, é preciso pensar com lógica, no que vai acontecer a longo prazo, em 15 ou 20 anos. Isso que eu falo é um raciocínio fundado na prognose, nas consequências daquilo que está sendo plantado no país. Se você planta o caos, você vai colher tempestade – nada mais do que isso. Se você serve ordem e justiça no país, a ordem te servirá – e isso que Santo Agostinho dizia, pois a promoção da política, de forma justa e organizada, é a promoção da caridade, uma das formas de capitalização moral que promovem o verdadeiro progresso no país, fundada no sentido de se tomar o país como se fosse o seu lar (a chamada nacionidade).
Eis a resposta!

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Palestra sobre a violação dos sigilo dos votos na Urna Eletrônica

O fato aconteceu em Goiânia, em 30 de março de 2012. Segue o link: http://adf.ly/78rAu


Dúvidas de um jovem acerca da escravidão e sobre o suposto problema da dívida histórica com os cativos

Um jovem me escreve isto:
Vi seu blog – e gostaria de parabenizá-lo. As críticas são verdadeiras e estou aprendendo com a parte jurídica. Digo isso como um estudante que pouco sabe, e não como quem quer se colocar na posição de apto a julgar.
Quanto ao seu post sobre escravidão, tenho um questionamento. Meus avós ou bisavós, dependendo do lado da família, eram italianos, levados para trabalhar no interior do estado de SP – eles chegaram a levar chicotadas. Não haveria dívida histórica para comigo? Como ficariam minhas cotas?

Eis a resposta que dou para esse jovem:

Essa questão de dívida histórica, que é alegada por esses grupos pró-cotas raciais, não passa de puro revanchismo. A gente não pode ficar pautando nossa vida com base nos pecados dos outros – se formos assim, jamais seremos pessoas livres.

Aliás, Princesa Isabel assinou a Lei Áurea porque sabia que a escravidão é uma coisa desumana e moralmente injustificável – aliás, a própria Igreja Católica condena a escravidão, já que ela contraria frontalmente o ensinamento de Cristo. Ela assinou a Lei Áurea porque tinha planos de assentar esses escravos nas terras devolutas que o governo tinha, de modo a que viessem constituir família e assim ter direito ao seu pedaço de chão, pela usucapião (isso ela tinha falado em uma carta, que ficou inédita por muito tempo, cujo conteúdo foi revelado na Revista Nossa História de Maio de 2006). Mas esse nobre gesto da futura imperatriz não pôde ser concretizado, porque logo depois a monarquia foi derrubada pela República, sob a alegação de que o Império era atraso e que a  nova ordem era progressista – e esse processo de inserção do negro na sociedade livre acabou não acontecendo, de fato. E como os republicanos nunca tiveram planos para recuperar a dignidade dessa gente - aliás, os republicanos não tinham planos de fazer a abolição dos escravos -  as favelas começaram a surgir ao longo da Cidade do Rio de Janeiro – e pelo país inteiro.

Se a Princesa fosse viva e visse isso, ela certamente entraria em depressão profunda. Qualquer pessoa bem intencionada teria isso, ao ver que crápulas mal-intencionados se aproveitaram de uma massa desvalida, vítima do golpe do 15 de novembro, para inculcar seu ódio vil e desonesto, na busca pelo poder absoluto sobre tudo e sobre todos. Infelizmente, o que muitos desses negros pró-cota não sabem que os escravos, recém-libertos, foram os maiores defensores da monarquia. Pois o gesto de nossa senhora foi nobre – e nos dias de hoje corre um processo de beatificação de nossa Princesa Redentora.

 O gesto da princesa repete aquilo Igreja fez, historicamente, quando começou a ensinar a doutrina cristã para os escravos – a Igreja os acolheu como filhos, como seres humanos que são, à Imagem e semelhança de Deus, permitindo que estes se casassem e constituíssem família, adquirissem bens por conta do trabalho honesto e que tivessem filhos – assim, pouco a pouco, a escravidão foi paulatinamente sumindo da Europa, na transição da Antiguidade para a Idade Média – assim, a escravidão lentamente se decantou em servidão, para daí se decantar em trabalho livre; e esse processo levou muitos séculos até se completar. Esse processo se deu gradualmente – e não através de violência abrupta ou de corrupção dos nossos valores morais, como querem esses seres odiosos.

Uma pessoa de bem jamais deve pensar em dívida histórica ou dívida social, com o intuito de se imiscuir de sua responsabilidade como indivíduo – essa pessoa, tal como eu ou você, na condição de indivíduo, deve assumir, com responsabilidade, aquilo que foi legado, seja de bom ou de ruim, fundado naquilo que os nossos antecessores deixaram – e devemos cuidar desse legado, de modo que o mal não se repita de novo, de modo a que a geração futura, os nossos filhos, não passe pelas tragédias que você passou para descobrir a verdade, enquanto se vive a vida – e que aprenda, desde cedo, que isso que foi feito é errado - e que disso não se esqueça. É neste ponto que o ensino de história se aproxima da moral.

Por isso que existe o passado para se conhecer – ao você conhecer o erro e a injustiça cometida, você se compromete, para si mesmo, que não vai fazer, com o seu semelhante, aquilo que os outros cometeram de ruim, seja com aqueles que vieram antes de você ou com você mesmo. Até porque o que vem depois do opressor pode não saber dos males que aquele praticou - pois os seres humanos não possuem o dom da onipresença e nem da onipotência. E a pessoa vingativa é uma pessoa fraca por essência, que não tem nada a te acrescentar.Por isso, é sempre conveniente se afastar dessas pessoas.

Se tivéssemos onipresença estaríamos sempre presentes em todos os lugares e em todos os tempos. Não existiria passado, presente e futuro. E sem isso nós não seríamos seres humanos, mas deuses.Por isso que a onisciência foi negada ao homem, na criação. Imagina o quão terrível seria se fosse isso!
Precisamos conhecer a nós mesmos primeiro, antes de fazer alguma coisa em prol dos que nos estão mais próximos. Só assim descobriremos o quanto de bom podemos fazer por nossos semelhantes. De nada adianta mudar o mundo se você não arruma o seu próprio quarto, não é mesmo?
Da forma como elas estão fazendo, essas pessoas só enxergam uma coisa: que a moral só vale para os outros, e que isso não vale para eles próprios. Essa via de mão única é hipócrita, convenientemente hipócrita – as melhores coisas da vida são conquistadas a base de trabalho, suor e sacrifício, pois as coisas se conseguem através de acordos, de entendimento. Nada se conquista usando força, pura e simplesmente.
Por isso que a uma das primeiras coisas que se acabou, numa sociedade evoluída, foi a vendeta – a vingança sem limite, no seio familiar, por conta dessas dívidas históricas. Se isso continuasse, seria o caos da própria sociedade. Uma das primeiras finalidades da lei escrita foi isso.
Sabe aquilo que o Seu Madruga diz? De que a vingança nunca é plena, pois mata a alma e a envenena? O que se aplica aos indíviduos, se aplica asociedade, pelo efeito da mão invisível. É a mais pura verdade.
Esta é a resposta que eu te dou!

Brasil - de potência petrolífera, promovida pelo presidente Lula, a importador de gasolina

Com o título Lembranças da OPEP, o jornalista Carlos Brickmann, sempre brilhante, publicou em sua coluna a seguinte nota:
Lembra quando o Brasil se tornou autossuficiente em petróleo, ia mudar a matriz energética do mundo com o álcool, teria todos os problemas resolvidos com o pré-sal? Bom, o álcool está aí, mas o Brasil o importa dos EUA (aquele álcool que era antieconômico, lembra?)
Quanto à autossuficiência em petróleo, o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, informa que vamos importar 80 mil barris diários de gasolina. Traduzindo os números: de 1969 a 2009 não precisamos importar gasolina. Em 2009 voltamos a importar, nove mil barris por dia. Em três anos, a importação se multiplicou quase por dez.
Volto para a constatação: conjugados, o excesso de idiotia e a falta de memória garantem a mansidão bovina de milhões de brasileiros. A manada se contenta com pouco, acredita em tudo e não cobra nada.
Fonte da matéria: http://adf.ly/77tJw

Livros que merecem ser lidos - tema: escravidão na África e na Árabia


‎1 - Islam's Black Slaves: The Other Black Diaspora - Ronald Segal
2 - L'Esclavage en Terre d'Islam - Malek Chebel
3 - Afrique, l'histoire a l'endroit - Bernard Lugan
4 - Quand les noirs avaient: des esclaves blancs - Serge Bile
5 - Slavery in the Arab World - Murray Gordon
6 - Les Négriers en terres d'islam : La Première traite des Noirs, VIIe-XVIe siècle - Jacques Heers7 - Le génocide voilé: Enquête historique - Tidiane N'Diaye8 - White Gold: The Extraordinary Story of Thomas Pellow and Islam's One Million White Slaves - Giles Milton9 - White Slaves, African Masters: An Anthology of American Barbary Captivity Narratives - Paul Baepler10 - Histoire de l'Afrique des origines à nos jours - Bernard Lugan11 - Pour En Finir Avec LA Repentance Coloniale - Daniel Lefeuvre12 - L'esprit du sérail : Mythes et pratiques sexuels au Maghreb - Malek Chebel
Nenhum desses 12 foi traduzido para o Português. Havendo disponibilidade, e recursos, digitalizarei eles todos, e vou tentar traduzi-los - seja com ou sem ajuda, assim o farei.