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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Notas sobre um novo tipo de chavão: a culpa é sempre do Estado

1) Pela minha experiência, muitos dos que discordam de mim são incapazes de dizer as razões pelas quais se fundam esse discordar - e quando mostro que a crença deles está errada, o orgulho e a vaidade acabam se revelando, posto que são incapazes de dialogar comigo de maneira séria, tendo amor pela verdade, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

2) É justamente porque são incapazes de motivar suas razões que muitos tendem a repetir o velho argumento libertário-conservantista de que o Estado é sempre um problema - o que não passa de chavão. Como esse argumento leva a um desarmamento cultural e espiritual que prepara o terreno para o desarmamento das armas de fogo, uma vez que isso é anarquista e leva a uma liberdade voltada para o nada, eu acabo expondo a natureza revolucionária dessa gente, que é tão esquerdista quanto os esquerdistas, pois conserva o que é dissociado da verdade: o amor ao dinheiro como se fosse um meio salvífico em detrimento do amor que deve ser dado ao Deus verdadeiro, que mandou seu Filho muito amado para nos salvar do pecado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de 2017.

Notas sobre o trabalho evangelizador na rede social

1) Há gente que fala a seguinte asneira: no meu perfil, eu publico o que eu quiser. Isso é a marca do amor de si dissociado do amor de de Deus - essa publicará o que é conveniente; em muitos casos, esse conveniente está necessariamente dissociado da verdade, o que levará a palavra dita no perfil a ser servida com fins vazios.

2) Quando eu uso o mural, eu não publico o que quero, mas o que é bom e necessário, uma vez que mato meu eu todos os dias de modo a que Deus faça as coisas por mim, já que, como escritor, eu sou instrumento d'Ele. Falar a verdade é servir liberdade - é ato de poder, é prerrogativa. Não posso publicar o que quiser, sob o risco de falar um bando de asnices.

3) Este país está preso na falsa liberdade, na má consciência. E é meu dever combatê-la.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de 2017.

Notas sobre o colonialismo imaginário promovido pelos conservantistas disfarçados de conservadores

1) Aristóteles falava que havia certos homens com alma para serem livres e outros com alma para serem escravos.

2) O maior indício de uma alma voltada para a escravidão está na forma como ela conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, a tal ponto que pretende importar certas coisas usadas nos EUA, de modo a que o Brasil seja parecido com aquele país.

3.1) Essa gente conservantista está praticando um verdadeiro colonialismo imaginário - e vai desenvolvendo teses de conservadorismo, enquanto doutrina política, totalmente fora da conformidade com o Todo que vem de Deus e fora daquilo que foi edificado em Ourique, que é o que realmente deve ser conservado, já que o Brasil, por força de seu destino, tem um passado nobre - e é isso que deve ser honrado.

3.2) Isso vai acabar edificando liberdade para o nada, a tal ponto que manterá estas estruturas falsas (a República e a Aliança do Altar com o Trono rompida, por força do golpe que instituiu este nafasto regime) convenientes e dissociadas de nossa vocação histórica e espiritual.

4.1) Como os comunistas, todos eles têm quase o mesmo discurso - e discurso único leva a um testemunho único, o que é nulo de pleno direito.

4.2) Por isso que não podem ser levados a sério - nada sabem de História do Brasil e não estão fazendo o que deve ser feito: que é conhecer a História do Brasil desde Portugal, de modo a conhecer nossas origens.

4.3) Essa gente é apátrida porque vai contra o espírito luso e católico que fundou esta pátria. Quase todos os que seguem essa linha anglo-americana são de fé protestante, pelo que pude perceber.

4.4) Por isso que é uma tolice fazer aliança com eles, pois a linha de "conservadorismo" deles não tem relação com a realidade desta terra.

4.5) O fim dessa pretensa aliança é utilitário: é a luta contra o inimigo comum - o comunismo. Mas ela não se funda na verdade, num Deus verdadeiro. E alianças com fins utilitários cairão por terra, posto que eles também são parte da mentalidade revolucionária.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de 2017.

O argumento do libertário-conservantista de que o Estado é o problema é o mesmo que dizer que armas matam pessoas. Trata-se de desarmamento cultural - uma verdadeira falácia

1) Esse argumento de que o Estado é o problema é o mesmo que dizer que armas são o problema. Se o Estado é o instrumento pelo qual o povo exerce seu direito de legítima defesa coletivo - fundado no fato de se tomar o país como se fosse um lar em Cristo, através da pessoa de seu Rei - então ele necessariamente não o faz com o fim em si mesmo, tomando-o como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada poderá estar fora dele ou contra ele - o que edifica liberdade para o nada.

2) O Estado é um instrumento, tal qual uma arma. Para ela funcionar, vai precisar de gente manejando os instrumentos. O que faz com que este instrumento institucional seja mal usado é o fato de haver criminosos ocupando postos-chave que fazem a instituição funcionar. E como são psicopatas, eles vão usar esta arma contra nós, de modo a nos matar.

3) Eu não colocaria uma pessoa estranha, que eu não conheço, de modo a manejar este instrumento institucional. Eis aí o problema do princípio da impessoalidade - ele não leva em conta a vida pregressa do ocupante do cargo e nem a origem da família do agente a quem esta arma é confiada. Ao se abolir a nobreza, aboliu-se uma importante referência para se saber quem é confiável e quem não é, quando o assunto é tocar os assuntos de Estado - no caso, a administração de uma cidade.

4) É por esse motivo que estou bloqueando essa gente que o mundo chama de "liberal" - são tão esquerdistas quanto os comunistas. Eles estão fazendo muita gente de idiota.

5) O Estado é uma entidade que depende do Governo para que faça se sentir presente no mundo real. O chefe de Estado, quando monarca que exerce sua autoridade em conformidade com Todo que vem de Deus, exerce a vigília constate para que o Governo não torne o Estado inimigo do povo. Quando é um presidente, dependendo de conchavos para manter sua posição, faz vista grossa aos abusos, tomando o Governo atitudes que fazem pesar o Estado sobre as costas do povo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de 2017.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Primeiras impressões do livro Ética Protestante e O Espírito do Capitalismo, de Max Weber

1) Recebi o livro do Weber que encomendei (Ética Protestante e O Espírito do Capitalismo).

2) Na página final do livro, percebo estes comentários do resenhista: o capitalismo foi analisado como uma cultura (o fato social foi tomado como se fosse coisa).

3.1) Algo fora da verdade, fora da conformidade com o Todo que vem de Deus, é tomado como se fosse coisa se isso for conveniente e dissociado da verdade.

3.2) Como o capitalismo é produto de uma contracultura católica, o comunismo é um desdobramento dessa contracultura, pois ela se alimenta da liberdade voltada para o nada que o capitalismo produziu - e é da liberdade voltada para o nada que o Estado é tomado como se fosse religião, em que tudo está nele e nada poderá estar fora dele ou contra ele.

3.3) Esse tipo de coisa leva ao desvio da finalidade do Estado: ao invés de o Estado ser o instrumento de legítima defesa sistemático da população que toma o país como um lar em Cristo, ele se torna o instrumento sistemático de desarmamento da população em todas as suas vertentes (arma branca, arma de fogo, livros e fé). E o povo, desarmado, perde a fé em Deus - e a perda da fé em Deus faz com que todas as coisas percam a sua real finalidade, o que leva a todos à apatria, à morte da civilização.

4) Esta foi uma aquisição importante. Vou estudar este livro com afinco. Uma digitalização deste livro virá numa próxima oportunidade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 8 de fevereiro de 2017.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Se tomarmos os pontos de continuidade e ruptura, a Idade Média existe até hoje

1) O mundo antigo decorre do advento da escrita. É desde a escrita que se estabelece um legado civilizatório.

2) Uma das vertentes do mundo antigo é o mundo clássico (mundo greco-romano). Da queda de Roma, no ano 476 da Era Cristã, uma nova civilização eclodiu: a civilização européia e cristã. Este é o marco da verdadeira Europa, enquanto lar da cristandade.

3) Essa civilização conviveu por muitos anos com a civilização bizantina, que era uma remanescente da civilização clássica. Isso durou até 1453, quando Constantinopla foi tomada pelos muçulmanos, marcando o fim do mundo clássico. Se os bárbaros assimilaram o legado de Roma e se tornaram nações, que passaram a ser tomadas como se fosse um lar em Cristo, então elas também assimilaram o legado da Civilização Bizantina, dando origem ao renascimento dos estudos clássicos na Europa. O problema desse renascimento foi o renascimento do paganismo e é desse paganismo, que edifica liberdade para o nada, que vieram novas heresias.

4) É desta luta da civilização cristã medieval com o neopaganismo que surgirá a Idade Moderna. E o marco da ruptura com o medievo foi Kant, na filosofia. E sua filosofia foi uma dos marcos do Iluminismo, que acabou dando marco à Revolução Francesa, que foi neste ponto em que o neopaganismo acabou se tornando uma anticivilização a ponto de destruir ainda mais o legado da civilização cristã medieval por meio da ideologia, do totalitarismo e do globalismo.

5) Estamos num ponto onde essa anticivilização está em decadência justamente quando afirma aquilo que é mais caro: o fato de que todo mundo tem direito à liberdade que quiser, o que é fora da verdade. Tal como na Roma antiga, a anticivilização edificada no neopaganismo acabou edificando um mundo ecúmeno. E se esse mundo for preenchido novamente com Cristianismo, uma nova Idade Média surgirá.

6) A Idade Média não terminou em 1453 - ela conviveu com o neopaganismo e viu surgir uma anticivilização que foi corroendo a sua razão de ser por meio do relativismo moral, religioso e cultural, preparando o caminho para uma invasão islâmica, que destruiu o legado clássico do Império Bizantino. Se ela derrotar esse neopaganismo e o islamismo, será vitória do Reino de Cristo sobre a Terra e esse Reino não terá fim.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de fevereiro de 2017.

O cristianismo é conformidade com o todo que vem de Deus (um jeito de ser e não uma ideologia)

1) Ideologia é todo um conjunto de idéias e valores usados de maneira estratégica e pragmática de modo a se tomar o poder (poder político e poder espiritual, uma vez que parte do pressuposto de que o governante tem os dois corpos da nação). E a tomada do poder se faz a qualquer preço, conservando o que é conveniente e dissociado da verdade.

2) Para fazer do cristianismo uma ideologia, basta se rejeitar o ensinamento da Igreja. Rejeitada a autoridade e o magistério da Igreja Católica, o cristianismo se reduz a falso moralismo, conservando o que é conveniente e dissociado da verdade. Como isso é insincero, isso acaba estimulando a edificação de novos valores, de modo a edificar uma nova liberdade fora da liberdade em Cristo, que edifica liberdade para o nada.

3) Não é à toa que o protestantismo usou a Bíblia contra a Igreja Católica, pois fez do cristianismo ideologia. Por isso, é a base da mentalidade revolucionária.

4) O Cristão verdadeiro vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus. É um jeito de ser e não uma ideologia. E esse jeito de ser implica conservar a dor de Cristo, dor essa fundada num sacrifício perfeito que fez da liberdade o meio prático para se viver a verdade, uma vez que é no amor que se dá pleno cumprimento à lei mosaica. Se amarmos uns aos outros como Jesus nos amou, então a conformidade com o Todo que vem de Deus se torna realidade e base para uma verdadeira civilização.

5) O distributivismo não é uma ideologia, mas um caminho de santidade proposto. Quem quiser exercer uma atividade econômica como um meio santificador sistemático e não amando mais o dinheiro do que a Deus, este é um caminho de perfeição. Se ele fosse uma ideologia, ele deveria estar rejeitando a Igreja Católica, o que não seria muito diferente do capitalismo ou mesmo do comunismo, que nasceram do protestantismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de fevereiro de 2017.