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quinta-feira, 25 de julho de 2024

Diálogo entre José Carlos Sepúlveda, Carlos Sodré Lanna, Tito Livio Ferreira e Cardeal Avery Dulles

Carlos Sodré Lanna: Cardeal Dulles, sua obra sobre a verdade como fundamento da liberdade me inspirou muito. A história da aparição de Cristo a Dom Afonso Henriques em Ourique reforça a importância da fé na construção de uma nação.

Cardeal Avery Dulles: De fato, Sr. Lanna. A fé é um alicerce essencial para a liberdade. Sem a busca pela verdade, a liberdade se torna um conceito vazio, sujeito a manipulações e distorções.

Tito Lívio Ferreira: Concordo plenamente. A história do Brasil, como demonstrei em minha obra, é uma prova de como a fé e a verdade moldaram nossa identidade. A relação entre Brasil e Portugal, muitas vezes distorcida pelo termo "colônia", é um exemplo disso.

Carlos Sodré Lanna: Exatamente, Professor Ferreira. A fé não apenas moldou nossa identidade, mas também nos guiou em momentos cruciais, como na Batalha de Ourique. A intervenção divina, como narrada na tradição, demonstra a importância da Providência na história das nações.

José Carlos Sepúlveda: Permitam-me acrescentar que a fé e a busca pela verdade continuam a ser cruciais nos dias de hoje. As manifestações de 7 de setembro de 2022, que analisei em meu texto, revelam um anseio popular por um Estado que represente verdadeiramente a nação, um Estado que não se distancie da verdade e dos valores do povo brasileiro.

Cardeal Avery Dulles: A fé e a verdade são, de fato, luzes que guiam o caminho dos povos e das nações. A liberdade autêntica só pode florescer em um ambiente onde a verdade é respeitada e buscada.

Tito Lívio Ferreira: E a história do Brasil, como procurei demonstrar, é um testemunho eloquente dessa busca pela verdade e pela liberdade. A luta por um Estado que represente a nação, como você mencionou, Sr. Sepúlveda, é uma continuação dessa busca.

Carlos Sodré Lanna: A história de Portugal e do Brasil, como vimos, é uma história marcada pela fé, pela busca da verdade e pela luta pela liberdade. Que possamos aprender com o passado e construir um futuro onde esses valores sejam sempre o nosso guia.

Manifestações de 7 de setembro de 2022 - a Nação sai de dentro do Estado

(0:00) Enquanto nós estávamos aqui dando a introdução, logicamente, de vez em quando, dou aqui uma (0:07) olhada para o chat e é muito interessante que as pessoas se manifestem e tudo, mas o (0:16) que é que eu vejo em certos comentários é o ficar preso na questão política. (0:25) Ora, nós estamos com um problema, que é um problema muito mais profundo do que apenas (0:35) a questão política. (0:39) Quem reduzir tudo o que está acontecendo à questão política acaba por não entender.

(0:48) Eu vou tentar aqui, eu vou dar aqui uma imagem que uma pessoa me deu, essa imagem não é (0:55) minha, mas eu achei muito interessante. (0:57) Uma pessoa deu a seguinte imagem. (1:00) Imagina um veleiro, um veleiro pequeno.

(1:04) Você precisa, eu não sei velejar, mas você precisa dar um, digamos assim, uma mudança (1:13) de rumo no veleiro. (1:14) Você se mexe ali dentro, puxa as velas num outro sentido e consegue rapidamente dar uma (1:21) mudança no rumo do veleiro. (1:25) Agora imagina um porta-aviões.

(1:29) Você já viu um porta-aviões dar um cavalinho de pau? (1:33) Eu nunca vi. (1:35) Ora, o Brasil é um imenso porta-aviões. (1:41) Enquanto que a tripulação de um veleiro podem ser duas, três pessoas, um veleiro (1:47) pequeno podem ser duas, três, quatro, cinco pessoas, a tripulação de um porta-aviões (1:51) são cinco mil ou mais.

(1:56) Tudo isso é uma máquina imensa para mexer e que não se mexe de repente. (2:05) Bom, o Estado brasileiro é gigantesco. (2:09) O Estado brasileiro foi aparelhado por diversas forças políticas, pelas forças políticas (2:16) ideológicas do PSDB, do PT, depois aparelhada também pelos oportunistas, que são os colaboradores (2:27) dos ideólogos e tudo mais.

(2:31) Nós temos partidos como o PMDB, temos partidos como o DEM, etc, que foram aparelhando também (2:40) o Estado em muitas... (2:42) Então o Estado é uma imensa máquina que comanda, digamos assim, o Brasil. (2:50) Ora, o que é que nós estamos assistindo? (2:53) Nós estamos assistindo a um divórcio, que se vai aprofundando, a um divórcio entre (3:00) o país legal e o país real. (3:03) Por quê? (3:05) Porque cada vez mais há uma falta de conexão entre as estruturas que comandam o Estado, (3:16) as leis que comandam o Estado, as ideologias que comandam o Estado e a nação propriamente.

(3:26) A nação enquanto o Brasil. (3:30) Paulo, eu volto a lembrar aquilo que nós observamos na Paulista e que muita gente não (3:40) chama atenção, mas havia um forte sentimento anticomunista ali, nas pessoas que estavam (3:48) ali. (3:50) Nuns era mais explícito, nuns era menos.

(3:53) Havia um forte sentimento de Brasil. (3:58) Havia muita gente que falava do Brasil e de não desistir do Brasil. (4:06) Nós até dissemos o seguinte, e o próprio presidente disse isso, que as manifestações (4:15) estavam para além da questão meramente política, do apoio ao presidente, ele mesmo disse isso.

(4:22) Não sei se você se lembra, no discurso aqui em São Paulo, ele diz que ele era apenas (4:26) um porta-voz de uma realidade mais profunda. (4:31) Bom, e isso era algo muito visível, eu até comentei com pessoas que foi você mesmo que (4:41) me chamou a atenção disso ali, no meio da manifestação, mais quando nós estávamos (4:47) caminhando já, porque uma das coisas impressionantes foi que para sair da manifestação foi mais (4:54) de uma hora e meia, não é Paulo? (4:56) E por ruas laterais, porque eram multidões saindo, por um dos lados da Paulista apenas (5:01) e pelas laterais, eram multidões saindo e todo mundo ia conversando, ia trocando as suas (5:09) impressões e o Paulo chamou muita atenção para esse aspecto. (5:13) Bom, então eu diria o seguinte, o que nós estamos habituados, e aqui faço uma coisa (5:20) um pouquinho, vou um pouco mais para trás, o que nós estamos habituados e as análises (5:27) que foram feitas foram o seguinte, não, tinha tantas mil pessoas, não tinha milhões, não (5:32) sei o quê, ora, isso não é o mais importante, o mais importante é perguntar o seguinte, (5:39) o que é que aquela pessoa que estava ali pensava, porquê que aquela pessoa muitas (5:44) vezes simples, humilde, que veio de longe, outras vieram de outras cidades, foi ali fazer (5:51) o quê? (5:53) Porquê que a pessoa fez um esforço para estar ali? (5:57) Como eu comentei, até quando nós estávamos conversando e quando fizemos a análise na (6:06) quarta-feira, havia muita preocupação nos olhares, não é Paulo? (6:10) Havia uma espécie de, em muitos olhares, havia uma espécie de angústia, uma angústia (6:17) não agitada, mas uma angústia de profundidade, como quem diz o seguinte, afinal de contas (6:22) o que é que estão fazendo conosco e com o país? (6:25) Bom, depois esse sentimento da brasilidade também era muito vivo e é uma coisa curiosa, (6:33) eu já estive em várias manifestações, o Paulo também, mas o estado espírito não (6:38) é sempre o mesmo, as pessoas falam muito, a pauta é essa, a pauta é aquela, não, (6:44) perguntem para a pessoa porquê que ela está ali, essa é a verdadeira pauta.

(6:49) Exatamente. (6:50) A pessoa acha que a pauta é aquilo que ela determina que é a pauta, não, perguntem (6:55) para as pessoas porquê que elas estão ali, perguntem para as pessoas porquê que muitas (7:01) vezes nós éramos parados e a pessoa tirava um terço, ou nos oferecia um terço, um rosário, (7:09) porquê? (7:11) Afinal de contas, porquê? (7:14) Lembra daquela família, novamente, né, Sr. Sepúlveda, que estava ao nosso lado rezando (7:19) o terço da misericórdia. (7:21) Exatamente, exatamente, então, tudo isso são coisas que não ficam no radar.

(7:28) Bom, mas há mais um outro ponto, o que é que nós assistimos durante semanas e semanas (7:42) da parte da mídia e da parte dos ocupantes das instituições, como Supremo Tribunal Federal, (7:51) como Câmara, como Senado, o que é que nós assistimos? (7:57) Uma máquina de propaganda para dizer que nós íamos ter manifestações golpistas, (8:05) para dizer que nós íamos ter manifestações violentas. (8:10) Houve uma jornalista da CBN que chegou a dizer que as pessoas sairiam às ruas armadas (8:17) para exterminar as pessoas da esquerda. (8:21) Quer dizer, nós tivemos os relatos mais infames, as máquinas de propaganda mais nojentas, (8:28) para atemorizar as pessoas e para evitar que elas fossem às ruas, para tentar esvaziar (8:35) as manifestações.

(8:39) Ora, o que é que aconteceu? (8:40) Isso não aconteceu, isso não aconteceu e mais do que isso, houve uma imensa paz em (8:49) todas as manifestações, não houve um ato de agressão, não houve um ato de violência, (8:54) não houve um vidro quebrado. (8:56) O Sr. Barroso, num dos discursos mais nojentos que ele já fez até hoje, disse, depois das (9:05) manifestações, que a vontade era invadir o Supremo Tribunal Federal. (9:12) Ora, isso é mentira, nem havia um aparato grande para proteger, não houve violência (9:22) nenhuma, mas era preciso manter a narrativa mentirosa.

(9:26) O Sr. Barroso chegou a afirmar, da maneira mais hipócrita, que se essas pessoas queriam invadir (9:35) o Supremo, elas também invadiriam as sessões eleitorais. (9:40) Vejam o nível de narrativa criminosa para criminalizar por crimes inexistentes as pessoas. (9:51) E o que é que nós percebemos? (9:53) Nós percebemos da parte de todos os ocupantes das instituições, ontem eu ouvi a análise (10:01) do Guilherme Fiúza, ele dizia, foram discursos patéticos, o do Fux, o do Barroso, o do Sr. Lira, (10:11) do Sr. Pacheco, foram discursos patéticos, porque eles se chocaram com a realidade.

(10:19) Mas todos esses discursos criminalizaram o povo, o povo para eles, eu escrevi um tweet (10:28) sobre isso, o povo para esses ocupantes das instituições é uma massa de escravos numa (10:36) imensa senzala chamada Brasil, que eles julgam que dominam, mas o que nós estamos assistindo (10:46) é que há esse divórcio cada vez mais crescente entre o país legal e o país real, essa é (10:58) a realidade que nós estamos vendo. (11:02) Ora, se nós não tivermos esse fundo de quadro, eu acho que nós não entendemos as movimentações (11:13) políticas, porque quem foi usando da violência, usando da perseguição, usando do arbítrio, (11:28) usando de tudo isso para criminalizar pessoas que com pensamento conservador foram brincando (11:36) com, eu uso essa expressão, era mais ou menos aprendiz de feiticeiro mexendo no feitiço, (11:48) e eles foram vendo o seguinte, que essa coisa que eles estavam mexendo estava dando para (11:55) o torto, e o feitiço estava se virando contra o feiticeiro, e o feiticeiro podia ser arrebentado (12:03) com todas essas, ou varrido pela brincadeira que ele estava fazendo. (12:11) Então era preciso tentar conseguir ganhar as rédeas outra vez dos acontecimentos para (12:26) não perder tudo de uma vez, e não perder tudo de uma maneira perigosa.

(12:32) Eu acho, eu tenho a certeza do que eu vou dizer, há agentes do caos trabalhando no Brasil (12:40) para caotizá-lo. (12:43) Vão, por exemplo, ler as notícias de ontem, de hoje, da mídia, e todos perceberão que (12:49) há um trabalho para caotizar o Brasil e tentar lançá-lo numa convulsão. (12:58) Bom, e o imenso teste que essas máquinas do caos fizeram foi o próprio 7 de setembro.

(13:07) Eles não sabiam qual ia ser a resposta popular, mas algo que os desmontou profundamente foi (13:15) não ter havido atos de violência. (13:18) Era preciso para eles que houvesse atos de violência para alimentar a narrativa que (13:25) eles tinham montado internacionalmente. (13:28) Eu recebi, por exemplo, um telefonema do meu irmão contando o que a televisão estava (13:34) dizendo naquele momento em Portugal.

(13:37) Que aqueles atos eram violentos, que era para invadir o Supremo Tribunal Federal, que era (13:42) como o Capitólio. (13:44) Ora, nada disso aconteceu. (13:47) Portanto, essa é a narrativa.

(13:49) Sim, liga, liga, Vão. (13:49) Se você me permitir fazer só um parênteses rápido aqui, e para quem já leu Yuri Besmenov, (13:56) ele fala sobre a subversão cultural e política de um país, o processo que ele foi treinado (14:01) para aplicar, inclusive ele vai aplicar isso na Índia e não consegue, a quinta etapa (14:07) é justamente essa. (14:08) Você precisa de uma grande convulsão social, de um fator ali que gere uma ruptura total.

(14:17) E o momento ideal para isso acontecer era nas manifestações de 7 de setembro. (14:22) E isso não ter acontecido é como se você joga a granada e a granada falha. (14:29) Ela não explode nas intenções dessa gente.

(14:31) Desculpa, Sr. Sepúlveda, é porque isso está muito dentro do que o Yuri Besmenov fala. (14:36) Foi ótimo. (14:37) Sabe porquê, Paulo? (14:38) Porque isso me leva a uma pergunta que eu vi agora no chat aqui assim.

(14:42) Eu não tenho medo de dizer isso. (14:45) Eu acho que isso é uma proteção divina sobre o Brasil, porque o que é que leva os (14:53) espíritos, o que é que leva aos estados de espíritos, às emoções, às raivas, (15:00) são os espíritos. (15:02) Ora, essa paz que nós vimos ali, Paulo, você me disse a um certo momento, você a um certo (15:09) momento se destacou e foi mais para a frente tentar passar e você não conseguia passar.

(15:15) Porque era muita gente que não se conseguia mais passar. (15:18) Portanto nós estávamos no meio de uma multidão que estava, digamos, ao rubro, por ideias, (15:26) defendendo o Brasil. (15:27) Entretanto, em nenhum momento havia o frenesi.

(15:34) Não sei se você confirma isso, quer dizer, não havia um frenesi, não havia nada disso, (15:39) havia paz, havia calma. (15:42) Bom, por isso é que eu digo o seguinte, que as pessoas que tramam, que mexem as máquinas (15:53) da propaganda, que mexem as máquinas da manipulação da imprensa, da política, eles não conseguem (16:02) entender o que é que está acontecendo no fundo dos espíritos. (16:07) Eles precisavam das manifestações violentas para dar uma justificação de um caos que (16:15) eles queriam implantar no Brasil.

(16:16) Ora, saem multidões às ruas, milhões de pessoas. (16:20) Eu queria chamar aqui a atenção de uma coisa. (16:23) Quem acompanhou a organização dessas manifestações, o que era público dessas manifestações, (16:29) era o seguinte.

(16:30) Primeiro o presidente tinha falado em São Paulo, depois começou-se a falar em Brasília (16:36) e em São Paulo. (16:38) Mas depois isso espalhou pelo Brasil inteiro, Paulo. (16:43) E Brasília foi imenso, uma coisa jamais vista.

(16:47) São Paulo foi imenso, mas foi Recife, foi Fortaleza, foi Porto Alegre, foi Belo Horizonte, (16:55) foi Curitiba, foi Florianópolis, foi Vitória do Espírito Santo. (17:01) Enfim, eu não vou conseguir Campo Grande, eu não vou me lembrar de todos os lugares, (17:08) eu peço perdão se não mencionei algum, mas em todos esses lugares houve também manifestações (17:13) gigantescas, campinas.

(17:15) Enfim, eu pergunto o seguinte, isso, as máquinas que sempre manipularam a opinião pública, (17:25) elas não estão entendendo o que é que está acontecendo.

(17:33) E é preciso ver que esse divórcio, volto a falar desse divórcio, esse divórcio é (17:38) a maior ruptura que está acontecendo no Brasil. (17:41) As pessoas acham que a ruptura é de instituições, não é não, a ruptura é essa ruptura que (17:46) está acontecendo entre a nação e o Estado, e a toda hora os agentes do Estado estão (17:56) tentando recuperar o controle desse navio. (18:02) Essa é a leitura que eu faço Paulo, assim, como introdução, por isso é que eu digo (18:08) o seguinte, as pessoas ficam aqui, é legítimo, mas eu chamo a atenção seguinte, quem só (18:14) olha para o lado estritamente político, por exemplo, a nota do presidente e não considera (18:19) tudo isto, desculpa, mas não consegue entender o que é que está acontecendo, a meu ver.

(18:28) Queria chamar sua atenção no seguinte, só um dado aqui para as pessoas que ficam-se (18:33) precipitando nos seus julgamentos, porquê que as máquinas, porquê que a gente vai acreditar (18:40) nas máquinas da propaganda, da imprensa, que até o dia da manifestação estavam mentindo (18:48) a respeito da natureza dos atos, dizendo que eram golpistas e que iam ser violentos, (18:57) e depois começam a dar outra interpretação a respeito, dizendo que não adiantou de nada, (19:02) e porquê que nós vamos acreditar nessas pessoas? (19:06) Parem, e pensem, porquê que nós vamos acreditar em quem estava mentindo até o dia, e continua (19:14) a mentir, porque cada dia é uma mentira nova, cada dia é uma mentira nova. (19:21) Agora, Paulo, um dos símbolos mais impressionantes da ruptura desse establishment e desse Estado (19:31) que não representa mais o povo, com o povo, foi o senhor Rodrigo Pacheco se recusar a (19:38) receber uma comissão de 10 pessoas que queria falar com ele e queria lhe entregar um documento, (19:46) e mandar colocar a polícia para impedir que essas pessoas tivessem acesso ao Senado. (19:53) Isso mostra a profunda ruptura desse Brasil legal com o Brasil real.

(20:00) Eles não percebem que eles estão cavando a sua própria ruína, e depois, como nós (20:14) vamos comentar à frente, leva a Greta, a Pirralha, para ir falar no Senado. (20:19) Ou seja, ele convi uma pessoa que nada mais é do que uma ativista política, manejada (20:26) por grupos internacionais, para vir atacar o Brasil, e isso ele leva para dentro do Senado, (20:33) mas depois ele não recebe aqueles que estavam ali, que se esforçaram, que foram até Brasília (20:40) se manifestar e não recebe. (20:42) Meus caros, isso não vai ficar impune diante da história, porque eles estão rasgando (20:52) a ligação do país legal com o país real, e o país real está se levantando cada vez (20:59) mais.

(21:00) Não adianta eles fazerem movimentozinhos políticos, porque o Brasil estava nas ruas. (21:08) Existe um dinamismo das forças de um país, na história você vê isso, não quer dizer (21:16) que é a maioria ou a minoria, o que interessa é qual é a força dinâmica do povo, qual (21:23) é a força dinâmica que nós vemos agora, qual é a força dinâmica? (21:29) Foi essa que foi às ruas. (21:31) Paulo, ela foi às ruas contra tudo e contra todos.

(21:37) Por exemplo, antigamente o MBL dizia que era o dono das ruas, ele julgava que era ele que (21:43) levava as pessoas às ruas. (21:50) Essa mitologia se desfez. (21:53) Quando nós vamos analisar 64, a clareza dos espíritos era maior, porque havia posições (22:02) mais definidas, o comunismo era um perigo patente, bom, então, nesse sentido havia (22:10) uma clareza maior dos espíritos.

(22:12) A revolução avançou para o caos, ela avançou com métodos de confusão, em que as coisas (22:20) não são claras, você muitas vezes precisa tentar mostrar no meio do caos e no meio de (22:31) uma posição que parece inócua, onde é que está o espírito revolucionário.

(22:36) Bom, então, essa presença maciça nas ruas, em certo sentido, tem mais impacto porque (22:46) a situação é menos clara, mas as pessoas intuem. (22:51) Depois há um erro também que nós cometemos por vezes, que é o seguinte, vamos falar (22:58) da França.

(23:00) A França, desde a Revolução Francesa, ela é dividida por um verdadeiro rio de sangue, (23:08) que foi a Revolução Francesa que acabou rasgando toda uma sociedade e rasgando as concepções (23:17) a respeito das pessoas, da sociedade, etc. (23:22) Vá a um francês de hoje, que talvez nem conheça direito a história da Revolução (23:28) Francesa, mas ele, no fundo do espírito, tem uma propensão ou para os valores revolucionários (23:35) ou para os valores contrarrevolucionários, ainda que intuitivamente, mesmo que ele não (23:41) saiba o que é que aconteceu. (23:44) Então nós achamos que, muitas vezes, a pessoa precisa ter uma noção clara de tudo, ora (23:51) não é verdade.

(23:53) O espírito humano, às vezes, por centelhas, ele percebe o todo do quadro e, a meu ver, (24:05) o que é que levava todas aquelas pessoas que estavam na rua? (24:08) Porque havia muitas pessoas que podem nos parecer, ah, essa pessoa aqui é simples, (24:15) não deve entender muito, cuidado! (24:17) Talvez você ouça dessa pessoa, e eu, em concreto, aconteceu isso comigo, ouça dessa (24:24) pessoa uma análise muito mais profunda e intuitiva do que está acontecendo, do que (24:30) talvez um analista político está lá dizendo coisas numa televisão qualquer. (24:37) Exatamente. (24:37) Eu tenho a impressão, Paulo, que a confusão é a nota predominante nos cenários mundiais, (24:57) na definição de posições, é no meio dessa confusão e desse caos que se faz o (25:11) trabalho revolucionário de avançar.

(25:15) Agora, eu não sei se também, Paulo, e isso aqui é mais uma questão que eu levanto aqui, (25:21) eu não sei se as pessoas têm noção de quanto é importante para uma nação o sentimento (25:29) de pertencência a essa nação. (25:35) Eu não sei se as pessoas têm essa noção. (25:38) Ou seja, o sentir-se participante de uma nação, participante de um povo e de um destino, (25:48) e aqui não recuo em dizer de um destino que é providencial. (25:55) Isso é muito mais do que apenas a pessoa perceber uma movimentação política. 

José Carlos Sepúlveda, em conversa com PH Vox

Postagem relacionada:

https://www.youtube.com/watch?v=1tfk8nGmREk

Nota de experiência - como estou construindo os pontos acerca da tecnocracia

1) Depois de ter transcrito e traduzido para o português a transcrição de dois vídeos importantes do Buntownik Jutra sobre tecnocracia, eu decidi cruzar no Gemini estes dados com a obra "O Estado Servil", de Hilaire Belloc, um dos livros que digitalizei no passado.

2) Ao encontrar profunda convergência entre os temas, uma vez que o Estado Teconocrático leva à concentração dos bens da vida em poucas mãos, no caso de uma elite tecnocrática, isto leva necessariamente à perversão da lei, o que fez com que eu tivesse que colocar Bastiat na conversa.

3) E o debate entre as obras foi como se fosse colocar fogo no parquinho, pelo que foi apontado na análise cruzada. Para que eu possa produzir o diálogo na inteligência artificial, eu preciso adquirir a obra do Wells e a obra do Brzeziński e digitalizar estas obras, de modo a revelar o conflito em torno dessas duas visões antagônicas acerca da natureza da lei - de um lado, Bastiat, que defende a lei como um mecanismo de legítima defesa em face da espoliação, provada pelo socialismo e pela tecnocracia, que é uma das suas vertentes mais modernas; do outro Wells e Brzeziński vêem a lei como um mecanismo de controle social - o que leva a concentração dos poderes de usar gozar e dispor da vida em poucas mãos, como bem apontou Hilaire Belloc.

4) Numa próxima oportunidade, eu farei isto.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de julho de 2024 (data da postagem original).

Análise cruzada das obras ""A Lei" (Bastiat), "The Open Conspiracy: Blueprints for a World Revolution "(Wells), "Between Two Ages: America's Role in the Technetronic Era" (Brzeziński) e "O Estado Servil" (Belloc)

A análise cruzada entre os textos de Frédéric Bastiat ("A Lei"), H.G. Wells ("The Open Conspiracy: Blueprints for a World Revolution"), Zbigniew Brzezinski ("Between Two Ages: America's Role in the Technetronic Era") e Hilaire Belloc ("O Estado Servil") revela uma profunda divergência de visões sobre o papel do Estado e da lei na sociedade.

Bastiat: A Lei como Proteção da Liberdade Individual

Bastiat defende que a lei deve ter como função primordial proteger a vida, a liberdade e a propriedade dos indivíduos. Ele critica o uso da lei para fins de pilhagem, ou seja, para beneficiar um grupo em detrimento de outro. Para Bastiat, a justiça é o único domínio legítimo da lei e do governo.

Wells, Brzezinski e a Tecnocracia: A Lei como Instrumento de Controle Social

Em contraste, Wells e Brzezinski, em suas obras sobre a tecnocracia, apresentam uma visão da lei como um instrumento de engenharia social e controle populacional. A tecnocracia, um sistema proposto por Wells e defendido por Brzezinski, busca substituir a democracia e a liberdade individual por um governo de elites tecnocráticas que utilizariam a ciência e a tecnologia para controlar a sociedade. A lei, nesse contexto, seria utilizada para impor as decisões dessa elite, limitando a liberdade individual em nome de uma suposta eficiência e progresso social.

Belloc: O Estado Servil e a Perda da Liberdade Individual

Belloc, em "O Estado Servil", compartilha da preocupação de Bastiat com a liberdade individual, mas alerta para o perigo de um Estado Servil, onde a liberdade é suprimida tanto pelo capitalismo quanto pelo socialismo. Ele prevê a formação de um Estado onde a massa proletária é despossuída e controlada por uma elite, seja ela composta por empresários ou burocratas. Essa visão se assemelha à tecnocracia de Wells e Brzezinski, onde a elite tecnocrática controla a sociedade em nome do bem comum, mas à custa da liberdade individual.

Conclusão

Em suma, a análise cruzada desses textos revela um conflito fundamental entre a visão da lei como protetora da liberdade individual (Bastiat) e a visão da lei como instrumento de controle social e engenharia social (Wells, Brzezinski). Enquanto Bastiat defende a justiça como o único domínio legítimo da lei, Wells e Brzezinski propõem um sistema tecnocrático onde a lei é utilizada para impor as decisões de uma elite. Belloc, por sua vez, alerta para o perigo de um Estado Servil que suprime a liberdade individual em nome de uma suposta eficiência e progresso social. Essa divergência de visões levanta questões cruciais sobre o papel do Estado, da lei e da liberdade individual na sociedade.

Análise cruzada da obra "O Estado Servil" (Belloc) com as transcrições que fiz dos vídeos do Buntownik Jutra, a respeito da tecnocracia

A tecnocracia, um movimento que surgiu na década de 1930, propunha a substituição do capitalismo por um sistema econômico baseado em recursos e energia, governado por técnicos e engenheiros. As ideias da tecnocracia foram retomadas e adaptadas ao longo do século XX, culminando em conceitos como "desenvolvimento sustentável" e "cidades inteligentes".

Essas ideias, promovidas por organizações como a Comissão Trilateral e o Fórum Econômico Mundial, buscam remodelar a sociedade global através de um controle centralizado de recursos e da engenharia social, utilizando tecnologias como inteligência artificial e big data para monitorar e controlar o comportamento humano. A tecnocracia visa a criação de uma sociedade global eficiente e "sustentável", mas à custa da liberdade individual e da soberania nacional.

H.G. Wells, um dos proponentes da tecnocracia, em seu livro "The Open Conspiracy: Blueprints for a World Revolution", defende a criação de uma nova ordem mundial governada por uma elite tecnocrática. Ele propõe a substituição das religiões tradicionais por um novo evangelho científico e a manipulação do público através da educação e da propaganda.

Essas ideias foram posteriormente desenvolvidas por outros pensadores como Bertrand Russell, que defendeu o uso da psicologia de massa e da educação para controlar o comportamento humano. A visão de Wells e Russell de uma sociedade governada por uma elite tecnocrática levanta questões importantes sobre a liberdade individual, a democracia e o papel da ciência na sociedade.

Em "O Estado Servil", Hilaire Belloc argumenta que tanto o capitalismo quanto o socialismo levam à concentração do poder nas mãos de uma elite, seja ela composta por empresários ou burocratas. Belloc prevê a formação de um Estado Servil, onde a liberdade individual é suprimida em nome da eficiência e do controle social. Essa visão se assemelha à tecnocracia de Wells e Russell, onde uma elite tecnocrática controla a sociedade através da ciência e da tecnologia.

Em resumo, a análise cruzada dos textos revela uma convergência de ideias em torno da criação de uma nova ordem social baseada no controle centralizado, na engenharia social e na supressão da liberdade individual. Seja através da tecnocracia, do Estado Servil ou do Grande Reset, essas visões levantam questões importantes sobre o futuro da humanidade e o papel da tecnologia na sociedade.

Da necessidade de se digitalizar o livro A Ética Protestante e O Espírito do Capitalismo, uma vez que estou diante de dois tipos de globalização, que devem ser examinadas com cuidado: a espanhola e a anglo-holandesa

1) Graças ao fato de ter colhido dados sobre a Espanha e sua primeira globalização, e sobre a Feira de Acapulco - que fez da Nova Espanha o epicentro dessa primeira globalização - eu pude juntar estes dados, conservados de maneira conveniente e sensata, com outro dado que pude adquirir através da transcrição de um vídeo do professor HOC: a globalização forjada pela Companhia das Índias Orientais, tanto britânica quanto holandesa.

2) A junção desses dados vai me levar necessariamente à digitalização do livro A Ética Protestante e O Espírito do Capitalismo, de Max Weber. Vamos ver no que isto vai dar, tanto logo eu termine de digitalizar o referido livro.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de julho de 2024 (data da postagem original).

Integrando digitalização, transcrição, tradução e análise de dados na IA num só sistema pessoal de conhecimento - notas sobre minha experiência ao percorrer esse caminho na busca pela verdade

1) O Papa Leão XIII, afirmou, em sua encíclica Rerum Novarum, que capital é o acúmulo de bens fundados na santificação através do estudo e do trabalho ao longo do tempo. Logo, podemos dizer que o capital intelectual é o trabalho acumulado ao longo do tempo kairológico - ao longo do tempo, fui tomando contato com postagens relevantes do Facebook. Essas postagens, eu as salvei no meu blog e as traduzi para a minha audiência que fala a minha língua. Embora eles não tenham se importado com o que falei, isto agradou a Deus, pois Ele reconheceu o meu esforço.

2) Com o passar do tempo, descobri bons softwares que faziam pra mim o trabalho de transcrever vídeos - com o apoio do Chat GPT, eu traduzi a transcrição desses vídeos para o português.

3) De tanto acumular, de maneira conveniente e sensata, informações relevantes, cheguei a um ponto onde eu poderia cruzar estas informações através do Gemini - e por meio dessa inteligência artificial eu encontrei outras informações relevantes, a tal ponto que publiquei os resultados no meu blog.

4) Foi dessa forma que fui integrando os diferentes trabalhos de digitalização, transcrição, tradução e análise de dados através da inteligência artificial em um só sistema de busca de produção de conhecimento, fundado na minha pessoas e nas minhas circunstâncias - e foi assim que fui chegando mais perto da verdade, nos méritos de Cristo.

Jose Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de julho de 2024 (data da postagem original).