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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

O verdadeiro nacionalismo é um instinto de defesa do lar invadido

1) Aquele que só ama um país, e apenas um país, tenderá a ver esse amor, fundado em Cristo, se degenerar em país tomado como se fosse religião - em religião de Estado de uma república totalitária e bananeira.

2) Essa segunda religião não descansará até destruir a primeira e a verdadeira, fundada na pátria celestial. E quando consegue ser a primeira religião, o país se torna ateu e morre por dentro, tal como aconteceu na União Soviética. Eis a razão pela qual o nacionalismo é um verdadeiro câncer, pois o comunismo e o ateísmo não passam de mentira.

3) Um dos papas, não lembro o nome agora, falou em nacionalismo verdadeiro, quando o país, tomado como se fosse um lar, é agredido por uma força estrangeira, aquela mesma que se toma como se fosse religião e que quer tomar o mundo inteiro. 

4) Esse nacionalismo verdadeiro só é possível se houver antes um amor fundado no fato de se tomar o país como se fosse um lar em Cristo, coisa que leva as pessoas a agirem num puro instinto de defesa coletivo. Pois o soldado vai à guerra motivado por todo o amor à terra que ele deixa pra trás, de modo a defendê-la - e não pelo ódio ao inimigo. Se fosse ódio, as duas civilizações acabariam e não haveria trégua. Eis o que podemos tirar desta lição de Chesterton.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de dezembro de 2015 (data da postagem original).

Notas sobre o nacionalismo verdadeiro

1) Aquele que só ama um país, e apenas um país, tenderá a ver esse amor, fundado em Cristo, se degenerar em país tomado como se fosse religião - em religião de Estado de uma república totalitária.

2) Essa segunda religião não descansará até destruir a primeira e a verdadeira, fundada na pátria celestial. E quando consegue ser a primeira religião, o país se torna ateu e morre por dentro, tal como aconteceu na União Soviética. Eis a razão pela qual o nacionalismo é um verdadeiro câncer, pois o comunismo e o ateísmo não passam de mentira.

3) Um dos papas, não lembro o nome agora, falou em nacionalismo verdadeiro, quando o país, tomado como se fosse um lar, é agredido por uma força estrangeira, aquela mesma que se toma como se fosse religião e que quer tomar o mundo inteiro. 

4) Esse nacionalismo verdadeiro só é possível se houver antes um amor fundado no fato de se tomar o país como se fosse o lar, coisa que leva as pessoas a agirem num puro instinto de defesa coletivo. Pois o soldado vai à guerra motivado por todo o amor da terra que ele deixa pra trás, de modo a defendê-la - e não pelo ódio ao inimigo. Se fosse ódio, as duas civilizações acabariam e não haveria trégua. Eis o que podemos tirar desta lição de Chesterton.

Nova nota sobre a diferença entre patriota e nacionista

1) Todo nacionista é um patriota. 

2) O patriota, a título singular, só ama um lugar; geralmente, o lugar onde nasceu ou foi criado. O nacionista, a título universal, ama vários lugares, a ponto de juntar vários corpos geográficos num só, coisa que terá de ser reproduzida pelo exemplo e pelo ensino, coisa que só pode se reproduzir inicialmente no âmbito familiar.

3) O nacionismo é por essência algo que deve ser reproduzido inicialmente na Igreja Doméstica, algo que deve ser ensinado de pai para filho - e depois, aos poucos, isso vai se distribuindo a todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento.

4) Ele precisa da mesma velocidade com a qual o Cristianismo foi pregado - lentamente, de modo a ganhar as almas de uma a uma. E tende a crescer de maneira avassaladora a partir do momento em que a pessoa paga com a vida o fato de defender a verdade até o fim, pois a verdade se impõe a todos aqueles que amam a boa-fé e a justiça.

Notas sobre o auto-retrato

1) Em tempos de Cristianismo, o auto-retrato era pintado e o artista tinha que ter muito senso de si mesmo, de modo a se guiar esteticamente e retratar a si próprio da melhor maneira possível.

2) Ele olhava a si próprio como a imagem e semelhança de Deus. E esses retratos de si próprio, quando olhados por essa via, faziam as pessoas admirarem a pessoa pelo que ela era e pelo que ela fazia. Eram coisas eventuais e reservadas.

3) Em tempos online, em tempos já descristianizados, o auto-retrato é uma idolatria de si mesmo: como todos têm a sua própria verdade, o que o retrato mostra é só a projeção de uma alma vazia e doente - e a distribuição dessa imagem torna isso um hábito banal tão vazio quanto a imagem produzida.

4) Outro fator importante, que torna o hábito do auto-retrato ser o oposto à prática dos grandes pintores medievais e renascentistas, está no fato de que a câmera digital tornou a fotografia algo banal, a ponto de deixar de ser uma arte. Não é preciso mais senso de estética ou de proporções, de modo a retratar a si mesmo. O grotesco da sua alma será retratado e distribuído. E se isso for vazado, será aproveitar-se da própria torpeza, tal como ocorreu com a Carolina Dieckmann.

Eis uma definição interessante de selfie

1) Selfie pra mim é isto: escrever algum besteirol, imitando o Olavo, dar print screen e depois apagar a postagem.

2) Se a selfie reflete algo efêmero e vazio, então melhor guardá-la só pra você, só pra você perceber o que falha em seu caráter, de modo a que você possa melhorar como gente, a partir de uma boa confissão.

3) O exibicionismo é a marca da má consciência individual que se distribui ao mundo a todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas, fundadas em sabedoria humana dissociada da divina. Nada mais triste do que ter amigos na apatria - como não crêem na fraternidade universal, são falsos amigos.

domingo, 20 de dezembro de 2015

Sobre o mau-caratismo dos que julgam

1) Uma das coisas que mais prezo é a caligrafia. Sim, eu realmente gosto da letra manuscrita no caderno, apesar de fazer anos que não pego num caderno.

2) Certa ocasião, eu resolvi digitalizar os meus cadernos só para mostrar o quanto é bom ter uma letra bonita, o quanto é nobre escrever as coisas em belas letras - mas, quando alguns viram o pdf, acharam isso babaquice, exibicionismo, sem me perguntar por que razão eu fiz isso.

3) Esses mesmos que cometeram este crime contra a caridade, contra a bondade alheia, adoram julgar os outros - a ponto de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. Alguns alegam que não vão para o catolicismo porque sentem dor - e ao sentirem dor física insuportável, conservam a dor do corpo físico conveniente, em vez de conservarem a dor do Altíssimo que morreu por todos nós, por conta do pecado.

4) Se eu sentisse uma dor física me consumindo, eu teria coragem e enfrentaria essa dor só para poder comungar do corpo e sangue de Cristo, pois a do meu Salvador era sobrenatural e o amor que Ele sentiu por mim, ainda que não fosse nascido, era atemporal. Não é a minha dor que devo conservar - a dor que devo conservar é a dor do meu Salvador. Eu tenho n'Ele o meu descanso e Ele suporta as dores do mundo por mim, já que sozinho eu não conseguiria carregar o peso de minha própria cruz.

5) Essas coisas medem o caráter. E o conservar das coisas fundadas em sabedoria humana dissociada da divina nos revela que o ser que age assim é de péssimo caráter.

Como a desinformação fomenta a apatria

1) Quem conserva o que é conveniente e dissociado da verdade não ama e não rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. Além não ser amigo, é apátrida, pois não nos é compatriota na pátria do céu. Se está desligado no Céu, está desligado na Terra.

2) Sobre aquilo que ocorre no México, aquilo é pura desinformação. Se a publicidade revela a demanda por um produto, a desinformação revela a demanda por um desejo de ser apátrida e conservantista. Quanto mais gente tomando o falso como se fosse verdade, pior para o país que não reprimir os adeptos da heresia, da mentalidade revolucionária.