1) Eis aí uma boa colocação da minha amiga Sara Rozante: "Nem sempre quem emigra é apátrida".
2) Ela tem razão. A apatria que tanto aponto nos que critico não está no fato da emigração, mas na postura covarde, pusilânime e conservantista dos que tomam o país como fosse religião de Estado da República, fundada por esses nefastos positivistas - ao verem esse projeto fracassar de maneira retumbante, preferem entregar o país aos vermes comunistas, de modo a que tudo acabe de vez. Eles podem fazer isso porque eles têm o respaldo de outra nação fundada na apatria modernista: os EUA - e por conta de saberem que essa utopia está ainda viva e forte, eles vão vender sua força de trabalho por lá, já que a economia deles é mais forte do que a nossa. Só por conta disso, são seres indignos - é mais ou menos como aconteceu agora na Argentina, em que a Cristina Kirchner não entregou a faixa presidencial ao Macri (ver esta postagem aqui: http://adf.ly/1TKL43). Pois o republicanismo, que é essencialmente ditatorial, é algo sem classe - por isso que sua falsa fé republicana entrou em metástase e deu no que deu.
3) O Brasil, por conta desse republicanismo importado, é colônia desses movimentos modernistas, vindos tanto da França quanto dos EUA. Agora que este falso paraíso terrestre fracassou, após 126 anos de História de Movimento Revolucionário no Brasil, agora ele foi jogado às traças. Mas Deus é grande: o Cristo Crucificado de Ourique restaurará as verdadeiras fundações da pátria. Neste momento, ele mandou seus melhores soldados de modo a que possam servir a Ele em terras distantes.
4) Com o advento da Era Virtual, hoje eu posso servir em terras distantes, sem sair de minha casa. No entanto, para certas circunstâncias, minha presença em outro lugar se faz estritamente necessária - e cedo ou tarde terei de ir à Polônia ou a outro lugar qualquer, uma vez que o toque humano se faz estritamente necessário, de modo a consolar tanto os aflitos quanto os que têm fome e sede de justiça.
5) Às vezes, precisarei passar temporadas inteiras num outro lugar - e terei que aprender a lidar tanto com o calor do deserto quanto com o frio de 20 graus abaixo de zero da Polônia, em pleno inverno. Afinal, para se tomar o país do próximo como se fosse um lar, tudo o que preciso fazer é internalizar essas coisas na carne e passar as mesmas privações por que passam. Por isso que estar em terras distantes pede necessariamente um estágio, de modo a que eu incorpore no corpo esse espírito que não encontrarei na minha terra de origem, cheia de apátridas e covardes: o espírito da solidariedade humana, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.
5) Às vezes, precisarei passar temporadas inteiras num outro lugar - e terei que aprender a lidar tanto com o calor do deserto quanto com o frio de 20 graus abaixo de zero da Polônia, em pleno inverno. Afinal, para se tomar o país do próximo como se fosse um lar, tudo o que preciso fazer é internalizar essas coisas na carne e passar as mesmas privações por que passam. Por isso que estar em terras distantes pede necessariamente um estágio, de modo a que eu incorpore no corpo esse espírito que não encontrarei na minha terra de origem, cheia de apátridas e covardes: o espírito da solidariedade humana, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.
5) Por isso que o meu eu-nacional, para ser universal, necessita se associar a outros eu-nacionais diferentes - e de tal modo a que vários componham um só: um ser mais sábio, que saiba viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 2015 (data da postagem original).