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sábado, 29 de julho de 2017

Aos conservantistas eu não dou segunda chance justamente porque conservam o que é conveniente e dissociado da verdade, o que os desliga da pátria definitiva, a qual se dá no Céu

1) Nas minhas relações com os americanos, eu geralmente costumo dar uma segunda chance a eles, quando falham comigo. E eles não costumam falhar.

2) Já em relação aos apátridas nascidos nesta terra, eu não costumo dar uma segunda chance, visto que são incapazes de pedir desculpas por suas falhas e são incapazes de reconhecer os erros que cometem. Afinal, onde o senso de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade se torna norma, as pessoas deixam de ser gente e se tornam verdadeiros monstros morais.

3.1.1) Tenho fama de não dar uma segunda chance quando falham comigo. Mas essa fama se dá justamente porque conheço o caráter geral dos apátridas nascidos nesta terra.

3.1.2) Afinal, o conservantismo, na sua forma insensata, não decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus, pois os seus praticantes são tão prepotentes e dissimulados que se declaram de direita, nominalmente falando, quando na verdade são tão esquerdistas quanto os comunistas. Afinal, não fazem do seu "sim" um sim e do seu "não" um não - e como o colega Caio Bellote Delgado Marczuk bem falou, eles criticam o politicamente correto sendo politicamente corretos, o que reforça o relativismo moral.

3.2.1) Por conta do fato de conhecer bem a linguagem e o fenômeno do conservantismo, eu me recuso a fazer o que os outros fazem; ao dizerem que "brasileiro é mesquinho", eu me sinto incluído imerecidamente nesta declaração só porque eu nasci no Brasil. Eu não sou apátrida como os demais; a generalização que o mundo costumar usar em seus dizeres é injusta, pois há pessoas como eu - uma minoria, é verdade - que nasceram nesta terra e que fazem o Brasil ser tomado como um lar em Cristo e que se santificam através do trabalho e do estudo, não obstante a enorme quantidade de apátridas que há nesta terra que só sabem conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

3.3.1) Se soubessem dominar as nuances da linguagem, não usariam a palavra "liberal" ou "conservador" de maneira voltada para o nada, o que esvazia o significado dessas palavras, como diz o professor Loryel Rocha - o que faz com que as palavras acabem se dessacralizando por conta da luta ideológica, fazendo com que não descrevam mais uma realidade, um jeito de ser.

3.3.2) Os libertários-conservantistas (que se dizem "liberais-conservadores", de modo a mascarar o que são na verdade) riem da postura caricata de seus críticos e aproveitam que as críticas de seus oponentes se voltam para o nada para continuar relativizando a verdade e tudo o que decorre dela, uma vez que os tolos, por não dominarem a língua, tendem a jogar no mesmo balaio quem é honesto e quem não presta, o que é justamente o alvo pretendido.

3.3.3) Por isso, os libertários-conservantistas colaboram com a esquerda ao se mascararem de direita, justamente porque a maioria de seus críticos não domina as nuances da linguagem.

3.3.4) Trata-se um verdadeiro cavalo de tróia - e essa operação quase-militar só pode ser percebida somente por quem domina as nuances da língua de tal maneira a não generalizar as coisas, de modo a não jogar no mesmo balaio quem é honesto e quem não é, uma vez que o conservador liberal (o que conserva a dor de Cristo por ser livre em Cristo, já que Ele é a verdade e a liberdade) não é libertário-conservantista.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de julho de 2017 (data da postagem original).

Notas sobre o ciclo da leitura e da vivência


1) A vivência pura e simples no tempo presente tende a ser linear e progressiva.

2) O estudo do passado faz com que regridamos no tempo. E a visualização desse passado se dá por meio da imaginação, em que vemos a viabilidade de se restaurar certas coisas do passado de modo a que sejam úteis às atuais circunstâncias em que nos encontramos, no presente. Afinal, a utilidade de algo se mede do casamento da liberdade com a verdade, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) O que conecta essas linhas paralelas, em que uma corre em sentido contrário à outra? As nuances - é nas nuances do presente que registramos na literatura que se faz com que a linha do estudo busque a realidade de modo a que seja bem aplicada, bem observada. Do mesmo modo, isso faz com que a realidade busque o estudo de modo a ser melhor compreendida por parte de quem observa as coisas, criando uma espécie de ciclo.

4) Do casamento da leitura com a vivência vem o ciclo virtuoso do conhecimento, em que algo menor prepara o caminho para algo maior, o qual, por sua vez, serve de meio para algo maior ainda. Se a pessoa não estiver aberta às nuances que conectam uma coisa à outra, ela estará atrasada, ainda que esta se diga a mais progressista do mundo, posto que fugiu da realidade, ao não captar as nuances das coisas, essencial para trazer algo do passado, ou mesmo do futuro realmente possível, para o presente - o verdadeiro mercado, o ponto de encontro onde a imaginação se torna algo concreto e realista.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de julho de 2017.

Notas sobre algumas nuances que andei observando nesses simuladores de economia de mercado

1) Em simuladores de economia de mercado, como o The Guild 2 ou Saelig, nós vemos o seguinte: você é um fazendeiro que está a produzir trigo; esse trigo, se processado por meio da mão do moleiro, vai ser convertido em farinha; essa farinha, por sua vez, será usada na produção de pães, na padaria.

2.1) Padeiro, moleiro e agricultor não se conhecem - e cada um está visando seus próprios interesses.

2.2) Como existe uma cultura em que cada um enxerga seus próprios interesses a ponto de serem incapazes de descobrir (no intuito de valorizar) o trabalho do outro, eis que surge o mercador, para servir de intermediário.

2.3.1) Como o mercador também enxerga seus próprios interesses, ele faz do encontro uma sujeição (a tal ponto que existe uma diferença gritante entre o preço que o mercador está disposto a pagar pela oferta do produto no mercado e o preço pelo qual ele se dispõe a dar o produto se houver demanda a partir do mercado, que ele controla por meio de uma oferta que se destina a toda a comunidade, que passa a ficar subordinada aos interesses do mercador). É como se fosse uma economia de licitação, mas pautada na flexibilidade dos costumes, uma vez que os preços flutuam em razão da ação do tempo e das circunstâncias.

2.3.2) Trata-se de uma economia de governo, de manipulação, o que leva à atomicidade das classes (a ponto de gerar conflitos de interesse qualificados por uma pretensão resistida, o que extravasa e muito o âmbito da ordem privada). É o que vemos.

3.1) O que não se vê é que o agricultor tem sua família, assim como o moleiro e o padeiro. Por isso, quem toma o país como um lar deve tomar todas as classes da sociedade como parte da família e criar um ambiente de concórdia entre essas três famílias, tal como vemos neste microcosmo que prepara nossa visão para algo maior e mais sistemático.

3.2) Essa pessoa deve fazer com que com que agricultor, moleiro, padeiro entrem num acordo de modo que uns trabalhem em função dos outros para que possam ganhar mais e repartir os lucros advindos do trabalho coordenado. Se fossem sócios, por amarem e rejeitarem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, receberiam sua participação em partes iguais 100/3 => 33%, uma vez que entre irmãos em Cristo não há diferenças, a não ser nos dons que Deus deu a cada um de modo a facilitar o trabalhos dos outros cujos dons completam o trabalho do agricultor. Como o agricultor, o moleiro e o padeiro têm seus empregados - e esses empregados recebem sua participação nos lucros, descontados o pró-labore de seus respectivos chefes.

4) Se isso é assim numa pequena escala, a mesma coisa ocorre numa escala sistemática, macroscópica.

5.1) Nos tempos antigos, a melhor forma de ocorrer uma joint venture era o agricultor ter filhos.

5.2.1) Digamos que o agricultor tenha dois filhos em que o filho A case com a filha do moleiro e o filho B se case com a filha do padeiro.

5.2.2) Com isso, o negócio fica na mão de uma família que decorre da união dessas três por força do casamento - afinal, na economia familiar não há concentração de bens em poucas mãos, mas uma divisão de tarefas de modo que os descendentes desta união acabem supervisionando o trabalho de seus subordinados e acabem, por sua vez, trabalhando em conjunto de modo que a família unida possa prosperar mais e melhor.

5.3) Trata-se de uma economia de comunhão e, ao mesmo tempo, é uma economia de salvação, pois é na família que se encontra a Igreja doméstica, a base para se amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. Afinal, a sociedade decorre da comunidade, pois pressupõe esforço conjunto em obras que visam à promoção do bem comum - e é pelo bem comum bem constituído que se toma o país como um lar em Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de julho de 2017.

Notas sobre uma analogia que percebi enquanto digitalizava livros

1) Em relação ao norte, o sol nasce no leste (direita) e se põe no oeste (esquerda).

2) Considerando o livro como uma parte essencial da cultura ocidental, nós fazemos o caminho inverso; a gente sai das trevas da noite, da esquerda (enquanto conseqüência lógica do pôr-do-sol), e chega ao caminho das luzes, onde o sol nasce, de modo a buscar uma orientação, um norte fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Quando caminhamos das trevas para as luzes, fazendo o caminho inverso do tempo, nós estamos estudando o passado. E no caso de uma ficção científica, nós trazemos o futuro para o presente, o que é uma forma de atualização.

4.1) E a atualização nada mais é do que imaginação de um futuro possível trazida para o presente ou de um passado concreto trazido de volta para o presente de modo a restaurar o que se perdeu por conta do conservantismo insensato que temos neste mundo em que o tempo rege todas as coisas e todos os atos humanos de modo que tudo se dissolva no materialismo, na história do eterno tempo presente.

4.2) Tanto numa via quanto na outra houve pesca. E para se pescar homens, é preciso necessariamente fazer pesquisa - por isso, a leitura de bons livros se faz essencial. É pela leitura que se cultiva almas de modo a que a liberdade em Cristo não seja voltada para o nada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de julho de 2017 (data da postagem original).

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Notas sobre um RPG sandbox em que você é um morador de rua

1) Recentemente, eu vi um RPG sandbox em que você é um morador de rua e sua missão é sobreviver à indiferença dos apátridas, que não vêem em você a figura do Cristo necessitado, assim como ao frio do inverno.

2) Este jogo é um ótimo exercício para você desenvolver o senso de compaixão nos outros. Assumir, ainda que virtualmente, o papel do outro é sentir a dor do que sofre, que é uma forma de conservar a dor de Cristo.

3.1) Eu já vi muita coisa interessante, mas algo dessa natureza nunca.

3.2) O nome do jogo é Hobo: Tough Life. Numa próxima oportunidade, vou adquirir esse jogo e jogá-lo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de julho de 2017 (data da postagem original).

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Tomar o pais como um lar em Cristo é venerar os heróis que tornaram isso possível, por terem sido verdadeiros santos, já que tinham virtudes heróicas inconstestáveis

1) Quando se toma o seu país como um lar com base naquilo que foi edificado em Ourique, você honrará (no sentido de venerar) todos aqueles que pavimentaram o caminho para se tomar o Brasil como um lar em Cristo, enquanto desdobramento do processo de se servir a Cristo em terras distantes, pois é por força do fato de bem servirmos a Ele que tomaremos este país como sendo nosso lar. E enquanto bem servirmos a Ele, nossa conexão de sentido com o que foi edificado naquela circunstância jamais será abalada ou perdida.

2) Se há heróis nesta terra, isso se deve ao fato de que todos eles viveram a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus - e a causa a que serviram foi causa santa. E santos foram, ao deixar um legado na história da Civilização.

3) Por isso, o processo de nacionidade é um processo de dulia. Você venera os verdadeiros heróis, que foram santos, pois esta nação nasceu sob a égide da Santa Cruz. E não crer na santidade é não crer em virtudes heróicas - e isso é ato de apatria.

4.1) Quanto ao processo de se ter um vínculo com um governo que coordene as coisas, de modo a que esta missão em Cristo se realize, isto é realmente importante, mas não como um formalismo vazio, a ponto de gerar uma estatolatria.

4.2) Os vínculos são importantes por conta do fim a que se destinam; se tenho vínculo com o vassalo de Cristo por força do nascimento, é razoável esperar que este imite o exemplo de D. Afonso Henriques e prepare nosso povo para continuar servindo a Cristo em terras distantes.

4.3.1) Por isso, a nacionalidade está relacionada ao fim do Estado: se o Estado português foi criado para propagar a fé cristã, então nós tomaremos o país como um lar enquanto as coisas estiverem bem servindo a esse nobre propósito.

4.3.2) Basta que esta conexão de sentido se perca que o vínculo acaba sendo voltado para o nada; neste ponto, a nacionalidade só mascara uma apatria sistemática, visto que o Estado passou a ser tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado nada pode estar fora dele ou contra ele - o que mata o senso de tomar o país como um lar em Cristo, base da verdadeira vida livre e com um propósito salvífico.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de julho de 2017.

O que faria se fosse professor de História e tivesse de falar sobre o processo político que culminou na secessão do Brasil do Reino Unido de Portugal, Brazil e Algarves?

1) Se fosse professor de História e tivesse de dar aula sobre o processo de secessão do Brasil do Reino de Portugal, Brazil e Algarves, eu certamente teria que introduzir aos meus alunos noções de Direito Internacional Público a eles.

2.1) A razão pela qual digo isso é que não é com gritos do Ipiranga que se reconhece a secessão de um Estado de sua mãe-pátria.

2.2.1) Comentaria o caso do exemplarismo americano e também como este país foi o primeiro a reconhecer a coroa revolucionária como independente do Reino de Portugal.

2.2.2) Usaria como livro de referência o livro O Reconhecimento do Brasil pelos Estados Unidos da América de Hildebrando Accioly, que é uma referência nos estudos de Direito Internacional Público. Ele mesmo foi ministro das Relações Exteriores - ou seja, ocupou a pasta que um dia foi do Barão do Rio Branco.

3.1) Enfim, para se dar uma aula de História a sério, você precisaria recorrer a uma bibliografia séria e planejar a aula.

3.2.1) Não é um trabalho fácil, diga-se de passagem.

3.2.2) Só sobre tomar o país como um lar em Cristo e não como se fosse religião de Estado, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, eu precisei escrever mais de 3400 artigos em 3 anos e meio de investigações. É claro que não escrevi apenas sobre esse tema - escrevi sobre outros assuntos também, mas o nacionismo ocupou a maior parte das minhas meditações durante esse período.

3.3) Nesta atual fase que me encontro, de comentar os livros que leio, eu vejo como ser professor, no sentido de planejar bem o que vai ser dito para os alunos, não é uma tarefa bem fácil. 

3.4) Embora seja tomado por professor na rede social, eu nunca dei aula numa sala de aula. O lado bom é que os que me lêem estão realmente interessados naquilo que tenho a dizer. Por isso, farei o melhor trabalho possível.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de julho de 2017.