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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Examinando uma opinião geralmente aceita em Direito de Família

1) Em Direito de Família, costuma-se dizer que a maternidade é certa e que a paternidade é presumida. Isso significa dizer que o homem, enquanto cabeça de família, é uma peça intercambiável, que pode ser substituída, por conta do divórcio.

2) Se os homens são substituíveis uns pelos outros, então a mulher tende a ser masculinizada e passa a ser a chefe da família. E ela passa a reproduzir as feições de Mariane. Enfim, a sociedade não passará de um verdadeiro clube de swing em escala monumental.

3) No aspecto micro, há o exame de DNA para se investigar a paternidade. Agora, no aspecto macro, não existe substituto para a tradição. DNA, datação por carbono-14, seja lá o que for, nada disso resolverá todo o caos planejado que foi estabelecido por conta da mentalidade revolucionária: só vivendo a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus e seguindo a mais reta tradição fundada no Cristo é que se resolve tudo isso.

Deus consagra o direito de sangue

1) Quando Deus elege um povo, ele consagra o direito de sangue. Pois é do direito de sangue que surgem os virtuosos que tornarão a terra santa, de modo a se tomar o país como se fosse um lar.

2) Se o pecado entrou por um só homem, Adão, então a apatria se distribuiu a toda a descendência. E de modo a que se salve todos os homens da apatria, Deus precisou criar um povo virtuoso - e tudo começou em Abrahão. Deus não só lhe deu uma terra prometida como também consagrou seu sangue, pois seus descendentes seriam tão numerosos quanto as estrelas do céu.

3) A partir de Jacob, surgiram as doze tribos de Israel. E da organização das doze tribos, por conta da necessidade de se reconquistar a Terra Prometida, Deus primeiro criou a figura provisória dos juízes e depois escolheu um Rei. E da casa davídica, surgiu o Rei definitivo: Cristo Jesus.

4) Por conta de Ourique, Cristo elege os portugueses, de modo a servirem a Ele em terras distantes. A obra salvífica de Cristo também necessita de Impérios que sirvam fielmente a Cristo, pois Ele reina sob o mais puro cetro de ferro e conquistará todos os bárbaros que se encontram no mundo inteiro. A cristologia ouriqueana explica a gênese desse império, que faz da causa universal a razão de ser de sua causa nacional. Tudo isso se funda no fato de que o reinado de Cristo não terá fim - e a missão dos portugueses continuará, enquanto bem servirem a Cristo neste aspecto.

6) Os povos sem Cristo, como os romanos e os gregos, elegem a terra como a razão de ser de todas coisas - é da terra que se tira o alimento, pois é a única e verdadeira fonte de riquezas permanente. Por isso, os povos pagãos são essencialmente materialistas - e farão da guerra um meio de se conquistar riquezas.

7) O processo de descristianização começa a partir do momento em que os países renegam o sangue dos povos eleitos e passam a santificar a terra através da riqueza que ela produz, coisa fundada na sabedoria humana dissociada da divina.

Notas sobre dois tipos de tradição da realeza

1) Existem dois tipos de tradição de realeza: a Tradição Patriarcal e a Tradição da Sagrada Família.

2) Como homens são chefes de família e exercem o papel de autoridade, é natural que o filho homem mais velho assuma o encargo, pois o país é seu lar e o povo é tomado como se fosse seu filho, pois uma vez que ele, o Rei, foi gerado dentro do próprio povo e eleito pelo próprio Deus para reinar, tal como aconteceu com Saul e com David.

3) Do desdobramento da tradição patriarcal, existe a lei sálica: varões que tenham sido gerados por mulheres que não sejam do sangue do povo não são dignos de reinar, por terem sangue apátrida. Quando a soberania real passou a virar soberania popular, democrática, isso levou a fazer com que o país fosse tomado como se fosse religião de Estado. Qualquer um que tenha nascido na França, sem ser filho de francês, tem sangue apátrida, sendo incapaz de ter direitos civis, por conta do nascimento.

4) A tradição da sagrada família começou a partir de Ruth, estrangeira que tomou como se fosse seu o povo do Deus de Israel. Isso agradou a Deus de tal forma que dela surgiu a Casa de David - e da Casa de David, o Rei definitivo: Nosso Senhor Jesus Cristo.

5) Como Jesus veio salvar a todos, os judeus e os gentios, a Sagrada Família de Jesus tornou-se o modelo da tradição do soberano perfeito. O Pai continua cabeça da casa, que é completado pela Mãe naquilo que a própria mulher é capaz de fazer de melhor, e logo abaixo a figura dos Filhos. Não importando o sexo, como Cristo veio salvar a todos, o sucessor, seja homem ou mulher, assume o encargo de reproduzir as feições do Filho muito amado de Deus de modo a que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo, seja no próprio domínio, seja em terras distantes, tal como ocorre com os portugueses.

6) Todos os que descenderem dos servidores de Cristo em terras distantes serão cidadãos da pátria, não importando onde tenham nascido - e todos os estrangeiros que disserem sim à missão que o Cristo Crucificado de Ourique nos deu são parte do povo eleito por Cristo, pois se comprometeram a servir a Ele em terras distantes.

7) Da negação do direito de sangue consagrado em Ourique, surge o nacionalismo e o jus solli. Quem nascer filho de Mariane será cidadão do Brasil Republicano, filho decorrente do aborto que fizeram no dia 15 de Novembro de 1889. E se este disser sim às falsas tradições da República, como Tiradentes e o quinhentismo, esta pessoa estará crismada na falsa religião da apatria, pois servirá ao diabo em terras distantes.

Comentários adicionais:

Michel Linecker: Interessante que a República Americana copiou essa estrutura da lei sálica francesa. No caso do Presidente, o sujeito tem de ser necessariamente filho de pais americanos nascidos em território americano. Um indício de país tomado como se fosse religião.

O milagre de Ourique leva à teoria da seleção sobrenatural dos povos

1) O simples fato de o milagre de Ourique estar registrado nos anais da História de Portugal e do Brasil revela a presença permanente desse milagre, que se faz ainda vivo em nossa realidade, seja quando estudamos a História, seja quando recordamos a missa celebrada por conta do Descobrimento do Brasil. Tomar consciência desse milagre é ver os elefantes de Aníbal e a derrota dos exércitos dos cinco reis mouros em face dos exército de nosso primeiro Rei - tudo isso ao mesmo tempo. 

2) Trata-se de um milagre permanente. Quem não tomar conhecimento desse milagre, que por força sobrenatural escolheu os portugueses e seus descendentes como todos aqueles que servirão a Cristo em terras distantes, que se declare apátrida.

3) É impossível ser luso-brasileiro sem o conhecimento daquilo que realmente somos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de dezembro de 2015 (data da postagem original)

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Reproduzir as feições de Mariane é reproduzir as feições da nulidade

1) O que querem as feministas, quando defendem o aborto como um direito? Reproduzir as feições de Mariane?

2) Os filhos nascidos do vil ventre de Mariane são um verdadeiro aborto por natureza - a própria existência dessa gente é a promoção do não-direito, da não-justiça e da não-pátria. É a relativização do que Cristo falou: fazer do sim um sim e do não um não. É a promoção da nulidade.

3) Desde quando eu tenho o direito de matar alguém, que é inocente e indefeso? Isso é crime! Ainda que a legislação, fundada em sabedoria humana dissociada da divina, descriminalize isso, isso continua sendo crime, pois atenta contra as leis eternas, fundadas na conformidade com o Todo que vem de Deus.

4) Falar que elas são tão falsas quanto uma nota de 3 reais é um elogio para elas, pois o real estampa na cédula as feições de Mariane. Realmente, falar a verdade é algo que exige muito esforço neste país, rico em apatria e em vícios tomados como se fossem virtudes.

A apatria se caracteriza pela falta do senso das proporções

1) Se eu pegar algum engraçadinho falando mal de D. Pedro II, comparando-o com figuras execráveis como Marx ou Calígula, pode ter certeza que vou defenestrar o sujeito do meu perfil de facebook.

2) E olha que tá barato! Em outros tempos, onde não havia regra a proibir o exercício arbitrário das próprias razões, eu simplesmente capturaria o sujeito e o atiraria do alto da Pedra da Gávea - a versão brasileira da Rocha Tarpéia -, só pra ver se ele quica.

3) Aproveitem que vocês ainda têm a liberdade da Carta de 1988 para dizerem a asneira desejável. Quando a verdadeira ordem for restaurada, vocês pagarão com juros e correção monetária por todos os atentados ditos contra a verdade. 

4) Comparar o Magnânimo com Calígula é crime, pois Calígula foi um assassino e um louco perigoso. Além disso, é crime caluniar os mortos - só apátridas são capazes de dizer tal coisa de maneira premeditada e dolosa.

Não há perdão na República

1) Se perdoar fortalece, então preciso estar em conformidade com o Todo que vem de Deus, enquanto estiver na qualidade de autoridade. Tudo o que digo e faço precisa ser respaldado na verdade - e preciso reproduzir as feições de Cristo entre os meus subordinados. Só alguém digno de Cristo pode perdoar, pois é digno de dizer o direito com eqüidade e justiça.

2) O processo de reproduzir constantemente as feições de Cristo entre os que estão sujeitos à minha proteção e autoridade é algo permanente e necessário, pois são prerrogativas próprias de pai de família e chefe de Estado.

3) Se a chefia de Estado é trocada a cada 4 anos, fica impossível exercer essa prerrogativa, pois o personalismo do pai é necessário para o bom desenvolvimento dos filhos. Nenhum filho da terra será um bom ser humano se o pai é trocado uma vez a cada quatro anos. Será que nem as famílias modernas de hoje em dia, em que a maternidade, a de Mariane, é certa e a paternidade, a do eventual presidente da República, é presumida. 

4) Eis aí uma fábrica de apátridas, pois não há uma família-modelo a ser imitada: a Família Imperial, que por sua vez imita a Sagrada Família Cristã: Jesus, Maria e José.