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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Dar à imprensa sensacionalista ares de infalibilidade leva à apatria sistemática


1) É importante que se saiba o seguinte: não se deve tomar por compatriota quem é apátrida. 

2) Se a pessoa não contribui para que a Igreja, a esposa de Cristo, não exerça bem suas funções na terra, então ele é apátrida na pátria do céu. 

3) Se ele é apátrida na pátria do céu, então ele é apátrida no Brasil também, pois antes de sermos brasileiros somos cidadãos da pátria do céu. 

4) O apátridanão toma o país como lar, mas como religião. 

5) Um dos indícios de apatria é dar infalibilidade ao que se vincula na imprensa sensacionalista.

A indiferença é a causa da apatria

Um amigo meu me comentou isto:

1) Há muito tempo o número de brasileiros dispostos a pagar por um pouco de verdade caiu. O primeiro indício disso é a queda na assiduidade das doações para a Igreja. 

2) Alguém que não está disposto a bancar o rateio dos custos da manutenção da própria Igreja não está disposto a ver mais verdade alguma, desejando apenas gastar seu dinheiro em informações que lhe sejam aprazíveis de forma imediata (como números maquiados, pelo governo, da economia).

Eu respondo:

1) Se a pessoa não está mais disposta a contribuir para manter a Igreja funcionando, então ela é igualmente incapaz de tomar o país como se fosse um lar. Isso porque ela deu tanta relevância ao fato de se tomar o país como se fosse religião que acabou se afastando não só da pátria do céu como também dos fundamentos lógicos pelos quais este país foi fundado. Enfim, é um apátrida. E a busca sistemática do hedonismo leva à indiferença, causa da apatria.

2) Esses que deixaram e deixam de contribuir para a Igreja são todos apátridas (pois é dever de quem está conforme o todo de Cristo pagar o dízimo). Pois não é possível ser brasileiro sem primeiro dar ouvidos à pátria do céu, que é a causa de toda a verdade.

Sobre o potencial do crowdfunding no jornalismo


1) O melhor serviço de jornalismo que pode haver é o jornalismo servido com credibilidade.

2) Uma das causas do sensacionalismo na imprensa está no fato de que os meios de difusão da informação estão concentrados em poucas mãos, a ponto de haver um oligopólio, causa dos trustes, que visam à eliminação da concorrência. Através desses sistemas combinados, a difusão da informação é controlada de modo a beneficiar os anunciantes, que sustentam a atividade jornalística. E se o governo é o principal cliente, então a grande corporação midiática se torna cúmplice dos crimes políticos que dão causa ao comunismo e ao totalitarismo.

3) Se os meios de informação a serviço da população estão em poucas mãos, a tendência é que muitas informações relevantes passem a ser sonegadas, dando causa a que mentira seja dita de modo a se semear uma verdade fora da conformidade com o todo que vem de Deus. É por se semear isso sistematicamente que a grande mídia torna-se um órgão a serviço do Estado totalitário. 

4) Da concentração de bens em poucas mãos, da concentração dos poderes de usar, gozar e dispor em poucas mãos, nasce o abuso, o absolutismo sistemático, que não só dá causa à perversão da lei dos homens, como também leva à promoção de toda a sorte de relativismo moral que dá causa a que a lei natural seja convenientemente esquecida.

5) Talvez a melhor forma para se fazer frente a isso seja mesmo o crowdfunding.

6) Se os meios jornalísticos dependem muito da publicidade, então seria mais sensato que o jornalismo sério fosse mantido através do mecenato público, promovido pelo sistema de crowdfunding. Assim o jornalismo sério seria uma opção honesta e válida de vida, sem ficar a mercê dos interesses escusos dos anunciantes, que matam a verdade.

7) Se me comprometo a servir à comunidade difundindo informações que são boas e necessárias, de modo a se estar na conformidade com o todo de Deus, então o crowdfunding é uma forma sistemática de seguir o conselho de Cristo: "dê ao seu irmão o que ele pede". E isso é distributivismo.

7.1) Se eu recebo várias contribuições sistemáticas 5 reais, posso montar um caderno só sobre futebol

7.2) Se eu recebo várias contribuições sistemáticas de 10 reais, posso montar um caderno só sobre notícias do Vasco.

7.3) Se recebo várias contribuições sistemáticas de 50 reais, posso montar um caderno só sobre infromações concernentes ao foro de São Paulo.

8) Além de não ficar de rabo preso com o governo, que é quem sustenta as grandes corporações de imprensa, o jornalismo pode se manter independente e prosperar fundado nisso. 

9) Além disso, há uma grande verdade que não pode ser negada: a publicidade, que apela para a emoção e para os anseios das massas irracionais, substitui o argumento, que visa ganhar o coração e a mente dos indivíduos, dado que este serviço é um tipo de evangelização. E se a publicidade substitui a dissertação, então ele promove desserviço à verdade - e é esta por sinal a causa do mau jornalismo. 

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Sobre a importância de se cultivar uma certa ignorância, de maneira conveniente e sensata em relação a determinados assuntos

1) Para se melhor saber, é preciso aprender a cultivar uma certa ignorância.

2) Sobre coisas por si mesmas fora da conformidade com o todo que vem de Deus - como as fofocas, as intrigas, as maledicências -, nem ouse se informar, pois isso te afasta da amizade com Deus.

3) Só é válido se informar dos assuntos negros se você for realmente um combatente. Pois o combatente é que nem omo: leva tudo em consideração de modo a lavar mais branco, até atingir a pureza de Cristo.

4) Se você não é combatente, mas faz coisas que possam dar causa a um combate melhor, então é melhor focar os assuntos que são da sua competência. O mundo que vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus precisa de bons scientistas que sintam as coisas de modo a passar a mensagem de que Cristo é o caminho, a verdade e a vida. E a sciência é o melhor caminho para isso - pois a verdadeira fé emerge da boa razão, que se funda no Divino Pai Eterno.

5) Se você aprende a cultivar, até um certo limite, a ignorância, de modo a estar em conformidade com o todo de Deus, então você aprende a ser humilde - você aprende a estudar edificando a si mesmo e aos outros.

6) O mundo de hoje nega a ignorância, ao negar que o mal existe. E ao negar a ignorância, o mundo ao mesmo tempo a semeia de modo ilimitado, de modo a nos afastarmos da conformidade santificante. E o mundo faz isso de modo dialético, conservando o que é conveniente e dissociado da verdade.

7) Enfim, ao acobertar as ações do demônio, o demônio está sendo promovido, seja por conta do exagero, seja por conta do resguardo diabólico, que se baseia no fato de que cada um tem a sua verdade. E isso precisa ser combatido.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de setembro de 2014.

Sobre a necessidade de se lembrar de Ourique em tempos de grande perigo


Há gente sensata que está aprendendo o que falo. E já fizeram esta pergunta:

"Amigo José, eu descobri que Ourique foi uma batalha - ela foi uma batalha contra os mouros. Por quê é tão importante hoje em dia se lembrar disso?"

Eu respondo:

1) Além de ser uma batalha contra os mouros, Cristo apareceu para el Rei D. Afonso Henriques fazendo-o rei de Portugal, se Portugal souber honrar o signo da Santa Cruz e servir a Ele em terras distantes. E sob a força desta cruz e dos escudos dos 5 reis mouros derrotados em combate, então todas as vitórias de Portugal terão fundamento em Cristo. Enfim, a aliança do altar com o trono é da essência da nossa cultura - logo, o republicanismo é um elemento estranho, alienígena e dinamitador de consciências, que precisa ser extirpado.

2) E nestes tempos em que vivemos a ameaça do ISIS e a terceira guerra mundial, é extremamente importante combater a cultura de quinhentismo aqui e fazer todo o povo lembrar-se da causa pela qual Portugal se lançou aos mares e que deu origem a nossa nação: Cristo, desde Ourique. Sem essa lembrança permanente, ficaremos sob o jugo permanente da lei da sharia - e a ela não seremos capazes de resistir, se não houver Cristo em nossos corações.

3) Para se entender o processo de se tomar o país como um lar, de modo a se construir um legado civilizatório que dure séculos e séculos, o fundamento deve ser em Cristo e por Cristo. E o caso de Portugal é emblemático.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

O compasso entre mente e corpo, a serviço de Deus, leva a uma monarquia pessoal


Há quem diga:

"A família tradicional é ultrapassada".

Eu respondo:

1) Essa falsa noção está sendo distribuída como se fosse verdade. Não podemos tomar o errado como se fosse o certo, o nosso norte.

2) Pois pela lei natural a entidade familiar é atual e permanente. Por isso, não devemos confiar na sabedoria humana dissociada da divina e devemos continuar pregando os valores da lei eterna.

3) Ainda que nos matem, nós somos testemunhas de Cristo e é disso que se surge a verdadeira fé. Não há fé sincera sem martírio. Por isso não podemos desistir de lutar e continuar servindo.

Ha quem diga: 

"As pessoas estão criando valores morais extremamente destruidores delas mesmas."

Eu respondo:

1) Isso decorre do fato de se pensar que o corpo é como uma propriedade. Já vejo aí a retomada da escravidão.

2) Quando se encara o corpo como propriedade, a pessoa passa a ter poder absoluto de usar, gozar e dispor. E ao dispor, pode-se destruir a si próprio e outras pessoas.

3) Quando se é morada do espírito, o corpo fica a serviço da alma, que responde a Deus, ao seu chamado. Há um poder moderador, vindo do alto - trata-se de uma monarquia em si mesma.

4) Esse poder moderador se distribui a todos - por isso que é distributivismo. Mais do que um aspecto econômico, é um aspecto moral, pois atende às necessidades do corpo e da alma. 

5) A teoria econômica hoje anda bem reducionista, por conta da influência liberal e do marxismo. Não podemos saber com base científica a origem real do universo, como se o ser humano tivesse o dom de saber tudo. A fé com base nisso poderia ser questionada. Os postulados são óbvios: Deus existe, Jesus deu sua vida por nós. O tempo muda com sua vinda.

6) Enfim, não há liberdade sem que o querer e o agir sejam moderados. Isso vira prudência, quando serve a um (e caridade, quando se serve aos outros).

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Reflexões sobre a cultura de desafio público - o caso dos videogames, na década de 90

1) Na década de 90, havia uma revista chamada Ação Games, especializada sobre jogos de videogame.

2) Uma das coisas que mais me chamava a atenção eram os classificados em que as pessoas faziam anúncios públicos procurando adversários para partidas de videogame.

3) Esses desafios eram excelentes, de modo a se estabelecer um relacionamento de amizade. Se os desafiantes fossem adeptos da alta cultura, uma aliança mais profunda nasceria de uma eventual rivalidade nos jogos eletrônicos.

4) O grande problema dos desafios públicos é que as pessoas tendem a tomar o adversário como seu inimigo capital. Uma boa parte disso se deve à cultura de massa, que tornou o ato de consumir um produto um ato industrializado, massificado e impessoal, a ponto de tudo se reduzir a um objeto descartável - se todos os atos da vida humana decorrem do uso das coisas, do consumo das coisas até a exaustão, então o ato de jogar se inclui neste aspecto. E é daí que surge a desumanização, inclusive, do próprio ato de se jogar videogame.