Pesquisar este blog

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Listen not to the critics


1) Há quem diga: "José, ouça os outros também".

2) Sempre tive boa vontade de ouvir os outros, mas sei que nada de bom será aproveitado de mentes conservantistas. E não vou desperdiçar meu tempo com quem diz que "a monarquia está morta".

3) Para quem conserva o que convém, ainda que dissociado da verdade, eu devo fazer ouvidos moucos. Não sou capaz de reconhecer de ouvido aquilo que Jesus disse, pois o conservantista não preza pelo que é conforme o Todo, coisa essa que vem de Deus.

4) Tudo que faço se baseia em investigações sensatas e prudentes. Sempre ouço o Espírito Santo, já que devo apreciar retamente todas as coisas segundo esse mesmo espírito, gozando sempre de Sua consolação, por Cristo, Senhor Nosso.

5) Só mais recentemente é que me surgiu um grupo qualificado, capaz de meditar sobre os assuntos que medito, contribuindo e muito para o desenvolvimento do nacionismo. Sara Rozante​ já fala a linguagem nacionista e o Tiago Barreira​ já trouxe ótimas contribuições à tradição intelectual que estou a fundar aqui no face, desde 2009.

6) O dia que houver outros que sejam dignos de conversar comigo sob os mesmos fundamentos pelos quais conduzo as minhas pesquisas, aí terei o prazer de ouvir os outros, pois sei que estes estarão em conformidade com o todo que vem de Deus e tomando o país como um lar, pois são nestes termos que aceito debater. Como muitos tomam o país como se fosse religião, eu simplesmente nem ouço.

7) Poderia pregar o apostolado dos palavrões, tal qual o Olavo faz, mas este não é o meu jeito de fazer as coisas. O meu estilo é bem simples: "Falou merda? Bloqueio na certa! E não tem conversa." Agradeço à Sara Rozante por me mostrar o caminho. 

8) Quero ir ao confessionário quando sentir que estou agindo de modo errado e por motivos justos. Se eu pecar, aí eu vou pro confessionário - e é raro eu falhar, pois sempre prezei a virtude. O apostolado dos palavrões só me levaria ao confessionário com freqüência por motivos injustos, o que invalidaria as minhas confissões, por não serem sinceras.

Literatura tomada como se fosse religião gera u país tomado como se fosse religião


1) Há quem diga que a literatura é uma coisa maravilhosa. E é por ser maravilhosa que ela se torna perigosa. Ela passa a ser a religião de muitos.

2) Hugo von Hoffmannsthal, citado constantemente pelo Olavo,  fala que toda a experiência política de uma nação está em sua literatura. Se a literatura é tomada como se fosse religião, o país será tomado como se fosse religião. E isso é liberdade para o nada.

3) Para se tomar o país como se fosse um lar, é preciso vivência, muita vivência. É interessante que se edifique a imaginação das pessoas, de modo a que possam tomar o país como um lar, mas a partir de experiências concretas.

4) Tudo o que é relevante deve ser reduzido por escrito. E ao escrever, escreva aquilo que mereça ser observado. Pois o escrever é um outro tipo de falar. E ao falar, você deve dizer as coisas de modo a edificar coisas positivas nos seus semelhantes, que devem ser fundadas no Cristo Crucificado de Ourique.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Do conservantismo como um pecado capital


1) Talvez eu não seja muito bom em odiar os 7 pecados capitais, da forma como se espera de um católico bem formado. Ainda tenho muito que aprender a odiar muito bem. Até porque eu quase não lido com pecadores deste naipe.

2) Agora, com relação ao pecado do conservantismo, esse sou capaz de odiar muito bem. E vejo muitos pecando desse modo e sistematicamente. E nesse ponto, eu sou capaz de ser implacável. Eu não odeio o pecador - se eu sentir que um conservantista se arrependeu de seu pecado e passou a conservar aquilo que decorre da dor Cristo, então eu o acolho como um irmão.

3) Pela minha experiência, vejo muito pouca gente se arrependendo desse pecado. O coração dessa gente ainda é feito de pedra.

4) Conservantismo dá causa para outros tipos de pecado mais grave. Todos são de natureza política ou religiosa.

O fantasma da monarquia assombra os conservantistas


1) Quando a ordem fundada a partir do fato se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade começa a fracassar de maneira retumbante, já que não entrega o que a constituição promete, então o desespero começa a bater e o salvacionismo torna-se a ordem do dia.

2)  O salvacionismo, nas atuais circunstâncias, começa a operar a partir do momento em que a sombra do Império restaurado bate à porta, tal como se fosse um fantasma que os perturba, em razão do crime cometido em 1889.

3) Desde que os monarquistas voltamos a ter direito de voz, a partir de 1988, a sombra da volta da monarquia tem se tornado uma ameaça séria e real. Mesmo que tentem deixar o povo por conveniência ignorante e carente de instrução, a verdade não se calará e se imporá por si mesma - e a monarquia um dia será restaurada.

4) Quanto mais D. Bertrand e seus sucessores falarem aquilo que é bom e necessário, digno de ser ouvido, mais a semente da monarquia germinará entre nós no Brasil. É pela monarquia que tomamos o país como um lar - um governo marcado pela aliança do altar com o trono, como se deu em Ourique, voltado para as gerações é o melhor governo que se pode ter, após mais de 125 anos de experiência republicana fracassada e desastrosa.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Tomar vários países como um lar pede o permanente diálogo das diferentes culturais locais


1) A cultura decorre do fato de se tomar o país como um lar sistematicamente, ao longo das gerações. Ela responde à circunstância local e a escolhas de vida nobres que edificam esse senso de se tomar o país como um lar, cujo exemplo, que nasce pessoal, é seguido e distribuído ao longo das gerações a todos os outros que amam e rejeitam as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento.

2) Quando se aprende a tomar vários lugares como um lar, você aplica as melhores práticas, de modo a fazer com que as culturas de cada terra se dialoguem - as melhores práticas decorrem das práticas mais sábias, as mais virtuosas, que tendem a ser universais, por estarem em conformidade com o todo que vem de Deus.

3) Ao juntar a experiência mais sábia da cultura brasileira com a experiência mais sábia da cultura local, nasce um novo tipo de cultura, a partir da sua experiência de ter vivido nos dois lugares - e o seu exemplo é o apostolado pelo qual isto deve ser servido a quem interessar possa, ao longo das gerações.

Dos motivos determinantes que levam a um candidato a ser escolhido

1) Em um regime político falido - marcado pelo salvacionismo, conservantismo e pela cultura de se tomar o país como se fosse religião, de tal modo a nos afastar da aliança com o altar e o trono, estabelecida pelo Cristo Crucificado, desde Ourique - o sentido da democracia não é o das eleições livres.

2) Em eleições livres, candidatos são eleitos fundados no fato de que você os conhece - para conhecer alguém, é preciso saber se ele ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, se ele tem formação compatível com as responsabilidades que ele vai assumir, se ele tem experiência na área onde é competente, se é íntegro, se é corajoso, de modo a falar a verdade, doa a quem doer. Esses são os motivos determinantes pelos quais este candidato é escolhido.

3) Não é a quantidade de votos que determina quem é o seu representante, mas os motivos determinantes pelos quais você elege uma pessoa de modo a que esta bem te represente no parlamento. 

4) A buca desses bons motivos determinantes levam a conhecer um candidato honesto - e o conhecimento desses motivos determinantes encontrados numa determinada pessoa em especial precisa ser distribuído para a toda a população de modo, a que se faça uma boa escolha - e tal divulgação deve ser feita por amor a todos aqueles que amam o país como um lar, tal qual você. Se a quantidade de votos fosse o verdadeiro critério, o congresso seria preenchido por 513 tiriricas e viraria um verdadeiro circo, como de fato já é.

5) Eleições livres se fazem a todo o momento e a toda hora - basta que haja um ser íntegro conhecido e que este seja chamado de modo a ocupar o espaço de alguém que não é digno de ocupar o cargo de representante do povo e da nação. 

6) A natureza do voto não é obrigatória, no sentido de satisfazer a um legislação eleitoral que faz com que o conjunto do eleitorado seja reduzido a um mero órgão consultivo que confirma ou não os planos dos que conduzem o povo a uma liberdade para o nada, fundada no fato de se tomar o país como se fosse religião - a natureza do voto é necessária, fundada no fato de que você conhece o pais, toma-o como se fosse um lar e que, pela vivência, você conhece os problemas que te afligem e que você conhece quem é capaz de resolvê-los, fundado no fato de que este ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, já que tomar o país como um lar pede necessariamente isso. 

7) O voto necessário tem natureza de voto obrigatório - por ser dever moral, fundado em Cristo - e natureza facultativa, pois nem todo mundo tem aptidão para a vida política, pois servir ordem de modo a que a ordem bem te sirva é uma vocação e não uma profissão. 

8) Eis aí algumas ponderações que faço.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de fevereiro de 2015 (data da postagem original)

Sobre a natureza do impedimento de Dilma

01) Corre na Internet a alegação de que o impedimento de Dilma está sendo "orquestrado" pela Família Imperial Brasileira. Estão semeando a balela de que a monarquia voltará através de um "golpe".

02) Para quem conhece a História muito bem, os positivistas valeram-se da manifestação popular exigindo a deposição de João Goulart e fizeram uma intervenção militar de modo a depô-lo. Fundados no conservantismo, pediram para que D. Pedro Henrique, pai de D. Luiz, D. Bertrand e D. Antônio, assumisse o trono. Este recusou, pois os militares queriam restaurar a monarquia não por força da vontade do povo, mas por força de conservantismo, de modo a preservar os vícios da república. E numa base pobre, a monarquia não seria restaurada. Sábia foi a visão dele, ainda que muitos o critiquem.

03) A maior prova disso é que a intervenção militar deveria durar 8 meses e, após isso, haveria novas eleições - esta foi a promessa feita. Como positivista e conservantista não têm compromisso com a verdade, o Estado de Exceção foi prorrogado por 21 anos e nada fizeram para eliminar a ameaça comunista no país. E a ameaça não se resume só à luta armada: se lessem Gramsci, a ameaça também está nas vias culturais. E quando cederam as universidades para os esquerdistas, com base na teoria da panela de pressão de Golbery do Couto e Silva, eles deram um tiro no próprio pé - a longo prazo, o marxismo cultural foi crescendo e crescendo até que a situação foi se tornando insustentável, forçando a restauração da democracia como um meio "lento, gradual e seguro" para a tomada esquerdista do poder. Pela via cultural, a redemocratização foi uma espécie de golpe contra o golpe, ainda que sem o uso das armas.

04) Depois disso, foi só questão de tempo: o PT tomou o poder em 2002, após 8 anos de socialismo fabiano de FHC, que preparou as bases para que o PT dominasse. E por fim, veio a tragédia.

05) O salvacionismo da nova república se mostrou uma farsa. Aliás, a república, enquanto regime, já tinha sucumbido mesmo em 1930. O salvacionismo levou a uma ditadura  de 15 anos com Vargas - o compromisso com as forças aliadas na Segunda Grande Guerra exigiu uma mudança drástica do regime para a democracia como um modo de justificar que aqui há uma democracia também, quando na verdade nunca houve, a não ser nos tempos da monarquia. Quando a coisa começou a feder, o salvacionismo implantou um regime militar.

06) O salvacionismo e o conservantismo só fizeram distanásia política. Advogar a intervenção militar de novo é um novo erro - vamos repetir um ciclo de 50 anos de estupidez, pois os homens de farda não têm coragem para expulsar o PT e o Foro de São Paulo do país.

07) O caminho mesmo é o da tomada cultural - e o povo que toma o país como um lar deve atuar nessa luta.

08) Quando se toma o país como um lar, você aprende a conhecer a história do país sem precisar de professor. E aí você perceberá o sentido da pátria nascido em Ourique e a quebra desse sentido de pátria com a queda da monarquia.

09) O impedimento de Dilma não significa a derrota definitiva do Foro. Tal como na reestruturação política que se deu na União Soviética, far-se-á uma terra arrasada e o PT será destruído pelos próprios comunistas, na tentativa de se salvar o Foro de São Paulo. E um outro partido emergirá para representar esse infame grupo - e logo será alçado ao poder, posto que o povo está corrompido e dominado pela linguagem esquerdista.

10) A arena de batalha se dá na república - ainda é muito cedo para se restaurar o antigo, mas verdadeiro, regime. Nossas bases ainda são nulas e não temos um partido que ouse restaurar o sentido de se conservar a dor de Cristo entre nós, de modo a que o pais seja tomado como um lar.

11) A restauração da monarquia pede que se tenha um senso de aliança entre o altar e o trono, coisa que se fundou em Ourique, e um senso de governo voltado para as gerações e não para as próximas eleições. Essas duas coisas não estão presentes na mente do povo - e isso é dado cultural, fundado na verdade que se dá em Cristo.

12) Essa coisa não se dá da noite para o dia - uma geração precisa ser formada neste sentido. E nós devemos fazer isso, sem ter que contar com a ajuda do governo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de fevereiro de 2015 (data da postagem original).