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segunda-feira, 21 de julho de 2014

O muro de Berlim começa quando povos de mesma origem se vêem como imagens distorcidas de um mesmo espelho

01) Se o português é visto como intruso, começou-se a luta de classes, pois portugueses e brasileiros começaram a ser vistos como imagens distorcidas de um mesmo espelho.

02) Se isso se dá desse forma, um muro de Berlim se abre.

03) A entrada e a saída de cidadãos de um país para o outro, por via de passaporte, é uma espécie de muro de Berlim virtual.

04) Foi o nacionalismo e idéia de se tomar a nação como uma religião que deram causa a essa medida

05) O bairrismo regional, principalmente dos gaúchos e dos pernambucanos, só agravará o problema.

Olavo de Carvalho e a amizade

"(...) Não procure muitos amigos não, vá pela qualidade e, sobretudo, lembre-se da definição que São Tomás de Aquino dava para a amizade: amizade é querer as mesmas coisas e rejeitar as mesmas coisas. Seu amigo é quem vai para onde você está indo e é leal a você nesta caminhada. Não é aquele que só tem uma simpatia passageira — porque no Brasil amizade parece que é coisa assim, de atração genética, que uma pessoa gosta, simpatiza com a outra, então diz que é amiga. Mas isso não quer dizer nada, a amizade tem de ser baseada em afinidades mais sérias, mais profundas e mais duradouras (...)"


Olavo de Carvalho sobre a amizade

Da relação entre o conservantismo com o salvacionismo


1) O que mais estamos vendo neste país é um salve-se o que puder, um salve-se o que for conveniente, ainda que dissociado da verdade. 

2) Enfim, se as pessoas não sabem o que deve ser conservado, de que adianta salvar? E esses que buscam o salvacionismo desenfreado são os primeiros a dizer que a monarquia está morta.

3) Se você quer salvar o seu país, primeiro sirva a Cristo e deixe tudo no tempo dele. Cristo, por herança, nos confiou uma missão, através dos portugueses. E devemos estar em conformidade com o todo dessa missão.

4) Se esse sentido for resgatado, então o país será tomado como um lar e a ordem será fundada na aliança permanente do altar com o trono, realidade extremamente fundamental para se entender o jeito lusitano ou brasileiro de ser.

Lições de corretagem moral, no âmbito das eleições


Há quem diga: "eu voto em quem conheço. Não vou por indicação de ninguém":

1) Seria muito interessante que você conhecesse seu candidato pessoalmente. E só a experiência do contato direto é que permite saber se a pessoa realmente ama e rejeita as mesmas coisas que você, se você tem por Cristo fundamento para isso.

2) Do jeito como são as circunstâncias da vida moderna, nem todos têm condições de poder ter tempo e pesquisar quais são os sérios e quais não o são. Mesmo que a indicação não seja a substituta perfeita da experiência direta, a indicação, feita de uma fonte idônea, é o caminho mais seguro e prático, para se trocar o erro pelo correto.

3) Vivemos numa sociedade impessoal - a gente mal conhece o vizinho de porta, pois tudo é criado de modo a que estranhos se juntem a estranhos, causando conflito, tal como vemos nas economias de incorporação, que constroem cada vez mais condomínios e não casas, dado que o espaço está cada vez mais caro e escasso. 

4) Se você quer progredir num ambiente nefasto como esse, a primeira coisa é a associar-se a quem ama e rejeita as mesmas coisas que você. É mais fácil, ainda que trabalhoso, estabelecer essa associação online do que offline. Se a pessoa for sólida nos valores, ainda que seja de outro Estado, melhor a companhia dessa pessoa do que a dos medíocres da mesma localidade.

4) Se ela conhece candidatos sérios, ainda que não sejam do seu Estado, fique com eles. Reze por eles ou distribua a indicação deles para os que são da sua lista que são desse Estado.

5) A melhor maneira de fazer política pode não ser ir na urna e votar, mas aproximar os sérios aos que procuram sérios em quem votar. A função do cabo eleitoral não é a de vender banana na feira, mas a de fazer corretagem moral - e é disso que precisamos. Precisamos mais dos corretores espirituais em coisas permanentes e menos de feirantes, que vendem banana ou laranja podre na feira a cada quatro anos.

6) Política se dá entre pessoas e não com massas. Só assim que se troca o populismo pela nobreza.

Sobre a importância das ligas eleitorais


1) As eleições são um evento permanente e necessário, pois precisamos pensar as coisas em termos de ordem pública para as próximas gerações.

2) Como a militância online tende a ser mais organizada, seria sensato que organizássemos ligas eleitorais, de modo a indicar para os que amam e rejeitam as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento, quais são os candidatos que se mostram bons defensores das causas de Cristo e da aliança entre o Altar e o Trono.

3) Algumas iniciativas já surgiram: graças a isso, agora conheço um candidato que defende os valores da fé católica e nele vou votar. Candidato Carlos Dias, do RJ, que está se candidatando a deputado federal (5588)

4) Em São Paulo, conheço um ótimo nome de candidato católico monarquista: Professor Hermes. Ele é ligado a D. Bertrand.

5) Como tenho contatos do Brasil inteiro e alguns de fora do Brasil, é interessante que se divulgue o nome dos sérios de modo a que estes tenham mais chances de se eleger. Para efeito de concentrar os poucos votos conservadores, seria interessante 1 nome por estado.

6) Se fosse da forma tradicional, me baseando pelo que acontece na TV, eu jamais votaria.

7) Ainda que eu só tenha apenas um nome, melhor este do que votar em quem não conheço ou em alguém sem referências. Pois político é que nem empregado doméstico: para se contratar, é preciso ter boas referências - e referências de gente séria e honesta. Pois em meus contatos eu confio.

Comentários sobre a importância do Senado

1) Faltam nomes sérios para o Senado - pois é o Senador quem julga os crimes de responsabilidade do presidente da República. Ou seja, o bom senador tem que ser alguém com bom juízo e experiência pra julgar. 

2) Do jeito como é a República, a gente acaba elegendo um deputado de duas legislaturas (de 8 anos). Se formos olhar a ferro e fogo, o Senado é rebaixado ao nivel da câmara, a ponto de perder importância.

3) Nosso sistema é praticamente unicameral. Tanto faz votar para um deputado de quatro anos ou um deputado de 8 anos. 

4) Se você compreende a importância de um sistema bicameral, onde a câmara mais alta, através do exemplo, da experiência e da nobreza, ensina a câmara mais baixa a servir ao povo, então vote em candidatos monarquistas - e a longo prazo, a monarquia será restaurada.

5) Uma vez eleito um deputado monarquista, é preciso ficar de olho nele, de modo que este não se corrompa.

6) Ao contrário das eleições anteriores, agora temos candidatos sérios e honestos e alguns estão investindo em campanhas online. Então, coloquemos os sérios lá, pois são os votos da população online que decidirão a sorte destas eleições.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de julho de 2014 (data da postagem original).

domingo, 20 de julho de 2014

Como lidar com gente que afirma peremptória e falsamente que a Igreja de Cristo matou?

Há elementos estúpidos que dizem o seguinte, peremptoriamente: "A Igreja Católica Romana matou..."

1) A Igreja é o corpo místico de Cristo - e Cristo é a cabeça. Se Cristo não matou ninguém, como é que o corpo poderia, já que o corpo obedece aos comandos da cabeça? O corpo é o acessório e segue a sorte da cabeça, que é o principal.


2) A Igreja é santa - os filhos da Igreja, os membros da Igreja, como seres humanos que são, podem ser santos e pecadores, dado que a sabedoria humana nem sempre é perfeita e nem sempre está conforme o todo da divina. E quem peca não está conforme o todo de Deus. 


3) Nestes 2014 anos de história, a Igreja, por ser o corpo intermediário entre o Céu e a Terra, sempre perdoou o pecado dos seus filhos. Pois é ela a administradora dos sacramentos do perdão, da reconciliação, da eucaristia e de outros tantos que me esqueço de citar - e o que digo aqui é a título de exemplo, pois não desejo esmiuçar o tema até a exaustão.

4) Com relação à violência, ela só pode ser legítima de duas formas: 

4-A) Na legítima defesa própria ou dos irmãos, ou da própria fé 

4-B) Nos casos de guerra justa, quando alguém quer nos matar e nos escravizar através da destruição da nossa liberdade em Cristo Jesus ou quando alguém quer nos governar de costas para as justas fundações celestiais. Nesses dois casos há guerra justa e o inimigo, seja este interno ou externo, deve ser destruído.

5) Portanto, se eu pegar algum elemento pernicioso falando mentira sobre a Igreja Católica, jamais vou lhe dar atenção. Só quando o coração do sujeito estiver livre do mal é que farei a caridade de ouvi-lo.

6) No facebook, já tive problemas com gente que de má-fé me acusou de ser "radical anacrônico". 

7) Em primeiro lugar, se Cristo é o caminho, a verdade e a vida, amá-Lo deve ser o norte, a raiz de tudo o que somos. Nesse ponto, eu me orgulho de ser radical. 

8) Em segundo lugar, até a Igreja ser edificada, muitas gerações de pessoas santas, que não conheceram o Salvador, prepararam o caminho, para que Ele lançasse a pedra fundamental do Plano de Deus para os homens. E uma vez a Igreja fundada, ela semeou, semeia e semeará o bem por séculos e séculos, pois o Reino de Deus não tem fim. Se amo a Jesus de maneira radical, então estou conforme o Todo desse ensinamento - logo eu não sou anacrônico, mas dentro de um contexto atemporal. Eu estou conforme o tempo da edificação desse obra, que se dá no tempo e na sabedoria de Deus - e eu sou apenas mero instrumento em que o bem se faz semear-se entre os meus irmãos.

9) Desde então, não adiciono mais todos aqueles que se conservam no conservantismo. E é essa a dimensão real da maldade que o cisma produz.

10) Pois é na anacronia da Reforma, fundada numa sabedoria humana dissociada da divina, que surge esse comportamento de se conservar o que convém, ainda que dissociado da verdade, base sob a qual se assenta toda a mentalidade revolucionária.