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quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

O fundamento da Aristocracia se dá no serviço

1) A cultura de servir precisa entrar por um só homem de modo a que família inteira esteja sempre pronta para servir ao próximo, ao longo das gerações. Este é o fundamento da aristocracia.

2) Se começo dentro da minha família a tradição de servir ao próximo através do ofício de escritor, então meus filhos e meus sobrinhos, quando nascerem, estarão se preparando desde cedo para seguirem meu exemplo. Se eu, nesta vida, for chamado a servir à comunidade como vereador na minha cidade, então eles precisam aprender desde cedo a seguirem o meu exemplo.

3) Como já falei, o poder, que se encontra distribuído a toda a população, busca você e não você que busca o poder. Se o poder te busca, você não deve recusá-lo - isso é um atestado de que você é um bom servidor e que deve estar à frente dos trabalhos, de modo a servir a Cristo em terras distantes.

4) Se você buscar o poder, você não passará de um mero parasita. Seguirá o exemplo de Lula e sua família. Eles são o que há de pior na sociedade brasileira - o clã Lula da Silva é a negação da aliança do Altar e o Trono edificada desde Ourique, uma vez que o próprio Cristo Crucificado fez de D. Afonso Henriques e seus sucessores reis de Portugal e de todas as terras por onde Portugal fosse chamado de modo a servir a Cristo em terras distantes. Por isso, escolha sempre Jesus a Barrabás - ou seja, prefira os Braganças aos Lulas da Silva.

5) Se Portugal fez dos portos um chamado (ports of call), então sirva a sua comunidade se houver um chamado. Se a voz do povo é a voz de Deus, então sirva a Cristo em terras distantes - sejam elas distantes de seu bairro, ou até mesmo de seu país, esteja sempre pronto para isso. É assim que se faz política - tenha sempre em mente que o tempo se mede na eternidade, com o passar das gerações. Nunca meça seu tempo com base nas eleições, com base em sabedoria humana dissociada da divina. É assim que se restaura a monarquia - e para isso, você precisa ter atitudes de nobre e não de proletário.

Como identificar um bom político?

1) Lincoln dizia: "Para conhecer a natureza de seu próximo dê-lhe poder"

2) Seu Madruga dizia: "dar leva as pessoas à vadiagem - é preciso merecer o que se deseja"

3) Se uma pessoa deseja o poder, com o intuito de servir a todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, ela não medirá esforços em servir ao próximo de modo a conseguir aquilo que deseja: ser chamado para servir à comunidade na política.

4) Se o verdadeiro líder é um líder-servidor, pois o último é sempre o primeiro a entrar no Reino dos Céus, então dê ao seu próximo aquilo que ele deseja, pois ele está dando o exemplo.

5) Eleições, no mundo moderno, se medem mais pela publicidade, pela aparência do que pela sinceridade e o desejo ardente de servir ao próximo, naquilo em que mais se precisa. Por isso, só vá para a política se a comunidade sentir que você pode ser muito útil servindo a ela no que precisar. Se a voz da comunidade é a voz de Deus, esteja sempre pronto a dizer sim a esse chamado. Não busque o poder - deixe que o poder te busque; se a base do poder está distribuída a toda a população, por conta do senso de se tomar o país como se fosse um lar, então construa confiança - e logo surgirá um abaixo-assinado pedindo para que você seja vereador, deputado. Por isso, faça as coisas dentro daquilo que esteja dentro da sua capacidade. 

6) No momento, o povo tende a tomar o país como se fosse religião. Então, recuse o cargo de presidente da República, pois o soberano de verdade são os nossos príncipes e eles é que precisam ser chamados a assumirem seu lugar de direito. Por isso, sirva o povo nessa consciência - e não se deixe levar pela ambição, própria do presidencialismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de janeiro de 2016 (data da postagem original).

Notas sobre a nacionalidade

1) Se nacionalidade é o vínculo com o governo que rege o país em que você nasceu, então por conta do nascimento nesse país você deve tomá-lo como se fosse um lar, tendo por Cristo fundamento - e não como se fosse religião totalitária de Estado, própria desta República.

2) É mais fácil você aprender a tomar o país como se fosse um lar tendo pais nascidos nesta mesma terra que você e com experiência de vida necessária de modo a fazê-lo tomar este país como se fosse um lar em Cristo mais facilmente. Estes são, pois, os primeiros amigos.

3) Para você tomar melhor este país como se fosse um lar em Cristo, o príncipe deve dizer sim a Cristo, através da aliança do Altar com o Trono. E para você conhecer a natureza do Príncipe, você precisa ser parte desse povo. Do mesmo modo, para o Príncipe ser um bom regente, um bom servidor em Cristo, ele precisa conhecer a natureza de seu povo.

4) Enfim, numa monarquia a pessoalidade é crucial para a estabilidade do regime das instituições democráticas. Pois o Príncipe rege a todos tal como um pai de família - e é por essa razão que a conciliação e a colaboração são os fundamentos que norteiam a política no Reino ou no Império, base para se tomar o país como se fosse um lar em Cristo.

Como o casamento diplomático atualiza constantemente o senso de nacionidade

1) Se Cristo quis ser nosso irmão e a nós todos salvar, então Ele quis ser nosso compatriota.

2) Se você vir no seu próximo a figura de Cristo, então o senso de tomar o país como se fosse um lar se distribui através do serviço que você presta a esse próximo. Pois o virtuoso, o forte, veio para servir e não para ser servido.

3) Se outra nação toma Cristo como fosse compatriota, da mesma forma que a sua, então a amizade dessas duas nações é uma amizade sistemática - de tal modo que a pátria se amplia e as duas nações serão uma coisa só, por conta do casamento diplomático entre os soberanos dos dois países. 

4) Se o casamento indica a ligação entre Cristo e Sua Igreja, então o casamento diplomático indica que as duas nações estão unidas pelo laço de tomarem seus países como se fossem um lar em Cristo e que compartilharão seus recursos de modo a que sejam uma coisa só, pois tomar a nova aliança como se fosse um lar só é renovar esse senso de nacionidade, através do casamento diplomático.

Notas sobre serviço social

1) Quando se conhece alguém, você logo ficará sabendo do que o próximo ama e rejeita - se tudo isso tem por Cristo fundamento, então vocês estão em conformidade com o Todo que vem de Deus e o que é sagrado não será traído. 

2) Para você conhecer o que o próximo ama e rejeita, sirva a esse próximo. À medida que você vai servindo, outras pessoas vão conhecendo o seu trabalho - e aí você vai conhecendo o que outros amam e rejeitam. 

3) Retenha aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento - e afaste-se dos conservantistas. Quem busca aliança com que conserva o que é conveniente e dissociado da verdade acabará pervertendo tudo o que é mais sagrado.

4) Enfim, a melhor forma de inteligência social que você pode fazer é servindo naquilo que você é capaz de fazer. Assim, você conhece o que seu próximo faz, o que ele demanda, o que ele ama e o que ele rejeita. Mantenha um registro de tudo o que é útil e aproxime os contatos. Assim, uma comunidade é construída em torno da sua liderança, pois o verdadeiro líder aproxima as pessoas, ao fazer corretagem espiritual.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Como faço a engenharia reversa nos autores que estudo?

1) Houve quem me perguntasse: José, como você faz a engenharia reversa nos pensamentos dos autores que estuda?

2) Geralmente, eu me baseio naquilo que o autor fala - tomo a declaração dele como se fosse coisa e comparo com um outro autor que tenha dito algo semelhante.

3.1) Exemplo: Pasquale Mancini, que é o pai do princípio das nacionalidades em Direito Internacional, dizia que devíamos tomar a nação como se fosse uma segunda religião.

3.2) Borneman, ao estabelecer a distinção entre nacionidade e nacionalidade, dizia que nacionalidade é tomar o país como se fosse religião - e isso se opõe à noção de nacionidade, de país tomado como se fosse um lar.

3.3) Se Cristo é a verdade, então Cristo é a liberdade - e é num país livre em Cristo que fazemos um lar nele. Devemos ver Cristo como nosso amigo, irmão e compatriota. 

3.4) Se tomar o país como se fosse uma segunda religião, este esmagaria a religião verdadeira, até o momento em que se tornaria a primeira, a inquestionável.

3.5) Se o país toma o Estado como se fosse a sua primeira religião, então o ateísmo se torna o eixo condutor da civilização. Como a verdade não existe, então a civilização morreria, pois as coisas não fariam sentido - e as pessoas se matariam com freqüência, por conta do tédio e do vazio que há nessa terra, isso sem contar o assassinato dos que praticam a fé verdadeira, que são tomados como se fossem "dissidentes".

3.5) Kujawski falava que o nacionalismo tende à caricatura. E adorar falsos deuses, feitos de barro, é a caricatura mais perfeita daquilo que Deus falou: "Eu sou seu único Deus - não há outros deuses além de mim"

4) É assim que fui construindo o tema ( o faire le point, como vi no livro O Poder de Celebrar Tratados, de Cachapuz de Medeiros). Este é o segredo de se aplicar engenharia reversa. O fundamento para isso é que eu conheço a verdade e sei o que devo amar e rejeitar tendo por Cristo fundamento.

5) Às vezes, uso métodos nada convencionais: geralmente eu fotografo os meus livros e destaco os parágrafos de interesse - e vou comparando com o que encontro em outros livros de outros autores. Caso eu encontre intertextualidade, monto um texto de ligação - às vezes estabeleço um diálogo entre um autor e outro, como se estivessem num colóquio. Se o Olavo nos mandou sermos ficcionistas imaginários, então eu me valho deste artifício, tendo por base um fundamento concreto.

A distinção entre clássico e secundário é irrelevante

1) Quando estou estudando um autor, eu não estou preocupado em saber se determinado autor x é clássico ou secundário. O que me interessa saber é o que ele tem a me ensinar de relevante.

2) Gente como Catharino torcia o nariz para o Borneman, pois ele, que nunca leu esse autor, o considerou "secundário". Hoje, devo ao Borneman tudo o que aprendi sobre a diferença entre nacionidade e nacionalidade. Tudo o que fiz foi eliminar todos os fundamentos marxistas da obra dele e estabelecer essa mesma diferença dentro da tradição cristã e de tal maneira a ficar conforme o Todo que vem de Deus. E isso se tornou a marca registrada do meu pensamento.

3) E não vivo só de Borneman - de autores como Pasquale Mancini eu aprendi muita coisa. Assim como de autores como Gilberto de Mello Kujawski.

4) Ao mesclar os autores que conheço, eu fui construindo o meu cabedal de saber - basta ver pelos mais de 1700 artigos que escrevi.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 2016 (data da postagem original).