Pesquisar este blog

domingo, 31 de janeiro de 2016

O estrangeiro se separa do apátrida por conta das atitudes

1) Eu não diferencio estrangeiro de apátrida por conta do nascimento. Eu o diferencio por conta de suas atitudes.

2) O estrangeiro, por força de circunstância, pode nascer fora do território brasileiro ter toda a sua vida formada no estrangeiro. Quando ele toma o seu país como se fosse um lar em Cristo e é chamado a servir a Cristo em terras distantes, ele leva essa experiência para esta terra - por isso é tão brasileiro quanto alguém nascido aqui e que toma este país como se fosse um lar em Cristo. E enquanto bem servir a Cristo, ele será um bom brasileiro tanto quanto é um bom polonês. Por isso é um cidadão universal, súdito do Rei do Universo, Nosso Jesus Cristo.

3) O apátrida, quando conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, ele está negando o país em que nasceu, pois não o está tomando como se fosse um lar em Cristo, mas como religião de Estado totalitário, próprio desta República.

4) Se devemos defender nosso país do que é ruim, devemos nos defender dos apátridas, desses bárbaros que estão tanto dentro da fronteira quanto vindos de fora. O mal está no caráter e não no nascimento.

Deus me cumulou de graças neste mês de janeiro

Ao longo deste mês, recebi a graça de escrever mais de 100 artigos em menos de 30 dias.

Ao longo desta semana, recebi outras duas: 

1) A de ver meu padrinho de novo, que andou viajando por este país, ao longo das últimas três semanas.

2) A de conseguir me inscrever no curso de inglês instrumental da Faculdade do Mosteiro de São Bento, aqui no Rio de Janeiro. Há anos queria estudar lá - minha mãe é testemunha disso.

3) Agora, uma avenida está aberta, de modo a traduzir meus pensamentos para o inglês, de modo a que atinja os americanos.

4) Quando tiver domínio pleno da língua inglesa, vou prosseguir nos estudos de língua polonesa, que é praticamente minha segunda língua, por conta de todas as minhas circunstâncias de vida, marcadas pela presença constante de São João Paulo II na minha vida.

Mais argumentos refutando a noção liberal de que corpo é propriedade

Há quem me pergunte: Dettmann, se não somos donos do próprio corpo, por que seríamos donos de nossos bens materiais? Em que sistema cairíamos?

Respondo:

1) O corpo, dentro da tradição cristã é, morada da alma. Devemos cuidar de nosso corpo da mesma forma como cuidamos do templo que é consagrado a Deus.

2.1) Tudo o que conquistamos, as propriedades, decorrem das nossas faculdades. As propriedades, fundadas no direito das coisas, são perpétuas, pois admitem sucessão - eis aí porque propriedade é um complexo de bens adquiridos por conta do trabalho acumulado ao longo do tempo.

2.2) Aquilo que decorre da faculdade decorre do espírito e deve ser distribuído, com base na bondade e na generosidade. Devemos usar nossos bens de modo a nos prepararmos para a vida eterna - eis o sentido da utilidade das coisas, pois o trabalho, o exercício das nossas faculdades a serviço da comunidade, é causa de santificação.

2.3)  O corpo, por não ser perpétuo, não admite sucessão - logo, não é propriedade, mas morada. Por isso, não existe reencarnação.

3.1) Cada alma tem seu próprio invólucro, marca da sua individualidade - a verdade não precisa ser minha ou sua para ser nossa. Eis aí porque Cristo, quando voltar, prometeu ressuscitar os que estiveram em conformidade com o Todo que vem de Deus ao longo da vida.

3.2) Jesus prometeu reerguer o templo em três dias - ele estava falando do templo de seu corpo. Se somos imitadores de Cristo, então tomemos o nosso corpo como se fosse templo do senhor e não como propriedade.

3.3) Se o corpo for tomado como se fosse propriedade, teríamos o poder de usar, gozar e dispor de nosso corpo, podendo até mesmo destruí-lo e isso é dizer que temos poder divino, coisa que não temos.

3.4) Quem tem o poder usar as coisas tenderá a abusar, pois a propriedade é um direito absoluto, quase divino. Por isso que existem limites dentro da lei natural que disciplinam a relação do homem com as coisas.

3.5) E como já falei, corpo não é coisa, mas morada. Se fosse coisa, haveria escravidão, coisa que é contra a tradição cristã.

3.6) Só o Deus verdadeiro tem o direito de nos escravizar, pois Deus é bom. Só Ele tem o poder de vida e de morte sobre nós.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 2016 (data da postagem original).

sábado, 30 de janeiro de 2016

O que é uma tradução?

1) O que é uma tradução senão uma cópia de um pensamento em uma língua A e convertida para a língua B, com todas as suas nuances, virtudes e defeitos?

2) Como toda cópia, tem seus altos e seus baixos - elas revelam a natureza imperfeita do ser humano. Eis aí que ele é criatura e não Deus, tal como o libertarismo quer nos impor, através de políticas públicas que fomentam o relativismo moral.

3) Se eu quiser ser um tradutor perfeito, então eu devo conhecer o pensamento do autor que pretendo traduzir. Conhecer sua vida, suas angústias, as dificuldades epistemológicas com as quais ele teve de lidar, de modo a produzir aquilo que pretendo traduzir depois.

4) Se o estilo é o homem, então a  vida, a personalidade, as circunstancias de vida do traduzido são parte do cabedal que compõem a tradução. Converter tudo isso de um modo mais fiel possível ao original não é tarefa das mais fáceis.

5) Há quem advogue que os livros não devem ser traduzidos, de modo a honrar as tensões da realidade que resultaram na produção desse livro. E que o ideal seria que todos lessem na língua original. Eu estou de acordo - o problema é que na nossa sociedade não existe uma cultura de liberdade, de modo a que pessoa busque o conhecimento por si própria. Ter uma família está cada vez mais sendo desincentivado - e mesmo que você forme a sua família, você será forçado a ter de pôr seu filho na escola, de modo a que ele vire rato de laboratório das pedagogas, que ensinam tudo o que não presta e que decorre dessa República maldita.

6) Outro fator que inviabiliza essa cultura de liberdade está no fato de que muitos tomam o país como se fosse religião de Estado. Se o país é tomado como se fosse religião de Estado, então a verdade decorrerá da lei positivada do Estado, fundada em sabedoria humana dissociada da divina. E todos os subsídios econômicos e civilizatórios que instituirão a ordem do bem-estar social dependerá de todas essas políticas públicas - e isso é caro e vazio. Não é à toa que essa falsa nacionidade, fundada num amor a um falso Deus, está entrando em colapso. E é justamente isso que está matando a civilização fundada no Deus verdadeiro - ela criou um vácuo de poder, que está sendo aproveitado pelos muçulmanos.

7) Enfim, sem essa cultura de liberdade, fundada no Deus verdadeiro, jamais haverá preservação, tradução, muito menos desenvolvimento cultural e civilizatório.

Método para se traduzir um livro

1) Copie as frases de um livro (em inglês, em francês ou em outra língua qualquer) e tente traduzir as frases do parágrafo. 

2.1) Se o parágrafo seguinte atualiza ou contextualiza o parágrafo traduzido, atualize a tradução. 

2.2) Se o entendimento do parágrafo depender de uma informação complementar, de modo a entender o que está sendo escrito, então vá para a bibliografia indicada pelo autor.

3) Do texto traduzido para o português, refaça o estilo, de modo a ficar o mais simples possível. Se necessário, faça a análise sintática dos termos da oração, de modo a entender o que está sendo produzido.

Da importância de se copiar à mão para se traduzir um texto melhor

1) Se ao copiar o livro à mão você imita o estilo dos escritores, você tende a aprender os erros e acertos do escritor, que é um ser humano tal como todos nós - um ser imperfeito.

2) Da posse do conhecimento dos altos e baixos do livro, você faz uma tradução para o vernáculo e uma versão melhorada desse autor, de modo a que na sua língua os vícios desse autor sejam corrigidos.

3) Como escritor de língua portuguesa, você deve ser às vezes o autor da língua original, de modo a dizer as coisas de modo a que um falante da língua portuguesa possa entender. E o método mais natural de imitação que se pode conceber é copiando sentenças à mão e traduzindo, de modo a ficar o mais simples e completo possível.

Da importância de copiar textos de modo a imitar o estilo dos grandes escritores ou melhorá-los

1) Inspirado numa matéria que vi sobre uma estudante do ABC que copiou a Bíblia, tratei de copiar os Princípios de Economia Política, de Carl Menger, não só para praticar a caligrafia como também para extrair informações importantes do livro que estou copiando.

2) O lado bom de estar copiando à mão é que você está honrando todo o esforço intelectual de quem escreveu o livro - você passa a raciocinar da forma como o escritor pensou e passa a ver outras maneiras de introduzir um texto mais simples, de modo a que fique mais claro e objetivo.

3) Além disso, se os parágrafos forem enumerados, você terá uma referência do que pode ser tirado do livro e comentado. Até mesmo as notas de rodapé, coisa que muitos não notam, passam a ser vistas com mais detalhes. A leitura fica mais ativa e você tende a aproveitar mais o trabalho.

4) Quem acha isso atraso de vida não passa de um débil mental. Se é preciso imitar os grandes escritores, então a melhor forma de se desenvolver o estilo é copiando os textos dos grandes escritores e vendo a sua viabilidade literária. Se o estilo faz o homem, então o homem se só se torna um escritor quando imita os melhores e os sintetiza num só corpo - o dele próprio, que serve a todos os outros dentro de suas circunstâncias.

Matérias relacionadas: http://adf.ly/1WBXmz