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domingo, 23 de abril de 2017

Notas sobre o conservantismo fundado no amor desordenado

1) É verdade que devemos ser amáveis com aqueles que são mansos e humildes de coração, mas também devemos ser sagazes, tal como são as serpentes. E é conveniente e sensato afastar-se de todo aquele que conserva o que é conveniente e dissociado da verdade - isso deve ser feito quando esta pessoa for advertida fraternalmente acerca de seu conservantismo, pois, neste ponto, o diabo está fazendo a cabeça dessa pessoa, a ponto de emburrecê-la.

2) Se a pessoa for só coração, e não mente em algum aspecto de sua vida, então ela está conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, por força do amor desordenado. Vai chegar um dia em que pessoas como ela vão colocar um chifre em cabeça de cavalo, de modo a dizer que unicórnios realmente existem, quando, em verdade, não passam de seres mitológicos.

3) Quando começarem a agir desse modo, é sinal de que a pessoa está à esquerda do Pai, já que é escrava da insensatez. E, enquanto não se tornar gente, não passará de uma pessoa histericamente insincera - e quando despertar desse longo sono, talvez seja tarde demais.

4) Rezar para que saia disso é um trabalho de caridade muito maior que se pode fazer em prol da pessoa conservantista do que o mero chamado à razão, pois estes fazem ouvidos moucos à ação humana. E onde a ação humana falhar miseravelmente, aí Deus entra no meu lugar.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de abril de 2017. (data da postagem original)

Em tempo de crise, mais vale o prestígio que o dinheiro

1) Em tempos de crise, eu percebi o seguinte: mais vale a pena ganhar prestígio do que ficar pedindo doações.

2) As doações virão espontaneamente - por isso, não pedirei mais doações. Quem conhece meu trabalho colaborará comigo (basta só escrever inbox que eu passo meus dados bancários e a pessoa se compromete a me ajudar)

3) A sistematização dos escritos está em fase inicial. E aos poucos, eu vou escrevendo menos, de modo a dar mais ênfase à sistematização das idéias. Quando o livro ficar pronto, eu darei o exemplar a todos que já colaboraram comigo. Afinal, sustentaram meu trabalho por 3 anos e tantos meses. Nada mais justo do que isso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de abril de 2017.

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Por que o ciclo de Kondratiov é usado para explicar o tempo presente?

1) Em economia, temos o ciclo de Kondratiov. Trata-se de um ciclo de 60 anos, que dura do pai para o filho, mas não necessariamente do filho para o neto.

2) É simplesmente história do tempo presente, uma vez que o pai prepara o caminho para o filho, mas o neto não mantém o caminho herdado pelo filho desde o pai dele. É o eterno conflito da geração X com a geração Y (do presente, enquanto continuação do passado, com o futuro).

3) Para se ter uma tradição, o ciclo deve ser de 90 anos (pai, filho e neto), o que coincide com o período de um século (100 anos).

4) Quando se ama mais o dinheiro do que a Deus, as reformas modernizantes ocorrem na passagem das gerações dos filhos para os netos. Por isso que elas são revolucionárias, pois não se confirmam as coisas plantadas pelos pais na passagem dos filhos para os netos, de modo a haver essa tradição.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de abril de 2017.

Notas sobre a relação estreita ente pacto intergeracional e estabilidade do regime político

1) Um dos fundamentos do Direito Previdenciário é o pacto entre as gerações. Isso pressupõe que o país seja tomado como se fosse uma grande família, coisa que se dá na monarquia - regime político famoso pela sua estabilidade política.

2) A maior prova de que esse princípio não passa de uma mentira é que a Constituição muda uma vez a cada 21 anos em média. Como foram 6 constituições ao longo de 128 de regime republicano, simplesmente não houve pacto intergeracional da primeira à sexta geração, o que constitui um grave atraso - e tudo o que poderia ter sido construído por força da estabilidade política advinda do antigo regime acabou se perdendo.

3) Isso pra não falar da língua, que sofreu constantes reformas tanto quanto as constantes rupturas institucionais que tivemos, por conta do salvacionismo e do conservantismo.

4) Reforma Previdenciária num ambiente desse só poder ser piada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de abril de 2017.

A espada dos militares de hoje serve à ideologia e está manchada de sangue inocente

1) Caxias dizia que a espada dele não tinha ideologias.

2) Os militares de 1889 traíram Caxias - logo, o Exército decorrente deste dia não honra o legado de seu patrono. A espada dos militares serve a este governo de facção que é a República - logo, a espada tem ideologia: a do positivismo, de Comte.

3) Da mesma forma que é possível ter poder sem ter mandato político, é possível perfeitamente ser militar sem ser necessariamente da carreira militar. Bastam duas coisas:

A) não antepor a farda à verdade;

B) servir a Cristo em terras distantes, tal como foi edificado em Ourique. Como o país é continental, as terras distantes são também terras onde o próximo habita e que estará carente de instrução, de orientação - e dessa forma, torna-se presa fácil da doutrinação que é feita pelos professores de esquerda.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de abril de 2017.

Por que não adiciono militares ou gente pró-Exército?

1) Ultimamente tem vindo muitos militares ou gente pró-exército me adicionar. Tal como aconteceu com o Paulo Eduardo Martins, essa gente é tão fanática, tão rasteira que é incapaz de ver a grande merda que o Exército fez ao derrubar a monarquia, em 1889 - e acabam confundindo isso com o que houve em 1964, que é um desdobramento do que houve antes.

2) Não é à toa que os chamo de esquerdistas, de conservantistas. Eles são esquerda, ainda que se digam nominalmente de direita. São os libertários-conservantistas que edificam a liberdade para o nada - são os engenheiros do quinhentismo, traindo aquilo que foi edificado em Ourique.

3) É essa gente que zomba de todo aquele que defende a monarquia, dizendo que ela é atraso. Por serem extremamente caricatos, eu nem perco meu tempo: já os deleto de antemão.

4) O dia que houver um militar monarquista, aí eu adiciono. Esse militar jamais anteporá a farda à verdade, tal como a maioria faz.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de abril de 2017.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Notas sobre sociologia e genealogia

1) Enquanto a sociologia mede o homem por meio do comportamento coletivo, tirando uma impressão genérica e abstrata por conta de este ser a medida de todas as coisas, a genealogia mede a relação entre um homem de uma geração e outra da mesma família, uma vez que família é tradição - e nesta tradição ocorre o pacto entre as gerações, de modo em que as gerações posteriores honram a herança de seu antecessor, de modo a aprimorá-la.

2) Quando essa herança é observada sistematicamente ao longo de várias gerações de uma mesma família, temos país tomado como se fosse um lar, pois a herança é distribuída a todo aquele se preparou de modo a bem cuidar dela. Quando a herança de várias famílias é observada dentro desse mesmo consórcio, nós temos comunitarismo.

3) Maior exemplo disso é que eu sou herdeiro direto dos legados das famílias Viégas e Dettmann. Por isso, eu trabalho duro de modo a honrar os dois legados. Indiretamente, eu também honro o legado das Famílias Carvalho (da minha avó) e Gomes (do lado materno do meu avô), assim como um dia meus filhos honrarão não só o meu legado, mas também o legado da minha futura esposa, cujo sobrenome é Frederico.

4) É por força desse legado que vejo que não é o homem a medida de todas as coisas, mas o conjunto de heranças acumulado ao longo dos sucessivos casamentos que há entre as famílias, por força do passar das gerações - coisa essa que é fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus. Se a pessoa tiver plena consciência de onde veio e para onde vai, ela jamais será serva da má consciência.

5.1) A sociologia fundada no homem como medida de todas as coisas leva a um individualismo desenfreado e a uma liberdade voltada para o nada. E é por conta da liberdade voltada para o nada que o amor se torna líqüido, já que os indivíduos não passam de átomos que podem se ligar a outros átomos de modo a compor qualquer tipo de elemento, coisa que às vezes é fora da conformidade com o todo que vem de Deus.

5.2) Como o líqüido assume a forma de seu recipiente, o casamento se torna uma coisa utilitária, um negócio jurídico, e fica dessacralizado, por força da descristianização da sociedade, uma das características da sociedade moderna.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de abril de 2017.