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quinta-feira, 23 de março de 2017

Os muçulmanos são apátridas

1) Diante de uma realidade multiculturalista - em que cada cultura tem direito a sua verdade, a ponto de conservar o que é conveniente e dissociado daquilo que é conforme o Todo que vem de Deus -, a chegada de imigrantes muçulmanos certamente afetará a nacionidade: o país deixará de ser tomado como se fosse um lar em Cristo e passará a estar em conformidade com o Todo que vem desse demiurgo chamado Allah, causa de apatria, uma vez que islamismo não é religião, mas um esquema de dominação mundial, criado com o propósito de acabar com a civilização.

2) A maior prova disso é que islâmicos não se levantam na hora em que o hino nacional do país que os acolhe é tocado, muito menos ajudam aos que são necessitados. Essas virtudes são cristãs e eles estão matando cristãos a rodo.

3) Por isso mesmo, quem é conforme o Todo que vem dessa heresia é apátrida e não tem direito algum. E se a lei da terra concede direitos a essa gente, então ela é fora da lei natural, fundada na conformidade que vem de Deus, que é a verdade em pessoa, o verbo que se fez carne e que habitou em nós.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de março de 2017.

Comentários adicionais:

Catolicismo Explicado:

1) O fenômeno sociológico da multiculturalização fragiliza a identidade da pátria, cujos simbolos, história, heróis, virtiudes sociais e conceitos culturais aos poucos, substituídos por uma cultura abstrata e impessoal, facilita a formação grupos sectários e a formação de lideranças políticas que usufruem desses grupos.

2) O multicultural não vem para dar nada ao país, mas para apenas usufruir dele, enquanto em condições de ofertar esse usufruto.

quarta-feira, 22 de março de 2017

Notas sobre morte provisória e morte definitiva, assim como sobre ressurreição acidental, fundada no reencontro, e ressurreição essencial, fundada na salvação

1) Quando uma pessoa vai embora da minha vida por alguma razão, tomo como se esta pessoa tivesse morrido para mim - se ela voltar a falar comigo, tomo como se ela tivesse ressuscitado dos mortos, ainda que em vida. A mesma coisa aplico aos casos de bloqueio no facebook.

2) Se a pessoa me deixou um legado positivo, eu volta e meia meditarei sobre o que aprendi com essa pessoa, pois é uma forma de honrar o "falecido". Se a pessoa não deixou nada de bom, é como se nada tivesse acontecido, pois tudo o que de bom falei acabou se voltando para o nada. Por força disso, eu deleto a conversa, como se ela não tivesse ocorrido. É uma forma de esquecer o ocorrido.

3) Afastar-se de um amigo e começar uma nova fase da vida sem ele é uma morte. Mas esta morte provisória prepara o caminho para a morte definitiva. E na morte definitiva, Cristo virá uma segunda vez e ressuscitará os que viveram a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus. Se ele amou e rejeitou as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, então é certo que vou me encontrar com ele novamente, na pátria definitiva.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de março de 2017 (data da postagem original).

Por que não podemos aceitar o laicismo do Estado?

Com a difusão das idéias erigidas da Revolução francesa, o ódio anticatólico, ateísta e igualitário esteve em um grau de ferocidade nunca antes visto na História da Igreja, os princípios de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" espalharam-se pela Europa, causando caos absoluto, derrubando tronos e veneráveis dinastias milenares, semeando ódio contra as monarquias, contra o Papa, contra as ordens religiosas, e contra qualquer instituição tradicional que fosse considerada "obscurantista" pela loucura revolucionária, sedenta por sangue martirizado. Mesmo quando a perseguição relativamente acalmou-se e as monarquias foram restabelecidas, com o Congresso de Viena (1815), o princípio do Estado laico, ou seja, da total separação entre a Igreja e as Instituições estatais se tornou pauta constante e insistente dos liberais e maçons, em sua perseguição incessante contra a Igreja e contra o Papado.

Ora, a idéia laicista, desde seu surgimento, sempre teve aspirações anticristãs, anticlericais e humanistas, antropocêntricas, especificamente. Aspirou-se criar uma sociedade, onde o centro não fosse mais Nosso Senhor Jesus Cristo, mas o homem e suas supostas "liberdades" e "direitos". Antes de tudo, meus amigos, é preciso compreender o seguinte, a ordem do cosmos e portanto a ordem do mundo em que vivemos, decorre inteiramente do cumprimento da Lei deixada por Deus. Se em uma nação, todos os habitantes cumprem os Dez Mandamentos, há perfeição absoluta em todos os setores da sociedade, em todas as famílias, empresas e instituições, e onde ninguém os cumpre há caos e barbárie, como podemos de maneira legítima constatar ao analisarmos os rumos aos quais tem tomado nossa sociedade.

Os objetivos funestos e malignos do iluminismo, foram atingidos de modo quase plenamente satisfatório aos inimigos de Deus. Com o passar do tempo século XIX e XX, os estados tiraram o Evangelho de suas leis, de seus princípios legais, de suas instituições, em nome da suposta "liberdade" democrática. Em alguns países europeus, a perseguição aos católicos se tornou tamanha, que já se cogitava tomar todos os edifícios e propriedades eclesiásticas, e proibir os sacerdotes de usarem o hábito talar, foi assim na França, em 1905 e depois em Portugal, com o surgimento da maçônica Primeira República Portuguesa em 1911, perseguição que durou até a ascensão do Estado Novo, no final dos anos 20.

Essas ideias foram progredindo entre as nações Ocidente, a tal ponto que hoje em dia, cogita-se até mesmo tirar os crucifixos, e imagens dos santos, assim como qualquer objeto que faça menção à religião cristã das repartições e prédios públicos, como tribunais, delegacias, escolas públicas. Forçando a ateização do Estado, para então ateizar a sociedade civil. Ora, nós sabemos que Deus é Deus, e que portanto a obrigação de obedecer às leis deixadas por Ele, não é apenas individual, mas também é obrigação dos Estados e das autoridades constituídas.

Vejam, não se trata aqui de forçar, impor a religião católica às pessoas individualmente. Não é isso, mesmo porque isso seria um pecado contra Deus. Trata-se garantir à Igreja amparo não só civil, mas estatal, de maneira que Ela tenha o reconhecimento e o respeito das autoridades. A Santa Igreja, em sua infinita sabedoria concedida por N. S. Jesus Cristo, sempre ensinou que a primeira obrigação do Estado, não é apenas governar seus povos, mas também sustentar, auxiliar e facilitar ao máximo, o trabalho e a ação católica, nas instituições e entre todos os que constituem uma sociedade. A Igreja não deve legislar, pois esta não é sua área de atuação, assim como o Estado NÃO possui o direito de fazer leis que contrariem a Doutrina Católica. Sim, é isso mesmo, o Estado NÃO tem o direito de ser laico, ao contrário, tem obrigação de respeitar as leis de Deus e honrá-las ao máximo.

O laicismo joga a Santa Igreja Católica Apostólica Romana, fundada pelo Filho de Deus em pessoa, no mesmo patamar que as religiões pagãs, falsas, como se tivesse a mesma importância, poderia existir maior humilhação e ofensa ao próprio Deus ?

Como católicos fiéis ao Papa e ao Magistério Apostólico, temos obrigação moral e religiosa de combater o laicismo sob todos os aspectos, em todos os setores, seja na área das ideias, seja na área prática. Apresento abaixo, de maneira resumida, o que disseram diversos pontífices, a este respeito:

Papa Leão XIII (1878-1903)

"12. Devem, pois, os chefes de Estado ter por santo o nome de Deus e colocar no número dos seus principais deveres favorecer a religião, protegê-la com a sua benevolência, cobri-la com a autoridade tutelar das leis, e nada estatuírem ou decidirem que seja contrário à integridade dela. E isso devem-no eles aos cidadãos de que são chefes. Todos nós, com efeito, enquanto existimos, somos nascidos e educados em vista de um bem supremo e final ao qual é preciso referir tudo, colocado que está nos céus, além desta frágil e curta existência. Já que disso é que depende a completa e perfeita felicidade dos homens, é do interesse supremo de cada um alcançar esse fim. Como, pois, a sociedade civil foi estabelecida para a utilidade de todos, deve, favorecendo a prosperidade pública, prover ao bem dos cidadãos de modo não somente a não opor qualquer obstáculo, mas a assegurar todas as facilidades possíveis à procura e à aquisição desse bem supremo e imutável ao qual eles próprios aspiram. A primeira de todas consiste em fazer respeitar a santa e inviolável observância da religião, cujos deveres unem o homem a Deus."
- Encíclica Immortale Dei- 1 de novembro de 1885.

"28. Tempo houve em que a filosofia do Evangelho governava os Estados. Nessa época, a influência da sabedoria cristã e a sua virtude divina penetravam as leis, as instituições, os costumes dos povos, todas as categorias e todas as relações da sociedade civil. Então a religião instituída por Jesus Cristo, solidamente estabelecida no grau de dignidade que lhe é devido, em toda parte era florescente, graças ao favor dos príncipes e à proteção legítima dos magistrados. Então o sacerdócio e o império estavam ligados em si por uma feliz concórdia e pela permuta amistosa de bons ofícios. Organizada assim, a sociedade civil deu frutos superiores a toda expectativa, frutos cuja memória subsiste e subsistirá, consignada como está em inúmeros documentos que artifício algum dos adversários poderá corromper ou obscurecer."
- Encíclica Immortale Dei- Papa Leão XIII, 1885.

"39. Quanto à Igreja, que o próprio Deus estabeleceu, excluí-la da vida pública, das leis, da educação da juventude, da sociedade doméstica, é um grande e pernicioso erro. Uma sociedade sem religião não pode ser bem regulada; e, mais talvez do que fora mister, já se vê o que vale em si e em suas conseqüências essa pretensa moral civil."- Encíclica Immortale Dei- Papa Leão XIII, 1885

Papa Pio XI (1922-1939)

"22. Como bem sabeis, Veneráveis Irmãos, não é num dia que esta praga (O laicismo) chegou à sua plena maturação; há muito, estava latente nos estados modernos. Começou-se, primeiro, a negar a soberania de Cristo sobre todas as nações; negou-se, portanto, à Igreja o direito de doutrinar o gênero humano, de legislar e reger os povos em ordem à eterna bem-aventurança. Aos poucos, foi equiparada a religião de Cristo aos falsos cultos e indecorosamente rebaixada ao mesmo nível. Sujeitaram-na, em seguida, à autoridade civil, entregando-a, por assim dizer, ao capricho de príncipes e governos. Houve até quem pretendesse substituir à religião de Cristo um simples sentimento de religiosidade natural. Certos estados, por fim, julgaram poder dispensar-se do próprio Deus e fizeram consistir sua religião na irreligião e no esquecimento consciente e voluntário de Deus."
- Encíclica Quas Primas, sobre Cristo-Rei, 1925.

"23. Os frutos sobremodo amargosos que, tantas vezes e com tanta persistência, produziu esta apostasia dos indivíduos e dos estados, que desertam a Cristo, expendemo-los na Encíclica "Ubi arcano". Tornamos a lamentá-los hoje. Frutos desta apostasia são os germes de ódio esparsos por toda parte, as invejas e rivalidades entre nações, que alimentam as discórdias internacionais e dificultam ainda agora a restauração da paz; frutos desta apostasia as ambições desenfreadas, que muitas vezes se encobrem com a máscara do interesse público e do amor da pátria, e suas tristes conseqüências: dissensões civis, egoísmo cego e desmedido, sem outro fito nem outra regra mais que vantagens pessoais e proveitos particulares. Fruto desta apostasia a perturbação da paz doméstica, pelo esquecimento e desleixo das obrigações familiares, o enfraquecimento da união e estabilidade no seio das famílias, e por fim o abalo na sociedade toda, que ameaça ruir."
- Encíclica Quas Primas, sobre Cristo-Rei, 1925.

Papa Pio XII (1939-1958)

"4. Ora, só a religião cristã ensina essa verdade plena, essa justiça perfeita e essa caridade divina que elimina ódios, animosidades e lutas; de fato, só ela as recebeu em custódia, do divino Redentor, caminho, verdade e vida (cf. Jo 14, 6), e com todas as forças deve fazê-las pôr em prática. Não há dúvida, então, de que aqueles que querem deliberadamente ignorar a religião cristã e a Igreja católica, ou que se esforçam por lhes opor obstáculos, por desconhecê-las, por submetê-las, enfraquecem com isso as bases da sociedade, ou as substituem por outras que absolutamente não podem sustentar o edifício da dignidade, liberdade e bem-estar humanos."
- Encíclica Meminisse Iuvat, 14 de julho de 1958.

"5. Necessário é, portanto, voltar aos preceitos do cristianismo, se se quiser formar uma sociedade sólida, justa e equitativa. É prejudicial, é imprudente entrar em conflito com a religião cristã, cuja duração perene é garantida por Deus e provada pela história. Reflita-se em que um estado, sem a religião, não pode ter nem retidão moral nem ordem."
- Encíclica Meminisse Iuvat, 14 de julho de 1958.

Vemos então, amigos, que Nosso Senhor Jesus Cristo deve reinar gloriosamente sobre todas as nações, povos e corações, e nós devemos lutar, combater como cruzados, para que isto se concretize, jamais desistir, jamais fazer concessões, jamais ceder.

Viva Cristo Rei!

(Marcos Vinícius Peinado)

terça-feira, 21 de março de 2017

Notas sobre a estrutura de composição dos partidos italiano, japonês, alemão, português e brasileiro - um estudo de caso

1.1) Tempos atrás, falei que a Lusitânia Nova era composta de Itália Nova, Alemanha Nova, Japão Novo etc.

1.2) Esses grupos têm direito à representação local no país, pois tomam o Brasil como o seu lar tanto quanto tomam a terra de seus antepassados como se fossem seu lar também - como a Itália, o Japão, a Alemanha etc. Afinal, eles têm dupla nacionalidade e merecem a dupla representação política.

2.1) Quem toma o país como um lar tem direito a uma vocação livre, de modo a que possa servir a Cristo nesta terra e em terras distantes. Pode ser médico, advogado, comerciante etc.

2.2) Cada classe acaba colaborando com as comunidades aqui instaladas, fazendo com que estas acabem tomando o país como se fosse um lar - além disso, também agem como se fossem diplomatas perfeitos, fazendo com que Itália, Japão ou mesmo Alemanha sejam tomadas como se fossem um lar, junto com o Brasil.

2.3) Com isso existe duplo caráter nacional - não só por força da internacionidade, mas também porque cada classe profissional acaba servindo de base para que se estude os que se sabe da terra ancestral de maneira comparada com a terra local e com a terra de origem do colega de classe, o que leva à descoberta do outro, base do distributivismo. Isso faz com que o saber seja distribuído a todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, democratizando assim o saber.

2.4) Os Partidos Japonês, Alemão e Italiano - assim como o Partido Português e o Partido Brasileiro - acabariam representando a todas as classes em que há descendentes de japoneses, italianos, alemães, portugueses e brasileiros nas profissões, respectivamente. E no Parlamento um grupo acaba colaborando com o outro, pois todos são parte da mesma família, pois não são facções, tal como há na República.

3.1) Com isso, esses partidos assumiriam mais ou menos a mesma que estrutura há no partido republicano e democrata, por exemplo, mas sem a estrutura da ideologia, umas vez que esse partidos estão fundados no fato de se tomar o país como se fosse um lar em Cristo, junto com o país de origem.

3.2) Com isso as classes produtivas da nação acabam distribuído o que herdaram de Ourique às terras, ao aqui nascerem e honrarem aos países de seus antepassados por força de seu sangue, o que faz com que os países dos antepassados sejam consagrados ao Cristo Crucificado de Ourique, por meio de seu trabalho santificador.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de março de 2017. 

Notas sobre os dois tipos de justiça eleitoral

1) Existem dois tipos de juiz eleitoral.

2) Um deles é o eleitor, aquele que mora numa cidade e decide quem vai governar a cidade de tal maneira a que ela seja tomada como se fosse um lar em Cristo - e se essa cidade se tornar um modelo de cidade virtuosa, isso influencia as demais cidades do estado e do país inteiro.

3) O outro é o juiz de Direito que resolve os conflitos de interesse qualificados pela pretensão resistida.

4.1) Se tivéssemos realmente governo de representação, os partidos representariam as classes profissionais que constituem a nação, de modo a que seja tomada como se fosse um lar: haveria a classe dos professores, dos advogados, dos médicos, dos engenheiros e outras tantas. Não seriam partidos pautados numa ideologia.

4.2) Por força disso, o conflito nas eleições seriam conflitos de família, uma justiça de relação. E o acusado pelo crime eleitoral seria julgado pelos seus pares, o que acabaria levando à formação de um júri eleitoral para decidir a questão, algo que tem fundamento na Magna Carta inglesa, que é conforme o Todo que vem de Deus neste ponto.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de março de 2017.

Notas sobre a gênese do Poder Moderador no âmbito de uma cidade singular

1) Quando a cidade é muito pequena, onde todos conhecem a todos, não é necessário Poder Moderador. Se esse pequeno lugarejo vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, então uma república cristã terá os mesmos fundamentos da antiga república romana, em que ninguém será escravo de outro homem, mas de Deus.

2.1) À medida que a cidade cresce, mais impessoal fica a cidade, pois os indivíduos na sociedade tendem a se especializar num determinado trabalho.

2.2) Se a cidade se torna impessoal, então seus cidadãos são relativamente conhecidos uns dos outros - e é neste ponto que surgem as classes, que podem vir a ser as facções se essas classes forem tomadas como se fossem uma religião, de modo a impor sua verdade a todos os outros.

2.3.1) É por conta disso que já começa a haver poder moderador, pois o interesse de uma classe não pode colidir com uma outra a ponto de causar conflito.

2.3.2) Afinal, as classes são parte de uma mesma família - e o exercente do Poder Moderador toma a cidade como um lar e os habitantes de sua cidade como um espelho de seu próprio eu, o que faz da cidade uma Igreja doméstica mesoscópica, pois seu exemplo será distribuído a outras cidades da região, o que leva ao país ser tomado como se fosse um lar em Cristo, já que uma região serve de escola para as outras escolas, quando esta é virtuosa.

2.3.3) Eis aí que podemos dizer que a monarquia é a evolução da república, uma vez que o regime político tende a evoluir à medida que a cidade se torna cada vez mais complexa.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de março de 2017 (data da postagem original).

Notas sobre a relação entre voto aberto e a observância da desigualdade natural que há entre as pessoas tanto em relação à instrução quanto em matéria de experiência eleitoral

1) Se o voto fosse aberto, haveria desigualdade em matéria de opinião e experiência de votar, o que faz com que o valor do homem se meça pela sua responsabilidade e experiência - e quanto mais responsável for o eleitor, maior é o peso do seu voto, que servirá de motivo determinante para se eleger ou não determinado candidato.

2.1) A sociedade é composta de homens desiguais: há pessoas jovens e pessoas mais idosas.

2.2) Uma pessoa jovem sequer tem experiência de vida de modo a que possa selar o destino de uma nação - logo, o peso relativo de seu voto terá pouca influência sobre a escolha de um candidato, pois ainda não tem idade para discernir o que é certo do errado, muito menos cultura suficiente para motivar seu voto.

2.3) Uma pessoa mais idosa, mais experiente, participou de várias eleições e tem experiência para motivar seus votos com sabedoria, a ponto de fazer boas escolhas de modo a que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo. E isso tem um peso crucial, pois os mais idosos são a reserva de sabedoria da nação - logo, são uma reserva moral. 

2.4.1) É justamente porque a sociedade é composta de pessoas desiguais o que peso de suas opiniões, palavras e votos é desigual.

2.4.2) Logo, os mais sábios e sensatos são os que possuem o direito natural de escolher aqueles que são chamados a servir ao país de modo a que seja tomado como se fosse um lar em Cristo, ainda que esse chamado se estenda a terras distantes, tal como foi estabelecido em Ourique.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de março de 2017.