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quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Não se preocupem com o fato de não estar escrevendo nada no momento

1) Algumas pessoas estão tão acostumadas a me verem escrevendo todos os dias que, quando eu tiro uma folga, as pessoas acham que não estou bem, já que isso não é normal para elas.

2) Muito pelo contrário: estou bem de saúde. O fato de não ter nada para falar no momento acontece com qualquer escritor - como isso é um dom de Deus, eu não posso servi-lo de maneira vazia, falando a primeira asneira que me vem à cabeça, tal como muitos fazem.

3) O que costumo fazer quando não estou escrevendo? Fico em geral meditando - a atividade contemplativa é essencial para eu fazer bem o meu trabalho. Medito sobre muitas coisas até o momento em que encontro algo maduro para poder escrever aqui. E é este algo maduro que revelo, pois sei que isso vai edificar algo bom nas pessoas, na conformidade com o Todo que vem de Deus. O que ainda não estiver amadurecido, eu nem escrevo ainda, pois sei que não achei uma forma de pôr isso no papel muito bem.

4) Enfim, quando estou em atividade contemplativa, é como se estivesse negociando com Deus coisas relativas à minha atividade trabalhista - afinal, não falo nada se sentir que minha hora de falar sobre isso ainda não chegou. Há matérias que não estão maduras ainda - e é péssimo pra mim usar de sabedoria humana dissociada da divina de modo a servir essas questões de maneira vazia, pois eu estaria pecando contra a bondade de Deus se fizesse isso.

5) Por isso, fiquem tranqüilos. Quando tiver algo a dizer, eu estarei aqui para falar algo relevante. Se eu não escrever, é porque não tenho nada mesmo a escrever.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 03 de novembro de 2016.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

A verdade sobre o Rei Henrique VIII da Inglaterra

1) Henrique VIII foi um dos maiores boçais da história ocidental. Trocou Roma e a Inglaterra por uma serpente de saias. A mesma serpente de saias que o fez desonrar seus laços eternos com a 'Princesa Guerreira', herdeira dos Cruzados libertadores da Península Ibérica e fundadores da Espanha e Portugal: Reis e Rainhas da Ordem de Sant'Iago da Espada: a Princesa Católica - Catarina de Aragão.

2) Hoje, os herdeiros de Henrique VIII foram reduzidos a mesma pequenês de seu antepassado. E por punição divina serão cortados junto com seu povo pela espada dos bárbaros derrotados outrora por Catarina de Aragão e seu Clã.

(Marcelo Dantas)

Notas sobre o chamado liberalismo moral

1) O verdadeiro liberalismo moral se funda no fato de Cristo é o caminho, a verdade e a vida - e isso é absoluto e não relativo. Este liberalismo e magnificência são a mesma coisa, uma vez que se move à base de eucaristia - se não conservarmos a memória da dor em Cristo, nós conservaremos o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de edificar liberdade para o nada.

2) É do conservadorismo próprio da Igreja militante, que segue a triunfante, que temos o liberalismo, a ordem fundada na liberdade em Cristo. É através do trabalho duro e honesto, servindo a quem é de fato um irmão, que vem o processo de capitalização moral. Um serviço bem prestado leva a uma remuneração liberal do trabalho - a uma remuneração generosa, magnificente. E dessa remuneração generosa vem a liberdade para eu fazer aquilo que é bom dentro dos limites daquilo que recebo. E isso é necessariamente distributivismo.

3) Se a pessoa não tiver domínio das nuances da linguagem, correrá o risco de confundir liberalismo com libertarismo, o conservadorismo com o conservantismo e o processo de capitalização com o capitalismo, em que o amor ao dinheiro se torna uma espécie de ideologia, a ponto de nos afastar daquilo que é conforme o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de novembro de 2016.

Cristianismo e "conservadorismo"

1) O "conservadorismo", ou a "mentalidade conservadora" mais divulgada, é apenas o (limitado) ponto de vista anglo-saxão sobre a realidade, e não “o” ponto de vista do Cristianismo (ao menos o católico). Os anglo-saxões são os campeões da imaginação, da lógica e da força de vontade ("empreendedorismo"), mas estas qualidades, sem a apreensão da realidade, não podem perfazer uma perspectiva exatamente cristã.

2) Quando a Inglaterra, com Henrique VIII, rompeu com a fé católica, os ingleses mergulharam no abismo metafísico (ao qual já caminhavam desde Ockham, e cuja expressão mais significativa é a desinteligência humeneana), eles já não puderam ser considerados uma nação paradigmática para o Cristianismo, uma vez que t al "conservadorismo" é um conservadorismo "pragmático", que conserva "o que funciona enquanto funciona”, e não porque corresponda à verdade moral (dos mandamentos e da Lei Natural); ou também, nas palavras de Roger Scruton, um “conservadorismo empírico”, e não um “conservadorismo metafísico” (que procura fundamentar racionalmente a moral).

3) Scruton é bastante honesto quando diz que esse conservadorismo não se identifica com uma “visão cristã”, simplesmente. Conservadores como ele se atêm aos “valores cristãos” enquanto herança cultural, mas não enquanto valores eternos, indissociáveis da religião, da graça. Conservadores assim terminam reduzindo a fé a uma expressão cultural, “exotérica”. Este conservadorismo situa-se no plano da “imanência”: o presente deve conservar o passado para preservar o futuro. Evidentemente isso tem seu valor na atividade política, mas o que quero deixar claro é que esse tipo de “luta” não se identifica exatamente nem deve ser tomada como “a” batalha do cristão.

4) O “conservadorismo metafísico” tem em vista o “eterno” (ou o “clássico”, o supratemporal); nesse sentido, não se opõe, por exemplo, a um são “progresso” na área das políticas sociais, sempre que o exija a realidade social, à luz do princípio da subsidiariedade da Doutrina Social da Igreja (a defesa da mulher e da criança é um “progresso” cristão em relação ao paganismo, e o abortismo “atual” é retrógrado). Neste sentido, “conservar” ou “progredir” têm conexão de sentido em relação ao bom ou ao melhor. Isto explica a grandeza de um Cardeal Newman, de um Chesterton, de um Tolkien, e dos chamados “anglo-católicos” (como Lewis): eles souberam conciliar as virtudes britânicas com a fé cristã.

(Joathas Soares Bello)

Facebook, 1º de novembro de 2016 (data da postagem original).

Não devemos rebaixar ao nível do chão questões de relevo (notas da experiência ateniense)

1.1) No livro A Pátria Descoberta, Kujawski apontava que na ágora as pessoas discutiam todos os dias a fundação e a refundação da polis.

1.2) É exatamente isto o que ocorre quando um país escreve e reescreve a constituição diversas vezes, já que todos têm o direito a terem a liberdade e a verdade que quiserem. O que antes afetava uma cidade agora afeta um país de proporções continentais, composto de mais de 5 mil municípios. Isso é uma hecatombe nuclear, feita numa dimensão política. Enfim, não sei o que é pior: ser atingido pelo míssil Satan-2 ou ver isso acontecer mais uma vez em nossa história.

2.1) Quando você discute todos os dias algo que é essencial, você simplesmente banaliza algo que deveria ser debatido somente entre os melhores da nação. Isso é o rebaixamento da essência das coisas. E isso é uma das causas do relativismo moral.

2.2) O fundamento da liberdade para o nada é dar pérolas aos porcos. Quando questões de relevo - que pedem que o Espírito Santo nos conduza nos caminhos da verdade - são discutidas rotineiramente entre todos os membros que se encontram na ágora, tal como discutimos futebol no barzinho, isso aí é um indício de que nada de bom surgirá a partir daí. Não é à toa que a democracia ateniense desaguou numa tirania, num populismo nefasto.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de novembro de 2016.

É loucura trocar a veneração devida a um vassalo de Cristo pela veneração a uma folha de papel

1) Tal como meu amigo Vito Pascaretta bem disse, os americanos trocaram a veneração por uma Família Real pela veneração a Constituição. Em outras palavras, preferiram adorar um totem, a exemplo dos índios, a venerar um vassalo de Cristo, que toma o seu país como um lar e o povo que nele vive como parte de sua família.

2) Se Deus e os Dez Mandamentos não forem encarados como a verdadeira constituição de todas as coisas, então as constituições não passam de folhas de papel que prescrevem um novo tipo de culto: o culto ao país tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode ser fora dele ou contra ele. Além de ser um culto herético, uma vez que a finalidade deste Estado jamais será comentada nos livros de Teoria do Estado, trata-se de um verdadeiro ocultismo, coisa que é bem típica dos maçons.

3) Enfim, quando se troca a veneração verdadeira a um rei que é vassalo do Rei verdadeiro - que é Jesus Cristo - pela veneração a uma mera folha de papel - cuja concepção se funda em sabedoria humana dissociada da divina -, você está simplesmente fazendo veneração para o nada, pois isso aponta para um falso Deus. E isso é neopaganismo.

4) Se nações são coletividades individualizadas, então isso é a negação da República Cristã - é como se todos tivessem o direito a ter a liberdade e a verdade que quiserem, pois isso virou um culto - o que atingiria a todos os indivíduos que habitam há gerações um mesmo território, como se não tivesse havido história de vida comum entre eles - por isso mesmo, isso faz com que a solidariedade orgânica pautada na nacionidade seja trocada pela solidariedade mecânica que é própria da nacionalidade. Isso é construir um prédio sem fundações - em pouco tempo, tudo desaba. Ao longo da República Brasileira, eu já vi este prédio desabar e ser reconstruído do zero várias vezes.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de novembro de 2016.

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http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2016/10/a-republica-no-brasil-nasce-de.html  

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Como a palavra voltada para o nada faz do conservadorismo um eufemismo do conservantismo, de modo a mascarar a hipocrisia, a desonestidade de um ser ímpio?

1) Flatus vocis, se traduzirmos para o português, é voz chã, voz que está no nível do chão. Se algo está no nível do chão é porque é tão primário e tão tosco que não tem relevo algum, dado que não tem nenhuma elevação espiritual de tal forma que nos leve à verdade, à conformidade com o Todo que vem de Deus.

2) Quando você estuda um assunto, você se eleva espiritualmente. Se você é elevado espiritualmente, você falará as coisas com bondade, com caridade. Não só do modo oral, tal como fazemos entre os presentes, no mundo real; também o fazemos por escrito, seja entre os ausentes - coisa que fazemos por e-mail -, seja entre os presente, coisa que se faz na rede social.

3.1) De nada adianta conhecimento sem sabedoria, pois isso é soberba.

3.2) Eu vejo muitos contatos que conhecem o catecismo de cabo a rabo, gente que só sabe freqüentar a missa tridentina, mas não tem a nobreza necessária para promover a fé fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus com argumentos sensatos ou com posturas exemplares. Neste ponto, muitos deixam a desejar.

3.3) E o termômetro disso é a desobediência: quando vejo gente tratando o vigário de Cristo como um zé ninguém, é sinal de que devo bloquear as pessoas, visto que não são capazes de fazer retiro e meditar sobre o que se fala.

3.4) Ainda que soubesse a Doutrina da Santa Madre Igreja a fundo, eu faria críticas pontuais e educadas, mais ou menos como faço, quando vou criticar alguém: com caridade e com bondade, tal como fiz com todos aqueles absurdos que o Alexandre Seltz falou sobre monarquia. Quando faço isso, é porque tomo quem vai receber a crítica como um irmão em Cristo, um filho da Igreja, ainda que tenha recebido o cargo de ser o timoneiro da arca de São Pedro. Se seguissem meu exemplo, não fariam isso que fazem.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de outubro de 2016.

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