Pesquisar este blog

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Como uma viagem ao exterior pode ser extremamente produtiva?

dobrej podróży - boa viagem, em polonês.

1) Toda importação é, a longo prazo, uma exportação.

2) Quando se toma mais de um país como se fosse um lar, você tende a reunir todas as informações dispersas num único sistema, fundado na sua criatividade empresarial. Se você tem duas nacionalidades, você tende a se tornar um diplomata perfeito, pois o produto importado tende a se tornar um produto nacional estendido, pois o cidadão é nacional de dois países em comum.

3) Digamos que a pessoa tem nacionalidade brasileira e alemã. Aproveitando-se da famosa engenharia alemã, uma pessoa pode comprar uma maquinaria lá, desmontá-la só para ver como ela funciona e criar uma tecnologia nova, com base no que se aprende de um modelo importado. E, com isso, a tecnologia nacional surge, de modo a se adaptar a circunstâncias locais, circunstâncias essas não abrangidas pela máquina primitiva, importada.

4) Enfim, de uma boa viagem pode advir coisas produtivas, que poderão até mesmo produzir algo bom no país, de modo a ser melhor tomado como se fosse um lar em Cristo. E aquele que estuda tecnologia vinda de forma técnica tende a ver as coisas duas vezes melhor, seja estudando manuais técnicos ou desmontando maquinarias. E isso pode até mesmo dobrar a produção de uma empresa ou mais do que isso.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Eis uma aula de polonês importante

Dobra rocza - boa transparência, em polonês

boa transparência - é o que permite ver as coisas mais claramente, de modo a conservarmos melhor a dor de Cristo. Exemplo disso é a pessoa que diuturnamente se cultiva na verdade, ao ler bons livros - aquele que lê os livros dos sábios aprende a ser gente e vive a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus.

Dobra a rocha! - em português, é a campanha revolucionária, fundada no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. Como a mentalidade revolucionária se funda em ativismo que edificam liberdade para o nada, então a linguagem é reduzida slogans, frases de efeitos e outros termos sempre cunhados no modo imperativo ou conativo.

1) Esses conservantistas querem algo impossível, que é ver algo fundado na verdade - que se funda em rocha sólida - ser flexível e ceder espaço às novas idéias que estão a vigorar no mundo, fundadas em sabedoria humana dissociada da divina, na modernidade líqüida.

2) Enfim, essa gente quer que algo sólido seja, na verdade, oco por dentro, de modo a que o relativismo corroa toda a estrutura cristalina que faz a rocha ser sólida, a ponto de se render ao mal. É por essas e outras razões que a boa transparência, a santa sensatez, se funda em pessoas que têm coragem de nunca serem atuais. Enfim, a rocha, que é a Santa Igreja de Deus, não será dobrada, pois o mal não prevalecerá sobre ela.

Notas sobre nacionidade e subsidiaridade - estudo de caso do Brasil

1) Um lugar, na sua unidade mais básica, só pode ser tomado como se fosse um lar se houver uma família habitando aquele lugar. E esse lugar se torna sagrado e reservado à santificação da vida em comum se esta família estiver vivendo a vida em conformidade com  o Todo que vem de Deus, enquanto Igreja doméstica.

2) Um lugar tende a vir a ser uma cidade quando houver uma comunidade de pessoas fazendo exatamente a mesma coisa que uma família singular a fazer em sua instância particularizada. Cada família, dentro de sua circunstância, tomará o seu lugar como se fosse um lar tendo por Cristo fundamento.

3) Existem problemas que são inerentes a vida doméstica, problemas inerentes à vida em comunidade e problemas que extrapolam as duas coisas juntas.

3.1) No primeiro caso, o pai de família resolve a questão da renda com trabalho, ao passo que a mãe resolve os problemas relacionados à manutenção da casa e a educação dos filhos

3.2) No segundo caso, que se funda no campo da amizade, todas as coisas podem ser resolvidas se houver um acordo, o que leva a vida a ser pautada pelo costume.

3.3) Se houver conservantismo, fundado no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a presença de uma autoridade pública será necessária, pois este problema extrapolou os problemas da família e os da vida em comunidade, pois a questão passou a ser de lei, de justiça, de força.

4) A mesma autoridade que garante a justiça é a mesma que garante a segurança de uma comunidade inteira, de modo a tomar a localidade como se fosse um lar em Cristo.

5) Por essas e outras razões, o primeiro cidadão da cidade - que é o prefeito, o menor dos reis - tem o direito natural de organizar uma milícia de cidadãos armados que garantam a segurança da cidade, de modo a protegê-la dos bárbaros, sejam eles internos ou externos. Como isso é assunto de interesse local, então isso é constitucional, pois é conforme o Todo que vem de Deus - ainda que a Carta de 1988 diga que isso é matéria estadual, esta lei positiva que deu base à Nova República é fruto de sabedoria humana dissociada da divina e por essa razão ela não deve ser seguida.

6) O verdadeiro Direito Civil se dá dentro do âmbito da cidade - logo, o primeiro cidadão da cidade, sob o auxílio do conselho dos mais sábios, decidirá as coisas de interesse local, visando ao bem da própria cidade, que é composta de famílias que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento e que tomam o seu lugar comum como se fosse um lar em Cristo. Por isso, a primeira instância deve ser exercida por juízes, os quais têm sua autoridade derivada do primeiro cidadão da cidade, que representa a todos os demais. Trata-se de uma verdadeira corte de relação fundada em matéria local.

7) Sempre que houver um erro judicial fundado em assuntos de matéria local ou um conflito de decisões que possam gerar riscos à ordem da cidade, o primeiro cidadão da cidade, junto com o conselho dos sábios, decidirá em definitivo a matéria local, tendo por fundamento aquilo que é conforme o Todo que vem de Deus e a lei que decorre dessa verdade, adaptada para as circunstâncias locais. É no âmbito da apelação, da ultima ratio princeps, que temos o exercício do Poder Moderador.

8) A província é uma federação de municípios. Uma federação menor que serve a algo maior, a um país tomado como se fosse um lar em Cristo - e a escola de nacionidade por excelência se faz na província. Problemas que extrapolam os problemas dos municípios, como o comércio e circulação de pessoas, bens e serviços, é matéria por excelência de âmbito provincial. Administrar a economia da região, de modo a favorecer a integração local, é o dever do governador da província, que é o senhor dos senhores das cidades, ao ser o servo dos servos das famílias que tomam por lar aquela província.

9) Do conjunto das províncias vem a nação tomada como se fosse um lar, pois o todo é maior do que a soma das partes, já que se funda em Deus. Este tem a competência de proteger o país de um invasão estrangeira, conduzir relações diplomáticas e cunhar moeda comum entre as províncias, de modo a gerar uma integração entre elas. O Imperador é o senhor do senhores das províncias, ao ser o servo dos servos de seu povo, o qual habita a todas as províncias do Império. Os problemas são complexos e variados, pois cada província é um Brasil em miniatura. Como este país foi fundado no fato de se servir a Cristo em terras distantes, então o Imperador é sucessor de D. Afonso Henriques, dentro do continente americano. Por conta disso, o Brasil servirá a Cristo dentro do âmbito americano, de modo a combater o pan-americanismo, do qual Bolívar é um de seus criadores.

10) O combate ao bolivarianismo e ao pan-americanismo, baseado no republicanismo americano, exigirá a refundação da única república que houve de fato na América: o Império do Brasil.

terça-feira, 5 de julho de 2016

Da clonagem das chaves do Céu como a primeira questão ética a respeito da clonagem

1) Se Cristo deu a São Pedro as chaves do Céu, então até mesmo as chaves, ou outros objetos que são dados por Deus aos homens, possuem essência divina porque decorrem do verbo que se fez carne e que fez morada em nós. Por conta disso, é impossível cloná-las, usurpá-las.

2) Por conta da doutrina dos dois corpos do Rei, os reis - por fruto de sabedoria humana dissociada da divina - quiseram fazer uma cópia da chave que São Pedro recebeu de Jesus, de modo a criar um papa mais permissivo aos seus interesses escusos. Eis a figura do antipapa, que nada mais é do que um usurpador, escolhido por fatores democráticos e não por força do Santo Espírito de Deus - Espírito que mantém a Igreja santa, em conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Esta questão da clonagem da chave do Céu - por força da Querela das Investiduras - antecipou por séculos a questão da clonagem biológica - se o DNA é a chave da vida, então até mesmo essa chave pode ser copiada - e se tudo for fundado em sabedoria humana dissociada da divina, então o homem se arrogará Deus e sua ousadia não terá limites, graças à tecnologia, que amplia ainda mais essa sensação.

Notas sobre uma vigarice muito comum no ramo do Direito

Do "legislador" ou notas sobre uma vigarice muito comum no ramo do Direito

1) Quando parlamentares são entrevistados na TV Câmara ou na TV Senado, eles costumam usar um jargão bem conhecido no Direito: o legislador.

2) O Congresso é composto de 513 deputados e 81 senadores - e tudo isso é reduzido a uma figura abstrata e vazia chamada "legislador". Como o Estado é tomado como se fosse religião, o "legislador" vira Deus e o Estado é o conjunto de tudo aquilo que é conforme o Todo desse "legislador". É evidente que tudo isso é fruto de sabedoria humana dissociada da divina e matará a verdadeira religião, que decorre do Deus verdadeiro que foi gerado e não criado, mas que é da mesma essência da qual o Pai se constitui: a essência divina.

3) Nenhum legislador, por ser homem e imperfeito, é Deus. Além disso, nenhuma intenção é pura: por trás de uma lei há um lobby, há um toma-lá-dá-cá; além disso, há ainda grupos de pressão, composto de pessoas com necessidades reais (ou com necessidades imaginadas, fundadas na ideologia); há ainda interesses partidários e por trás deles há disputas de cargo - cargos esses que permitem nomear gente para os escalões menores, de modo a obter poder, prestígio e influência. Trata-se de uma equação bem complexa - e o exame da realidade política do país deve levar tudo isso em conta.

4) Se o idealismo, simbolizado na figura mítica do "legislador", representa um sério entrave epistemológico, então o verdadeiro estudioso do Direito deve ser, antes de tudo, um estudioso sério da ciência política, pois, para se tomar o país como se fosse um lar em Cristo, o primeiro passo é desconsiderar todos os elementos que façam com que o país se reduza a uma nefasta religião de Estado, onde o "legislador" - esse ser abstrato - é um sumo deus, a ponto de depor o Deus verdadeiro, ao usurpar a competência da Santa Criação, de modo a fazer algo maléfico, revolucionário.

domingo, 3 de julho de 2016

A fonte da cultura está naquilo que se dá na carne

1) Certa ocasião, quando estava na catequese, estava aprendendo sobre o cativeiro dos hebreus na Babilônia. Como naquela época os judeus não tinham mais a Arca da Aliança e nem o Templo de Jerusalém, eles precisavam contar com a sabedoria humana que não vinha deste mundo, de modo a manter a cultura viva. Neste tempo, eles estavam totalmente escravos de Deus de modo a se manterem livres, enquanto povo eleito, povo esse que receberia o Messias, Nosso Senhor Jesus Cristo.

2) Desde então, eu comecei a fazer o seguinte exercício, de modo a fortalecer o conhecimento empírico: imaginando que o movimento revolucionário tenha feito o que os nazistas fizeram, que foi queimar todos os livros, eu decidi, por conta de meditação e muita reflexão, manter e desenvolver o que conheço acerca da realidade brasileira, tendo por base todas as orientações feitas pelo Santo Espírito de Deus, que é meu guia neste trabalho que faço. Embora eu não tenha lido quase nenhum livro de 2014 para cá, eu fui, pela graça de Deus e do Crucificado de Ourique, praticamente capaz de criar toda uma estrutura orgânica de conhecimento - um todo estruturado que não fica a dever a quem sabe muito por conta de haver 50 livros por ano, cujas leituras são mais decoradas do que meditadas.

3) O próximo passo agora será a sistematização do conhecimento na forma de livros, mas eu farei isso quando o país estiver livre da ideologia nazi-petista - se eu publicar agora, eu serei muito perseguido. Até mesmo meus familiares, que não têm nada a ver com história, sofrerão por conta disso - o que é injusto, pois o direito natural, cuja lei se dá na carne, é um preconceito para eles, visto que são claramente ateus.

4) Eis o meu segredo para eu escrever tanto, mesmo não tendo lido muito. Ao longo de uma vida, você tem um tempo para plantar, para ler muito - e esse tempo é a infância e adolescência. Quando chegar o tempo de colher - o tempo da Idade Adulta, que é o tempo do sacerdócio -, o seu dever é meditar sobre tudo aquilo que você leu e plantou na sua consciência, pois o que é verdadeiro frutificará. E se você tiver vida reta, consciência reta e fé reta, isso produzirá muito fruto.

5.1) Outro segredo importante é despir-se de todas as vaidades. Nunca ralhe o seu semelhante - isso é pecado contra a bondade, contra a caridade fundada no serviço da verdade; como isso atenta contra o Espírito Santo, Deus jamais te perdoará por isso. A exceção que pode ser feita é em relação aos conservantistas - esses devem ser ralhados.

5.2) O melhor caminho para não ter sua reputação questionada, em meio a esta barafunda chamada rede social, é só adicionar aqueles que estão realmente interessados naquilo que você fala e que é conforme o Todo que vem de Deus. Nunca misture na sua timeline contatos - para cada tipo de grupo, um novo perfil deve ser criado. Uma vez consolidado o trabalho, aí será lícito criar uma página de facebook, pois muitos serão voluntariamente os patronos e protetores do seu trabalho, de seu apostolado.

sábado, 2 de julho de 2016

Respondendo a algumas objeções

As formas monárquicas geralmente transformam a política num tipo de religião, como bem observou Eric Voegelin. Sou passadista e reconheço as contribuições da família real para este país - contudo [referindo-se ao Italo Lorenzon], você pede aos seus amigos Objeções. 

1) Os povos latino-americanos possuem uma tradição do líder salvador muito forte como bem observada por Joseph Campbell e penso que a Monarquia pode acentuar o populismo causado por este tipo de "carga cultural marcante". A sociedade civil possuí fortes valores liberais e conservadores, mas a grande maioria não é afeita à ideia de identidade, soberania e unidade.

2) Eu levo em consideração o que temos por maioria de agrupamento de interesses, mentalidades, cultura. As coisas são formatadas à partir daí no momento e não o contrário - se não fosse feito dessa forma, teríamos uma Guerra Civil pipocando com toda sorte de grupos e células com causas diversas. Tertuliano, Platão, Aristóteles, Thomas Paine, Tocqueville, Burke apontam análises negativas acerca do período monárquico.

Aleksander Costa Pinto


1) Certa ocasião, o colega Italo Lorenzon fez uma enquete na sua timeline, de modo a encontrar argumentos racionais contra a monarquia. O argumento mais relevante levantado foi um que foi apontado por Eric Voegelin, dizendo que a monarquia tende a uma teocracia política.

2) A teocracia política está no fato de se tomar o país como se fosse uma segunda religião, a ponto de esmagar a religião verdadeira. E essa mentalidade começa a partir do ponto em que o rei tem o corpo temporal e o corpo espiritual da nação, tal como foi apontado em Kantorowicz.

3) Se o rei tem o corpo espiritual e temporal da nação, então a nação, para ser grande, precisa ir em busca de si mesma, seja por meio da conquista militar, seja pela formação de impérios comerciais. Exemplos de impérios que foram aos mares em busca de si mesmos: a Espanha, a Holanda e a França - e todos eles não foram bons colonizadores, como Portugal o foi, por força de Ourique.

4) Se o rei tem o corpo espiritual e temporal da nação, o rei, como no Japão, é tomado como se fosse um Deus vivo. Ele terá poderes absolutos - e o pecado se instalará nessa terra até tornar-se uma república, tal como nós a temos. Eis o absolutismo, pois o Rei, dentro dessa mentalidade, vai se proclamar dizendo que é o Senhor dos Senhores e não o servo dos servos. É por conta disso que considero D. João II o exemplo oposto daquilo que foi D. Afonso Henriques. D. João II é o arquétipo do príncipe de Maquiavel, cuja doutrina causa uma verdadeira confusão demoníaca, tal como Olavo provou em seus textos mais recentes.

5) Essa doutrina dos dois corpos do rei serviu de base para Lutero proclamar o princípio de que o povo deve seguir a religião de seu príncipe (um príncipe, uma religião => Estado tomado como se fosse religião, coisa que é conservada conveniente e dissociada da verdade). Não é à toa que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele - e países cujos reinos adotaram a doutrina de Lutero são essencialmente ateus, como a Suécia ou a Inglaterra. Além disso, é fato provado que os protestantes, sobretudo os luteranos, elegeram Hitler na Alemanha.

6) Eric Voegelin era um autor protestante - sua análise sobre a monarquia estava influenciada por conta de sua visão de mundo e também porque ele sentiu na pele o nazismo, daí o seu pessimismo, pois não acreditava em fraternidade universal. Se ele fosse um autor católico, ele teria uma visão de mundo mais parecida com a dos tomistas.