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sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Homeschooling só funciona numa ordem Cristã

1) Se a educação cristã começa em casa, então a capacitação dos indivíduos na vida em sociedade, a instrução, também começa em casa.

2) Eu não sou contra o ensino em casa, desde que o propósito seja preparar as pessoas para a vida e de modo a fazer com que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo, dentro da missão que herdamos em Ourique.

3) Eu só recorreria a uma escola caso minha mulher e eu tenhamos de trabalhar - aí a preparação técnica para a vida - a instrução, a orientação - deve ficar a cargo da escola, pois estou dando poderes para isso. E a escola deve amar e rejeitar as mesmas coisas tal como fazemos, tendo por Cristo fundamento.

4) Agora, diante de um ambiente onde todos têm o direito de ter a liberdade que quiserem, eu sou radicalmente contra o homeschooling, pois a casa, ao invés de ser a Igreja doméstica, se tornará templo de toda sorte de heresia que se imaginar - e pela Carta de 1824, nenhum lugar pode estar revestido de templo, a não ser a Santa Madre Igreja, protegida pelo Estado. A maior prova disso é ver o caso de certos gaúchos, que doutrinam os filhos no separatismo desde a tenra idade. Tentar me impedir de combater essa ação criminosa não é conservadorismo, mas, sim, conservantismo - e isso é estar à esquerda do pai.

5) Se vocês tomam elementos perniciosos desse tipo como amigos, então não me resta outra alternativa senão bloqueá-los, pois não está havendo a mesma identidade no amor e na rejeição - e a base que se busca é uma liberdade fora da liberdade em Cristo, fora da conformidade com o Todo que vem de Deus. Afinal, que diferença faz doutrinar meu filho, seja ele dentro ou fora de casa, pregando coisas heréticas a ele? Será que homeschooling está virando agora o direito de doutrinar meu filho em casa, com base na minha sabedoria humana, dissociada da divina? Será que eu entendi direito? Isso não me parece certo - e não é à toa que digo que o conservantismo é pior que o comunismo, pois ele, se acumulado, causa metástase - eis os 126 anos de República em que nos metemos.

sábado, 31 de outubro de 2015

Sobre a natureza da ação humana no plano real e virtual

1) A ação humana virtual distribui a sua presença em vários lugares ao mesmo tempo. Por isso que a lógica econômica tende a ser a da abundância. Isso é bem diferente da ação humana no plano real, em que a presença em um lugar implica a renúncia em estar em outro. Por isso que a economia no plano real depende da escassez, pois nada pode ser criado do zero - além disso, existe um limite para a quantidade, por conta das leis da física.

2) Se o Olavo nos pede que estudemos a realidade, então devemos estudar a ação humana nas duas realidades: física e virtual. Não haverá um dualismo, mas a reunião dos dois tipos de conhecimento de modo a que sirvamos aos nossos irmãos naquilo que é conforme o Todo que vem de Deus. Isso leva a um tipo de teoria de conhecimento em que possamos fazer com que essas duas realidades se completem, de modo a que o Cristo seja servido, tanto aqui quanto lá, ao mesmo tempo e sistematicamente. E ele precisa de um sim consciente, de modo a que seja bem explorado.

Debate Suplementar:

Thomas Dresch:

1) a questão da presença real é um assunto delicado, pois o espaço e o tempo são sensações de consciência.

2) Uma evidência disso foi o Padre Pio ou a Virgem Maria estarem em lugares diferentes ao mesmo tempo - não que sejam onipresentes, mas eles têm a capacidade de alastrar a própria presença. A mesma coisa acontece com o tempo - neste caso, trata-se de uma situação mais comum, porque o tempo adquire diferentes ordens de grandeza na nossa consciência, sendo, portanto, expansível.

3) Essa questão a respeito do espaço e o do tempo serem sensações de consciência, isso é coisa minha. Eu preciso desenvolver melhor o assunto - o fato é que o problema realmente existe, como ocorre num dèja vu, em que de alguma forma acabemos sabendo sobre o futuro antes mesmo de acontecer. Isso faz com que se acabe com toda a noção de mecânica, de tempo.

4) Eu convido a fazer a experiência. É só fechar os olhos - comece a meditar sobre o espaço da sua casa, do seu bairro, da sua cidade; o que ocorrerá é só um borrão, pois está misturado e fundido numa coisa só. A mesma coisa ocorre com o Tempo.

José Octavio Dettmann:

1) A onipresença leva necessariamente a uma onisciência.

2) O fato de a ação humana no âmbito virtual distribuir a minha presença em vários lugares, no momento em que ocorre esta circunstância, isso não quer dizer necessariamente que eu possa saber de tudo. Até porque isso nos foi negado por Deus.

3) Quando A me responde ao que eu falo, eu não posso necessariamente dar a mesma qualidade de atenção a B - da mesma forma como dou para A, admitindo que haja duas conversas diferentes.

4) O que eu sei é que, quando eu digo algo verdadeiro, a minha presença, mesmo distante, ela se torna real, por conta do fato de falar as coisas em conformidade com o Todo que vem de Deus. Isso não quer dizer necessariamente que eu me tornei um Deus.

5) Quando a pessoa se declara arrogantemente ser um Deus, ela escolhe algo sabidamente errado, pois sua mente e seu estado de espírito estão nas camadas mais baixas da personalidade - por isso que essas almas estão muito retardatárias, com relação à compreensão da dimensão do problema que estamos estudando, pois uma mente nobre não arroga aquilo que não é da sua competência, por força de Lei Natural

6) Pelo menos, é como venho observando. Mas estou de acordo com você - a questão é delicada e pede muita reflexão a respeito. Eu percebi essas coisas quando combinei nacionismo, distrbutivismo e o efeito da ação humana na rede social e o processo como reunimos todas essas informações dispersas pelo mundo em um único sistema - no caso, nós, como indivíduos. E foi aí que me deparei com essa questão.

Thomas Dresch:

1) Só Deus enxerga as coisas perfeitamente bem, pois ele tem onipresença, onipotência e onisciência. O que podemos fazer é expandir o borrão - e mais nada.

2) Os santos conseguiram expandir muito as coisas, além do normal - a ponto de terem visões nítidas sobre o futuro. Isso tudo é expansão da consciência - existem técnicas para isso, dentro da própria Igreja. Veja o caso de Santo Antão, ele se enfiou numa caverna e nela enxergou a Santíssima Trindade.

3) Além disso, outros povos e outras culturas também conhecem tais técnicas.

José Octavio Dettmann:

1) Se meditação é um processo de expansão da consciência, então muita coisa que escrevo, tal como isso que falei agora, deriva do processo de meditação. A impressão é que a mente, quando está em conformidade com o Todo que vem de Deus, parece querer ter vontade própria, a ponto de querer registrar tudo por escrito o que viu, pois isso que vejo por meditação decorre do fato de se estar em conformidade com o Todo que vem de Deus - e isso, num primeiro momento, parece ser muito estranho, embora não me seja perturbador. E eu só consigo escrever as coisas somente com a intercessão do Santo Espírito de Deus - e é assim que consigo descrever as coisas com precisão e clareza. E a tendência é a meditação progredir por meio de aproximações sucessivas, criando um poderosíssimo efeito de capitalização moral, em que a sabedoria chama mais sabedoria.

2) Posso, volta e meia, usar um livro ou outro como referência. Mas sinto que jamais serei capaz de fazer aquilo que o Olavo faz, que é ler 80 livros por ano. Mal dou conta de um, pois a meditação compensa e supera todo o quantitativo de páginas que deixei de ler.

Thomas Dresch: É por isso que a oração e ascese são muito importantes. Veja o caso das moradas, de Santa Teresa D'Ávila. Tudo isso é um Manual, pois Cristo quer que nos aproximemos dele e que vivamos a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus. E este caminho está aberto a todos, pois o Evangelho exoterizou a verdade.

José Octavio Dettmann: Ao contrário do que eu faço, muitos lêem e só repetem o que foi dito, sem ter a perspectiva crítica do que lêem. E abraçam isso como se fosse uma segunda religião. Muitos abraçam o pensamento anglo-americano dessa forma, mas não percebem a nossa realidade, por conta do que houve Ourique. E isso explica porque eu tenho uma linha de conservadorismo diferente das demais, pois ela dá conta da nossa realidade melhor do que essas doutrinas importadas. Elas não percebem que o conservadorismo é mais do que uma doutrina política de moda - é algo tão sério que merece ser estudado por pessoas especiais, capazes de dizer sim àquilo que é conforme o Todo que vem de Deus. E que essas pessoas o próprio Deus escolhe, através da vocação intelectual, que é um sacerdócio complementar ao sacerdócio praticado na paróquia.

Thomas Dresch: É verdade. Esse dogmatismo dos conservantistas é mesmo insuportável. Outro dia eu tive um debate sobre o simbolismo - e o meu interlocutor era um aluno do Gugu, filho do Olavo. Ele disse que Sansão era o símbolo da força - se isso fosse verdade, esse símbolo deveria se comportar do mesmo modo, não importando qual fosse a situação, com o passar do tempo. A maior prova disso é que Sansão mostrou fraqueza, diante de Dalila. Meu interlocutor ficou puto comigo, dizendo que isso era um erro primário meu - ele dizia essas coisas porque tomou como tábula rasa tudo o que foi ensinado pelo Gugu. Ele me chamou de ignorante, só porque rejeitei a doutrina ensinada - isso mostra como os conservantistas têm uma relação muito estreita com os fariseus, com os antigos mestres da lei. Eles fazem uma leitura muito hermética do dogma, a ponto de se fecharem para a realidade - por isso que são pessoas doutrinadas e não sábias, fecundas.

José Octavio Dettmann:

1) Elas não percebem as nuances da realidade, fundadas na eternidade. Elas não percebem que a força de um símbolo está na sua constância - essa força se mantém a mesma, não importa qual seja a circunstância. Essa força é constante porque é verdadeira, pois é conforme o Todo que vem de Deus.

2) O maior exemplo disso é a doutrina da Santa Igreja de Deus. A doutrina da Igreja se mantém a mesma há mais de 2 mil anos. Ela só se expande quando algo novo surge por conta do tempo. Por isso que há o desenvolvimento do dogma, pois há um relato na própria Bíblia que fala que há coisas que, naquele tempo, não puderam ser ditas porque não estávamos prontos, de modo a viver a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus.

Thomas Dresch: Exatamente! As únicas pessoas que podem ser tomadas como símbolos são as pessoas ideais - como a Virgem Maria, que é símbolo de mãe - e Adão e Eva, símbolos do Pecado. Essas pessoas estão tão presas ao filosofismo que acabam se tornando católicas nominais, a ponto de fazerem coisas estranhas ao catolicismo.

José Octavio Dettmann: Por isso que estão à esquerda do Pai, no seu grau mais básico - e quando digo isso, vira motivo de escândalo. Desnecessário dizer que tenho pouca gente adicionada ao meu perfil.

Thomas Dresch: eu vivo dizendo que o mundo visível é apenas um reflexo da ordem transcendental, que é a Suma Realidade. Sócrates sempre pensava as coisas em conformidade com o Todo que vem de Deus - como ele não conheceu Jesus, ele praticou um conservantismo sensato, que se tornou conservador quando o Evangelizador por excelência esteve entre nós e confirmou tudo o que foi dito antes. Mas hoje em dia, os conservantistas querem é tomar a imanência como se fosse a realidade, a ponto de negar a transcendência. É por isso que um amigo meu está se separando da Igreja, por conta de todo esse filosofismo, que se tornou uma moda.

Facebook, 31 de outubro de 2015 (data da postagem original).

Como a internet facilita a captação das mais diferentes experiências de se tomar o país como se fosse um lar, de modo a ser processada num único sistema?

1) A grande vantagem da Internet é que minha presença é distribuída simultaneamente e sistematicamente para várias pessoas. Como a noção de fronteira e de espaço geográfico temporal é dissolvida, eu estou tomando o lugar dos meus contatos como se fosse meu lar também, embora eu permaneça em casa, pois a essência da eternidade permanece presente.

2) Como estou servindo em locais múltiplos, e isso é possível de maneira virtual, eu tendo a ser tratado como se fosse um igual, seja dentro ou fora do Brasil. E acabo sendo remunerado na moeda local, por conta do trabalho prestado, o que mata o nacionalismo monetário - e o comércio da moeda, decorrente do câmbio. Com isso, não existe um serviço internacional, mas um serviço nacional aprimorado que respeita a multiplicidade dos diferentes sensos de nacionidade, gerando uma espécie de internacionidade, decorrente do compartilhamento dos diferentes sensos de se tomar um lugar como se fosse um lar em Cristo, a partir do momento em que as solidões são compartilhadas - e isso faz com que meu senso de tomar o meu país como se fosse um lar se aprimore e se torne ainda mais humano, conforme o Todo que vem de Deus.

3) Graças a esses senso distribuído, eu posso reunir as mais diversas informações num único sistema: o da minha pessoa - e isso vai sendo distribuído a todas as outras, de modo a que possam tomar este meu país como se fosse um lar, com base nas experiências que adquiri.

A rede social é um reflexo dos muitos anos de mentalidade revolucionária, decorrente da Revolução Francesa

1) Antigamente, antes da rede social, eu era uma pessoa paciente e ouvia pacientemente a todos. Hoje, por conta dos anos de serviço na vida online - e por conta de ouvir verdadeiras boçalidades dos conservantistas, da esquerda que, por sabedoria humana dissociada da divida, costuma se dizer de "direita"-, a minha paciência é muito curta: qualquer ato de insensatez já é ato de atirar o revolucionário no seu grau mais básico janela abaixo. Eu literalmente quebro o vidro, em caso de emergência: eu defenestro o sujeito mesmo, não importa se ele chegou hoje ou se tem 20 anos de casa comigo.

2) Graças à liberdade irrestrita dos libertários e do sufrágio universal, em que a opinião do boçal é igualada à opinião do mais esclarecido, agora nós vemos a olhos vistos como os efeitos da Revolução Francesa foram nefastos, e o reflexo disso está nas redes sociais: todo mundo fala o que der na telha e isso dá nos nervos.

3) Ao mesmo tempo em que lidamos com uma invasão virtual, reflexo de uma invasão vertical, dos bárbaros, dos brutos, nós percebemos que há algumas flores de lis que prosperam, em meio a esse lamaçal. E uma verdadeira floresta há de vir dessa lama: eu me refiro aos verdadeiros conservadores que realmente conservam a dor de Cristo, cuja liberdade, que decorre deste nobre sacrifício, nos faz com que tomemos o nosso país como se fosse um lar, e não como se fosse religião totalitária de Estado, causa de toda a apatria.

4) Por isso, não percamos a esperança, ainda que percamos a paciência. Ainda que sejamos poucos, nós reedificaremos a velha e boa ordem que se perdeu.

5) Eu digo as coisas porque meu tempo se funda na eternidade. E um conservador deve ter seus olhos voltados para a eternidade. Se voltarmos nossos olhos para o presente, para esse materialismo neopagão que nos acomete, nós estaremos caindo no jogo dos conservantistas, a ponto de querer pular fora do país, neste momento tão importante e delicado.

6) Eu estudei durante 20 anos a História do Brasil, de modo a saber por que razão eu estou aqui. Aprendi História sem precisar de professor - e hoje tomo meu país como um lar, por conta do tempo que estudei e continuo a estudar nos méritos de Cristo. Se você não estuda da forma como eu tenho estudado, você vai cair no discurso e na ética protestante que deu base a esta República: você não acreditará em fraternidade universal e você mergulhará de vez na apatria. E você será um soldado morto nesta batalha: nada vai me acrescentar - você terminará avolumando ainda mais minha longa lista de pessoas já bloqueadas, seja pelas boçalidades ditas ou pela patente apatria declarada, dizendo que vai pular fora do Brasil ou instigando as pessoas a seguirem o seu nefasto exemplo, ao invés de lutar, por conta da missão que o Cristo Crucificado nos deu, por força de Ourique.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de outubro de 2015 (data da postagem original).

Tratado filosófico sobre a loucura

A loucura é dividida em três estágios: a idiotice consciente, a lucidez plena e, finalmente, a loucura total.

A idiotice consciente tem início na pré-adolescência e vai até aos 22 anos. Há casos em que esta fase só termina aos 35 anos, acompanhada de bastante terapia de grupo. É nesta fase que esses indivíduos se apresentam extremamente vulneráveis a qualquer tipo de ideologia e são disputados a tapas pelas agências de publicidade.

É nesta fase também que vivem a sua maior crise existencial, quando descobrem que nunca existiu papai-noel e que foram enganados por muitos anos. Passam então a não acreditar em mais ninguém que acreditavam antes, usando primeiramente os familiares como alvo de sua indignação e, em seguida outras instituições, sendo a escola a mais alvejada delas.

Começam a acreditar em tudo que nunca ouviram falar antes e em pessoas que morreram por alguma causa, sem saberem exatamente quais seriam estas causas. Mudam de comportamento e começam a vestir roupas que antes achavam ridículas. Duendes, Che Guevara, Raul Seixas são alguns dos seus ídolos. Passam a acreditar no Socialismo de uma hora para outra, mas no Socialismo de Mesada. Talvez uma compensação pela perda da imagem do papai-noel, mas não há nenhum estudo sério sobre isso, assim como a preferência pela cor vermelha nos dois casos.

Já a lucidez plena, que vai dos 25 aos 50 anos, os indivíduos estão na fase de consolidação do seu caráter, ou da falta dele. De posse de bastante conhecimento e “vasta” experiência profissional, social e sexual, passam a montar suas estratégias para os próximos 50 anos, mesmo não tendo certeza do que irá acontecer ao término desse prazo.

Os indivíduos que se sentiram muito enganados por seus ídolos do passado, papai-noel, familiares, bancos, agências de publicidade, adotam, nesta fase da vida, a tática do “agora sou eu”, muito utilizada na infância e também conhecida como “meinha”. Eles começam enganando seus cônjuges, depois seus patrões, seus gerentes de banco e por aí vai. Alguns desses contraem uma doença antiga, mas só recentemente diagnosticada, conhecida como TUCO (Transtorno Um-sete-um Compulsivo Obsessivo) mas, curiosamente, muitos dos indivíduos que a contraem conseguem uma brilhante carreira em algumas áreas de atuação profissional ou no cenário político nacional.

Já os indivíduos desta fase que foram pouco enganados, ou que não apresentaram muitas seqüelas em relação a esse trauma, adotam uma estratégia diferente da dos demais. Começam a refletir sobre tudo que viveram nos últimos vinte e cinco anos e chegam a conclusão que tudo aquilo que viveram, desde a pior desilusão até os melhores momentos de suas vidas, como a primeira transa, foram coisa muito positivas, tornando-se obcecados em partilhar suas experiências com outras pessoas.

É nessa fase que se casam, têm filhos e constroem suas carreiras, pautando sempre suas ações em princípios e experiências vividos anteriormente. Alguns desses indivíduos são extremamente inquietos e criativos, a ponto de transformarem suas experiências vividas na mais genuína arte.

Geralmente são pessoas bem sucedidas profissionalmente e bem vistas pela sociedade. Alternam utopia e pragmatismo na administração de suas vidas, tornando-se pessoas equilibradas e solidárias.

Chegamos finalmente ao último estágio, onde a loucura se dividirá em dois tipos distintos: O maluco beleza e o doido varrido. Está fase inicia-se aos 50 anos e se entenderá até os últimos dias de suas existências. Por tratar-se do último estágio da loucura, essa fase pode ser comparada à pré-estréia do juízo final.

Os indivíduos considerados malucos beleza são todos aqueles que já não levam a vida tão a sério como faziam antes e filtram todas as informações que obtêm, evitando ao máximo as armadilhas contidas nelas. Conseguem diagnosticar o momento presente com extrema precisão e com apenas uma taça de vinho, prevêem o futuro com a mesma precisão que suas sogras prevêem a meteorologia.

Já os doidos varridos são aqueles indivíduos que falam o tempo todo, geralmente com quem não está presente, mas que eles acreditam estar. Adoram escrever cartas aos jornais, enviar emails catastróficos aos amigos e acham que naquela semana vão ganhar na loteria, mesmo cientes que naquela semana não jogaram. Compram medicamentos na farmácia, mas é só em casa, e com muita paciência, é que escolherão o sintoma da doença. Acreditam que o INSS sempre conspirou contra eles e que o grande problema do Brasil são as “Perdas Internacionais”.

Alguns desses chamados doidos varridos, mesmo com fortes indícios desse tipo de loucura, conseguem mandatos para administrar diversas cidades pelo Brasil afora a até cadeiras nas maiores casas legislativas do país. Tem muito louco por aí que ainda vota nesses caras, acreditam? Mas isso já é outra história.

(Vitória Régia Borges)

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Pensador que trabalha na rede social também faz um trabalho sério


1) A esquerdireita instiga o preconceito de que pensador de facebook não é sério.

2) Eu passo boa parte do meu tempo na rede social e escrevo coisas edificantes e só lido com gente que escreve coisas edificantes.

3) Além disso, lidando com tanta gente boa, tendo a criar mais e melhor. Além de melhorar como escritor, me tornei um pensador prolífico. Se tivesse que fazer tudo isso sozinho, eu não seria tão produtivo quanto sou - e não saberia tanto quanto sei hoje, por conta de lidar com tanta gente tão boa quanto eu o tempo todo.

Escritor sério não é vagabundo


1) Muita gente da esquerdireita, ao se referir a Marx, está pregando por aí a balela de que a pessoa que só escreve, como é o meu caso, é "vagabunda". Marx era vagabundo, sim, e só escrevia coisas diabólicas - no entanto, há pessoas que se dedicam a escrever coisas construtivas o dia inteiro e que merecem e muito ser bem pagas - mais do que muito pagodeiro por aí, sustentado por esse capitalismo libertário, nascido da mais pura ética protestante, e pela famigerada Lei Rouanet.

2) Se criar e dizer coisas edificantes todos os dias fosse um trabalho fácil, eu, se estivesse na sua pele, pensaria muito bem antes de chamar alguém de vagabundo, só porque a pessoa dedica boa parte do seu tempo a escrever.  

3) Estou na qualidade de escritor porque é isso que me sobrou e porque sou capaz de fazer isso muito bem. A advocacia, do jeito que está, está ideologizada e inviável - além disso, eu já não tenho mais saúde e nem estômago para lidar com criminosos, seja na forma de prova da OAB, seja no MP ou seja na forma de juiz togado.

4) Vagabundo é quem fica na rede social pregando maledicência e conservantismo, além de incentivar toda uma ordem fundada na impessoalidade, no amor ao dinheiro e que deriva de algo que nega a esposa de Cristo, a Igreja Católica. Vocês são tão canalhas que se chamam de direita, quando vocês estão sabidamente à esquerda do Pai. 

5) Isso que vocês fazem é apostolado da maledicência - e lugar de maledicente é no inferno.