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quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Por que os ensaios são o ponto de contato entre os dados da realidade documental e a imaginação literária, de modo a ver o contrário, aquilo que poderia ter acontecido?

1) Posso não ser historiador, no sentido de que muitas das fontes documentais me são inacessíveis. E ainda que tenha acesso a elas, eu necessitaria de conhecimento paleográfico, o qual só posso adquirir fora do Brasil. Como, no momento, não tenho condições de ir para outros lugares e tomá-los como parte do mesmo lar em Cristo, então não posso ser historiador, no sentido de lidar com documentos históricos.

2) Então, qual foi o caminho que me restou? Analisar a História do Brasil sob o respaldo dos trabalhos dos professores Olavo de Carvalho e Loryel Rocha, que lidam com obras de pessoas que lidaram com documentos. Quanto mais os ouço, mais vou encontrando subsídios para as minhas reflexões e assim vou especulando sobre outras coisas, cuja confirmação depende da análise documental, coisa que não tenho condição de fazer.

3.1) Como a especulação leva a uma possibilidade, então ela tem carga literária, pois fomenta imaginação. Por se fundar na realidade, que pode ter acontecido ou não, então ela acaba dando margem para o ensaio.

3.2) Ainda que a prova documental mostre em realidade que tal possibilidade não tenha acontecido, isso não nega a possibilidade de que poderia ter acontecido o contrário daquilo que está posto no documento, o que faz com que a História seja maior do que os documentos, os monumentos do passado. Ela não leva a qualquer lugar, como disse Claude Lévi-Strauss - se fosse assim, as coisas iriam descambar numa farsa, fundada no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, o que é pseudocientífico. Se a História levasse a qualquer caminho, então fatalmente poderia levar ao non sequitur, o que faria com que a busca pela verdade fosse voltada para o nada, o que fomentaria relativismo moral.

3.3) Não é à toa que a historiografia tradicional era intimamente ligada à literatura. Se a pessoa não tiver imaginação para ver o contrário, o que poderia ter acontecido, ela certamente não compreenderá o que realmente ocorreu.

3.4) Por incrível que pareça, eu passei a dar mais importância a isso depois que comecei a ouvir o professor Olavo sobre a importância de se ler literatura séria. É se lendo literatura séria que você faz um bom trabalho de filósofo ou mesmo de historiador.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de setembro de 2017.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Por que abomino quem mendiga o meu afeto?

1) Às vezes as pessoas me pedem para que eu goste delas, como se estivessem mendigando meu afeto.

2) Pela minha experiência, todas as vezes que me doei, ao dar uma esmola nesse sentido, isso acabou me doendo, pois o mendicante foi-me ingrato.

3.1) Não é do meu feitio pisar em cima de alguém que esteja a tentar mendigar o meu afeto. Nunca pisei em alguém de modo a esmagar esse alguém como uma barata, um ser desprezível, embora gente desse naipe mereça.

3.2) Em verdade, se a pessoa quiser a minha atenção, que ela me dê algo que aprecio bastante: conhecimento e interesse pelos estudos. Do contrário, não terá minha atenção.

4.1) Pelo que aprendi dos meus pares aqui de facebook, se a pessoa está querendo que você seja mais amigo dela, então ela está querendo chamar a atenção para si. Mas isso não se volta para uma qualidade que essa pessoa tenha, pois em verdade ela pode não ter nenhuma, mas para uma pose que ela conserva conveniente e dissociada da verdade. Eis no que dá o amor próprio - o que será dado será de pior qualidade. Não é à toa que Deus rejeitou a oferta de Caim.

4.2) Se a pessoa tem qualidade, ela não ficará mendigando atenção ou pedindo que você tenha mais consideração por essa pessoa. A pessoa que tem qualidade é uma coisa que lembra às outras a viverem a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. 

4.3) Uma pessoa que tem qualidade, que tem virtudes morais, é uma pedra que fala, que entra em cena quando o conservantismo domina todo o cenário sistematicamente, a ponto de dizer que não há mais esperanças para o futuro desta nação, por não haver mais bondade neste mundo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de setembro de 2017.

É nos estudos que você me encontrará

1) Se domicílio, no direito. é o lugar onde posso ser encontrado de modo a responder por todas as coisas pelas quais sou responsável, então você poderá me encontrar na internet, estudando e escrevendo.

2) Se não estou estudando ou escrevendo para o bem do país, então nada sou. Minha vida pessoal se resume a estudos e investigações relevantes, que farão o país ser tomado como se fosse um lar em Cristo.

3) Alguns podem pensar que eu não me divirto, mas eu me divirto, sim. Eu jogo meus jogos de estratégia e assisto a partidas de baseball, de modo a me preparar para o meu trabalho, que é a escrita. E também costumo ir à missa para me preparar espiritualmente para o meu trabalho. Coisas como ir à balada, ir a museus ou teatros, ou mesmo a bibliotecas públicas, estão fora dos meus propósitos. O Rio de Janeiro não é seguro - por isso, não posso ficar dando bobeira. Não é à toa que nada tenho a acrescentar a pessoas que não pensam em outra coisa que não divertimento.

4.1) E quanto ao romance? Se a mulher não for tão inteligente quanto eu, eu tenderei a não dar muita importância para ela.

4.2.1) Eu costumo dizer que de dez em dez anos aparece uma que me encanta.

4.2.2) O problema é que a inteligência faz as mulheres (ao menos, a maioria delas) ficarem ricas no amor de si, a ponto de serem ingratas, pois exercem liberdade com fins vazios quando recebem a atenção de um homem como eu, que não é um qualquer de sua espécie que perde a vida com divertimentos e baladas.

4.2.3) E é por conta de desperdiçarem a atenção que eu dou a essas pessoas, por gostar realmente delas, que continuo sozinho, mas é melhor estar só do que mal acompanhado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de setembro de 2017.

Eu sou o que investigo

1) Se você quiser tomar o país como um lar em Cristo, então você precisa responder a estas perguntas: quem sou eu e por que razão estou aqui, por força do nascimento?

2) É justamente porque as coisas no Brasil de hoje não fazem sentido que voltei meus olhos para os estudos. Para entender meu país e servir a Cristo nestas terras distantes, eu precisei entender quem eu era. Foi nesse dia que percebi que minha vida era viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, essencial para se servir a Cristo nesta circunstância. E foi nesse dia que me converti ao catolicismo, por força da pesquisa.

3) E quando vi o Crucificado de Ourique e a razão pela qual este país foi fundado, foi aí que descobri meu país: o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves é meu lar em Cristo. E desde que aprendi que a ruptura feita por D. Pedro I foi um ato de apatria, então restaurá-lo é conservar a dor que Cristo sentiu quando este infame príncipe-regente violou o princípio da não-traição e começou a criar toda uma falsa cultura que levou ao país a ser tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, o que leva a uma apatria sistemática, a qual, a longo prazo, resultará numa invasão islâmica, que já se encontra em curso.

4.1) O que é o patriotismo de copa senão tomar o país como se fosse religião com base no mais puro materialismo e hedonismo?

4.2) Veja que, nos protestos de 2014, todos estavam com camisa da Seleção Brasileira de Soccer. Em 1964, todos foram à rua com suas melhores roupas, munidos de terços nas mãos e imagens de Nossa Senhora. Em 50 anos, o país ficou esvaziado espiritualmente.

4.3) Hoje só restou à pretensa direita (que é uma esquerda que se diz de direita, nominalmente falando) tomar o país como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele. E tudo deságua nos militares - os mesmos que afundaram o país na experiência revolucionária, com o seu famigerado positivismo.

4.4.1) Com esses bens imaginários, com esses ídolos, o país não sai de seu atraso, pois é no atraso que temos povos pobres de bens concretos e ricos em bens imaginários.

4.4.2) Se a caridade é o fundamento da verdadeira riqueza, que decorre da liberdade em Cristo, então precisamos recuperar a verdadeira riqueza que não se esgota: tomar o país como um lar em Cristo, com base naquilo que foi fundado em Ourique.

4.4.3) É assim que trocamos esses bezerros de Ouro (como o culto à falsa idéia de que o Brasil é um país independente, assim como ao nacionalismo e ao saudosismo ao governo militar que disso emana, o qual não moveu uma palha de modo a combater os comunistas que atuavam na vertente cultural) por algo mais digno e conforme o Todo que vem de Deus. Quanto mais aprendo a verdadeira História do Brasil, sem essas mentiras, mais sou capaz de servir a Cristo nestas terras distantes, de além-mar.

4.4.4) É por caridade que conseguirei tirar os que estão ao meu redor da apatria, pois é em Cristo que vejo que minha vida tem sentido. E é por ter sentido que posso planejar minha vida na forma como o Olavo apontou, por meio do necrológio. Até porque o sentido de pátria preexiste ao necrológio - se a história do meu país é falsa, falso será o meu viver, a tal ponto que serei um morto em vida. 

5) Já vi muitos neste estado. E pior: fechados à verdade. Por isso que nada pude fazer de bom por essas pessoas, justamente por estarem fechadas à verdade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de setembro de 2017.

Por que tudo o que penso leva a uma agenda nacionista?

1) Como bem falou o colega Róger Badalum, o que penso leva a uma agenda: a uma agenda nacionista.

2.1) O debate entre nacionalismo e globalização não me parece um debate realista.

2,2) Em Ourique, nós vemos Portugal sendo tomado como um lar ao servir a Cristo em terras distantes. Nele vemos a causa nacional ser casada a uma causa universal, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus. E para haver esse casamento, o país precisa ser tomado como um lar em Cristo - e não como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele.

3) É por essa razão que nacionalismo não me parece o termo correto para esse tipo de debate.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de setembro de 2017.

Caso Santander: a esquerda está preparando um contra-ataque

1) É preciso muito cuidado e cautela com nossas reações ao caso Santander. 

2) Justamente pelo sucesso de nossa investida à famigerada exposição, a esquerda preparou um contragolpe fortíssimo, que envolve a cumplicidade de autoridades públicas, que, ao invés de cumprir suas funções e aplicar a lei manifestamente violada, já estão trabalhando no sentido de relativizar as condutas e legitimar o crime. 

3) Tendo em vista a juristocracia que já impera no Brasil, é preciso muita perícia nesta hora perigosíssima. Precisamos agora de bons juristas criminais fazendo a frente na defesa de nossa causa, de suporte filosófico e de profissionais da área da psicologia e psiquiatria e uma boa cobertura de mídia conservadora. Ou seja, de uma equipe multidisciplinar para fazer frente aquilo que pode romper a barreira da legalidade dos temas pedofilia, zoofilia e respeito aos símbolos religiosos, liberando de vez com a ideologia de gênero.

4) Mais do que nunca precisamos nos organizar, sem perder de vista a perspectiva, cada vez mais evidente, de que tudo pode ter sido uma grande conspiração, uma engenharia social, previamente articulada para forçar o debate público dos temas e lograr o esgarçamento dos valores jurídicos correspondentes.

Cristina Bassôa de Moraes (https://www.facebook.com/cristi.bassoademoraes/posts/1545473962183368)

Facebook, 13 de setembro de 2017.

Como o nacionalismo promove a expansão islâmica?

1) Se o nacionalismo é necessariamente materialista, então os que estão em conformidade com o todo que vem dessa conveniência dissociada da verdade vão fazer de tudo para tirar Deus do centro de todas as coisas que fazem o país ser tomado como se fosse um lar em Cristo, uma vez que Deus é bom. E quanto mais o Estado vai tirando Deus do centro de todas as coisas, mais o mal vai prosperando, uma vez que a ausência de Deus significa ausência do que é bom e belo.

2) Do esvaziamento de tudo aquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, a ordem fundada no demiurgo toma conta. E essa ordem fundada na conformidade com o todo que vem do demiurgo, que leva ao nada, se chama islamismo. Logo, a expansão é promovida pelo esvaziamento. coisa promovida pela revolução liberal, que também prepara o caminho para o comunismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de setembro de 2017.

Róger Badalum: Mas porque o nacionalismo seria necessariamente materialista?

José Octavio Dettmann: por conta de suas ligações maçônicas. veja este meu artigo aqui:
http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2017/09/por-que-o-islamico-e-necessariamente.html

Róger Badalum:  

1) As coisas precisam ser claras, de fácil entendimento. O debate parte para nacionalismo X globalismo, sendo este diferente de globalização. Se não é nacionalismo, mas nacionismo - terminologia essa que parece não ter termos ainda em dicionários -, pode ficar confuso. 

2) Entendo que talvez seja melhor uma "agenda nacionista" - de valores cristãos - com ocupação de espaço a longo prazo. 

José Octavio Dettmann: é para isso que trabalho.