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sábado, 15 de outubro de 2016

Comentários sobre Eduardo Cunha

1) Se Cunha está envolvido em esquema de corrupção, então ele deve responder por seu crime e pagar até o último centavo, se for condenado. O que torna o Cunha nefasto é que ele joga as regras do jogo muito bem - e as atuais regras do jogo do poder são nefastas, pois precisam ser mudadas.

2) Ele evitou a todo custo evitar ser julgado pelo juiz Sérgio Moro, manobrou, protelou, fez tudo o que podia, mas caiu, por conta de seus crimes. Se as nossas penitenciárias fizessem o seu papel, Cunha pagaria por seus pecados, se arrependeria de seus crimes e teria uma segunda chance - eu mesmo votaria nele, se ele se arrependesse de seus pecados, pois o que ele fez na Presidência da Câmara - durante o auge da crise de legitimidade que envolvia a presidente Dilma, por conta de ganhar a reeleição com fraude - é louvável, pois eu nunca vi um presidente da Câmara tão bom quanto ele - e talvez não veja alguém como ele ocupando aquela cadeira nem daqui a 30 anos. É por conta desse papel importante que ele desempenhou que vejo que ele merece, em tese, uma segunda chance, se levarmos em conta o mérito político.

3) Como nosso sistema penal não recupera, creio não ser sensato colocá-lo lá de volta, pois ele é ambicioso e sabe jogar com estas regras nefastas - e nem tudo o que é legal é honesto. O que é uma pena, pois ele era bom no que fazia, apesar de seus pecados.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2016.

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Se devemos amar nossos inimigos, então o inimigo precisa possuir alguma qualidade de modo que esse esforço valha à pena

1) Já foi falado que Temer restaurou a liturgia do cargo de presidente da República - pelo menos, esta é a única qualidade que reconheço no atual presidente da República. Mesmo eu sendo anti-republicano até a raiz dos cabelos, a presença de um Lula ou de uma Dilma era claramente nefasta, pérfida, pois me tira do meu papel de crítico deste regime ilegítimo, que é a minha função precípua. Estou contente que Lula e Dilma estão afastados do poder, pois assim continuarei combatendo a república da forma como faço: com idéias. Com quem age com deboche, a solução é borracha no lombo.

2) Se Cristo nos pede para amarmos nossos inimigos, eu farei isso com relação ao Temer e ao Cunha, pois estes têm boas qualidades, apesar de serem corruptos e ligados à eterna usurpação, própria desta República - como tento viver a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus, eu rezarei pela conversão dos mesmos. Já o Lula e a Dilma, que são tipos desprezíveis, só aquele que pode fazer o impossível colocará um coração de carne nesses corações de pedra. Não me sinto competente para rezar por estes seres desprezíveis, que debocham da razão, do trabalho dos pios, dos sensatos que tomam o país como se fosse um lar em Cristo - quem puder fazer isso, faça isso em meu lugar, já que vou dedicar minhas energias a quem tem qualidades e não a esses abortos da natureza.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2016 (data da postagem original).

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sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Quando tenho alguma coisa a dizer, é porque é urgente e necessário. E a fala é prerrogativa para essas coisas - e esta prerrogativa não deve ser voltada para o nada

1) Não tenho a mesma capacidade do Olavo de reter as informações por longos períodos - se eu não pôr no papel logo o que me vem à cabeça, acabo esquecendo tudo.

2) Aqui em casa é muito comum ocorrer o seguinte: se tenho algo a dizer pros meus pais e se eles estão ocupados, eu preciso pôr no papel o que precisa ser dito, senão eu esqueço tudo.

3) Em viagens de ônibus, era comum idéias muito boas virem ao longo da viagem. Como não podia levar meu MP 4 e gravar o que vinha à cabeça, sob pena de ser roubado, acabava esquecendo tudo. Durante os anos de faculdade, muita coisa interessante que pensei se perdeu porque não tinha um gravador à mão. Eu poderia escrever num caderno usando as carteiras de faculdade, mas eu me sentia desconfortável para fazer isso, pois cadeira de canhoto era tão escasso quanto ouro.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de outubro de 2016.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Comentários sobre uma passagem d'A República de Platão

1) Platão dizia, em seu livro sobre a República, o seguinte: "Uma cidade bem governada torna-se uma possibilidade se você encontrar uma forma de vida honesta que não aquela que é própria de possuir cargos públicos, como se isso fosse coisa ou propriedade do governante".

2) Essa vida honesta se dá pelo fato de se tomar o país como se fosse um lar em Cristo. Por isso, sirva aos seus semelhantes e estes começam a segui-lo onde quer que você vá, pois você passa a ser uma espécie de governante por força do exemplo, ainda que você não tenha cargo algum. E é distribuindo esse senso que uma cidade passa a ser governada através da virtude, pois isso é próprio da conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) A iniciativa pública se torna naturalmente competente se houver subsidiaridade: aquilo que o conjunto das famílias não puder fazer, o município deve bancar a responsabilidade, no âmbito local; se o conjunto das autoridades locais não der conta, o governo provincial supre; e se o conjunto das províncias não puder suprir, o governo central, composto da União das províncias em torno de problemas em comum, supre.

4) Dentro deste ponto, a teoria da nacionidade deve ter dado alguma viabilidade prática a esta observação de Platão, ainda que uma maneira não intencional - afinal, eu não tinha lido esta passagem, quando comecei a estudar este problema.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de outubro de 2016.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Notas sobre o segundo turno das eleições municipais no Rio de Janeiro (2016)

1) Um lugar vai precisar ser ocupado, que é o da prefeitura da cidade do Rio de Janeiro - por essa razão, é inevitável que o Rio de Janeiro vai ter de escolher entre ficar em conformidade com o Todo que vende Deus, tal como se fosse mercadoria, ou a conformidade com o Todo que vem do Demônio, uma vez que ambas as coisas que levam ao nada. Afinal, um prepara o caminho para o inferno, pautado numa liberdade para o nada; o outro é o inferno em forma de partido - e o Freixo é acessório que segue a sorte do principal, a ideologia comunista, própria do anticristo.

2) É odioso dizer isso, mas o mal menor precisa ser escolhido, para esta circunstância que se dará agora, neste próximo domingo. O que não podemos fazer é ficar de braços cruzados, conservando sistematicamente essas coisas, pois elas estão dissociadas da verdade, da conformidade com o Todo que vem de Deus. Uma vez que esta eleição for decidida, nós precisamos fazer as coisas que precisam ser feitas, de modo a que candidatos católicos sejam eleitos.

3) Não é preciso esperar dois anos - política se dá no alto dos céus e se faz todos os dias, pois implica pregar verdades urgentes. É um tipo de evangelização, coisa que se faz a partir do bem comum, de modo a que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de outubro de 2016.

Notas sobre o Laissez-faire

1) Se olharmos para a realidade, para aquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, o laissez-faire é deixar fazer o que se deseja, desde que isto não seja ilícito aos olhos de Deus - se a pessoa toma os riscos do negócio, confessará os pecados em público, pois roupa suja também se lava em público, diante da assembléia paroquial, uma vez que você estará vendo em cada membro da comunidade a figura de Cristo, que se faz às vezes de consumidor dos seus serviços. Afinal, a verdadeira liberdade decorre da cultura de se amar a Deus sobre todas as coisas, uma vez que Cristo é a verdade em pessoa.

2) Em tempos de negação à fraternidade universal, a lei natural foi progressivamente substituída pela lei positiva, fundada em sabedoria humana dissociada da divina. E o que era ilícito, por ser ofensivo a Deus, passou a ser legalizado. Logo, quando se converte o liberalismo em libertarismo, nós temos uma ilusão de laissez-faire -  uma verdadeira perversão, a ponto de se conservar o que é conveniente e dissociado dessa verdade.

3) Como no verdadeiro laissez-faire a pessoa deve confessar seus pecados em público, já que toma a todos os clientes como irmãos e irmãs, numa ordem em que a fraternidade universal é negada surge a figura da dignidade da pessoa humana. A pessoa pode ser um verdadeiro demônio, mas tem o direito de não produzir prova contra si própria, já que está desobrigada de confessar seus pecados em público, a não ser que seja condenada a reparar o dano, a indenizar o cliente. Isso aí decorre deste fundamento da ética protestante: se você peca forte, você deve crer forte em si mesmo - e isso é realmente hipócrita. Não é à toa que puritanismo é uma hipocrisia completa. Num mundo onde o confessionário foi abolido, a neurose, a fofoca e o fingimento histérico tornam-se a ordem do dia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro 12 de outubro de 2016.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

O que é preciso para entender o que escrevo?

1) Houve quem dissesse o seguinte: "Dettmann, eu leio os seus textos, mas eu não me sinto parte deste mundo que você prega, visto que sou protestante, ainda que não praticante".

2) O que escrevo é mais do que uma obra científica sobre tomar o país como se fosse um lar em Cristo e não como se fosse religião de Estado desta República: o que escrevo foi feito da mesma forma como foi feita a Bíblia: de católico para católico. O texto foi feito para quem vive a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus - ou seja, foi feito para quem tem uma cosmovisão católica, que foi a que fundou este país.

3) O professor Olavo fala que a melhor forma de você entender um autor é você incorporar dentro de si a cosmovisão adotada pelo autor - e isso pede que você se converta. Essa cosmovisão deve estar internalizada na carne, de modo a que você consiga entender o sentido da obra; se a chave para entender a Bíblia é a cosmovisão católica, na teoria da nacionidade você vai precisar desta mesma visão, pois Cristo é também construtor e destruidor de Impérios e escolheu os portugueses de modo a que servissem a Ele em terras distantes - e o Brasil é desdobramento desta tradição. Por conta disso, a interpretação desse meu trabalho está intimamente ligada aos postulados que formaram a fé católica, visto que minha obra é acessório perto do principal, a fé católica.

4) Com base nessa cosmovisão católica, você vai lendo as obras que li com olhos de católico. E você entenderá porque escrevi o que escrevi.

5.1) Não escrevi com neutralidade acadêmica - eu fiz uma investigação das coisas tendo por fundamento a conformidade com o Todo que vem de Deus.

5.2) Se a fé fundada nessa conformidade gerou o método científico, então a verdadeira ciência decorre necessariamente da verdadeira fé. E é porque não encontrarei nas universidades ambiente propício para isso que fiz as coisas de forma independente dessas instituições - eu estive o tempo todo a serviço do Santo Espírito de Deus de modo a apreciar retamente todas as coisas.

6) Se você se sente um "peixe fora d'água", isso não é culpa sua. Eu levei 20 anos para entender do que o Brasil foi feito - e eu me sentia um "peixe fora d'água" como você. Um dia você vai chegar onde cheguei - o que escrevi é só um atalho. Se você quer ler meus textos realmente, de modo a compreender o que digo, então se prepare espiritualmente para a leitura do mesmo modo como me preparei para escrever. Se a pessoa não tiver a curiosidade ou a necessidade de ter uma cosmovisão católica de modo a compreender melhor o que digo, fará conservantismo e estará à esquerda do Pai. Por conta disso, desse conservantismo insensato, você será uma pessoa eternamente apátrida e nada de bom contribuirá à sociedade a não ser com a sua própria prole - será uma proletária, no sentido romano do termo; um tipo de escória, que votará na esquerda e na manutenção deste maldito regime chamado República no Brasil.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de outubro de 2016.