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quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Procedimentos para se adicionar alguém e notas sobre as adições arbitrárias, dentro do ambiente da rede social

1) Quando vou adicionar alguém, eu adoto o seguinte procedimento: primeiro eu sigo a pessoa e trago para o meu mural algumas de suas postagens mais relevantes. Na medida do possível, eu vou analisando suas postagens e mando a resposta inbox, para a pessoa.

2) Ainda inbox tento debater com a pessoa - se a conversa for agradável, aí irei adicioná-la.

3) Nas poucas vezes que adiciono alguém, eu não faço o que todos fazem: adicionar-me arbitrariamente. Se eu concordar em ser adicionado arbitrariamente, então estarei sujeito a ser desamigado arbitrariamente, ainda que eu diga as coisas do modo mais racional possível.

4) É preciso que esteja na carne o seguinte preceito: ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei, contrato ou compromisso moral. O simples fato de adicionarem a mim arbitrariamente, sem me dizerem uma boa razão pela qual eu deva adicionar você, já é constrangimento ilegal. Pelo menos, eu digo isso em tese, pois em si mesmo isso pode gerar conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida e a questão desaguará num tribunal, por conta de tentativa de constrangimento ilegal.

5) Enfim, eis a realidade das adições arbitrárias. Vocês estão lidando com seres humanos - ainda que estejam na vida virtual, são seres humanos e não podem ser usados e descartados, como se fossem coisas. Ou você os trata com consideração e respeito já que são também filhos de Deus, ou simplesmente desista da rede social, pois você não sabe nada sobre a vida e o que deve ser feito. Afinal, a vida virtual não é muito diferente a vida real - e as questões éticas online são extremamente importantes.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2016.

O homem sensato integra as realidades virtual e real num único ser, de modo a melhor servir seus semelhantes

1) O homem virtual é também um homem real - a diferença é que ele trabalha na Internet, tal como eu faço.

2) O que a Internet - a rede social no sentido mais estrito - faz por mim é ampliar meu horizonte de consciência, já que posso lidar com pessoas importantes e interferir de modo a fazer a diferença, coisa essa que em circunstância real não poderia fazer, seja por morar em lugar diverso, seja por falta de oportunidade, pois na internet não existe a cultura da patota, da panelinha, pois qualquer pessoa é alcançável.

3) O homem virtual que se desligar do homem real é um ser irreal - o que a internet faz é reduzir o seu horizonte de consciência, da mesma forma que um narcótico. Se a pessoa não souber abraçar as duas realidades e integrá-las num ser só - de modo a inventar uma profissão, uma vocação -, terminará sendo uma verdadeira barafunda ambulante - e precisará passar por uma terapia espiritual de modo a ter sua consciência desperta desse torpor, causado pelo fato de moramos num mundo onde os indivíduos estão atomizados, onde cada um tem a verdade que quiser; como isso edifica liberdade para o nada, a pessoa terminará presa, refém de si mesma, e porá termo à própria vida, já que não conhece a Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2016.

A vocação do homem virtual não pode estar afastada da realidade, coisa que se funda na eternidade

1) Quando parto para o bom combate - coisa que faço online, nas minhas atuais circunstâncias -, eu faço tudo o que deve ser feito. E após a luta, volto pra casa - fecho a janela do facebook e acompanho o baseball. De tempos em tempos, o combate é interrompido para almoço, jantar, ajudar meus pais com as compras, ir à missa, ao médico, ao dentista e outras coisas.

2) Mesmo quando estou na luta, há sempre tempo para quem precisa de mim, dentro daquilo que sou capaz de fazer. Tiro todas as dúvidas relevantes.

3) Só não há tempo para conversas inúteis. Aquilo que não edifica não é digno da minha atenção - não é à toa que sigo o conselho do Santo Padre Pio de Petrelcina de que é preciso fugir da preguiça e das conversas inúteis.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2016.

A verdadeira ciência do Direito se dá no Direito Natural, pois Cristo é o legislador, por ser o Rei dos Reis

1) Durante muito tempo, ouvi dos meus professores que o Direito é uma ciência. Mas como é possível fazer ciência com bases tão frágeis? A legislação muda da noite para o dia, fundada no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade - e isso é causa de relativismo moral. Logo, isso não é ciência do Direito, mas Legalística.

2) Já estou livre dos engodos da faculdade há quase 10 anos. Foquei nos estudos de Direito Natural, fundados na vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, e posso dizer o seguinte: se Cristo é o caminho, a verdade e a vida, então Ele é a norma - o Direito por excelência, pois Ele é legislador, dado que é Deus. Como isso é incorruptível, então esta é a verdadeira ciência do Direito. A legislação humana que é conforme o Todo que vem de Deus é o natural right, que é um derivado dessa verdade, que é o natural law.

3) Por isso mesmo, quando se estuda o direito de uma nação, devemos olhar para o seguinte dado: o país está sendo tomado como se fosse um lar em Cristo ou como se fosse religião de Estado, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele? Se a resposta a esta pergunta for a segunda, então o que temos não é ciência do Direito, mas Legalística. Afinal, devemos olhar para o direito pátrio como um caso particular - e o que estiver fora da conformidade com o Todo que vem de Deus deve ser denunciado e combatido.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2016.

Notas da relação entre angústia e o interesse mortal pela busca da verdade

1) Certa ocasião perguntaram ao Olavo: "se eu não tiver um interesse mortal pelo meu trabalho, eu serei medíocre a vida inteira?". Olavo respondeu que sim a esta questão.

2.1) Houve quem me criticasse pelo fato de que me prendi durante muitos anos à questão da nacionidade, ao senso de se tomar o país como se fosse um lar em Cristo e não como se fosse religião de Estado desta república totalitária, que prepara o caminho para o comunismo. 

2.2) A resposta está não só nesse interesse mortal, dado que estava em busca de uma resposta a algo que me angustiava e que me levou a dedicar-me de corpo e alma a este trabalho da melhor forma possível, como também percebi que este tema é muito vasto, tal como o colega Haroldo Monteiro bem reconheceu, pois este tema pede toda uma tradição de intelectuais trabalhando neste assunto, a ponto de formar uma verdadeira escola. 

2.3) Enfim, foi em busca da verdade que me prendi a este trabalho de modo a me dedicar melhor a ele. Se não tivesse havido esta angústia, dado que me sentia morando num país destituído de sentido, eu jamais teria me esforçado - afinal, eu creio em compromisso com a excelência, algo que muitos não crêem, e isso me converteu à vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Desde 2004, já são 12 anos com interesse mortal sobre este assunto - e contando. Já são quase 2500 postagens não só sobre o assunto, mas também sobre o verdadeiro conservadorismo, sobre o distributivismo e a aliança do altar com o trono edificada desde Ourique. Enfim, não sou um samba de uma nota só - aos poucos, o trabalho intelectual vai se tornando uma música polifônica, a ponto de formar uma verdadeira sinfonia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2016.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

A tirania dos vermelhos leva ao preto, à ausência de cor

1) Carlos Drummond de Andrade tem uma obra intitulada "as impurezas do branco".

2) O branco é o resultado da soma de todas as cores - trata-se de um sigma. Se o branco tem impurezas, então é um não-sigma, um espectro de branco. E a negação da soma das cores é a ausência de cores, o negro. E o negro é uma das marcas do vermelho, do totalitário. Logo, o espectro de branco é um negro disfarçado.

3) Uma das marcas dos despotismo dos vermelhos está no fato de que há ausência de cores, dado que estas são um reflexo do nosso estado de personalidade. Logo, o espectro de verde-amarelo, fundada no fato de se tomar o país como se fosse religião de Estado da República, leva ao comunismo, que nega a individualidade das pessoas - e a negação da individualidade se dá pela ausência de cores nas casas, coisa que serve ao vermelho, ao totalitário.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de agosto de 2016.

Pessoalidade sistemática é distributivismo e não é sinônimo de impessoalidade, de insolidarismo, de atomização dos indivíduos

1) Se prestação de serviço é algo que se faz de pessoa a pessoa, então prestar esse serviço de maneira organizada se funda no fato de que está havendo pessoalidade sistemática.

2) A pessoalidade sistemática não quer dizer impessoalidade. Todos da minha comunidade paroquial conhecem meus serviços e minha pessoa, assim como conheço cada uma das pessoas que toma os meus serviços. E servir dessa forma leva necessariamente a um distributivismo, dado que é caridade sistemática.

3) Num sistema de pessoas virtuosas, uma pessoa, dentro da conformidade com o Todo que vem de Deus, age como uma peça nessa engrenagem, cuja função é servir às outras peças, dentro daquilo que é da sua circunstância. E aquele que serve também servido, já que a peça B, dentro de sua função, serve à A naquilo que A não é capaz de fazer, pois está fora de sua competência.

4) Pessoalidade sistemática leva, pois, a uma interdependência. E a interdependência é essencialmente vida comunitária fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus. O contrário disso, a impessoalidade, nega o senso de comunidade, pois cria um sistema de solidariedade tão insolidarista que o indivíduo se vê atomizado - e isso é, pois, um tipo de solidariedade mecânica, algo que é, pois, totalitária, pois edifica liberdade para o nada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de agosto de 2016.