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segunda-feira, 11 de maio de 2015

Promover livros ruins como se fossem bons é um atentado à própria razão

1) Estou de acordo com Milton: quem destrói um bom livro mata a própria razão.

2) Um bom livro percorre o tempo e as gerações preparando as pessoas de modo a estar em conformidade com o Todo que vem de Deus. Ele é uma boa razão para termos fé naquilo que nos leva à conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Um outro de tipo bom livro é aquele que nos denuncia o mal edificado num livro ruim. Às vezes, o próprio livro ruim, nas mãos de uma mente sensata, pode ser um bom livro, de modo a este seja evitado de ser lido, por promover a mentira e a maldade, como são os livros de Karl Marx. Se você leu Marx e Lênin, denuncie o que há de mau neles e faça propaganda negativa, de modo a que eles não sejam lidos por todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento. Era assim que a Igreja fazia, ao adotar o Índice de Livros Proibidos.

4) O que é satânico é promover o livro ruim como se fosse bom. Editar, promover e comercializar livros ruins como se fossem bons é destruir virtualmente um livro bom - e isso é um atentato à própria razão. E o que as editoras no Brasil fazem é desserviço.

Não devemos medir para o nada

1) Galileu dizia que devemos medir o que é mensurável e o que não é.

2) Medir por medir, sob todo e qualquer fundamento ou pretexto, leva ao medir para o nada - e um dos sintomas da sabedoria humana dissociada da divina é querer medir coisas que são impossíveis aos homens, mas que só podem ser medidas por Deus. Exemplo disso é a grandeza de uma alma humana, em termos de santidade - esse tipo de medição é impossível para nós, que somos marcados pelo pecado original; o que podemos fazer é narrar e descrever a história dessa pessoa e de que forma seu legado é um exemplo e um tesouro vivo que, se imitado, pode nos levar a estarmos em conformidade com o Todo que vem de Deus, pois descrever e narrar são coisas que podemos fazer, prerrogativas nossas, embora medir seja impossível, pois não somos oniscientes, muito menos onipresentes.

3) A maior prova de que medir por medir leva ao nada é a de que a razão instrumental pode ser tomada como se fosse religião, se isso for levado ao extremo. É justamente porque a razão se tornou religião que temos esse problema permanente do divórcio entre a fé e a razão. 

4) Não creio em ciência fundada a partir do nada - a verdadeira ciência, o verdadeiro método de se investigar as coisas, deve e precisa se fundar na conformidade com o Todo que vem de Deus. Se Deus ordenou as coisas segundo Sua vontade, então podemos conhecer a Deus a partir do modo como as coisas foram por Ele concebidas. Deus é o autor que dá causa a todas coisas como elas são; Ele é o fundamento de todas as coisas. Sem Ele, nada faz sentido.

O industrialismo nasce do modismo, da liberdade para o nada

1) Aqui no Brasil há uma tara pelo desenvolvimentismo - querem colocar indústrias em todo e qualquer lugar, sem se importar com o fato de que a maioria do país nasceu para a vocação agrícola. E essa vocação agrícola é a realidade deste lugar - e se você quer tomar o país como um lar, o primeiro passo é entender a realidade desta terra e o que ela pode produzir de bom, tanto para nós, que a habitamos, quanto o mundo inteiro.

2) A grande verdade é que, onde a agricultura prospera, todas as demais artes e ciências prosperam, incluindo a própria indústria, que vai beneficiar os produtos da terra.

3) Daniel Webster mencionou uma grande verdade: foram os agricultores os verdadeiros fundadores da civilização. E quem colonizou de fato o território brasileiro, de modo a que o país fosse tomado como um lar, foram de fato os agricultores - se não houvesse núcleos povoadores, cuja edificação coube a Martim Afonso de Souza, dificilmente o trabalho de evangelização do país seria feito, o que confirma o que acabei de mencionar no ponto 1.

4) A verdade é que essa tara desenvolvimentista, essa tara progressista - fundada num abstracionismo, num modismo, numa industrialização voltada para si mesma, fundada numa liberdade para o nada -, têm um apelo quase sexual, coisa que só pode prosperar somente através de meios comunicação em massa. E como tal, imoral e fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.

5) Enfim, o industrialismo é o sintoma de país tomado como se fosse religião, fruto da mais pura mentalidade revolucionária. Nada de concreto há - apenas modismo. E isso não é bom para o desenvolvimento da pátria, pois não tem fundamento concreto, com base na realidade da pátria.

A relativização do direito de propriedade nasce a partir da distinção entre direito de superfície e o direito de subsolo

1) Quem toma o país como um lar, tendo por base a pátria no Céu, herdará a terra - não só o principal, que é o solo, mas também o que lhe é acessório, como os direitos minerais.

2) Quando se tira a riqueza do solo, ela é trabalhada e usada de modo a servir a toda a comunidade, dando causa ao distributivismo. E isso é usar a propriedade a serviço do bem comum, subsidiando-o.

3) O começo da abolição da propriedade privada começa a partir do momento em que se toma a riqueza como se fosse religião - o que é direito de superfície permanece propriedade privada, mas como uma concessão do governo, por conta de não haver direitos minerais a serem explorados naquele solo. Se houvesse direitos minerais a serem exercidos, haveria desapropriação - e basta se inventar uma alegação quanto a isso de que esses direitos de superfície serão violados, a ponto de tudo estar nas mãos do Estado e nada estar fora dele.

4) E essa distinção entre direito de superfície e direitos minerais começou a partir do momento em que o país foi tomado como se fosse religião, a ponto de esmagar a primeira, que nos leva à conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de maio de 2015 (data da postagem original).

terça-feira, 5 de maio de 2015

Da dificuldade de se vigiar os deuptados com dupla nacionalidade

1) Até onde eu pude saber, a seção eleitoral dos descendentes de italianos para o parlamento italiano abrange os consulados que se encontram no Brasil, no Uruguai e na Argentina. 

2) O grande problema é que boa parte da comunidade italiana habita regiões urbanas bastante desenvolvidas - e com elas se perde o senso de comunidade, por conta da impessoalidade. E com a impessoalidade, com a fragilidade dos laços familiares, decorrente da vida moderna, temos também o fato de não haver uma cultura de se tomar vários países como um lar, pois já há uma cultura arraigada de se tomar o país como se fosse religião - e os deputados esquerdistas se beneficiam dessas circunstâncias, pois a eterna vigilância se torna mais difícil.

3) A única coisa que pode fazer os descendentes de italianos vigiarem todos aqueles que serão seus representantes no parlamento italiano é tomando a terra ancestral e o Brasil como um lar. E para isso eles precisarão ter em algum ponto da vida duplo domicílio, de modo a fazer a articulação e acompanhar as coisas - pois a pátria para eles está fundida com o Brasil - e a questão política para eles é mais complexa, coisa se resolve tomando estes dois países como um lar. E esse é o único remédio contra o internacionalismo comunista que se vale desses eventuais conflitos de nacionalidade, de modo a fomentar Nova Ordem Mundial, atuando na política multinacional.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Por que sou conservador?

1) Quando digo que sou conservador é porque me comprometo a conservar a dor de Cristo nestas terras, pois foi com base na dor, na paixão de Cristo que se edificou uma civilização inteira. E é com base nessa dor, nesse sacrifício perfeito, que tenho liberdade.

2) Dizer que as coisas não funcionam desse modo é conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. E isso não é conservadorismo, mas conservantismo - e isso é estar à esquerda do pai, no seu grau mais básico. 

3) Se Cristo é o caminho, a verdade e a vida, então eu devo ser conservador e falar as coisas dentro da conformidade com o Todo que vem de Deus. E devo falar da política com base naquilo que se estabeleceu em Ourique: de que devemos servir a Cristo em terras distantes, como esta Terra Brasilis, por exemplo.

4) A política, tal como ela é hoje, é fruto da mentalidade revolucionária - e tudo o que há hoje é monumento que foi edificado com base na liberdade para o nada. Dizer que o que prego não funciona é tomar esse espectro de realidade como se fosse coisa - e isso só produzirá falsidade ou pseudociência. E isso é justificar o argumento modernista de que as coisas têm sua própria verdade, coisa que é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.

5) A realidade deve servir à verdade e a verdade decorre da eternidade, pois Jesus é o Juiz da História.

Respostas a um leitor

Um leitor me mandou esta crítica:

Eu, como centrista, tenho em mente de que tudo deve ser ponderado e bem pensado, pois as minorias e até os extremos no espectro politico, devem, sim, ser ouvidos. Queremos democracia, não queremos? Então todos têm voz, voto e direito de participar das decisões - de maneira ordeira e civilizada, é claro. Sem abusos ou preconceitos, sejam eles quais forem!
Eu respondo:

1) Se política é a promoção da caridade organizada, a oposição, para ser conforme o todo, deve criticar as coisas de maneira a que a situação não se perverta, a ponto de decidir as coisas com base na sabedoria humana dissociada da divina, pois a fala é uma prerrogativa e deve e precisa ser usada de modo a se edificar consciência, de modo a que nenhum limite fundado na mais reta razão seja violado. Uma oposição vigilante colabora de modo a que a situação não se corrompa, uma vez que o poder corrompe absolutamente. Neste ponto, um governo de colaboração é crucial.

2) Tanto situação quanto oposição representam o país pelo fato de estarem à direita do pai - e por estarem à direita do pai, o regime de colaboração é marcado pelo parlamentarismo, com monarquia.

3) Existem dois caminhos possíveis na realidade política brasileira: ou o país continua sua trajetória como um Império independente ou volta a ser parte do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Por isso que faz muito mais sentido uma política fundada na nossa realidade histórica concreta, posto que só temos apenas dois partidos: o partido brasileiro e o partido português. O resto se pauta na liberdade para o nada, coisa que se funda à esquerda do pai, e isso deve ser abolido.

4) Se o objetivo é servir a Cristo em terras distantes, a tendência é que haja uma conciliação de interesses. E a conciliação não se confunde com neutralidade política, como que querem os centristas, pois a neutralidade parte do argumento de que todos têm sua verdade, o que edifica liberdade para o nada, base para a mentalidade revolucionária - e isso não é a posição mais correta a ser feita. E o lugar mais apropriado da conciliação de interesses é no Poder Moderador, pois há nele freios e contrapesos que garantem a alternância do poder, ao longo do tempo e das circunstâncias.

5) Democracia de massas, onde todos têm a sua própria verdade, não é algo que é conforme o todo que vem de Deus, pois edifica liberdade para o nada. O correto é que tenhamos um governo dos melhores e que qualquer pessoa do povo pode ser parte nesse processo - e, para isso, basta que se estude e colabore no processo de fazer com que o país seja tomado como se fosse um lar. A verdadeira democracia, para ser conforme o Todo, é uma aristocracia distribuída a toda a população, combinada com meritocracia e aliança do altar com o trono.