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sábado, 2 de maio de 2015

Dúvida de um leitor

1) Sr. José Octavio Dettmann, gostaria muito que se posicionasse em relação a uma questão prática, no intuito de entendê-lo: qual é a sua opinião sobre a Coréia do Sul? 

1) Ao meu ver, trata-se de um capitalismo de Estado, com promíscuas ligações do Chaebol (composto de grandes empresários) com o Estado - algo incompatível com um sistema democrático, tendo já inclusive extinguido lá recentemente um partido comunista, ao prender seu principal dirigente. O Partido já tem dois ministros da fazenda que abandonaram o cargo este ano por denúncias de corrupção. 

3) A Coréia do Sul não tem bases cristãs e possui uma das maiores taxas de aborto e suicídio do mundo. Lá, há censura na internet em matéria de política - e a presidente de lá assinou recentemente um acordo de cooperação em matéria de tecnologia da informação com o Brasil, coisa que está aos cuidados do ministro das comunicações, Ricardo Berzoini, visando a políticas de "governança em internet". 

4) É que falam da Coréia do Sul sempre comparando com a Coréia do Norte, sempre exaltando aquela em detrimento desta, notadamente em relação ao desenvolvimento e educação (85% tem curso superior). Eles esquecem as diversas questões aqui colocadas, onde, ao meu ver, tanto uma quanto outra são farinha do mesmo saco,.

5) Isso precisa ser esclarecido, principalmente agora, visto que o Olavo de Carvalho está pregando a necessidade de um Estado fraco (pequeno), mas não mostra muito bem como fazer isto num sistema democrático, podendo ser tão utópico quanto o Estado forte dos comunistas, sobretudo nos moldes da Coréia do Sul. 

6) Esta questão de gastos do governo numa economia globalizada é, ao meu ver, um dos principais problemas mundiais, com as coisas se complicando com países como a China, a Coréia do Sul, e até mesmo EUA e Japão. 

7) Gostaria muito que me esclarecesse seu ponto de vista nestas questões, concluindo o que realmente acha especificamente em relação à Coréia do Sul, no intuito de conhecê-lo melhor.

De Róger Badalum


Repetir um assunto só aprofunda o tema

1) Repetir e revisitar o tema não esgota o assunto - apenas atualiza e aprofunda o tema.

2) Se já escrevi mais de mil artigos sobre nacionismo, é porque estou interessado em conhecer a verdade sobre essa questão, posto que ela não é fácil de ser compreendida, além de haver toda uma confusão mental que inviabiliza a maneira pela qual devemos tomar o país como um lar, pois muitos estão a tomar o pais como se fosse religião, o que é errado e preocupante.

3) Poderia falar sobre vários assuntos, mas não falaria algo que preste, posto que não estudei os assuntos.

4) Eu prefiro falar sobre um tema que compreendo bem a falar sobre tudo e nada ao mesmo tempo. Poderia ser interessante me versar sobre vários assuntos, mas meditar sobre algo que pudesse compreender muito bem é que me faz ser útil e necessário a quem deseja conhecer a verdade.

5) A Igreja Católica fala as mesmas coisas há 2015 anos e isso não é chatice. E a verdade precisa ser repetida - e é o que sempre faço. 

6) Então, não se preocupem com o fato de estar repetindo e repetindo as mesmas coisas - o que digo se funda na verdade, ainda que ela seja a mais anticomercial possível. E o meu interesse é falar a verdade, aquilo que precisa ser dito e ouvido por quem me lê. O sucesso não me interessa - o que me interessa é servir a Cristo, na melhor forma que sei fazer: escrevendo.

Toda escolha pede estudo e conhecimento

1) Toda ação política implica uma atitude - e toda atitude, para estar em conformidade com o Todo que vem de Deus, pede muita reflexão e muito estudo.

2) Quando se profere uma opinião, é preciso que digamos as coisas para o bem do próximo - e isso pede estudo, de modo a que possamos apontar a necessidade de que uma medida é correta, tanto por ser conforme o Todo que vem de Deus, quanto necessária, por força da realidade que nos cerca.

3) A mesma coisa se dá com relação ao voto, às escolhas. O voto pede que conheçamos as circunstâncias em que o país se encontra, que tomemos o país como um lar, e que meditemos, de modo a conhecer os motivos determinantes que norteiam a escolha - e isso é crucial para uma escolha séria e responsável. 

4) A cultura de voto pede uma cultura de debate, em que você conheça pessoalmente as pessoas que estejam na política dispostas a fazer esse serviço, de modo a bem servi-lo, de modo a que estejamos na conformidade com o Todo que vem de Deus.

5) Uma cultura de debate pede um ambiente de alta cultura, onde o hábito de se estudar, de se refletir e de se escrever seja a base para tudo o que é de mais necessário. Isso não existe no Brasil.

6) Onde não há alta cultura, então não há debate - e onde não há debate o voto será medido pela quantidade de votantes e não pelos motivos determinantes que norteiam uma escolha. Pois o conhecimento dos motivos determinantes é quem norteia as eleições com base em propostas concretas e não em extravagantes promessas, muitas quais das fora da forma da lei.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de maio de 2015 (data da postagem original).

Os números não devem nos governar

1) Enquanto houver uma cultura onde a opinião do mais sábio é igualada à opinião do mais ignorante, cultura essa fora da conformidade com Todo que vem de Deus, o que haverá é populismo, tirania fundada na maioria de fato, numérica.

2) O fato de haver isso é um claro indício de que os números não devem governar o mundo. É na maioria numérica, em que os votos são apurados com base na quantidade e não nos motivos determinantes que norteiam uma escolha, que temos a cultura de se tomar o país como se fosse religião.

Segredos para uma autêntica liderança conservadora

Uma verdadeira liderança política conservadora não existe e ainda levará mais de uma década para aparecer. O que temos por enquanto são apenas jovens revoltados, políticos de outra época e reacionários enfezadinhos de baixo QI. Não existe liderança política sem uma intelectualidade que a preceda. Isso vale para qualquer corrente ideológica.
(Olavo de Carvalho)
1) O segredo para uma verdadeira liderança conservadora é ver se ela na prática conserva a dor de Cristo e se serve a pátria de modo a que ela seja tomada como se fosse um lar, em Cristo. E isso pede uma consciência reta, uma vida reta e uma fé reta. Isso precisa estar na carne na pessoa, pois Cristo é a verdade, o verbo em carne. Enfim, o agir conservador pede a santidade, no campo da política.

2) O segredo para a santidade é servir a quem ama e rejeita as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento, de modo a que o país seja tomado como um lar em Cristo - e isso pede pessoalidade. Um bom serviço nesta seara leva a uma comunidade a permanecer em conformidade com o Todo que vem de Deus, apesar de todas as medidas que são adotadas de modo a que o país seja tomado como se fosse religião.

3) Olavo fala que não existe uma liderança conservadora, pois muitos estão a praticar o pecado da vaidade, a ponto de conservar aquilo que é conveniente, ainda que isso esteja dissociado da verdade. Enquanto houver entre nós a cultura de se considerar conservador quem é conservantista, então não haverá lideranças conservadoras, fundadas no fato de que devemos conservar a dor de Cristo, dor essa que edificou uma civilização inteira. Neste ponto, ele fala a verdade, mas ele não está olhando ao seu redor, pois já há um que está fazendo este trabalho de desfazer esta confusão: este que vos fala.

4) Sem querer me gabar, como eu tenho tanto enfatizado a necessidade de se separar o joio do trigo, os próprios fatos e as circunstâncias em que nos encontramos apontam que sou uma liderança conservadora, no sentido verdadeiro da palavra, pois estou tomando a iniciativa de se combater essa cultura de confusão que reina entre nós, no campo cultural. E isso pede tempo e muito trabalho.

5) O próprio de fato de existir uma inciativa como a minha já aponta que o Olavo está errado, no tocante de que não existe liderança conservadora - ela existe, está atuando publicamente no facebook e está no momento falando para um pequeno público que está disposto a ouvir a verdade. 

6) Só com o tempo, com a capitalização moral, é que essa audiência será maior. E a verdade se imporá por si mesma - quem me ouve passará o que tenho a dizer a todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento. Não será preciso vender banana na feira, tal como estão a fazer por aí. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 02 de maio de 20215

Não existe nacionismo sem cristianismo

1) Não existe nacionismo sem cristianismo. 

2) O cristianismo, aquilo é conforme o Todo que vem de Deus, não pode ser reduzido nem a uma crença de livro ou a uma crença particular sem importância, coisa que se limita ficar dentro de casa e nada mais.

Não há Senado sem Monarquia

1.1) Em teoria, o Senado simboliza a federação, a União de todas as províncias, coisa fundada no fato de que devemos o tomar país como um lar, em sua unidade. 

1.2) É do diálogo de todas as províncias que temos um senado, um canal onde os acontecimentos das províncias menos importantes econômica e politicamente têm repercussão por toda a nação, já que a mídia está concentrada em pontos específicos de nosso território, dando-nos a impressão de que o nosso território é menor do que ele realmente é. 

2) Ser senador implica ser uma pessoa altamente séria e gabaritada, com histórico de permanente serviço a sua província, que deve servir-se de modelo de modo a que o país seja tomado como um lar. Um senador bem formado pede a existência de um ambiente de alta cultura dentro de seu estado.

3) O senado é crucial onde houver uma organização política que possibilite a ascensão dos melhores - e isso só é possível numa monarquia. Sem uma monarquia, jamais haverá a figura do Senado.

4) Na república, o Senado se reduz a um cargo de deputado de duas legislaturas. Na prática, não existe muita diferença entre o Senado e a Câmara dos Deputados. Como a política se tornou fisiológica, venal e populista, então não faz sentido haver ambiente de alta cultura como consectário lógico para o cargo de senador. A política populista esmaga a alta cultura e rebaixa a inteligência da pátria, ao tomar o país como se fosse religião.

5) Os longos anos de rebaixamento da inteligência da pátria levam necessariamente à abolição do Senado. E não demora muito para surgir, aqui e ali, propostas para a abolição do mesmo - já que a instituição tornou-se inútil, por conta da nossa realidade corrompida, muitos defendem a sua abolição. Eis aí o perigo de se tomar o fato social como se fosse coisa.

6) Se você compreende a importância do Senado, então é forçoso que se compreenda que o lugar deve ser preenchido pelos melhores, que fazem com que a província seja tomada como um lar. E para que isso aconteça, todo um trabalho de ação cultural deve ser feito, de modo a que a província tenha sua devida importância, pois é a base para se tomar o país como um lar. Enquanto a união for tomada como se fosse religião, o que haverá é um federalismo nominal, que mascara o centralismo demoníaco que nos domina.

7) Se você quer um país regido pela virtude republicana, onde o mais fraco não é dominado pelo mais forte, então que se restaure a monarquia e o poder moderador, de modo a se evitar o conflito de interesses entre os poderes, cuja não solução, ou falta de solução, é um convite para a adoção de medidas tiranas, fundadas num salvacionismo que decorre do fato de se tomar o país como se fosse religião, coisa que é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.