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quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Da combinação da filosofia da crise de Mário Ferreira dos Santos com a logoterapia de Viktor Frankl, podemos revolucionar o sentido do estudo histórico. Eis aí uma grande contribuição que pode ser feita para a busca da verdade, enquanto fundamento da liberdade, quando estudamos o sentido fundacional do Brasil

1) Em razão de todo esse mosaico de crises que se sucederam desde que o Brasil se separou de Portugal, é perfeitamente possível fazer um estudo da História do Brasil enquanto filosofia da crise de modo que as coisas restaurem seu sentido, a ponto de um dia o Brasil voltar a ser um só nação com Portugal no méritos de Cristo, tal como era na época do Reino Unido de Portugal Brasil e Algarves.

2) O estudo dessa filosofia da crise pede que se tenha não só um profundo conhecimento da filosofia de Mário Ferreira dos Santos, mas também que se cultive o senso de verdade, de conformidade com o que de Deus, de modo que se faça toda uma logoterapia de tal maneira que o país deixe de ser tomado como se fosse religião, onde tudo está no está Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, para este ser tomado como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo, a ponto de nos santificarmos através do trabalho, nem que seja extraindo pau-brasil, e assim propagarmos a fé Cristã, tal como Cristo nos mandou fazer no milagre de Ourique.

3) Essa logoterapia no sentido de pátria faz com que as pessoas troquem o senso de nacionalidade, enquanto socialismo de nação - coisa que levou ao fascismo -, pelo senso de nacionidade, bem como faz com que o senso de História do Brasil mude: o país deixa de ser uma comunidade imaginada pela maçonaria para ser uma comunidade revelada nos méritos de Cristo, tal como estabelecida na missão dada a Cristo aos portugueses de irem evangelizando em terras distantes, pois um império nasceria dessa missão nos méritos de Cristo, enquanto bem servisse à verdade, enquanto fundamento da liberdade. E esse império não perecerá, porque ele se fundamentará na cultura, enquanto necessidade de se santificar através do trabalho e do estudo enquanto liberdade para propagar a fé cristã nos méritos de Cristo - o que levaria ao desenvolvimento econômico e civilizatório da nossa nação e de nossos aliados enquanto bem servirem à cristandade, este bem comum que todos nós temos por conta de amarmos e rejeitarmos as mesmas coisas tendo por fundamento o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, independentemente das nossas origens étnicas e do nosso lugar de nascimento. Como tudo isso virá nos méritos de Cristo, então devemos sempre dar graças ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem que nos propiciou este trabalho, este desafio para sermos grandes nos méritos d'Ele, já que Ele é construtor e destruidor de impérios, uma vez que estas coisas não são próprias do domínio de um animal que mente, tal qual um Lula ou qualquer outro presidente que tivemos antes de Bolsonaro.

4) A combinação dessas duas coisas faria do estudo da História uma verdadeira terapia, pois a verdade pode curar as dores e os tormentos do conservantismo, pois a verdade liberta. Isso seria uma tremenda renovação no sentido das coisas, nos méritos de Cristo. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 06 de outubro de 2022 (data da postagem original).

segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Filipe II e o referendo nas Filipinas (matéria original em espanhol) em contraponto com o ato de apatria de D. Pedro I no Brasil (comentário em português)


Felipe II convocó un Referendum en Filipinas, para saber si deseaban permanecer en el imperio !

Felipe II, en 1598, pocos meses antes de su muerte y ante la petición del primer Arzobispo de Manila, organizó un referéndum en Filipinas para preguntar a sus habitantes si estaban cómodos perteneciendo a la Monarquía hispánica, y si querían seguir perteneciendo a ella. Este referéndum (el más antiguo del que yo tengo conocimiento en la historia), era vinculante. Es decir, Felipe II estaba dispuesto a abandonar aquél territorio si sus habitantes así lo querían. Naturalmente, la pregunta no se hizo a cada habitante (entonces no se estilaban las democracias al uso actual). Se preguntó a los cientos de caciques (que allí se llamaban sultanes) y que habían sido soberanos independientes antes de la llegada de los españoles. Las distancias y dificultades de desplazamiento, tanto por tierra como por mar (son miles de islas e islotes) hizo que se tardara varios meses en completar la consulta. El resultado fue que más de un 90% se sentían satisfechos, y querían seguir siendo españoles. Y ante la pregunta de “por qué”, dijeron que España les había dado una unidad comercial, y un medio de entenderse que antes no tenían (lengua española).

Fonte: http://fumacrom.com/2TCqH

Comentário:

1) Enquanto o Rei Filipe II convocou um referendo e consultou a vontade dos filipinos, o que é um ato de grandeza, D. Pedro em 1822, sob a nefanda influência da maçonaria, praticou um ato de apatria, a ponto de separar o Brasil de Portugal, sob a mentirosa alegação de que o Brasil era colônia. Ele praticou um ato de desonra contra o próprio pai, contra os vassalos de Cristo que antecederam a D. João VI, incluindo o primeiro vassalo de Cristo D. Afonso Henriques, o fundador do Reino sob Cristo, que é o verdadeiro Rei. E neste ponto ele trocou a sujeição do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem pelo império de domínio fundado nos animais que mentem - e esse império, que virou república maçônica em 1889, um dia vai perecer, mais cedo ou mais tarde.

2.1) A vontade da população, nesta circunstância, foi consultada. Nenhum referendo foi feito. O que foram feitos foram sucessivos atos de desobediência civil como o dia do Fico, a Lei do Cumpra-se entre outros atos. No final, D. Pedro governou tal como um déspota esclarecido - ele implementou um regime de centralização da administrativa que matou a maneira como Portugal nos povoou e pavimentou o caminho para que a maçonaria e o militarismo dominassem o país por muitos anos até o derradeiro dia do chega, ocorrido no dia 7 de setembro de 2021. 

2.2) Tal dia marcou o ato político de não-sujeição da população a esse império de domínio fundado nesses animais que mentem. Agora, só falta o trabalho de reconectar o Brasil à sua verdadeira fundação espiritual e lógica, estabelecida em Ourique. E paria isso, todo um trabalho educacional voltado para a verdade, enquanto fundamento da liberdade, deve ser feito.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de outubro de 2021 (data da postagem original).

Postagens relacionadas:

https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2021/10/da-diferenca-entre-as-colonias-inglesas.html

https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2021/09/por-que-os-povos-pre-hispanicos-nao.html

terça-feira, 28 de setembro de 2021

Lech Wałęsa e Lula ou A diferença entre sindicalismo e comunismo

Uma vez Lech Wałęsa, presidente do sindicato Solidariedade, na Polônia, não aceitou ser comparado com Lula. A mídia quis saber porque Lech Wałęsa não recebia Lula.

Nos anos 80, Lech Wałęsa criticou o sindicalista brasileiro Lula e, quando perguntado porque não trabalhava com Lula, ele respondeu

“Lula representa tudo aquilo que combatemos. Nós poloneses passamos o inferno na mão de Stálin e sonhamos com a liberdade, Lula vive em um país democrático e sonha em escravizá-los. Não estou aqui para agradar os seguidores de Lula e sim para mostrar a diferença entre um sindicalista que luta por liberdade e outro ávido pelo poder!"

Ninguém entendeu na época e até ouve crítica a Lech Wałęsa, mas hoje TODOS entendem o que dizia Lech Walesa!

É só seguir a lógica: Lech Wałęsa foi presidente da Polônia livre, afastou a sombra comunista dele e depois de cumprido seu trabalho de democratização na Polônia, se aposentou e afastou-se da vida pública com sua aposentadoria!

Lula, o carancho comunista, entrou em um país livre e fez uma máfia no estado: corrompeu, aparelhou o poder, enriqueceu com o dinheiro público e deixou seus filhos ricos, roubou eleições com o aparelhamento da justiça, fraudou as urnas eletrônicas e seu arrogante cãozinho amestrado Dias Tófoli, deu como resposta ao povo que não aceitava o resultado, "Que não haveria terceiro turno", pensava e tinha certeza que ficaria para sempre no poder. Luís Inácio matou e roubou levando a nação à miséria e fome.

E AÍ ESTÁ A DIFERENÇA ENTRE UM SINDICALISTA QUE LUTOU CONTRA O COMUNISMO E UM QUE É COMUNISTA!

Texto do amigo Paulo Orlandetti.

Júnior Dourado

Fonte: http://fumacrom.com/2IgYF

Facebook, 28 de setembro de 2021 (data da postagem original)

Postagens Relacionadas:

https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2021/06/da-eleicao-de-2022-como-guerra-dos.html

segunda-feira, 22 de março de 2021

Notas sobre os problemas que a damnatio memoriae causa

 1) Os romanos, quando tiveram o desprazer de serem governados por Nero, fizeram de tudo para apagar da memória pública a lembrança desse mau imperador. Eles esqueceram de ver o que não se vê: um mau imperador é como um vírus - depois que você fica doente, você está naturalmente vacinado contra tiranos como ele. E para que haja uma melhor vacinação de rebanho, é preciso ensinar história de tal maneira que isso não seja esquecido, pois podemos ser escravizados por gente que conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de proscrever o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem da ordem pública. É assim que se separa homens como Salazar de tiranos como Dória, pois ditadura (ou defesa da república - aqui pensada como bem comum fundado na missão de servir a Cristo em terras distantes, tal como vemos em Ourique - em tempos de crise) não é tirania.

2) Quando tiver filhos, vou ensiná-los a odiar os inimigos do Brasil. Vou ensiná-los a odiar a figura de Deodoro, de Floriano, de Getúlio, de Lula, de Dória, Witzel, de FHC, de JK, de Brizola e outros. É odiando esses ícones do mau exemplo, a ponto de metralhar a foto de cada um deles na galeria de tiros, que se vacina um filho contra o próximo animal que mente que vai perpetuar a tradição de tiranias e desmandos da república brasileira. 

3.1) Quando minha mãe me diz que eu não posso odiar alguém, ela está condenando a memória dos maus ao esquecimento em nome do humanismo ou do bom mocismo - e isso não é cristão, já que Ele veio ao mundo para trazer a espada. Foi por conta dessa gente que conservou o que é conveniente e dissociado da verdade que nos tornamos um país miserável, a ponto de sofrermos da síndrome do Filho Pródigo, o que muitos chamam de independência do Brasil. E isso precisa acabar. 

3.2) Eu vou restaurar a unidade do Império fundado para Cristo em Ourique. Assim como devemos amar todos aqueles que foram amigos de Deus sem medida, devemos odiar os que nos afastaram da missão de servir a Cristo em terras distantes, a razão de ser de nossa fundação enquanto pátria. E como católico, serei tão radical nisso a ponto de bloquear um sujeito qualquer que vier com bom mocismo ou com respeito humano pra cima de mim, pois esse tipo de pessoa não sabe do que se trata a minha ação, uma vez que virou idiota útil a serviço do mundo e do diabo, em forma de mentalidade revolucionária.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de março de 2021 (data da postagem original).

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Notas sobre o jogo Old World, seguidas de meditações sobre alguns aspectos da História

1) Na língua portuguesa, chamar alguém na chincha é chamar alguém para uma conversa particular, reservada.

2) Se você é do tipo discreto e reservado, este hábito pode ser tornar uma árvore frondosa. De tanto você conversar de maneira discreta e reservada, você terá um pé de chincha.

3) Se muitas pessoas estão abrigadas neste pé de chincha, então elas devem favores a você, pois elas comeram do fruto dessa árvore, a ponto de se comprometerem a espalhar as sementes de sua espécie. Se essas pessoas são da classe mercantil, por exemplo, elas te oferecerão desconto nos produtos que vendem ou te dão o produto de graça, por conta do favor que elas devem a você. Eis uma verdadeira pechincha.

4) A cultura da conversa discreta e reservada leva à cultura de negociação. Os protegidos, os que devem favores a você, buscarão os meios para conseguir aquilo de que você necessita, de modo que tenham o poder que tanto buscam. Como tudo isto se funda numa cultura de confiança, numa cultura de catacumba, então isto é a base da sociedade política.

5.1) No jogo Old World, um jogo de estratégia que estou a jogar atualmente, relações sociais são relações de poder. Você precisa gastar pelo menos uma ordem investindo no relacionamento com membros das outras famílias oligárquicas de modo que você tenha poder adequado sobre elas. Se você tiver boas relações com os membros dessas famílias, elas se candidatam ao governo das províncias, eles se tornam comandantes dos seus exércitos e até cuidam das relações com outros povos por você. Por esse motivo, nunca negligencie este aspecto, que é o poder de uma boa amizade.

5.2.1) Se você exercer influência sobre outra pessoa no jogo, a chance de você forçar um evento envolvendo você e aquela pessoa é de 50%. Uma vez provocado o evento, você precisa de 240 talentos - isso é uma forma de investir nela de modo que ela exerça influência sobre o curso dos acontecimentos. Isso provocará outros eventos futuros.

5.2.2) Certa ocasião exerci influência sobre minha esposa - gastei 200 talentos para exercer influência e mais 240 para ela ficar em dívida de gratidão para comigo, já que estou protegendo essa pessoa. Ela me pediu cento e tantos talentos para mudar a decoração do palácio inteiro - para agradá-la, contratei um pintor. Ela desenvolveu o traço inspirador e ainda me deu um herdeiro. Ela desenvolveu suas habilidades e ainda me deu um herdeiro. Foi um excelente negócio.

5.2.3) Por essa razão, no começo do jogo, é sempre bom que você tenha uma família de mercadores como sendo uma das primeiras famílias reinantes das suas cidades, senão a primeira família, a que governa a capital. Você precisará de dinheiro de modo a obter os favores de quem você quer como amigo - e a família de mercadores é a que te dá os meios para você exercer influência sobre os outros. Se você obtém os favores dos membros das diferentes famílias de oligarcas, eles ficam devendo favores a você - e por deverem favores a você, elas tendem a colaborar contigo naquilo que você mais precisa. Eis a lealdade.

5.2.4.1) Quando você funda uma cidade, ela fica sob o comando de uma família - da mesma forma, as unidades militares da cidade, tal como acessório que segue a sorte de seu principal. Como os soldados são cidadãos dessa cidade governada por essa família, então eles são leais ao comando dessa família. Por isso, você deve tratar bem essa família reinante de modo que não haja rebelião na cidade, uma vez que eles têm os meios de ação para se rebelar contra você, já que a cidade é de propriedade privada deles. É isso que separa monarquia de tirania.

5.2.4.2) Isto explica porque no Civilization VI as cidades tinham laços de lealdade - elas eram controladas por uma família reinante de oligarcas. E você precisa do apoio deles de modo a exercer o poder, pois é deles que vem a legitimidade, já que são os primeiros cidadãos daquela cidade-Estado, a autoridade que a aperfeiçoa a liberdade de muitos.

6.1) Quando você escolhe dentre os membros dessa família de oligarcas os mais capacitados para comandar as legiões do exército e os mais capacitados para administrar a cidade como governadores, você está fomentando a aristocracia, pois só os melhores, os mais competentes, os mais virtuosos é que comandam os negócios públicos da cidade ou província, que é um conjunto de cidades que tem essa mesma família oligarca como primeiros cidadãos.  

6.2.1) À medida que os mais experientes e provados membros dessas famílias mostram o seu valor, aí eles são chamados a compor o senado, que é a reunião de todas as famílias reinantes de todas as cidades do império, pois é ali que se reúnem todos os chefes de família para discutir o bem comum do império. 

6.2.2) Afinal, o senado é o plenário, cujo todo transcende a soma de todas as partes. Lá estão reunidas pessoas experimentadas e plenamente capacitadas, pessoas sui iuris, seniores que ainda estão lúcidos, que ainda não sofrem de nenhuma doença degenerativa relativa à idade avançada, como o mal de  Alzheimer ou outras doenças afins. Só por conta disso, essas pessoas são dignas de admiração de todo o povo, pois elas têm muito a contribuir com o império em razão de sua valiosa experiência de muitos anos de vida pública (civil e militar). É a prefiguração do Conselho de Estado, órgão auxiliar do Poder Moderador do Império do Brasil.

7.1) Se formos levar em conta todo este background que observei no jogo Old World, a verdade é que não temos mais senado, uma vez que não temos nobreza. 

7.2) Como a opinião do sábio tem o mesmo peso que a opinião do ignorante, então só os piores são eleitos, visto que a quantidade de votos, e não os motivos determinantes do voto, é que determinam quem é mais votado. Por essa razão, o título de senador hoje é um título nominal, pois o que temos é um deputado de duas legislaturas, um superdeputado.

7.3) Muita gente, hoje em dia, condena o uso de dinheiro para se obter favores políticos, mas ele é preciso, pois você precisa dele para patrocinar as causas dos políticos mais virtuosos. Essa gente virtuosa precisa ficar devedora dos seus favores - do contrário, seremos obrigados a lidar com políticos maus, que devem favores a essa gente nefasta que promove a nova ordem mundial. 

7.4) O verdadeiro cerne da corrupção é este: o uso do dinheiro para patrocinar os maus, os inimigos dos valores cristãos. O uso do dinheiro para fomentar tirania levará certamente à cobrança de impostos, cujo dinheiro será aplicado em fins inúteis, questionáveis. E isso é usura, já que isso não atende aos interesses do bem comum.  

8.1) Antes mesmo de surgir uma classe ociosa que vive à custa desse dinheiro, os primeiros cidadãos das cidades-Estado eram excelentes artesãos, excelentes ferreiros, excelentes agricultores, excelentes mercadores ou mesmo campeões (soldados de elite).

8.2) Numa ordem social fundada na excelência, o estrato inferior tende a imitar o estrato superior. Se os melhores eram artesãos, a cidade inteira vai se notabilizar pelos seus artesãos, pois a família reinante é uma família de artesãos; se a família reinante fosse de ferreiros, a cidade se notabilizaria por seus ferreiros e assim sucessivamente. 

8.3) Como a autoridade do príncipe, do primeiro cidadão da cidade, tende a aperfeiçoar a liberdade de muitos, era muito comum haver uma associação de caráter público entre os príncipes e os cidadãos de modo a ensinarem a profissão e a se ajudarem mutuamente, já que a profissão se tornou tanto um estilo de vida quanto uma forma de se ganhar o pão de cada dia, uma forma de santificação através do trabalho. As guildas nasceram dessa associação, já que isso era voltado para o bem comum, já que a liberdade de bem servir estava associada à justiça, à idéia servir bem ao necessitado sem aviltá-lo, tal como faríamos se víssemos o Cristo necessitado nos consumidores.

8.4.1) À medida que havia uma maior integração das cidades comandadas pelas diferentes famílias de oligarcas por meio do comércio, os cidadãos das diferentes classes se misturavam entre si, por meio de casamentos interclasses, já que as diferentes famílias de primeiros cidadãos também se casavam desse modo. 

8.4.2) Logo, um novo princípio de governo surgiu: o do bem comum, o da concórdia entre as classes. Eis aí que a monarquia de caráter familiar passou a ganhar um contorno mais republicano e mais universalizante, a ponto de que nenhum homem podia ser escravo de outro homem. Novos gênios surgiriam, pois os filhos dessas uniões interclasses descobririam novos caminhos a partir do conhecimento reunido dos caminhos de vida tanto do pai quanto da mãe. Quanto mais variedade de caminhos, mais conhecimento, mais verdades conhecidas poderiam ser conhecidas e armazenadas ao longo das gerações a ponto de serem cada vez mais obedecidas e observadas, a ponto de isso apontar para a conformidade com o Todo que vem de Deus. Eis a tradição.

8.4.3) A partir do momento em que a nobreza foi aperfeiçoada, a ponto de surgir uma geração de polímatas, começou a surgir uma profusão de polímatas em todas as cidades, entre os cidadãos comuns, sem título de nobreza. Não foi à toa que Roma, um dos berços do mundo antigo, foi o berço dessa cosmologia cosmopolita - e foi nessa cosmologia que se deu o ponto mais alto da história da civilização humana, em termos de cultura e técnica. Ela levaria certamente ao Renascimento do mundo antigo se não fosse adotado como moda um novo tipo de paganismo, o que desgraçou o mundo inteiro. E é esse paganismo o germe do liberalismo, essa ideologia satânica.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de dezembro de 2020 (data da postagem original).

Rio de Janeiro, 18 de janeiro de 2021 (data da postagem atualizada).

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Ainda se ouvem os ecos da Marselhesa - em memória das vítimas de 14 de julho de 1789

Faço minhas as palavras de meu colega Tiago Cabral Barreira - e as publico aqui, na íntegra.

"Faz exatos 222 anos, no dia 14 de Julho de 1789,  em que se deu início a desordem revolucionária, a anarquia institucional, o desrespeito sistemático e premeditado dos valores éticos e morais mais caros ao ser humano. Chegou-se o dia em que um grupo de iluminados, na crença de se julgarem superiores ao resto da humanidade e moralmente capazes de guiá-los, de modo a mudar a sua natureza humana, a partir de teorias obscuras e abstratas, incitou a população a se rebelar contra a tradição, contra os costumes, contra a religião, contra o indivíduo e contra as suas responsabilidades morais, enquanto membros do povo - a Queda da Bastilha pode ser lembrada como um início de um longo e contínuo ciclo de descapitalização moral que assola até hoje o Ocidente, cujos desdobramentos, ao longo dos séculos que se seguiram, gerou discípulos que se rivalizam até hoje entre si pelo processo de tomada do poder, mas que carregam a essência da mentalidade de 1789 . Essas facções se odeiam entre si, mas fazem parte de um todo maior, pois cada uma delas reivindica para si  a pecha da ortodoxia revolucionária, artificiosa e antinatural por si mesma. Em outras palavras, elas querem dominar o mundo.

Essas ideologias, esses discípulos da Revolução Francesa -  nacionalismo, socialismo, positivismo, fascismo e nazismo - por mais que sejam ideologias distintas, cada uma com seus métodos próprios de tomada do poder por meio da ação revolucionária, todas elas apresentam algo em comum: simpatizam com o que aconteceu em 14 de Julho. Por causa dessa simpatia, Eesa Revolução se alastrarou pelos 5 continentes - e em 2 séculos, ela produziu uma carnificina nunca antes vista na história da humanidade. Ensinou países a relativizarem princípios morais inquestionáveis, decorrentes da verdade revelada; a zombarem do passado do qual antes se orgulhavam - e a idolatrar um futuro ilusório, que nunca chegará porque se adia por si mesmo, por ser uma promessa vazia e vã, tal qual a promessa de um político, quando pede voto ao seu eleitor.

Por mais irônico que isso pareça, o iluminismo, que pregava o avanço da civilização, acabou sendo combatido nos países mais avançados e civilizados do mundo, e acabou sendo relegado a regiões periféricas e incultas do planeta, dando causa à descolonização dos continentes americano, africano e asiático, ao longo dos séculos XIX e XX. O efeito nefasto dessa Revolução, dessa falsa crença importada, levou essas regiões a uma explosão de instabilidade política e econômica, marcando a perpetuação de um ciclo vicioso de subdesenvolvimento e de degradação - tão nefasfo foi esse efeito que até mesmo certos países, antes tidos como economicamente avançados, como a Argentina, ou politicamente estáveis, como o Brasil, cairiam na destruição, e hoje vivem dias cada vez mais distantes da vida civilizada.

Por isso, o dia de hoje é um dia de luto, em prol das vítimas da Revolução de 14 de Julho."

Para quem ainda idolatra esse falso ilusório, eis aqui uma brilhante aula de Orlando Fedeli sobre esse crime contra a humanidade, essa revolução contra Deus chamada Revolução Francesa - Napoleão é a síntese perfeita desse crime nefasto que ela foi: um tremendo de um anticristo, tal como foi Hiter, Marx e outros tantos cujas idéias derivam diretamente dessas nulidades.