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domingo, 12 de novembro de 2017

O todo é maior do que a soma das partes - porque nacionidade não é metanacionalidade?

1.1) Aristóteles dizia que o todo é maior do que a soma da partes.

1.2) A maior prova disso é que, quando tomamos dois ou mais países como um mesmo lar em Cristo, uma cultura nova é formada a partir do casamento das virtudes de uma cultura com as virtudes da outra - e essas virtudes tendem a curar os vícios de uma cultura local, uma vez que o verdadeiro amor se funda no fato de se amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

1.3) Assim como homem e mulher são complementares, as culturas são complementares: uma mulher que toma a Polônia como um lar em Cristo não é como uma mulher do Brasil, filha de militar e que toma o país como se fosse religião - e isso pode fazer dessa mulher da Polônia um perfeito complemento para um homem do Brasil que toma o país como um lar por força daquilo que houve em Ourique, uma vez que ele não tem os vícios daqueles que tomam o Brasil como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele - coisa que caracterizaria apatria, uma vez que o vínculo com o governo que rege esta terra, construído a partir da mentira armada para se romper com Portugal e com aquilo que se fundou em Ourique, é voltado para o nada.

2.1) Quando dois ou mais países são tomados como se fossem um lar em Cristo, a cultura que o Brasil tinha por força do que houve em Ourique é resgatada e reconstituída, assim como a cultura da Polônia tomada como um lar em Cristo é preservada como parte de memória da família, principalmente no que tange aos mortos dessa família serem sistematicamente lembrados, por terem agido com santidade, em relação a esta nobre causa.

2.2) É por essa razão que esse todo virtuoso não elimina as partes, que permanecem vivas. E é dentro do âmbito da família que toma dois ou mais países como um mesmo lar em Cristo que essa nova realidade é trabalhada e distribuída de modo a atingir aos semelhantes que se encontram na mesma mesa, na mesma vizinhança, na mesma paróquia, na mesma cidade, na mesma região ou mesmo na mesma província.

2.3.1) Quanto mais virtuosa e influente for esta família, maior a força do exemplo e maior a necessidade de tomar esses dois ou mais países como um mesmo lar em Cristo, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.3.2) Acredito que dessa forma as pessoas não enxergarão o outro, o espelho de seu próprio eu, como uma imagem distorcida, a ponto de gerar independentismos ideológicos, tal como estamos vendo na Catalunha (ou no caso do Sul é o meu país).

3.1) É por essa razão que nacionidade não é metanacionalidade.

3.2.1) O problema do conceito de metanacionalidade é que ele parte sempre do pressuposto de que o Estado é sempre o problema, dado que este é tomado como se fosse religião, quando busca seu fim, sua sustentação ideológica, nele mesmo, independente das virtudes de outros povos, da legitimidade popular dos que tomam o país como um lar em Cristo ou mesmo da ajuda de Deus e de seu corpo intermediário maior, a Igreja Católica.

3.2.2) Como o Estado é sempre o problema, buscam acordos de livre comércio de modo a dissolver a soberania dos Estados e criar algo maior, a partir do multiculturalismo forjado a partir disso: a nova ordem mundial. Se as nações são dissolvidas, então o passado é todo apagado - o que é um crime.

3.3.1) É do relativismo moral e cultural - fundado no fato de que todo mundo têm direito à verdade que quiser, ainda que conservando o que é conveniente e dissociado da verdade - que temos esse genocídio cultural sistemático, feito especialmente para destruir a cultura ocidental e cristã, inviabilizando que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo.

3.3.2) E se o país não pode ser tomado dessa forma, então a família será a abolida, dado que não haverá mais referência à Sagrada Família de Nazaré a ser imitada ou ao amor que Cristo teve em relação à sua Igreja, coisa que os dois novos devem imitar na constância do casamento.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de novembro de 2017.

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