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quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Notas sobre nacionalismo e sobre as conseqüências da afirmação de Camus

1.1) Se Descartes estabeleceu a dúvida como o primeiro conceito, a primeira verdade, Camus foi mais longe, ao estabelecer o primeiro conceito, a primeira verdade, no absurdo.

1.2) O absurdo é a ação afirmativa do que conserva o que é conveniente e dissociado da verdade,uma vez que é a dúvida alimentada à base de Leite Ninho e evoluindo à maneira darwiniana, a ponto de praticar darwinismo social, coisa essencialmente revolucionária.

2.1) Quem já duvida do fato de que o verbo se fez carne e passou a fazer santa habitação em nós já está conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, a tal ponto de que perderá tudo exceto a razão, a ponto de estar em conformidade com o Todo daquilo que vem de Camus, o que é um absurdo.

2.2) Se o absurdo é a primeira verdade, então o país tomado como se fosse religião - em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele - começa na falsa alegação de que o Brasil foi colônia de Portugal, a ponto de justificar o ato de apatria praticado por D. Pedro como se fosse um ato de independência, baseado na mais pura fraude, ainda por meio de ilegalidades administrativas. E quanto mais o tempo passa, maior a loucura fundada no fato de conservar esse fato conveniente e dissociado da verdade. E neste ponto, os nossos historiadores estão em conformidade com o Todo que vem de Camus, a ponto de fazerem do nacionalismo uma verdadeira neurose, uma caricatura insincera da realidade. E nesse ponto, Kujawski - em seu livro A Pátria Descoberta - tem toda a razão.

2.3) O absurdo já chegou num caminho sem volta, pois não há "primeiras verdades" a serem criadas, que hoje chamados de "pós-verdade". Não há mais como mentir, pois a historiografia da justificação já chegou num beco sem saída.

3.1) Cristo, o verbo que fez carne, disse que os últimos serão os primeiros.

3.2) Todo aquele que foi preterido e humilhado por tomar o país como um lar em Cristo - apesar da República e do ato de apatria do Príncipe-Regente, que rompeu com aquilo que decorreu de Ourique - será elevado, pois foram os escolhidos por Deus para servirem de exemplo da realidade que será restaurada, fundada na missão de servirmos a Ele em terras distantes.

3.3) Enfim, como disse Nossa Senhora, o Sagrado Coração - causa que faz o país ser tomado como um lar em Cristo - triunfará.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de novembro de 2017.

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