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sábado, 7 de outubro de 2017

Não é com materialismo econômico puro que se faz o país ser tomado como um lar. A opulência e o hedonismo não passam de ilusão

1) As alegações dos separatistas se fundam em um único motivo: materialismo econômico puro. Se esse é o fundamento para a separação, então esse argumento é muito fraquinho, pois se funda numa única causa. E tudo que se funda numa única causa leva a liberdade a ser servida com fins vazios.

2) Países comunistas são pobres justamente porque o povo pensa com o bolso e não nas virtudes cívicas que fazem o país ser tomado como um lar em Cristo. Não é à toa que a classe mercantil na Roma Antiga era considerada uma classe marginal, uma vez que a concupiscência promovida pelo capitalismo faz as pessoas servirem ao dinheiro e não ao Deus verdadeiro, que se funda na benevolência.

3) Se a riqueza é vista como sinal de salvação, então o país será tomado como se fosse religião a partir da ilusão de que todos devem ser ricos. E não é à toa que a economia de concupiscência leva ao totalitarismo - eis o fundamento da liberdade voltada para o nada.

4.1) Numa economia de mercado, fundada no fato de as pessoas amarem e rejeitarem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, a economia é de benevolência, o fundamento da cooperação. Se presto um serviço a você porque vejo Cristo em sua pessoa, então o Deus que há em você usará de suas mãos de modo a retribuir imensamente o favor que eu te prestei. Mais do que gratidão, sou obrigado por força da lei que se na carne a retribuir de maneira justa o favor que me foi prestado.

4.2) Se as pessoas se encontram no mercado e possuem idem velle e idem nolle, então o dinheiro será usado como um instrumento para que se promova o bem comum, de modo que o país seja tomada como um lar em Cristo. Será um instrumento de evangelização, por força daquilo que se fundou em Ourique, pois o Império Português era um império de cultura e não um império de domínio, tal como esta república que nos domina. É por conta disso que não há capitalismo no distributivismo, mas capitalização moral e prosperidade material.

5) Nenhum país é fundado puramente em base materiais. Para se tomar o país como um lar é preciso haver um mitologema, um fato gerador que leve às pessoas se lembrarem constantemente de algo que não seja esquecido. E o fato gerador é o Milagre de Ourique. E é isso que nos mantém unidos, pois amamos e rejeitamos as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus - e isso se mantém vivo, apesar desta república. Todos aqueles que negam as nossas fundações precisam ser tratados como apátridas, posto que fomentam divisão. Sejam essas divisões espirituais ou políticas, toda tentativa de romper a aliança do altar com o trono precisa ser combatida.

6) É por essa razão que o argumento do separatismo é vazio. Já tivemos um precedente em 1822 - e isso não será repetido. Com os ensinamentos do professor Loryel Rocha, o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves será restaurado. E esses separatistas serão lembrados como os seres mais desprezíveis que já nasceram nesta terra, no sentido biológico do termo - por isso mesmo, apátridas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de outubro de 2017.

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