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terça-feira, 31 de outubro de 2017

Por que não se deve debater com qualquer aventureiro petulante na rede social?

1) Para eu debater com alguém, eu preciso levar em conta que meu adversário é honesto, quando se trata de buscar a verdade, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

2) Quando o sujeito defende coisas fundadas no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, e é obstinado nessa pretensão, é conveniente que não sejam atiradas pérolas aos porcos. A mera presença neste debate já é derrota automática.

3) Se o sujeito é um neófito neste assunto e adere ao conservantismo por ingenuidade, então é preciso agir com caridade e debater com ele de modo que o erro seja trocado pelo que é certo, conforme o Todo que vem de Deus.

4) O que move um debate é o fato de que você conhece a pessoa com a qual você vai debater, uma vez que ela ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo até prova em contrário.

5) Tirando o professor Olavo, o professor Loryel e o professor Carlos Nougué, cujos pensamentos estou mais ou menos familiarizado, não aceito debater com qualquer aventureiro da internet, pois essa gente só sabe conservar o que é conveniente e dissociado, na sua forma mais obstinada. Para esses casos, a solução é a espada, pois herege deve combatido dessa forma. Não vejo outra solução para esses casos do que uma santa cruzada contra os libertários-conservantistas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de outubro de 2017.

Notas sobre o que é subjetividade

1) Subjetividade é fazer da sujeição à lei uma atividade organizada de modo que a pessoa seja livre em Cristo. Como Cristo é a verdade em pessoa, então quem O imita é livre verdadeiramente falando, objetivamente falando.

2) Como devemos tomar o país como um lar em Cristo, organizar uma atividade econômica organizada de tal maneira a servir aos irmãos necessitados, uma vez que devemos ver neles a figura do Cristo necessitado, é estar sujeito sistematicamente à lei natural que se dá na carne e dar pleno cumprimento a ela, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Se a pessoa é sujeita às leis de uma liberdade voltada para o nada, fundada no fato de que devemos conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, então a sujeição às leis do demiurgo tendem à barbárie. E como buscar liberdade fora da liberdade em Cristo é ilusão, então sujeitar-se às falsas leis dos falsos deuses dos pagãos é voltar aos tempos da escravidão.

4) Por isso a ordem livre em Cristo, fundada na verdade, não se confunde com a ordem livre fundada no fato de se buscar a liberdade fora da liberdade em Cristo, uma vez que o verdadeiro liberalismo não é libertarismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de outubro de 2017.

Notas sobre ergonomia e praxeologia

1) Ergonomia é o estudo da organização do trabalho de tal maneira que uma vocação possa melhor ser aproveitada para atender às necessidades salvíficas da Criação. E atender aos irmãos necessitados por meio do trabalho honesto e santificado é uma escola de nacionidade, pois a pessoa deixa um caminho de vida que nos leva a tomar o país como um lar em Cristo, o que nos prepara para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu. E quanto mais pessoas escolherem seguir este caminho, mais este exemplo, esta história de vida, este tesouro de vida é distribuído sistematicamente, uma vez que esta riqueza não se esgota, uma vez que Deus veio para trazer a vida e vida em abundância.

2.1) Para cada dia do ano, para cada época do ano há sempre um propósito - e esse propósito se funda na conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.2) Para o dia de sol, há uma atividade que deve ser feita com bom propósito; se houver chuva, uma outra atividade deve ser feita no lugar daquela que deve ser feita em dia de sol, coisa que não pode ser feita no momento. Para os dias de muito calor, há coisas que podem e precisam ser feitas neste tempo favorável; para os dias de muito frio, há certas coisas que podem ser feitas neste tempo propício. Enfim, os fins dos tempos são múltiplos - e o manejo dessas circunstâncias precisa ser feito de modo a garantir a integridade do sim daquele que serve aos outros que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento de modo a se ter o pão de cada dia na mesa. As tribulações são enormes - e fazer do sim um sim e do seu não um não precisa resistir ao teste do tempo de modo que o sagrado ofício seja um caminho santo.

3.1) Se quem serve aos semelhantes em Cristo achar conveniente e oportuno servir a mais clientes, ele vai buscar uma forma de fazer esse trabalho mais bem produtivo e mais organizado para quem bate a sua porta, necessitado de seus serviços;

3.2) Melhorar a organização do trabalho de modo a este ser mais produtivo e útil a quem necessita de seus serviços deve ser visto não como um fim em si mesmo, mas com o propósito de que a vida deve ser vivida de maneira melhor, de modo que as pessoas tenham mais tempo para Deus. Se a inovação for buscada como um fim em si mesmo, a organização do trabalho será voltada para o nada, uma vez que a organização do trabalho será usada de tal modo a se angariar riqueza, que é vista como um sinal de salvação, num mundo dividido entre eleitos e condenados.

3.3.1) Se a ciência nos conduz à verdade, àquilo que é fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus, a organização do trabalho deve ser buscada de tal modo que as pessoas possam melhor aproveitar seu tempo servindo a Deus e a todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento em outros aspectos que não o da produção de riquezas.

3.3.2) Afinal, um único indivíduo tem múltiplas facetas em sua personalidade: podemos encontrar nele não só a faceta do pai de família, mas também a do escritor, a do fotógrafo, mas também a do amigo e irmão em Cristo. Quanto mais tetraédrica for a sua personalidade, mais virtuoso será o seu caminho de vida, uma vez que o tetraedro é a figura geométrica mais estável conhecida, uma vez que a estabilidade indica uma firmeza no caráter, pois o sim será um sim e um não será um não, imitando Jesus Cristo neste aspecto.
José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de outubro de 2017.

Mises dizia que no estudo da ação humana o sol é preferível à chuva - notas sobre o significado do sol para cada classe profissional objetivamente falando: o caso da lavadeira e do fotógrafo

1) Assim como o americano tem o hábito de ver a previsão do tempo e poder planejar uma ação útil para o dia que virá, aqui em casa nós também temos o mesmo hábito.

2) Enquanto minha mãe vê quais são os dias de sol de modo a poder lavar as roupas e secá-las no varal, eu vejo quais são os dias de sol de modo a tirar fotos de boa qualidade, uma vez que trabalho com digitalização de textos.

3.1) Enfim, para cada classe profissional, uma circunstância. Para a lavadeira, que serve a todos os necessitados por roupas limpas, o sol ajuda a secar a roupa após esta ficar bem limpa, o que permite atender a mais clientes para um mesmo dia de trabalho; para o fotógrafo, o sol permite a produção de fotos de boa qualidade - e o serviço de fotografia costuma ser remunerado pela qualidade das fotos tiradas.

3.2) Embora o sol objetivamente marque o dia separado da noite, para cada classe profissional que honestamente serve aos irmãos necessitados este pode ter múltiplas utilidades, dependendo das circunstâncias em que se realiza uma atividade econômica organizada. Não é algo de todo subjetivo, uma vez que servir ao irmão necessitado tendo por Cristo fundamento não é interesse egoísta, mas altruísta - trata-se de uma particularidade, de uma circunstância de vida que se dá por força de vivê-la servindo aos irmãos naquilo que temos de melhor. E como diz Ortega y Gasset, o indivíduo é o que é por conta das circunstâncias em que se dá a sua vida - e para viver a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus, ele precisa manejar essas circunstâncias, ainda que desfavoráveis, de modo que diga sim a Deus por meio das virtudes - e a atividade econômica organizada por meio do trabalho é um desses caminhos, pois a pessoa precisa reabsorver essas circunstâncias de modo a ser útil a todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento de tal maneira que o país seja tomado como se fosse um lar n'Ele, por Ele e para Ele.

4.2) A particularidade das circunstâncias é um desdobramento da verdade geral de que todos devemos ser santos através do trabalho, permitindo que um caminho de santidade, uma história de vida particular, possa ser contada a partir do fato de se melhor servir a quem ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, fazendo o que o país seja tomado como um lar em Cristo mais facilmente - o que nos prepara para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de outubro de 2017.

Para empreender, as pessoas precisam ser proprietárias dos próprios instrumentos de trabalho, uma vez que esses instrumentos tendem a se autopagar, por conta da atividade econômica organizada

1) Para um escritor, o computador em que ele escreve seus textos e os livros necessários para que ele possa fazer reflexões sérias e necessárias, fundadas conformidade com o Todo que vem de Deus, tendem a seu autopagar. Da mesma forma, se o taxista compra um carro e o usa para ganhar o seu dinheiro, então o carro usado tende a se autopagar.

2) Se as pessoas fossem donas dos seus instrumentos de trabalho, com estes instrumentos elas vão obtendo todas as coisas necessárias de modo a não somente sustentar as suas respectivas famílias como também a fazerem o aperfeiçoamento da organização de seus próprios negócios.

3.1) Quando aqueles que servem ao irmão necessitado conseguem estabelecer atividades econômicas organizadas, os que estão sujeitos à autoridade e proteção desses empreendedores recebem por empréstimo os instrumentos necessários para poderem colaborar com essas empresas, com essas de seus respectivos chefes - obras essas de boa qualidade, que serão levadas em conta para a vida eterna.

3.2) Se os empregados se mostrarem honestos e confiáveis, os bens que se autopagam não só beneficiarão as respectivas empresas mas também a todos os colaboradores dessas empresas, por extensão. E de tanto servirem em confiança a seus respectivos patrões que os empregados são promovidos a sócios, de tal maneira que os bens que foram a eles confiados à administração e zelo passam a ser próprios - ou seja, o empréstimo se desdobra numa doação com encargo, numa alienação fiduciária cuja sucessão se funda na confiança. Dessa forma, os poderes de usar, gozar e dispor, bem como a capacidade de exercê-los responsavelmente, tendem a ser distribuídos a outras pessoas de tal maneira que os empregados estabeleçam suas próprias atividades econômicas organizadas de modo a completar os negócios de seus respectivos chefes, colaborando com eles no que mais necessitarem, mantendo com essas pessoas vínculos de lealdade, tal como uma cidade recém-fundada mantém em relação a uma cidade mais antiga.

4) O povoamento de uma cidade, feita de tal maneira para que seja tomada como se fosse um lar em Cristo, pede que a colaboração seja feita sistemática, partindo do fundamento de que empregado e patrão se olhem uns nos outros amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

José Octavio Dettmamn

Rio de Janeiro, 31 de outubro de 2017.

A bruxa está solta - notas sobre pós-verdade e pós-nação

1.1) Tomar o país como um lar em Cristo implica levar em conta que Cristo é a verdade em pessoa.

1.2) Sendo Ele Deus feito homem, a face visível de um Deus invisível, isso faz d'Ele necessariamente o primeiro cidadão de um país que deseja ser livre n'Ele, para Ele e por Ele.

1.3) Por isso, todo soberano que rege seu povo na conformidade com o Todo que vem de Deus precisa necessariamente imitá-lo. Só assim o senso de tomar o país como se fosse um lar em Cristo passa a estender esse vínculo para os vassalos que governam o país em nome de Cristo, a ponto de gerar nacionalidade desde a nacionidade, uma vez que acessório segue a sorte do principal.

2.1) Os modernistas criaram o conceito de pós-verdade.

2.2) Para fazer isso, precisaram descristianizar nações inteiras a tal ponto que os países precisam ser tomados como se fossem religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele.

2.3.1) Como também são darwinianos socialmente falando, eles também criaram o conceito de pós-nação, um desdobramento mais radical da pós-verdade.

2.3.2) As antigas soberanias nacionais vão sendo diluídas de modo a formar uma nova ordem mundo social, criando a ilusão de que todos os homens do mundo são eleitos, por terem nascido livres e por terem sido criados iguais, uma vez que o pacifismo e o Estado Democrático de Direito em escala global se tornaram o norte de todas as coisas. Eis aí a Cosmópolis, a nova ágora monumental formada em torno da ONU - um verdadeiro inferno.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de outubro de 2017.

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Como a cosmologia protestante de dividir o mundo entre eleitos e condenados alimentou tanto o liberalismo quanto o marxismo e a visão da Nova Ordem Mundial?

1.1) Numa sociedade dividida entre eleitos e condenados, em que a riqueza é vista como um sinal de salvação, somente os eleitos têm o direito de usar, gozar e dispor.

1.2) E como se não bastasse, somente os eleitos têm o direito natural de ter uma família, ao passo que os condenados não têm direito a nada, uma vez que eles são escravos dos eleitos. E esses escravos podem ser criados em laboratório, visto que escravo não tem família, nem se reproduz.

2.1) Só um Deus do mal é que dividiria a sociedade entre eleitos e condenados de antemão, de maneira predestinada. A única maneira de os condenados se libertarem desse determinismo é libertando as almas dos seus corpos, o que caracterizaria uma gnose.

2.2) Não é à toa que o protestantismo é gnóstico. E não é à toa que é uma forma sofisticada e mascarada de maniqueísmo, uma vez que Deus do mal (o demiurgo) não existe.

2.3.1) Como bem disse Santo Agostinho, o mal existe por conta da ausência do bem. Se os bons se omitem de fazer o que deve ser feito, que é evangelizar pelo exemplo, então o mal prospera.

2.3.2) O mal prospera no Brasil porque não há um cultivo das virtudes heróicas - se o exemplo dos bons que morreram não é lembrado pela família, então o mal ocupará o espaço.

3.1) A visão marxista precisa necessariamente da cosmologia protestante de um mundo dividido entre eleitos e condenados para poder existir, pois a visão de burgueses e proletários é uma versão materializada, imanentizada dos eleitos e condenados, uma vez que o Estado é tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele.

3.2) Ela nega o Deus de bondade dos cristãos e não nega essa obra do demiurgo, já que ela é conveniente e dissociada para os seus projetos de poder, o que faz com que o marxismo seja necessariamente satanista, pois diabo é o deus do mal, o demiurgo.

4.1) Se a nova ordem mundial precisa do marxismo para prosperar, então ela se alimenta dessa mesma cosmovisão.

4.2) A maior prova disso está no mundo dividido entre nações de primeiro mundo (nações eleitas) e nações de terceiro mundo (nações condenadas). E isso justifica a propaga do erros da Rússia para o mundo a ponto de tudo estar centra no Estado mundial e nada pode estar fora dele ou contra ele.

4.3) Não é à toa que a ONU está criando um projeto de religião global, uma única religião para todos seres humanos no planeta, fundada no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, uma vez que o Deus de bondade dos cristãos está morto, como disse Nietzsche.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de outubro de 2017.

sábado, 28 de outubro de 2017

Se Cristão não pode ser marxista, então isso inclui o fato de que não devemos usar termos marxistas nas encíclicas, como "justiça social" ou "capitalismo"

1) Não adianta só condenar o marxismo, se você não condena a linguagem marxista. "Capitalismo" e "justiça social" são termos marxistas e costumam ser recorrentes em encíclicas. Se a doutrina de Marx et caterva é condenável, a linguagem, seu acessório, deve seguir a sorte do principal.

2) A linguagem marxista é feita de tal modo a ser dúbia, a induzir pessoas de boa-fé ao erro. Desde Pio XII tem sido recorrente usar essa linguagem, uma vez que ela já era de uso corrente, uma vez que não estamos fazendo nosso trabalho de dizer as coisas da maneira correta.

3) Um conteúdo conforme o Todo que vem de Deus pede uma forma canônica de se expressar, de tal modo que deixe transparecer a verdade, pois Jesus é Deus feito homem e é a verdade em pesso. Se o Sumo Pontífice usa linguagem marxista, é como se Cristo estivesse falando em linguagem dúbia, tal como está fazendo o Papa Francisco atualmente - a tal ponto que o verbo deixará de ser carne.

4) Isso vai gerar uma crise do ensinamento ex cathedra, a tal ponto que gerará uma crise de fé, pois a verdade de fé não poderá ser enunciada, por falta de uma linguagem adequada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de outubro de 2017.

Comentários Adicionais:

Sara Rozante: E não só em matéria de economia e sociedade. Até mesmo em encíclicas que falam sobre ciência há uma linguagem inapropriada.

Notas sobre a guerra semântica - o caso dos ensinamentos papais (de Pio XII até Francisco I)

1) Papas desde Pio XII até Francisco I usaram em suas encíclicas termos como "Justiça Social" e "capitalismo", termos esses que são marxistas e não cristãos.

2) Assim como já vi muito despacho com conteúdo de decisão interlocutória, esses termos eram usados de modo a facilitar a evangelização, uma vez que esses termos estavam enraizados na linguagem comum (ou seja, já naquela época havia marxismo cultural). Se os papas não falassem a linguagem corrente, não haveria santo ensinamento. Embora os termos "justiça social" e "capitalismo" fossem termos marxistas, o conteúdo do ensinamento era católico.

3.1) O leitor precisa tomar cuidado com a origem desses termos e dominar a linguagem de modo a trocar esses termos por outros que melhor expressem a realidade passada nos ensinamentos das encíclicas.

3.2) Por exemplo, devemos trocar "capitalismo" por "economia de mercado", uma vez que "capitalismo" traduz a idéia de capital tomado como se fosse religião de tal maneira que a riqueza seja vista como um sinal de salvação. Se a riqueza é um sinal de salvação, emtão ela permite que todos os indivíduos tenham direito a qualquer "verdade" que desejarem, conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, coisa essa que se funda na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.3.1) No caso de "justiça social", há duas construções possíveis: "justiça da sociedade" e "justiça na sociedade".

3.3.2) No primeiro, temos a idéia de autotutela coletiva, ou seja, a noção de que o povo está fazendo justiça com as próprias mãos. E quanto mais democrático for o poder, mais tirânica será essa justiça. Como o Estado representa a coletividade, ele será tomado como se fosse religião - e isso é totalitarismo.

3.3.3) No segundo, nós temos o princípio de que sociedade deve ser vista como um ethos, um ambiente organizado e ordenado onde as pessoas tomam o país como um lar em Cristo sistematicamente, amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. Se há senso de justiça numa sociedade onde todos amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, então há justiça na sociedade. Como isso vem da sociedade cristianizada, então é legítimo, conforme o Todo que vem de Deus.

4.1) Enfim, é preciso se tomar muito cuidado com a guerra semântica que há, principalmente nos ensinamentos dos papas que governaram a Cristandade desde o pós-guerra até a atualidade. 

4.2) Em algum ponto, os ensinamentos serão dúbios, de tal maneira que os cardeais terão de escrever uma dúbia, pedindo esclarecimento acerca de certos ensinamentos contidos nas encíclicas, tal como estão fazendo com o Papa Francisco I no caso da Amoris Laetitia. Isso vai chegar a um ponto em que intenção de ensinar é uma e o termo empregado na encíclica será outro, de tal maneira que o papa estará ensinando uma heresia, se não tiver cuidado. Eis aí a crise do ensinamento ex cathedra, uma vez que os vigários de Cristo não estão fazendo do seu sim um sim e do seu não um não.

José Octavio Dettmann


Capitalismo, metacapitalismo, nacionalidade e metanacionalidade - a Nova Ordem Mundial nasce de uma sucessão de centralismos

1.1) Se no capitalismo a riqueza é vista como um sinal de salvação, então a aplicação extremada desse conceito leva ao monopólio, à concentração dos poderes de usar, gozar e dispor em poucas mãos.

1.2.1) Como a forma originária de aquisição da propriedade se dá pela ocupação dos bens de modo a se produzir algo organizado para atender aos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, os que amam mais o dinheiro do que a Deus estão querendo acabar com a instituição familiar, de modo a concentrar mais bens ainda em cada vez menos mãos.

1.2.2) É da família que vem a sucessão - assim, bens adquiridos por força do exercício de uma atividade econômica organizada podem ser legados aos descendentes e a atividade benevolente de servir ao próximo de modo a se ter o pão de cada acaba se perpetuando no tempo e no espaço, de modo a se criar uma tradição, assim como uma estirpe, uma personalidade constante entre diferentes gerações de uma mesma família de modo a se amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento e não aceitar nenhum domínio tirânico fundado no amor de si, na exploração do homem pelo homem. E é dentro da estirpe bem formada que vem os homens com alma livre, por terem personalidades bem formadas desde o berço.

2.1) Como já existe entre nós uma cultura de que a riqueza é vista como um sinal de salvação, então os metacapitalistas precisarão de um Estado tomado como se fosse religião de modo que toda e qualquer contestação a este tipo de domínio seja fortemente reprimida. E a nacionalidade implica ter relações jurídicas com esse Estado de tal modo que a pessoa seja vista como propriedade desse governo totalitário, como se fosse seu escravo, uma vez que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele.

2.2.1) Uma vez que a noção de verdade vai sendo dissolvida no relativismo cultural e religioso, a noção de família sendo progressivamente abolida junto.

2.2.2) Com a abolição da família, também são abolidos os marcos que estabelecem as fronteiras que separam a propriedade pública e e a privada privada, cirando uma verdadeira confusão no microdireito. Ao mesmo tempo, isso também cria uma verdadeira confusão no Direito Internacional Público, o macrodireito, de modo que Estados são fundidos e soberanias terminam extintas para darem a uma Nova Ordem Mundial, comandada por um governo central, a Organização das Nações Unidas.

2.2.3) Eis aí o fenômeno da metanacionalidade, em que vários povos, das mais diferentes origens, são regidos por um direito supranacional, decorrente de um órgão, como vemos na União Européia, de tenta dominar vários povos e interferir nas mais variadas legislações nacionais desde Bruxelas.
2.2.4) Na metanacionalidade, a Europa é tomada como se fosse religião de tal maneira que já não existe mais português, polonês ou espanhol - todos são reduzidos a europeus, uma vez que a dissolução da família leva a dissolução do senso de se tomar um país como um lar, o que leva à dissolução da identidade nacional, do jeito de ser que diferencia um povo e outro. No lugar das diferenças culturais, surge toda uma cultura de massa que padroniza comportamentos, emburrecendo em massa as pessoas.

3.1) Enfim, onde se ama mais o dinheiro do que a Deus, é inevitável uma centralização política, sob o respaldo do poder econômico.

3.2) As monarquias absolutistas, que fundaram Igrejas Nacionais, nasceram da parceira dos reis com os mercadores que desejavam um padrão de pesos e medidas de modo que o comércio fosse facilitado.

3.3.1) Com o tempo, com o amor ao dinheiro se intensificando, as diferenças entre as línguas e culturas tornaram-se um entrave para esses seres gananciosos - e a Nova Ordem Mundial é a radicalização desse processo que começou como uma reação ao feudalismo, coisa que se iniciou desde o advento do renascimento comercial, da passagem da Idade Média para a Renascença.

3.3.2) Neste ponto o pensador Bertrand de Juvenel está correto: quanto maior a concentração do poder, maior o arbítrio. E isso se dá por meio da concentração dos poderes de usar, gozar e dispor em poucas de tal modo que a fronteira entre a propriedade pública e a propriedade privadas sejam dissolvidas, por conta de se promover uma cultura em que a riqueza é um sinal de salvação e que o Estado é tomado como se fosse religião, de modo a matar a fé verdadeira, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, o que edifica liberdade com fins vazios.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de outubro de 2017 (data da postagem original).

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Ad Iesu per Mariam - para restaurar o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, recorramos a intercessão de São João Paulo II, a D. Afonso Henriques e à Virgem Maria (sob o título de Nossa Senhora de Fátima)

1) Se Cristo nos mandou servir a Cristo em terras distantes, uma das melhores maneiras é rezando o santo rosário pela restauração do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Se os poloneses já montaram o seu exército do rosário, por que não nós também?

2) Ao milagre de Fátima podemos emendar o milagre de Ourique. Se ninguém vai ao Pai senão pelo Filho, então ninguém vai ao Filho senão por sua mãe, a Virgem Maria (ad Iesu per Mariam).

3) Quando rezo pela restauração do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, eu peço a intercessão de Nossa Senhora de Fátima, de São João Paulo II e de D. Afonso Henriques.

4) É por tomar o país como um lar em Cristo que aumento minha fé. Pelo menos, é como ajo quando rezo o terço.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de outubro de 2017.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

A natureza do valor das coisas atende tanto a critérios obejtivos, fundados na verdade em Cristo, quanto subjetivos, pautados numa escolha consciente e responsável

1.1) Antes do advento da Escola Austríaca, a teoria do valor era objetiva, pautada no valor do custo e do tempo gasto em trabalho para se fazer alguma coisa útil.

1.2) O problema do preço do custo é que estava pautado num preço regulado numa regra de direito cuja decisão de seu preço dependia da discricionariedade e do senso de conveniência e oportunidade do príncipe.

1.3.1) Como naqueles tempos já havia se tornado uma realidade o princípio do equilíbrio nas Relações Internacionais (Um Príncipe, Uma Religião, segundo Lutero), as regulações eram voltadas para o nada - o que criava um sério entrave à liberdade, uma vez que os príncipes eram governantes absolutistas que governavam nem sempre de maneira sensata. 

1.3.2) Era essa a pretensa razão pela qual os liberais lutavam contra a monarquia, pois esses entraves se davam mais por influência da religião católica, uma vez que queriam libertar seus países da liberdade em Cristo de modo que o Estado por si só fosse declarado religião. Eis aí a religião da razão de Estado em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra, levando-nos a um relativismo moral. É dessa liberdade voltada para o nada que vem o subjetivismo - e com ela, o totalitarismo.

2.1) Com o advento da Revolução Francesa e da Segunda Revolução Industrial (anos 1860 a 1870), surgiu-se a concepção de que o valor não pode ser separado da utilidade, da satisfação das necessidades humanas. E neste ponto, surgiu a teoria subjetiva do valor.

2.2) O problema da teoria subjetiva do valor é que o homem é tomado como a medida de todas as coisas - e neste ponto, todo mundo tem direito à verdade que quiser, ainda que conservando o que é conveniente e dissociado da verdade. Tanto os desejos ordenados quanto os desordenados devem ser satisfeitos, já que para o liberal (libertário-conservantista, como eu chamo) não é conveniente fazer juízos de valor a respeito daquilo que é justo ou injusto, uma vez que a riqueza é um sinal de salvação e todos a almejam. E neste ponto, o desejo desordenado leva ao consumismo, a uma ilusão de progresso, pois as pessoas perderam tudo, exceto a razão pela qual elas querem o errado ao invés do certo, dado que querem presentes, em vez de bens futuros.

3.1) Acredito que o valor de um bem se pauta tanto em critérios objetivos quanto também critérios subjetivos, desde que os desejos que norteiam uma boa escolah sejam ordenados em fé reta, vida reta e consciência reta. 

3.2.1) Como a produção de riquezas deve ser direcionada para a promoção do bem comum de modo a tomarmos o país como se fosse um lar em Cristo e assim nos prepararmos a pátria definitiva, a qual se dá no Céu, a produção de riquezas deve pautada em bens concretos e não em bens imaginários - fundados em desejos desordenados, frutos do fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. Esses bens concretos satisfazem as necessidades humanas e espirituais, uma vez que o homem não só se alimenta de pão mas também da palavra de Deus. Por isso mesmo, o valor das coisas é objetivo.

3.2.2) Além disso, como os soberanos são vassalos escolhidos por Deus ou por intermédio da Igreja de modo a servirem aos povos que crêem n'Ele, então eles servem a Deus tanto dentro dos domínios de sua terra quanto em terras distantes, caso recebam um chamado que nem aquele que o Crucificado de Ourique fez a D. Afonso Henriques. Para que uma nação receba tão importante missão em Cristo, essa nação precisa ser devota de tal maneira que isso agrade e muito ao Senhor, a ponto de fazer da intercessão à Santa Mãe de Deus causa de nacionidade, tal como ocorre na Polônia. 

3.2.3) Neste sentido, a autoridade do soberano aperfeiçoa à liberdade em Cristo, uma vez que as leis do Reino não trairão às leis naturais fundadas na conformidade com o Todo que vem de Deus, pois o verbo se fez carne e passou a habitar em nós de tal maneira que o Espírito Santo é nosso guia de modo a cumprirmos a lei mosaica fielmente.

4.1) Dentro dessas leis que aperfeiçoam a liberdade em Cristo, nós temos liberdade para fazer aquilo que é bom - e não liberdade para errar, uma vez que a liberdade não pode ser servida vazia. Afinal, verdade conhecida é verdade obedecida. 

4.2) Neste ponto, os que estão sujeitos à proteção e autoridade do rei pedem permissão a ele para que possam organizar uma atividade econômica e atender a todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas tendo por Cristo fundamento, pois todo poder emana de Deus. E neste ponto, povo e soberano são cúmplices uns dos outros, principalmente quando se trata de servir a Cristo numa missão que una a causa nacional à causa universal de levar o Evangelho a toda que criatura da Terra, incluindo a que está nas terras mais distantes.

4.3) Dentro das leis que asseguram a justiça no reino - um valor objetivo e verdadeiro, fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus - há certa margem de escolha, de modo que atendamos nossas necessidades presentes ou futuras, sem negligenciarmos nossas necessidades espirituais. 

4.4.1) Quem busca a vida eterna tenderá a apreciar bens futuros a bens presentes de tal maneira que comprará não só o necessário e suficiente para saciar sua fome imediata como também comprará alimentos para se proteger da fome, em tempos de carestia. 

4.4.2) Dessa forma, a utilidade marginal do bem futuro será a mesma do bem presente. A mesma coisa ocorre com relação aos trabalhadores de última hora, quando servem a Cristo em terras distantes - por estarem se dedicando à mesma atividade que os mais antigos, receberão as mesmas recompensas por conta dos serviços prestados.
 
 José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de outubro de 2017.

Se a inflação decorre de uma decisão, até mesmo ela é subjetiva, pois os motivos que levam ao aumento ou redução de preços são subjetivos. E devemos estudar esses motivos determinantes, de modo a entender se são justos ou não, já que nem sempre os números governam o mundo

1) Mises alega que a inflação se dá em escalas, uma vez que ela percorre toda a cadeia produtiva. E até percorrer essa cadeia produtiva, ela demanda tempo.

2) O problema dessa explicação é que ela é mecanicista demais. Para ser verdadeira, ela precisa admitir como verdadeira a riqueza como um sinal de salvação e que o mundo foi dividido entre eleitos e condenados - ou seja, ela precisa negar o livre arbítrio, o fundamento de uma escolha livre e responsável.

3.1) Uma sociedade é composta de pessoas. E pessoas escolhem.

3.2) Num mundo descristianizado, a maioria preferirá bens presentes a bens futuros - e por força do amor de si sistemático até o desprezo de Deus, elas arderão no fogo eterno por conta de seu conservantismo obstinado.

3.3) A melhor causa que explica a inflação está nos motivos determinantes que fizeram uma pessoa que tem uma atividade econômica organizada a aumentar o preço. Quem consome um serviço prestado tem o direito de saber os motivos determinantes do aumento de preço - e essas razões variam de caso a caso. Em alguns casos, o aumento de preço é justo e em outros é injusto, uma vez que devemos ver no outro o espelho de nosso próprio eu, já que servir ao outro é tomar um país como um lar em Cristo.

3.4.1) O aumento generalizado do preço provocado por uma decisão de governo irresponsável se deve ao fato de que o país é tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado nada pode estar fora dele ou contra ele - como todos têm direito a todo e qualquer tipo de verdade, então conservar o que é conveniente e dissociado da verdade passa a ser mais um tipo de cultura neste "supermercado cultural" o que edifica liberdade para o nada - e isso é muito perigoso, objetivamente falando.

3.4.2) Por isso mesmo, toda inflação decorrente da manipulação da moeda - ou mesmo dos impostos abusivos praticados pelo governo totalitário - gera injustiça sistemática, já que o governo está de costas àquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, sendo um verdadeiro inimigo do povo que toma o país como um lar em Cristo.Por isso mesmo, um demônio que precisa ser combatido - por ser ilegítimo, uma cruzada precisa ser feita contra ele, neste sentido.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de outubro de 2017.

Em qual tempo se baseia a lei da preferência temporal? No tempo de Deus ou dos homens?

1.1) A teoria dos juros está fundada numa tendência de que a maioria das pessoas preferem bens presentes a bens futuros, a chamada "lei da preferência temporal".

1.2) Ela foi analisada levando-se em conta o fato de que estávamos no século XIX, onde o processo de descristianização da Europa estava fortemente acelerado, por conta da Revolução Francesa, uma vez que a tendência de preferir bens presentes a bens futuros leva à uma liberdade voltada para o nada, profundamente hedonista e materialista.

1.3) Nela, o egoísmo tende a ser tomado como se fosse uma virtude, justificando o processo de proletarização geral da sociedade, onde a maioria das pessoas deixa de pensar no bem comum, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, a ponto de passar a colaborar com a própria prole em detrimento da vida comunitária.

2.1) Devemos ver o que não se vê, pois o tempo de Deus não é o tempo dos homens.

2.2) Se as pessoas vissem isso, poderiam renunciar aos bens do presente que não são vantajosos para aquilo que nos prepara para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu, em favor desses bens futuros, que virão por meio da providência divina e do trabalho humano que é comandado sob a ação do Espírito Santo.

2.3) Nesse sentido, os juros ditados pelas coisas que se fundam no tempo de Deus são mais liberais que os juros fundados no interesse humano pensado sem Deus, pois os juros arbitrados no tempo dos homens tendem a ser arbitrários, uma vez que a riqueza tende a ser vista como um sinal de salvação, a ponto de isso ser visto como uma usura e perder seu caráter produtivo, por força do abuso, da quebra de confiança.

3.1) Se os juros fundados no tempo de Deus são mais liberais, obviamente não há utilidade marginal decrescente, pois a unidade a ser imediatamente consumida tem o mesmo valor daquela que virá a ser consumida, caso haja necessidade no futuro. Isso faz com que a prudência dê um valor objetivo às coisas, de tal maneira que vejamos aquilo que não se vê.

3.2.1) Digamos que você encontra uma tenda que venda água mineral no meio do deserto.

3.2.2) Você compra uma garrafa de água mineral para matar a sua sede, o que satisfaz a sua necessidade humana mais imediata. Como não sabemos o que virá pela frente, é prudente levar três ou quatro garrafas de água mineral para atender a uma necessidade humana que virá pela frente, caso você continue encarando o deserto. Dependendo do caso, você pode levar o estoque inteiro, se tiver dinheiro para isso, uma vez que não se sabe quando você encontrará uma tenda igual àquela novamente, pois encontrá-la pode ter sido um verdadeiro milagre, já que Deus é bom. Afinal, a onisciência nos foi negada.

3.1) Além disso, se há uma demanda fundada na prudência do consumidor, a ponto de prezar tanto os bens futuros quanto os presentes, é perfeitamente justo se cobrar um preço maior para atender o cliente, desde que isso seja negociado entre as partes.

3.2) Se o preço for alterado unilateralmente, isso constitui quebra de confiança, uma vez que servir ao próximo implica servir a Cristo necessitado, que, como Deus, sabe tudo e pode tudo - por isso mesmo, Ele tem sempre razão, já que o Deus feito homem foi freguês um dia, ao ter sido homem como nós.

3.3) Há duas outras causas para o aumento generalizado de preços.

A) O Estado tomado como se fosse religião manipula a moeda, de modo a criar um imposto indireto e disfarçado, gerando quebra de confiança;

B) ou o aumento dos preços por força da inflação de demanda se dá por conta da ganância dos mercadores, que prezam mais os seus interesses do que o bem comum, já que isso leva a um tipo de concupiscência que atenta contra a ordem pública da cidade - e como isso é um atentado à ordem pública, trata-se de um crime contra a economia popular.

4) Por isso mesmo a lei da oferta e da demanda não é uma lei, pois isso não se dá de maneira automática, já que a ação humana não pode ser vista de maneira mecanicista, já que isso edifica liberdade com fins vazios, a ponto de relativizar os verdadeiros valores fundados na conformidade com o Todo que vem de Deus. E no lugar dos valores fundados na vida eterna, teremos os valores da ética utilitarista, valores esses que são materialistas e hedonistas, causa que edifica liberdade para o nada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de outubro de 2017 (data da postagem original)..

Notas sobre um tipo de idiota que vi no perfil do meu colega Haroldo Monteiro

1) Se te aparecer um sujeito que se diz estar à esquerda da direita e que gosta de trabalhar, fuja dele, pois é um conservantista nefasto.

2) Direita implica estar à direita do Pai, na conformidade com o Todo que vem de Deus. Usar o termo direita de maneira vazia é estar à esquerda do pai, edificando liberdade para o nada.

3) Se a pessoa gostar de trabalhar, dentro deste contexto, isso significa que a riqueza é um sinal de salvação, uma vez que o mundo foi arbitrariamente dividido entre eleitos e condenados.

4) Se ele é contra a pena de morte, é sinal de que parte do fundamento de que as pessoas têm direito à verdade que quiserem, de tal maneira que a verdade de um serial killer deve ser respeitada, por força do fato de que tem direito à vida, coisa que um pedaço de papel, a Constituição, nos garante.

5) Se a Constituição criou toda uma ordem nefasta, alegando fazer isso sob a proteção de um deus que não é o Deus verdadeiro, então dar graça a esse deus é negar o Deus verdadeiro, assim como o Deus verdadeiro que decorre do Deus verdadeiro, o qual foi gerado, e não criado, e que é da mesma substância que o Pai: Cristo Jesus. Ou seja, o cara é um tremendo de um maldito.

6) Se o maldito questiona a verdade, perguntando se você é brasileiro, por negar as pseudoverdades declaradas na constituição, então esse sujeito não passa de um apátrida, pois nega aquilo que foi fundado em Ourique, coisa da qual somos desdobramento.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de outubro de 2017 (data da postagem original).

Comentário sobre a alegação herética de que Cristo é uma energia e não uma pessoa

1) Certa ocasião, me apareceu um sujeito que, ao ler a catequese do João Damasceno, ficou dizendo que Jesus era uma "energia" (sic) e não uma pessoa.

2) Ora, dizer que Cristo é uma energia é negar que o verbo se fez carne. Se o verbo não se fez carne, então Ele não assumiu a forma humana.

3) Como a eucaristia parte do pressuposto de que devemos comer do corpo e do sangue de Cristo, então isso nega a eucaristia, que é a razão de ser da Igreja, da conformidade com o Todo que vem de Deus. Se ele nega a eucaristia, então nenhum sacramento foi instituído por Cristo em memória d'Ele, uma que vez o sacrifício na cruz foi em vão. Ou seja, o sujeito é um anticatólico, um herege da pior espécie.

4) Além disso, a energia pode ser criada a partir do nada, tal como vemos na magia. Ora, Cristo não foi criado do nada; Ele foi gerado no ventre da Virgem Maria, cujo óvulo foi fecundado pelo poder do Espírito Santo. Como Cristo é o segundo Adão, esse segundo Adão decorreu da segunda Eva - ou seja, essa Eva não era capaz de pecar por desobediência, tal como a primeira o foi.

5) Quando Cristo foi crucificado e ressuscitou dos mortos, uma parte de Nossa Senhora foi-se com Ele. Por isso que ela é co-redentora e é também nossa mãe, pois é mãe de Deus, que assumiu a forma humana e passou a habitar em nós, por meio da eucaristia.

6) Se aparecer um sujeito que disser essa asneira de que Cristo é uma energia, nem faça amizade com esse cara; ele é bem pior do que um ariano. Por isso eu digo: Santo Atanásio, rogai por nós! Se Cristo é uma energia, então o sujeito que afirma isso é uma Itaipu de heresias, um heresiarca contumaz.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de outubro de 2017 (data da postagem original).