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domingo, 3 de setembro de 2017

Notas sobre dois aspectos da política de porta em porta

1) Quem é rico no amor de si e quer chegar ao poder certamente vai ter que fazer política batendo de porta em porta, mas vai ter que arcar isso com o dinheiro dele. Afinal, ele está fazendo da política um empreendimento, uma profissão, um tipo de empoderamento.

2.1) Quem é rico no amor de Deus deve fazer alguma coisa que edifique boa consciência nas pessoas - para isso, deve escrever livros. Quem está interessado nas coisas que falo, que me chame até sua casa para discutirmos sobre coisas importantes, não importa em que lugar do Brasil ou do mundo seja. Afinal, devo servir a Cristo tanto na minha terra quanto em terras distantes, por força do que foi edificado em Ourique.

2.2) Mesmo que eu more na segunda cidade mais importante do Brasil, eu não me incomodaria de abrir a casa para alguém que é honrado e que escreve sobre coisas edificantes. Não sou do interior, mas o catolicismo me fez assim.

2.3) Se ajo assim, coisa que praticamente ninguém na grande cidade faz, então certamente vou representar aqueles poucos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento e que certamente farão as mesmas coisas que costumo fazer por conta de um chamado de Deus, nem que seja por imitação. Caso as pessoas que me chamaram para uma conversa vejam em mim um bom candidato, elas certamente vão me pedir que eu me candidate, a ponto de bancarem a minha campanha. Afinal, a política é uma vocação - e é uma expressão da cultura.

3.1) Ainda que na grande cidade ninguém faça isso que descrevo, o fato é que o futuro do Brasil está no interior. O Brasil verdadeiro ainda está vivo no interior - e é para esse Brasil verdadeiro que trabalho. É esse Brasil que não se dobrou ao comunismo e jamais se dobrará.

3.2) Enquanto não desincharem as cidades de modo que Rio de Janeiro ou São Paulo imitem as coisas que costumam ser feitas no interior, o populismo não morrerá.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 3 de setembro de 2017.

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