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sábado, 30 de setembro de 2017

Outras empresas podem estar envolvidas com promoção de ato de pedofilia

Parece que a VIVO telefonia celular também está envolvida no patrocínio do ato de pedofilia no Museu de Arte Moderna, em São Paulo. Se isto for confirmado, eu e meus familiares cancelaremos nossos números da VIVO. Peço que façamos todos isso.

Gilmara Silva Pereira 


sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Como o multicuturalismo fortalece o culto à imanência do Estado, enquanto uma religião política e uma soteriologia? Mais comentários sobre a decisão do STF de liberar o ensino religioso nas escolas nas nossas atuais circunstâncias

1) Num mundo onde todos têm direito à verdade que desejarem, as religiões se reduzem a um produto de consumo neste supermercado cultural em que nos encontramos: o multiculturalismo. É como se não houvesse verdade; é como o sacrifício na cruz de Jesus tivesse sido em vão, criando um efeito de "pós-verdade", o que não passa de blasfêmia.

2) Com base naquilo que falei, se o princípio do "um príncipe, uma religião" for verdade, então todos são obrigados a trocar de religião uma vez a cada quatro anos, por força do princípio da alternância de poder, fundado no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

3.1) Como no multiculturalismo a conexão de sentido com o sobrenatural, com o transcendental, acaba se perdendo, isso acaba necessariamente fortalecendo o culto à imanência, fazendo com que o Estado seja tomado como se fosse uma religião política e uma soteriologia em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele. 

3.2) E o que começa facultativo certamente terminará obrigatório, pois o Estado verá esse multiculturalismo conveniente e bom para a manutenção de seu poder, o que favorece o fortalecimento da Nova Ordem Mundial.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de setembro de 2017.

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Qual o significado desta decisão do STF de permitir o ensino confessional nas escolas públicas para algumas regiões do país?

1) Como já foi dito por Ivo Gico Júnior em sua palestra sobre como os juízes deveriam decidir, uma coisa que um tribunal justo deve fazer é uma prognose, no sentido de modular os efeitos de uma decisão a ser tomada.

2.1) Ora, nosso STF é um tribunal que legisla. Então, eles não estão interessados em prognose.

2.2) Ao tomarem a decisão de permitir o ensino confessional nas escolas públicas, isso acabou criando uma oportunidade para a prefeitura ocupada pelo prefeito Marcello Crivella (ligado à IURD) difundir suas heresias através do ensino público. Nós sabemos muito bem o quão anticatólica é esta instituição dos infernos.

3.1) Não vou ficar surpreso se ele permitir a vinda do Queermuseu para o Rio de Janeiro.

3.2) Historicamente, os protestantes, por conservarem o que é conveniente e dissociado da verdade, fizeram vistas grossas a toda sorte de blasfêmias de modo que o cristianismo fosse esvaziado da esfera pública, pois só a Igreja Católica é quem tem o condão de fazer valer a cruz em praça pública, uma vez que é poder organizado pelo próprio Cristo de modo que o mal não prospere em nação alguma, muito menos dentro da própria Igreja. Afinal, a Igreja Católica, na forma do Vaticano, é um Estado e é um agente nas relações internacionais.

4.1) Em São Paulo e no Rio Grande do Sul, onde os bispos deixam a desejar, a teologia da libertação distorcerá o catolicismo de modo que a fé acabe se enfraquecendo, uma vez que a verdadeira fé será reduzida a mais um produto de consumo neste supermercado cultural marcado pelo multiculturalismo - o que edifica liberdade com fins vazios, o que leva à prisão do homem no pecado. E esse produto pode ser trocado uma vez a cada quatro anos, tal como mencionei no artigo anterior - e isso agrava ainda mais o problema.

5.1) Enfim, é exatamente este o significado do STF para certas regiões do Brasil.

5.2) Se houvesse prognose e federalismo verdadeiro, a modulação seria feita observando as particularidades de cada estado. Mas isso não vai ocorrer.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 2017.
Palestra do Ivo Gico Júnior: https://www.youtube.com/watch?v=PbaDeGW_5SE

Das conseqüências de se permitir ensino confessional nas escolas públicas, nas atuais circunstâncias em que nos encontramos

Eu acabei de publicar esta matéria: https://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/stf-decide-que-escolas-publicas-podem-ter-ensino-confessional-21878145?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=O+Globo

E me vieram com esta pergunta:

João Damasceno: Dettmann, qual sua opinião sobre essa decisão do STF de possibilitar o ensino confessional nas escolas públicas, considerando o nosso contexto em que as crenças pagãs estão em alta no pais (afro-amerindias, islamismo, espiritismo, protestantismo)? Será que isso é bom?

José Octavio Dettmann: Em contexto de Igreja separada do Estado, o confessionalismo, da forma como o STF decidiu, será liberal. Basta o diretor ser macumbeiro que todo mundo será macumbeiro. É um microcosmos do "um príncipe (o diretor), uma religião".

João Damasceno: Isso será uma tragédia para a fé cristã deste país. O princípio do sucesso da ação política confessional para a formação das Virtudes, Conceitos e Modelos Católicos na sociedade, haveria de estar dentro do contexto do próprio Estado Confessional. 

José Octavio Dettmann: Considerando que os diretores são eleitos de quatro em quatro anos, a religião mudará de quatro em quatro anos. Em um mandato A, o colégio será católico, se o diretor for católico; num mandato B, o ensino confessional será protestante, se o diretor for protestante. E num mandato C, o ensino confessional será muçulmano, se o diretor for muçulmano. Enfim, é um prato cheio para o multiculturalismo.

João Damasceno: Enfim, a confissão tendo por variante a crença do agente político ou público incumbido da organização da política educacional poderá criar uma deformação nos valores e princípios católicos, desorganizando toda a construção catequética que o aluno já tiver, dado que há uma lacuna na decisão: o ateismo e a cientologia são CONFISSÕES DE FÉ; são confissões NEGATIVAS, mas confissões. O Acordão não deixou expresso, mas, com base no princípio constitucional da liberdade de consciência e credo, uma escola poderá também ministrar aula de religião fazendo apologia a fé negativa, a não crença em Deus. A mesma coisa em relação ao satanismo expresso.

José Octavio Dettmann: Não é à toa que isso é parte do processo de se tomar o país como se fosse religião política em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele. E isso se caracteriza por fazer com que o confessionalismo seja voltado para o nada, uma vez que libertarismo (liberalismo, tal como o mundo entende) é buscar liberdade fora da liberdade em Cristo. Como isso é ilusão, o ensino será confundido com doutrinação. E a ação do Escola sem Partido será anulada neste aspecto. Saem os comunistas, mas entra o multiculturalismo dos libertários-conservantistas, os quais pavimentam o caminho para o totalitarismo, a longo prazo.

William Botazzini Rezende: Querer resgatar a moral e os valores em um Estado laico é como tentar fazer boneco de neve no Saara. A próxima luta deve ser por uma Constituição que explicite a defesa dos valores cristãos da nação, doa a quem doer. Estado laico é ao mesmo tempo cemitério da civilização e parque de diversão dos aloprados. (https://web.facebook.com/william.bottazzini/posts/901484483340939)

Francisco Campos: Estado laico é mais uma invenção da maçonaria, entidade deísta explicitamente contrária à fé cristã, especialista em vender progresso e avanço civilizacional por meio de medidas que só trouxeram à humanidade degradação moral, brutalidade e genocídio. Resumindo, trata-se do retorno à barbárie pré-cristã.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de setembro de 2017.

Postagens Relacionadas:

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2017/09/qual-o-significado-desta-decisao-do-stf.html

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2017/09/como-o-multicuralismo-fortalece-o-culto.html 

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Não há virtudes nobres nas filhas de Mariane (a mãe de todas as republicanas)

1) A pior desgraça para um jovem mancebo é ser boy de piranha ou ser boy de vaca.

2) Como república e desgraça completa são a mesma coisa, então não é nem um pouco sensato para um jovem homem de família lidar com gente republicana, posto que república, tal como conhecemos, é a mãe de todas as perversões, de todas as prostituições, coisa essa que nos afasta da conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de setembro de 2017.

Aviso a quem vive a língua portuguesa na conformidade com o Todo que vem desse aborto ortográfico, que leva ao nada


1) Todos os livros que vier a publicar serão feitos na regra anterior ao chamado aborto ortográfico (e nesse ponto, estou com os portugueses). Se o revisor e o editor violarem meu desejo, eles serão processados.

2) Não admito que esse vagabundo, esse cachaceiro que não gosta de ler, chamado Luís Inácio Lula da Silva me imponha o que é certo ou errado na língua portuguesa. Não me sujeito a arbítrios de apátrida ou de qualquer eventual palhaço que venha a ocupar o Palácio do Planalto.

3) Vou escrever idéia com acento e "anti-socal" da forma como fui alfabetizado - e vou ensinar meus filhos a escreverem dessa forma. Ai de quem fizer troça disso que faço, pois vai ser pior. Tanto é verdade que eu vou lançar uma próxima edição na regra que vigorava na época do Império.

4) Dentro de mim, há um Brasil que não se sujeita à República e não se sujeita a esse projeto arbitrário de poder que nasceu quando esse famigerado príncipe-regente, chamado Pedro de Bragança, rompeu com Portugal e com aquele projeto de civilização fundado em Cristo que nasceu em Ourique. Não reconheço esse ato de apatria, o qual chamam de "independência" - muito menos esse aborto ortográfico. Minha língua é o português e meu país se chama Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. E ponto final!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de setembro de 2017.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Notas sobre digitalização e distributivismo

1) No meu tempo, para se completar um álbum de figurinhas, você fazia trocas com os colegas de colégio, você participava de torneios de bafo e, quando não se tinha a quem mais recorrer, você fazia encomendas à editora, de modo a completar o álbum.

2) No caso dos livros que digitalizo, eu guardo o original das fotos que digitalizo, pois é provável que eu possa perder o e-book original. Se guardo as fotos, basta processá-las no snapter novamente, redimensioná-las no pix resizer e reduzir o peso delas com advanced JPEG compressor.

3) O banco de fotos original pode ser perfeitamente trocado com outras pessoas que estejam fazendo a mesma coisa que eu faço. Assim, eu posso fazer o e-book sem a necessidade de passar três meses fotografando o projeto, pois alguém fez esse trabalho por mim. Para isso, eu precisaria formar esses fotógrafos de livros - e nas atuais condições, não estou podendo montar turmas de ensino presencial, já que não posso abrir a casa para os interessados virem aqui em casa para aprenderem comigo presencialmente. Só quando eu tiver minha própria casa é que poderei fazer isso, pois aí não haveria objeção dos meus pais quanto a isso.

4) Como essas "figurinhas" são produzidas por mim, então eu posso distribuí-las com outra pessoa que faça a mesma coisa que eu faço. Enfim, é a evolução do velho hábito só que dentro de uma nuance distributivista e comunitarista.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de setembro de 2017.

Digitalizar um livro é como completar um álbum de figurinhas

1.1) Quando tinha 10 anos, eu participei de um jogo de bafo com os colegas de meu primeiro colégio onde passei, o Curumim. Como havia ganhado o jogo, eu levei as figurinhas todas comigo.

1.2) Quando voltei pra casa, eu pedi ao meu pai que me comprasse um álbum de figurinhas (no caso, as figurinhas eram relativas aos jogadores que estavam atuando no campeonato brasileiro de 1991).

1.3) Como não consegui completar o álbum, quando o álbum relativo ao campeonato brasileiro de 1992 foi lançado, encomendei as figurinhas faltantes pelo correio, por meio da editora Panini. E só assim completei o álbum de figurinhas.

2.1) Quando estou digitalizando meus livros, eu lembro sempre da experiência que tive com álbuns de figurinhas.

2.2) É com paciência que vou completando o livro - é como se fosse um verdadeiro álbum, uma vez que as páginas dos livros são como figurinhas, enquanto as constantes fotos, marcadas pelo processo de tentativa e erro, são como repetições dessas figurinhas até encontrar a melhor dentre elas.

3) É desta experiência que tiro toda a minha motivação para digitalizar um livro.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de setembro de 2017.

domingo, 24 de setembro de 2017

Comentários à Parábola do Patrão Generoso, constante no Evangelho segundo São Matheus

1) Quando tratei de nacionismo, sobre o senso de tomar o país como um lar em Cristo e não como se fosse religião de Estado em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, às vezes eu precisei dizer o que antes era indizível. E a tarefa é tão espinhosa que só consigo explicar essas coisas somente por escrito - se tivesse que explicar falando, eu não seria tão efetivo quanto sou escrevendo.

2.1) Mesmo escrevendo sobre assuntos tão complicados, há uma coisa sobre a qual sempre quis muito escrever e nunca fui capaz de fazê-lo. Trata-se da parábola do patrão generoso.

2.2.1) No Evangelho segundo São Matheus, há um proprietário de uma vinha que foi contratando trabalhadores.

2.2.2) Os que estavam disponíveis desde o começo do dia foram logo chamados, combinando com eles o pagamento de um dinheiro de prata.

2.2.3) Em seguida, recrutou os que se encontravam na praça por volta das nove da manhã e para eles combinou que pagaria o que era de costume. O mesmo disse para quem estava na praça por volta do meio-dia.

2.2.4) Ao cair da tarde, encontrou mais gente disponível. Como estes nunca haviam sido chamados, recrutou-os para trabalhar na vinha, prometendo-lhes pagar o que fosse justo.

2.2.5) Terminado o dia de trabalho, mandou chamar os que por último chamou. Para eles deu um dinheiro de prata. O mesmo se deu para quem foi chamado ao meio-dia e para quem foi chamado às nove da manhã.

2.2.6) Quando os primeiros receberam um dinheiro de prata, estes ficaram indignados, pois haviam dado duro o dia inteiro. Mas o patrão foi justo com eles - se o combinado foi uma moeda de prata, então eles receberiam uma moeda de prata.

3) Embora o valor fosse o mesmo, o motivo determinante do contrato que foi firmado com os primeiros trabalhadores foi diferente dos demais. Com estes, que eram os melhores disponíveis, fez-se um acordo liberal: o trabalhador diz o seu preço e você paga o que ele pede.

4) Com os demais trabalhadores, que foram chamados mais tarde, eles receberiam o mesmo salário do paradigma, os melhores trabalhadores, de modo que fossem estimulados a produzir. Como o salário do melhor é um dinheiro de prata, então a remuneração costumeira e justa é de um dinheiro de prata.

5.1) Se os empregados estão com o mesmo encargo, com a mesma responsabilidade, então eles percebem o mesmo salário.

5.2.1) Como a natureza desse serviço é de natureza civilizatória e se funda na eternidade, posto que se volta para a salvação de todos, então a justiça tende a ser distributiva e não proporcional.

5.2.2) Não é importante saber quantas almas você salvou ou quantas você levou a fazer com que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo de modo que isto os prepare para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu; o que importa é se você cumpriu o seu dever fielmente, no tocante de ir servir a Cristo em terras distantes, tal como se deu em Ourique.

5.2.3) É isto que o proprietário da vinha, o próprio Deus, quer de seus servos - principalmente de alguém como D. Afonso Henriques, que deve ser servo dos servos, ao ser o senhor dos senhores de todo o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. E ele deve fazer isso imitando a Cristo no mesmo gesto que Este fez ao lavar os pés dos apóstolos, pois os últimos - o povo debaixo de sua proteção e autoridade - serão os primeiros a liderarem toda uma cruzada em defesa da civilização ocidental e da fé cristã - e ele, como o primeiro dentre os primeiros, deveria fazer com que toda essa empreitada fundada em Cristo desse frutos.

5.2.4) Eis porque havia toda uma cumplicidade entre o povo e o Rei - ela obedecia a esse princípio.

6.1) O verdadeiro princípio da economia é a vida eterna - e é por força da vida eterna que as riquezas são construídas e distribuídas de modo a se gerar um bem comum. E é por força dessa vida eterna que se constrói uma civilização fundada no fato de se tomar o país como um lar em Cristo.

6.2) O dinheiro não é o que move o lar - na verdade, é o amor fundado no fato de se amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento quem o move. Servir ao próximo não se mede em quantidade de horas, mas em servir bem ao maior número de pessoas possível. Seja se comecei cedo ou se comecei tarde, o que importa é que fiz bem o meu papel e receberei a recompensa justa, tendo por paradigma o que fez da vivência fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus um compromisso com a excelência. Afinal, nesta vida somos todos passageiros, pois somos todos trabalhadores da vinha do Senhor.

7.1) Os liberais, presos ao materialismo, só entendem a proporção, pois tempo para eles é dinheiro - e isso é tão verdade que o eterno para eles é inconcebível, a ponto de dizer que Deus está morto.

7.2) O deus do dinheiro não passa de um demiurgo. E quanto mais amarmos ao dinheiro do que a Deus, mais nos afastamos de Deus, a ponto de cairmos na apatria e na ilusão de se buscar liberdade fora da liberdade em Cristo, a ponto de esta vir a ser nossa prisão definitiva, nosso fogo eterno. 
7.3) E o lugar mais quente do Inferno é destinado a quem conservou o que é conveniente e dissociado da verdade em tempos de crise, a ponto de edificar liberdade com fins vazios. Não é à toa que chamo esses liberais (da forma como o mundo entende) de libertários-conservantistas, pois é o que eles realmente são.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de setembro de 2017.

sábado, 23 de setembro de 2017

Qual é o segredo para ensinar uma língua estrangeira a um aluno como eu?

1) Quando se é criado nos anos 80 e acostumado a ouvir músicas do Legião Urbana, Tears for Fears e outras bandas cujas letras carregam toda uma carga filosófica profunda, certamente uma pessoa como eu, criada nesta circunstância, receberá um tremendo de downgrade quando o professor inventa de colocar Beatles nas aulas de inglês. Do jeito como as letras dessa banda são tão pueris, elas são mais apropriadas para crianças.

2) Para alguém acostumado a pauleiras intelectuais complexas, não é conveniente confundir nível fácil com retardamento mental. A maior prova disso é que nas aulas de polonês eu aprendi o básico: aprendi o Pai Nosso e a Ave Maria em polonês. Se tivesse aprendido o Pai Nosso e a Ave Maria em inglês, isso já teria sido um bom começo.

3) Quando fui aprimorar meu conhecimento de língua portuguesa no Glioche, o meu professor dizia que  nível básico em língua portuguesa  não quer dizer prova do Mobral. Da mesma forma, inglês básico não quer dizer retardamento mental (tipo música dos Beatles).

4.1) Se meus professores de inglês tirassem couro de mim como meus professores de língua portuguesa sempre fizeram, eu iria ficar satisfeito.

4.2) Se dessem aula de inglês no nível em que as escolas nos EUA dão para os seus alunos, daquelas que preparam o candidato para a universidade, certamente eu iria aprender bastante. Estou acostumado à cultura americana - a diferença é que eu não moro nos EUA, por falta de oportunidade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de setembro de 2017.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Nossas universidades infestadas de comunistas estão como as favelas dominadas por traficantes

1) Assim como o traficante na favela faz do território por ele controlado um território sem lei, um território sem a presença do Estado, nas universidades infestadas de comunistas ocorre a mesma coisa.

2) Toda e qualquer manifestação política ou intelectual contrária à cultura dominante precisa ser garantida, pois certamente o meu ir e vir será turbado por esses desordeiros.

3) A questão da liberdade de pensamento, e do ir e vir necessário de modo que possa ensinar o que é bom e necessário a quem precisa do meu serviço, tornou-se um caso de polícia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de setembro de 2017.

Convertendo repressão (risco de arbítrio) em prevenção: como um HC preventivo afeta o trabalho da polícia?

1) Se estou em campanha numa universidade repleta de comunistas, a força policial estará presente de modo a garantir a liberdade de fazer aquilo que é necessário de modo que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo. Se pedi habeas corpus preventivo, então a polícia estará lá para dar salvo conduto e assegurar o direito que está posto na Constituição. Se houver esquerdistas tentando frustrar minha campanha, eles serão impedidos, por meio de um cordão de isolamento. Se houver necessidade, o batalhão de choque entrará em ação.

2) Se não ajo de modo a assegurar meu direito de ir e vir de modo a ter liberdade de fazer o que deve ser feito pelo bem do Brasil, então eu serei atacado por bárbaros por todos os lados. Os bárbaros inventarão uma acusação contra mim, uma vez que eles só sabem conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. E num estado controlado por petistas, a polícia entrará para reprimir e acabará efetuando uma prisão ilegal contra mim ou contra algum membro da caravana que me segue.

3) Se você não traz a força policial ao seu lado, ela será usada contra você, uma vez que o controle da força é parte do controle dos aparelhos ideológicos de Estado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de setembro de 2017.

domingo, 17 de setembro de 2017

Análise do caso Caio Bellote

1) Se vou a um ambiente universitário (dominado pela esquerda) para fazer campanha política, então é fundado o receio de que vou sofrer arbítrio. Nesses ambientes, o preceito de liberdade de opinião e expressão não é respeitado, uma vez que é terra sem lei. 

2) Se há uma legião de pessoas voluntárias que me segue e me dá apoio, então estou na qualidade de general do meu exército. Devo proteger o meu pessoal do mesmo arbítrio que vou sofrer.

3) A esquerda domina toda a narrativa histórica e jornalística. O martírio moral pelo qual Caio Bellote Delgado Marczuk passou não vai ser interpretado como um martírio, no sentido verdadeiro do termo. Nem está havendo uma repercussão neste sentido, fora da internet, nas ruas - no mais, isso será interpretado como um caso sem importância, um "montanismo político", onde as pessoas se deixam se crucificar de propósito de modo que busquem um meio de se libertar do corpo que as aprisiona, o que relativiza a verdade da causa. E isso é servir liberdade com fins vazios - uma espécie de suicídio.

4) Nenhuma dessas três coisas deve ter passado pela cabeça de quem organizou a caravana.

5) Como foi bem dito, este é um cenário de guerra. E nesta guerra, tanto o candidato quanto os militantes serão alvo de arbítrio, principalmente se o estado tiver governo petista, tal como ocorre em Minas Gerais. Isso pra não falar do ativismo judicial envolvido, pois pode haver a probabilidade de um promotor ideologizado tomar por verdadeiras essas acusações manifestamente falsas e pedir a condenação dele. E se houver um juiz disposto a condená-lo, isso será feito.

6) Enfim, Caio Bellote Delgado Marczuk em Minas está para Leonardo López na Venezuela. Ou exercemos as garantias constitucionais cabíveis e que ainda estão vigentes, como a do habeas corpus preventivo, ou teremos mais mártires. A diferença é que esses mártires não serão a semente de novos conservadores, uma vez que vão fazer de tudo para evitar que a notícia se espalhe, seja jornalística ou histórica, pois os esquerdistas dominam a narrativa cultural, a ponto de gerarem uma desinformação.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de setembro de 2017.

sábado, 16 de setembro de 2017

Notas sobre um ato de nobreza que vi nesses últimos dias

1) Quando você encontra uma mulher que admite estar disposta a trocar uma carreira pela vocação de ser rainha do lar, servir ao marido e aos filhos, saiba que você está diante de uma mulher de verdade, uma vez que a maternidade é de fato a vocação da mulher. Em tempos de pobreza, essa mulher seria capaz de até mesmo criar galinhas no quintal de tal forma que tivéssemos uma comida melhor na mesa.

2) Hoje eu encontrei uma mulher assim: a Priscilla da Matta. Fiquei tão impressionado com esse gesto de grandeza que não tive outra escolha senão manifestar o desejo de namorar e me casar com uma mulher como ela, se Deus me permitisse. Infelizmente, ela não estava aberta a namoros no momento. Então, eu pedi a ela que, quando estivesse pronta, que me procurasse, pois iria esperar por ela o tempo que fosse necessário. Depois que disse isso, eu deletei a conversa e a desamiguei, pois sei que vou precisar esperar o tempo necessário até ouvir o sim dessa pessoa. Mas isso virá no tempo de Deus.

3) Dizem que as melhores mulheres pertencem ao homens mais atrevidos. Diante de um ato manifesto de grandeza como esse, senti que eu precisava tomar uma atitude. Por isso que decidi pedi-la em namoro e casamento, só por conta dessa declaração tão linda. Eu fiquei muito tocado, muito apaixonado por ela. Jamais imaginei que iria encontrar alguém que fosse capaz de admitir tal coisa, nestes tempos em que nos encontramos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de setembro de 2017.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Quando se trata de empreender nas letras, o e-mail é importante

1.1) Em tempos de censura na rede social, penso que seria oportuno me comunicar por e-mail com os meus contatos.

1.2) A vantagem do e-mail é que posso encaminhar a eles postagens de meu blog e pdf's contendo notas e comentários a respeito das coisas que observei nas postagens de meus contatos, o que favorece uma cultura de debate.

2) Como o professor Olavo disse, a rede social não é o melhor lugar para se fazer um debate, embora seja um bom lugar para se difundir uma postagem interessante. Isso sem contar que a rede é dinâmica.

3) Em alguns momentos, é interessante a dinâmica, mas em outros é necessária uma reflexão mais profunda, o que pede conversas por escrito racionalizadas, como vemos na via do e-mail.

4.1) Meu irmão estava errado - ele dizia que o e-mail era coisa do passado.

4.2) Para um filósofo, a troca elaborada de cartas virtuais é essencial para o desenvolvimento do conhecimento.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de setembro de 2017.

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Coisas que farei caso eu crie um perfil extra no facebook

Quando meu primeiro perfil estiver lotado, eu adotarei a seguinte postura para o próximo perfil:

1) Só adicionarei uma pessoa como amigo após um tempo conversando com ela, pois não adicionarei pessoa alguma arbitrariamente, tal como muitos fazem. E se tentarem me adicionar arbitrariamente, sem antes conversar comigo, a adição será rejeitada.

2) Se a pessoa tiver conteúdo relevante, vou segui-la. E só vou adicioná-la depois de muito conversar com ela.

3) Quem adicionei no perfil 1 não será adicionado no perfil 2.

4) Não adotarei mais a política de marcar todo mundo como faço neste perfil. Farei uma política de porta em porta - mandarei minhas postagens para ela por meio do inbox

5) Quando enviar alguma coisa para alguém inbox, não mandarei para todo mundo de uma só vez, como muitos fazem. Considero isso arbítrio.

6) Se a pessoa expõe detalhes pessoais de sua vida no facebook, anoto esses detalhes num diário à parte, de modo a melhor conhecer a personalidade daquela pessoa. Quando tiver alguma coisa a dizer para essa pessoa, se ela for especial, eu direi.

7.1) Quando falo da minha experiência pessoal, eu só digo isso a título de exemplo que aponta para uma experiência mais ampla, que tende a ser universal.

7.2.1) Por exemplo: quando for falar da minha vida na Polônia, na tentativa de tomá-la como um lar em Cristo, falarei dos problemas inerentes dessa tentativa, que são epistemológicos.

7.2.2) E na tentativa de resolver estes problemas, certamente compararei quais coisas que são boas no Brasil e que podem ser implementadas na Polônia por meio da minha iniciativa. Se isso resultar na mudança de lei, então eu certamente vou ter que passá-la aos poloneses, mostrando a experiência brasileira - o reverso também é verdadeiro. E aí começo a fazer um trabalho político nessa direção, o qual pode ser chamado de diplomacia perfeita, pois estou tomando os dois países como parte de um mesmo lar em Cristo.

7.2.3) Por isso que falo que ter dupla nacionalidade é uma vantagem decisiva, mas ninguém dá valor a isso, pois se você não é estrangeiro nem no Brasil nem na Polônia, então você não encontrará óbice para fazer essa diplomacia perfeita. Afinal, ela é uma ferramenta que deve ser usada para o bem.

7.2.4) Afinal, a verdadeira política é mais ampla, pois envolve lidar com a comunidade dos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, de modo que Brasil e Polônia sejam tomados como um lar em Cristo juntos - e você é a personificação dessa unidade, ao ter a dupla nacionalidade. E isso é um dado irredutível, pois você não é um ser no Brasil e um ser na Polônia. Se você é sincero, você é a síntese das duas experiências, no tocante de tomar Brasil e Polônia como um lar em Cristo - e isso exige presença diante de umouvinte onisciente, que ouvirá tudo e lhe contará aquilo que você não sabe;

8) Se tiver contatos poloneses, eu os colocarei num perfil apartado, onde me comunicarei somente em polonês. Se houver poloneses que falam português, eles vão para o perfil onde eu atuo na língua portuguesa.

9.1) Enfim, estas são algumas medidas que penso implementar no futuro quando tiver um novo perfil de facebook, uma vez que este perfil estiver lotado.

9.2) Trata-se de um jeito de agir, de um projeto de ética virtual. Essa questão é necessária, mas ninguém me dá ouvidos neste aspecto.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de setembro de 2017.

Do significado do empate no entretenimento antigo e moderno

1) Na Roma Antiga, quando uma luta entre gladiadores terminava empatada, é indicativo de que ambos venceram.

2) No soccer, dependendo da maneira como o jogo foi conduzido pelas equipes ao longo de 90 minutos, o empate pode significar duas coisas:

A) Se as duas equipes jogaram bem, então ambas venceram, pois puderam proporcionar um bom jogo de futebol para o público pagante, o que valeu o preço do ingresso. Por isso, elas deveriam receber 2 pontos.

B) Se ambas jogaram mal, então ambas perderam, pois não puderam proporcionar um bom jogo de bola para o público pagante. Por isso, recebem apenas um ponto, tal como conhecemos hoje.

3) No Rugby, nós vemos um sistema de pontuação extra por performance. Bem que isso podia ser implementado no soccer.

4.1) Afinal, o que importa não é vencer, mas competir. A vitória, se eventualmente vier, é conseqüência de um trabalho bem feito.

4.2) Esse negócio de vencer por vencer só estimula o pragmatismo, o que é uma espécie de antijogo, o que destrói o senso de espetáculo, a razão de ser de qualquer esporte profissional.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de setembro de 2017.

Por que os ensaios são o ponto de contato entre os dados da realidade documental e a imaginação literária, de modo a ver o contrário, aquilo que poderia ter acontecido?

1) Posso não ser historiador, no sentido de que muitas das fontes documentais me são inacessíveis. E ainda que tenha acesso a elas, eu necessitaria de conhecimento paleográfico, o qual só posso adquirir fora do Brasil. Como, no momento, não tenho condições de ir para outros lugares e tomá-los como parte do mesmo lar em Cristo, então não posso ser historiador, no sentido de lidar com documentos históricos.

2) Então, qual foi o caminho que me restou? Analisar a História do Brasil sob o respaldo dos trabalhos dos professores Olavo de Carvalho e Loryel Rocha, que lidam com obras de pessoas que lidaram com documentos. Quanto mais os ouço, mais vou encontrando subsídios para as minhas reflexões e assim vou especulando sobre outras coisas, cuja confirmação depende da análise documental, coisa que não tenho condição de fazer.

3.1) Como a especulação leva a uma possibilidade, então ela tem carga literária, pois fomenta imaginação. Por se fundar na realidade, que pode ter acontecido ou não, então ela acaba dando margem para o ensaio.

3.2) Ainda que a prova documental mostre em realidade que tal possibilidade não tenha acontecido, isso não nega a possibilidade de que poderia ter acontecido o contrário daquilo que está posto no documento, o que faz com que a História seja maior do que os documentos, os monumentos do passado. Ela não leva a qualquer lugar, como disse Claude Lévi-Strauss - se fosse assim, as coisas iriam descambar numa farsa, fundada no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, o que é pseudocientífico. Se a História levasse a qualquer caminho, então fatalmente poderia levar ao non sequitur, o que faria com que a busca pela verdade fosse voltada para o nada, o que fomentaria relativismo moral.

3.3) Não é à toa que a historiografia tradicional era intimamente ligada à literatura. Se a pessoa não tiver imaginação para ver o contrário, o que poderia ter acontecido, ela certamente não compreenderá o que realmente ocorreu.

3.4) Por incrível que pareça, eu passei a dar mais importância a isso depois que comecei a ouvir o professor Olavo sobre a importância de se ler literatura séria. É se lendo literatura séria que você faz um bom trabalho de filósofo ou mesmo de historiador.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de setembro de 2017.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Por que abomino quem mendiga o meu afeto?

1) Às vezes as pessoas me pedem para que eu goste delas, como se estivessem mendigando meu afeto.

2) Pela minha experiência, todas as vezes que me doei, ao dar uma esmola nesse sentido, isso acabou me doendo, pois o mendicante foi-me ingrato.

3.1) Não é do meu feitio pisar em cima de alguém que esteja a tentar mendigar o meu afeto. Nunca pisei em alguém de modo a esmagar esse alguém como uma barata, um ser desprezível, embora gente desse naipe mereça.

3.2) Em verdade, se a pessoa quiser a minha atenção, que ela me dê algo que aprecio bastante: conhecimento e interesse pelos estudos. Do contrário, não terá minha atenção.

4.1) Pelo que aprendi dos meus pares aqui de facebook, se a pessoa está querendo que você seja mais amigo dela, então ela está querendo chamar a atenção para si. Mas isso não se volta para uma qualidade que essa pessoa tenha, pois em verdade ela pode não ter nenhuma, mas para uma pose que ela conserva conveniente e dissociada da verdade. Eis no que dá o amor próprio - o que será dado será de pior qualidade. Não é à toa que Deus rejeitou a oferta de Caim.

4.2) Se a pessoa tem qualidade, ela não ficará mendigando atenção ou pedindo que você tenha mais consideração por essa pessoa. A pessoa que tem qualidade é uma coisa que lembra às outras a viverem a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. 

4.3) Uma pessoa que tem qualidade, que tem virtudes morais, é uma pedra que fala, que entra em cena quando o conservantismo domina todo o cenário sistematicamente, a ponto de dizer que não há mais esperanças para o futuro desta nação, por não haver mais bondade neste mundo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de setembro de 2017.

É nos estudos que você me encontrará

1) Se domicílio, no direito. é o lugar onde posso ser encontrado de modo a responder por todas as coisas pelas quais sou responsável, então você poderá me encontrar na internet, estudando e escrevendo.

2) Se não estou estudando ou escrevendo para o bem do país, então nada sou. Minha vida pessoal se resume a estudos e investigações relevantes, que farão o país ser tomado como se fosse um lar em Cristo.

3) Alguns podem pensar que eu não me divirto, mas eu me divirto, sim. Eu jogo meus jogos de estratégia e assisto a partidas de baseball, de modo a me preparar para o meu trabalho, que é a escrita. E também costumo ir à missa para me preparar espiritualmente para o meu trabalho. Coisas como ir à balada, ir a museus ou teatros, ou mesmo a bibliotecas públicas, estão fora dos meus propósitos. O Rio de Janeiro não é seguro - por isso, não posso ficar dando bobeira. Não é à toa que nada tenho a acrescentar a pessoas que não pensam em outra coisa que não divertimento.

4.1) E quanto ao romance? Se a mulher não for tão inteligente quanto eu, eu tenderei a não dar muita importância para ela.

4.2.1) Eu costumo dizer que de dez em dez anos aparece uma que me encanta.

4.2.2) O problema é que a inteligência faz as mulheres (ao menos, a maioria delas) ficarem ricas no amor de si, a ponto de serem ingratas, pois exercem liberdade com fins vazios quando recebem a atenção de um homem como eu, que não é um qualquer de sua espécie que perde a vida com divertimentos e baladas.

4.2.3) E é por conta de desperdiçarem a atenção que eu dou a essas pessoas, por gostar realmente delas, que continuo sozinho, mas é melhor estar só do que mal acompanhado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de setembro de 2017.

Eu sou o que investigo

1) Se você quiser tomar o país como um lar em Cristo, então você precisa responder a estas perguntas: quem sou eu e por que razão estou aqui, por força do nascimento?

2) É justamente porque as coisas no Brasil de hoje não fazem sentido que voltei meus olhos para os estudos. Para entender meu país e servir a Cristo nestas terras distantes, eu precisei entender quem eu era. Foi nesse dia que percebi que minha vida era viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, essencial para se servir a Cristo nesta circunstância. E foi nesse dia que me converti ao catolicismo, por força da pesquisa.

3) E quando vi o Crucificado de Ourique e a razão pela qual este país foi fundado, foi aí que descobri meu país: o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves é meu lar em Cristo. E desde que aprendi que a ruptura feita por D. Pedro I foi um ato de apatria, então restaurá-lo é conservar a dor que Cristo sentiu quando este infame príncipe-regente violou o princípio da não-traição e começou a criar toda uma falsa cultura que levou ao país a ser tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, o que leva a uma apatria sistemática, a qual, a longo prazo, resultará numa invasão islâmica, que já se encontra em curso.

4.1) O que é o patriotismo de copa senão tomar o país como se fosse religião com base no mais puro materialismo e hedonismo?

4.2) Veja que, nos protestos de 2014, todos estavam com camisa da Seleção Brasileira de Soccer. Em 1964, todos foram à rua com suas melhores roupas, munidos de terços nas mãos e imagens de Nossa Senhora. Em 50 anos, o país ficou esvaziado espiritualmente.

4.3) Hoje só restou à pretensa direita (que é uma esquerda que se diz de direita, nominalmente falando) tomar o país como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele. E tudo deságua nos militares - os mesmos que afundaram o país na experiência revolucionária, com o seu famigerado positivismo.

4.4.1) Com esses bens imaginários, com esses ídolos, o país não sai de seu atraso, pois é no atraso que temos povos pobres de bens concretos e ricos em bens imaginários.

4.4.2) Se a caridade é o fundamento da verdadeira riqueza, que decorre da liberdade em Cristo, então precisamos recuperar a verdadeira riqueza que não se esgota: tomar o país como um lar em Cristo, com base naquilo que foi fundado em Ourique.

4.4.3) É assim que trocamos esses bezerros de Ouro (como o culto à falsa idéia de que o Brasil é um país independente, assim como ao nacionalismo e ao saudosismo ao governo militar que disso emana, o qual não moveu uma palha de modo a combater os comunistas que atuavam na vertente cultural) por algo mais digno e conforme o Todo que vem de Deus. Quanto mais aprendo a verdadeira História do Brasil, sem essas mentiras, mais sou capaz de servir a Cristo nestas terras distantes, de além-mar.

4.4.4) É por caridade que conseguirei tirar os que estão ao meu redor da apatria, pois é em Cristo que vejo que minha vida tem sentido. E é por ter sentido que posso planejar minha vida na forma como o Olavo apontou, por meio do necrológio. Até porque o sentido de pátria preexiste ao necrológio - se a história do meu país é falsa, falso será o meu viver, a tal ponto que serei um morto em vida. 

5) Já vi muitos neste estado. E pior: fechados à verdade. Por isso que nada pude fazer de bom por essas pessoas, justamente por estarem fechadas à verdade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de setembro de 2017.