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terça-feira, 11 de julho de 2017

Notas sobre o fim da nacionidade

1) O fim do país tomado como um lar em Cristo é nos prepararmos para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu. Se vivemos a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, então somos felizes porque Deus é a verdade, é o verbo que se fez carne e que habitou em nós.

2) Se o país fosse tomado como um lar em si mesmo, então tudo estaria no Estado e nada estaria fora dele ou contra ele, o que seria totalitário. Se o Estado legisla e cria a liberdade pública, então essa liberdade com um fim em si mesmo terminaria sendo voltada para o nada, o que nos levaria a perdermos o senso de criaturas amadas por Deus, o que nos leva a desligarmos da pátria do céu. Logo, terminaríamos sendo apátridas.

3) A maior prova disso é que as legislações que decorrem dos homens que se separam de Deus são um grave atentado à lei natural, à lei eterna - e por isso mesmo inconstitucionais, pois tendem a dissolver a comunidade dos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. E um dos elementos dessa dissolução está na abolição da célula-mãe da sociedade, que é a família.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de julho de 2017.

Comentários:

João Damasceno: Tenho a impressão de que estamos voltando a uma era de paganização globalizada. É o neopaganismo vindo com força total, amparado pela liberdade pública estatal no âmbito da ideologia laicista ou da laicidade. Talvez um traço do positivismo de Comte, pelo qual o homem sensível é o senhor da lei natural, que deve se verter em prol do que ele julga razoável e correto.

José Octavio Dettmann: E essa faculdade de juízo é voltada para o nada, uma vez que as coisas perderam sua conexão de sentido, em relação àquilo que é transcendente.

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