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sábado, 29 de julho de 2017

Aos conservantistas eu não dou segunda chance justamente porque conservam o que é conveniente e dissociado da verdade, o que os desliga da pátria definitiva, a qual se dá no Céu

1) Nas minhas relações com os americanos, eu geralmente costumo dar uma segunda chance a eles, quando falham comigo. E eles não costumam falhar.

2) Já em relação aos apátridas nascidos nesta terra, eu não costumo dar uma segunda chance, visto que são incapazes de pedir desculpas por suas falhas e são incapazes de reconhecer os erros que cometem. Afinal, onde o senso de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade se torna norma, as pessoas deixam de ser gente e se tornam verdadeiros monstros morais.

3.1.1) Tenho fama de não dar uma segunda chance quando falham comigo. Mas essa fama se dá justamente porque conheço o caráter geral dos apátridas nascidos nesta terra.

3.1.2) Afinal, o conservantismo, na sua forma insensata, não decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus, pois os seus praticantes são tão prepotentes e dissimulados que se declaram de direita, nominalmente falando, quando na verdade são tão esquerdistas quanto os comunistas. Afinal, não fazem do seu "sim" um sim e do seu "não" um não - e como o colega Caio Bellote Delgado Marczuk bem falou, eles criticam o politicamente correto sendo politicamente corretos, o que reforça o relativismo moral.

3.2.1) Por conta do fato de conhecer bem a linguagem e o fenômeno do conservantismo, eu me recuso a fazer o que os outros fazem; ao dizerem que "brasileiro é mesquinho", eu me sinto incluído imerecidamente nesta declaração só porque eu nasci no Brasil. Eu não sou apátrida como os demais; a generalização que o mundo costumar usar em seus dizeres é injusta, pois há pessoas como eu - uma minoria, é verdade - que nasceram nesta terra e que fazem o Brasil ser tomado como um lar em Cristo e que se santificam através do trabalho e do estudo, não obstante a enorme quantidade de apátridas que há nesta terra que só sabem conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

3.3.1) Se soubessem dominar as nuances da linguagem, não usariam a palavra "liberal" ou "conservador" de maneira voltada para o nada, o que esvazia o significado dessas palavras, como diz o professor Loryel Rocha - o que faz com que as palavras acabem se dessacralizando por conta da luta ideológica, fazendo com que não descrevam mais uma realidade, um jeito de ser.

3.3.2) Os libertários-conservantistas (que se dizem "liberais-conservadores", de modo a mascarar o que são na verdade) riem da postura caricata de seus críticos e aproveitam que as críticas de seus oponentes se voltam para o nada para continuar relativizando a verdade e tudo o que decorre dela, uma vez que os tolos, por não dominarem a língua, tendem a jogar no mesmo balaio quem é honesto e quem não presta, o que é justamente o alvo pretendido.

3.3.3) Por isso, os libertários-conservantistas colaboram com a esquerda ao se mascararem de direita, justamente porque a maioria de seus críticos não domina as nuances da linguagem.

3.3.4) Trata-se um verdadeiro cavalo de tróia - e essa operação quase-militar só pode ser percebida somente por quem domina as nuances da língua de tal maneira a não generalizar as coisas, de modo a não jogar no mesmo balaio quem é honesto e quem não é, uma vez que o conservador liberal (o que conserva a dor de Cristo por ser livre em Cristo, já que Ele é a verdade e a liberdade) não é libertário-conservantista.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de julho de 2017 (data da postagem original).

Notas sobre o ciclo da leitura e da vivência


1) A vivência pura e simples no tempo presente tende a ser linear e progressiva.

2) O estudo do passado faz com que regridamos no tempo. E a visualização desse passado se dá por meio da imaginação, em que vemos a viabilidade de se restaurar certas coisas do passado de modo a que sejam úteis às atuais circunstâncias em que nos encontramos, no presente. Afinal, a utilidade de algo se mede do casamento da liberdade com a verdade, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) O que conecta essas linhas paralelas, em que uma corre em sentido contrário à outra? As nuances - é nas nuances do presente que registramos na literatura que se faz com que a linha do estudo busque a realidade de modo a que seja bem aplicada, bem observada. Do mesmo modo, isso faz com que a realidade busque o estudo de modo a ser melhor compreendida por parte de quem observa as coisas, criando uma espécie de ciclo.

4) Do casamento da leitura com a vivência vem o ciclo virtuoso do conhecimento, em que algo menor prepara o caminho para algo maior, o qual, por sua vez, serve de meio para algo maior ainda. Se a pessoa não estiver aberta às nuances que conectam uma coisa à outra, ela estará atrasada, ainda que esta se diga a mais progressista do mundo, posto que fugiu da realidade, ao não captar as nuances das coisas, essencial para trazer algo do passado, ou mesmo do futuro realmente possível, para o presente - o verdadeiro mercado, o ponto de encontro onde a imaginação se torna algo concreto e realista.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de julho de 2017.

Notas sobre algumas nuances que andei observando nesses simuladores de economia de mercado

1) Em simuladores de economia de mercado, como o The Guild 2 ou Saelig, nós vemos o seguinte: você é um fazendeiro que está a produzir trigo; esse trigo, se processado por meio da mão do moleiro, vai ser convertido em farinha; essa farinha, por sua vez, será usada na produção de pães, na padaria.

2.1) Padeiro, moleiro e agricultor não se conhecem - e cada um está visando seus próprios interesses.

2.2) Como existe uma cultura em que cada um enxerga seus próprios interesses a ponto de serem incapazes de descobrir (no intuito de valorizar) o trabalho do outro, eis que surge o mercador, para servir de intermediário.

2.3.1) Como o mercador também enxerga seus próprios interesses, ele faz do encontro uma sujeição (a tal ponto que existe uma diferença gritante entre o preço que o mercador está disposto a pagar pela oferta do produto no mercado e o preço pelo qual ele se dispõe a dar o produto se houver demanda a partir do mercado, que ele controla por meio de uma oferta que se destina a toda a comunidade, que passa a ficar subordinada aos interesses do mercador). É como se fosse uma economia de licitação, mas pautada na flexibilidade dos costumes, uma vez que os preços flutuam em razão da ação do tempo e das circunstâncias.

2.3.2) Trata-se de uma economia de governo, de manipulação, o que leva à atomicidade das classes (a ponto de gerar conflitos de interesse qualificados por uma pretensão resistida, o que extravasa e muito o âmbito da ordem privada). É o que vemos.

3.1) O que não se vê é que o agricultor tem sua família, assim como o moleiro e o padeiro. Por isso, quem toma o país como um lar deve tomar todas as classes da sociedade como parte da família e criar um ambiente de concórdia entre essas três famílias, tal como vemos neste microcosmo que prepara nossa visão para algo maior e mais sistemático.

3.2) Essa pessoa deve fazer com que com que agricultor, moleiro, padeiro entrem num acordo de modo que uns trabalhem em função dos outros para que possam ganhar mais e repartir os lucros advindos do trabalho coordenado. Se fossem sócios, por amarem e rejeitarem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, receberiam sua participação em partes iguais 100/3 => 33%, uma vez que entre irmãos em Cristo não há diferenças, a não ser nos dons que Deus deu a cada um de modo a facilitar o trabalhos dos outros cujos dons completam o trabalho do agricultor. Como o agricultor, o moleiro e o padeiro têm seus empregados - e esses empregados recebem sua participação nos lucros, descontados o pró-labore de seus respectivos chefes.

4) Se isso é assim numa pequena escala, a mesma coisa ocorre numa escala sistemática, macroscópica.

5.1) Nos tempos antigos, a melhor forma de ocorrer uma joint venture era o agricultor ter filhos.

5.2.1) Digamos que o agricultor tenha dois filhos em que o filho A case com a filha do moleiro e o filho B se case com a filha do padeiro.

5.2.2) Com isso, o negócio fica na mão de uma família que decorre da união dessas três por força do casamento - afinal, na economia familiar não há concentração de bens em poucas mãos, mas uma divisão de tarefas de modo que os descendentes desta união acabem supervisionando o trabalho de seus subordinados e acabem, por sua vez, trabalhando em conjunto de modo que a família unida possa prosperar mais e melhor.

5.3) Trata-se de uma economia de comunhão e, ao mesmo tempo, é uma economia de salvação, pois é na família que se encontra a Igreja doméstica, a base para se amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. Afinal, a sociedade decorre da comunidade, pois pressupõe esforço conjunto em obras que visam à promoção do bem comum - e é pelo bem comum bem constituído que se toma o país como um lar em Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de julho de 2017.

Notas sobre uma analogia que percebi enquanto digitalizava livros

1) Em relação ao norte, o sol nasce no leste (direita) e se põe no oeste (esquerda).

2) Considerando o livro como uma parte essencial da cultura ocidental, nós fazemos o caminho inverso; a gente sai das trevas da noite, da esquerda (enquanto conseqüência lógica do pôr-do-sol), e chega ao caminho das luzes, onde o sol nasce, de modo a buscar uma orientação, um norte fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Quando caminhamos das trevas para as luzes, fazendo o caminho inverso do tempo, nós estamos estudando o passado. E no caso de uma ficção científica, nós trazemos o futuro para o presente, o que é uma forma de atualização.

4.1) E a atualização nada mais é do que imaginação de um futuro possível trazida para o presente ou de um passado concreto trazido de volta para o presente de modo a restaurar o que se perdeu por conta do conservantismo insensato que temos neste mundo em que o tempo rege todas as coisas e todos os atos humanos de modo que tudo se dissolva no materialismo, na história do eterno tempo presente.

4.2) Tanto numa via quanto na outra houve pesca. E para se pescar homens, é preciso necessariamente fazer pesquisa - por isso, a leitura de bons livros se faz essencial. É pela leitura que se cultiva almas de modo a que a liberdade em Cristo não seja voltada para o nada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de julho de 2017 (data da postagem original).

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Notas sobre um RPG sandbox em que você é um morador de rua

1) Recentemente, eu vi um RPG sandbox em que você é um morador de rua e sua missão é sobreviver à indiferença dos apátridas, que não vêem em você a figura do Cristo necessitado, assim como ao frio do inverno.

2) Este jogo é um ótimo exercício para você desenvolver o senso de compaixão nos outros. Assumir, ainda que virtualmente, o papel do outro é sentir a dor do que sofre, que é uma forma de conservar a dor de Cristo.

3.1) Eu já vi muita coisa interessante, mas algo dessa natureza nunca.

3.2) O nome do jogo é Hobo: Tough Life. Numa próxima oportunidade, vou adquirir esse jogo e jogá-lo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de julho de 2017 (data da postagem original).

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Tomar o pais como um lar em Cristo é venerar os heróis que tornaram isso possível, por terem sido verdadeiros santos, já que tinham virtudes heróicas inconstestáveis

1) Quando se toma o seu país como um lar com base naquilo que foi edificado em Ourique, você honrará (no sentido de venerar) todos aqueles que pavimentaram o caminho para se tomar o Brasil como um lar em Cristo, enquanto desdobramento do processo de se servir a Cristo em terras distantes, pois é por força do fato de bem servirmos a Ele que tomaremos este país como sendo nosso lar. E enquanto bem servirmos a Ele, nossa conexão de sentido com o que foi edificado naquela circunstância jamais será abalada ou perdida.

2) Se há heróis nesta terra, isso se deve ao fato de que todos eles viveram a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus - e a causa a que serviram foi causa santa. E santos foram, ao deixar um legado na história da Civilização.

3) Por isso, o processo de nacionidade é um processo de dulia. Você venera os verdadeiros heróis, que foram santos, pois esta nação nasceu sob a égide da Santa Cruz. E não crer na santidade é não crer em virtudes heróicas - e isso é ato de apatria.

4.1) Quanto ao processo de se ter um vínculo com um governo que coordene as coisas, de modo a que esta missão em Cristo se realize, isto é realmente importante, mas não como um formalismo vazio, a ponto de gerar uma estatolatria.

4.2) Os vínculos são importantes por conta do fim a que se destinam; se tenho vínculo com o vassalo de Cristo por força do nascimento, é razoável esperar que este imite o exemplo de D. Afonso Henriques e prepare nosso povo para continuar servindo a Cristo em terras distantes.

4.3.1) Por isso, a nacionalidade está relacionada ao fim do Estado: se o Estado português foi criado para propagar a fé cristã, então nós tomaremos o país como um lar enquanto as coisas estiverem bem servindo a esse nobre propósito.

4.3.2) Basta que esta conexão de sentido se perca que o vínculo acaba sendo voltado para o nada; neste ponto, a nacionalidade só mascara uma apatria sistemática, visto que o Estado passou a ser tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado nada pode estar fora dele ou contra ele - o que mata o senso de tomar o país como um lar em Cristo, base da verdadeira vida livre e com um propósito salvífico.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de julho de 2017.

O que faria se fosse professor de História e tivesse de falar sobre o processo político que culminou na secessão do Brasil do Reino Unido de Portugal, Brazil e Algarves?

1) Se fosse professor de História e tivesse de dar aula sobre o processo de secessão do Brasil do Reino de Portugal, Brazil e Algarves, eu certamente teria que introduzir aos meus alunos noções de Direito Internacional Público a eles.

2.1) A razão pela qual digo isso é que não é com gritos do Ipiranga que se reconhece a secessão de um Estado de sua mãe-pátria.

2.2.1) Comentaria o caso do exemplarismo americano e também como este país foi o primeiro a reconhecer a coroa revolucionária como independente do Reino de Portugal.

2.2.2) Usaria como livro de referência o livro O Reconhecimento do Brasil pelos Estados Unidos da América de Hildebrando Accioly, que é uma referência nos estudos de Direito Internacional Público. Ele mesmo foi ministro das Relações Exteriores - ou seja, ocupou a pasta que um dia foi do Barão do Rio Branco.

3.1) Enfim, para se dar uma aula de História a sério, você precisaria recorrer a uma bibliografia séria e planejar a aula.

3.2.1) Não é um trabalho fácil, diga-se de passagem.

3.2.2) Só sobre tomar o país como um lar em Cristo e não como se fosse religião de Estado, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, eu precisei escrever mais de 3400 artigos em 3 anos e meio de investigações. É claro que não escrevi apenas sobre esse tema - escrevi sobre outros assuntos também, mas o nacionismo ocupou a maior parte das minhas meditações durante esse período.

3.3) Nesta atual fase que me encontro, de comentar os livros que leio, eu vejo como ser professor, no sentido de planejar bem o que vai ser dito para os alunos, não é uma tarefa bem fácil. 

3.4) Embora seja tomado por professor na rede social, eu nunca dei aula numa sala de aula. O lado bom é que os que me lêem estão realmente interessados naquilo que tenho a dizer. Por isso, farei o melhor trabalho possível.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de julho de 2017.

sábado, 22 de julho de 2017

Cultivar a inteligência é artesanato, mas cultivar burrice é revolução industrial

1) Uma coisa é certa: cultivar uma alma na conformidade com o Todo que vem de Deus é como praticar artesanato. Cada peça é única - e por ser única, ela tem um grande valor por si mesma, pois não poderá ser reproduzida, por conta de seu valor intrínseco - e se o seu produtor já tiver falecido, mais valiosa essa peça se torna, dado que essa peça terá a responsabilidade de transmitir a quem está sujeito à sua natural proteção e autoridade toda a formação que recebeu.

2) Agora, a estupidez é fabricada em escala industrial. Todos recebem os mesmos ensinamentos com base numa metodologia padrão. Como os mesmos são fundados numa diretriz política que conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, no final todo mundo sai estúpido.

3) A Revolução Industrial também atingiu as escolas. E isso se dá no ensino de massa - um dos fundamentos da cultura de massa, cultura essa que valoriza o hedonismo, o materialismo, tudo o que não presta, menos a verdade.

4) Agora vocês entendem por que razão coletivismo e totalitarismo são filhos da industrialização? O industrialismo é uma ideologia, pois preza o pragmatismo. Afinal, desde quando sujeito letrado - que sabe ler, escrever, mas que não compreende nada do que está contido no texto - é meta para se construir um país civilizado? Meta por meta, isso é edificar liberdade para o nada. E mesmo que dobrem a meta, o que é nulo é inexistente, pois 2 x 0 = 0.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de julho de 2017 (data da postagem original).

Nota especial aos meus pares

1) Não se preocupem com o fato de estar em silêncio, no momento - comigo e com a minha família as coisas andam muito bem, graças ao bom Deus. A cambada em Brasília está em recesso - e como eu cubro o que ocorre em Brasília, eu volto minhas atenções para o lazer e outras coisas que andei negligenciando, por conta da minha preocupação permanente com as coisas que aconteceram lá, naquela sucursal dos infernos.

2) O fato de estar em silêncio implica que não tenho nada de novo a falar no momento. Mas estou atento a tudo o que está sendo dito - se houver alguma coisa a dizer, eu direi.

3.1) Estou aproveitando o silêncio para cuidar de outras coisas, como as digitalizações que faço ou ver os novos jogos de RPG e de estratégia que estão sendo lançados neste ano ou que serão lançados no ano que vem. Para mim, jogar é parte do treinamento.

3.2) Infelizmente, não tenho contatos para uma partida multiplayer, como meu irmão tem - bem que queria jogar uma partida de Civilization 4 com outros contatos, mas isso não me é possível no momento. Até porque, para alguns pensadores da falsa direita, jogar videogame é pecado ou fomenta a mentalidade revolucionária.

3.3) Eu não sei por que boa parte dos meus contatos dá atenção a esses imbecis. Para essa gente, bloqueio é pouco - algo bem mais grave deveria ser aplicado a essa gente que fica a usar a rede social para falar esse tipo de asneira e edificar má consciência nas pessoas. 
3.4) É nessas horas que fico pensando na libertas praestantissimum e na possibilidade de censurar essas pessoas que abusam dos meios de comunicação de modo a relativizar as coisas e edificar liberdade com fins vazios, o que favorece o relativismo moral, o terreno favorável para se edificar uma heresia entre nós. Seria muito bom que os idiotas não tivessem o direito de falar - como não há nada na cabeça deles, melhor que fiquem calados. 

4.1) Afinal, sou favorável à liberdade de pensamento - e pensamento pressupõe anunciar a verdade, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus e falar algo edificante e produtivo.

4.2) Agora, usar a internet para falar asneira é abuso, pois é distribuir o nada como se fosse algo bom e verdadeiro, o que é, na verdade, falso.

4.3.1) É isso que me chateia em algumas pessoas aqui no facebook - é como se o diabo tivesse a audiência que não é merecida (pois quem a merece é Deus e quem bem serve a Ele).

4.3.2) Como não posso concorrer com os imbecis, eu fico em silêncio e só converso com quem me dá atenção. Afinal, competir com idiota é concorrência desleal - num mundo onde a opinião do idiota tem o mesmo peso que a do sábio, no final todos saem perdendo. É por isso que odeio o Estado Democrático de Direito previsto na CRFB/88, pois essa ordem favorece à estupidez.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de julho de 2017.

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Comentários sobre o livro O Reconhecimento do Brasil pelos Estados Unidos da América, de Hildebrando Accioly

1) Comecei novo projeto de digitalização. Estou digitalizando o livro O Reconhecimento do Brasil pelos Estados Unidos da América, de Hildebrando Accioly, publicado pela Companhia Editora Nacional, em 1945. É um clássico da Brasiliana - Edição 55.

2) O professor Loryel Rocha falou que D. Pedro separou o Brasil do Reino Unido sob a falsa alegação de que o Brasil era "colônia" de Portugal. Com isso, estava seguindo o exemplo da América, que, por um ato de rebeldia, rompeu com a pátria-mãe.

3) O problema é equiparar a América Portuguesa, ou mesmo a Espanhola, à Inglaterra, como se fosse tão pirata quanto a nação britânica. Esse exemplarismo fundado na liberdade voltada para o nada foi um baita erro. Foi a partir deste dia que o Brasil caiu de vez nas armadilhas da mentalidade revolucionária.

4.1) As origens da Doutrina Monroe começam a partir deste fato: os Estados Unidos travaram uma guerra com a Grã-Bretanha em 1812, que ficou conhecida como a segunda guerra de independência. A Inglaterra estava competindo com os EUA por mercados para os seus produtos e influência política.

4.2) Pelo que vi no livro de Hildebrando Accioly, os Estados Unidos haviam adotado uma política protecionista, pois só comerciavam com países que não tinham aliança com a Inglaterra, o que implicaria uma reprodução do bloqueio continental que a França adotou na Europa. E esse bloqueio continental resultaria no argumento de que a "América é para os americanos".

4.3) Naturalmente, os EUA tinham na França sua principal aliada. Napoleão, usando brechas no tratado de paz e amizade comercial com os EUA, usou este novo aliado contra seu maior inimigo. Os EUA tentaram invadir o Canadá. E uma competição pelo continente começou neste dia.

4.4.1) Num contexto como este, O Brasil seguiu o caminho oposto ao de Portugal.

4.4.2) É fato sabido que Portugal tinha uma amizade de longa data com a Inglaterra, por conta do casamento de D. João I com Filipa de Lancaster - e o Brasil, como província, seguia a sorte de Portugal.

4.4.3) A Maçonaria, revolucionária, queria acabar com o cristianismo e a monarquia e abraçar os valores revolucionários da França. Por isso, queria se livrar de Portugal o quanto antes e seguir o exemplo dos EUA.

4.4.4) D. João havia proibido a maçonaria, mas D. Pedro estava metido até o pescoço com isso. Houve um levante militar no Porto, por conta da ausência do Rei, que estava governando o mundo português desde o Brasil. Estes exigiram a volta de D. João VI para que jurasse a nova constituição. D. João foi, deixou D. Pedro aqui para que declarasse guerra à maçonaria e fosse a Portugal restaurar a ordem. D. Pedro trai seu pai, faz o Brasil romper com Portugal e o Brasil passou a ficar sujeito à esfera de influência americana.

5) Acredito que isto deveria ser matéria para um programa do professor Loryel. A origem do argumento de que o Brasil foi colônia deve ter partido do exemplarismo americano.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de julho de 2017 (data da postagem original).

domingo, 16 de julho de 2017

Por que a cobertura estrangeira acerca do Brasil é pífia?

1) A julgar pela cobertura que fazem do Brasil desde o exterior, esses jornais - El País, New York Times, Corriere della sera e outros tantos - fazem uma verdadeira campanha de desinformação, somada ao fato de que muitos deles não sabem nada de História do Brasil. Desnecessário dizer que eles são também esquerdistas, pois conservam o que é conveniente e dissociado da verdade - e isso faz da desinformação uma difamação qualificada.

2) Se estivesse lá fora, minha missão seria ensinar português e História do Brasil para essa gente. Estaria fazendo o que o Crucificado de Ourique nos mandou fazer: ir servir a Cristo em terras distantes.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de julho de 2017.

sábado, 15 de julho de 2017

O número 17 não rege só Portugal e o Brasil, mas as Espanhas como um todo também

1) Eu fui procurar saber se Nossa Senhora de Guadalupe apareceu no México no ano da Reforma Protestante, em 1517. Ela apareceu em 1534, 17 anos depois.

2) O Professor Loryel Rocha falou que Portugal e Brasil são regidos pelo número 17 e por múltiplos de 17. Acredito que as Espanhas também.

3) Recentemente, eu soube pelo mesmo Loryel que já há um movimento historiográfico na Espanha apontando que os países da América Espanhola também não foram colônias.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de julho de 2017.

Eis algo que devemos ver e que não vemos

1.1) O professor Loryel Rocha comentou que a carbonária se instalou no Brasil em 1717. Há 300 anos.

1.2) Neste ano, estamos completando 300 anos da aparição de Nossa Senhora de Aparecida.

1.3) Em 1917, o comunismo foi implantado na Rússia. No mesmo ano, apareceu Nossa Senhora em Fátima, em Portugal.

2) Como já foi dito, onde abundou o pecado (Maçonaria e Comunismo) superabundou a graça (Nossa Senhora de Fátima e Nossa Senhora de Aparecida)

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de julho de 2017.

Ampliando o significado daquilo que o Marechal Deodoro disse para o seu sobrinho

1) Mal. Deodoro disse para seu sobrinho: não te metas em coisas republicanas.

2) Eis alguns exemplos:

A) Ir para a faculdade, sabendo que elas são fábricas de diploma.

B) Mandar seu filho para o colégio, se você não tiver formação suficiente para prepará-lo para a vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

C) Contratar um desconhecido para ser seu empregado.

D) Freqüentar igrejas ou templos de qualquer natureza, exceto aquela que o Deus feito homem fundou para a nossa salvação.

E) Namorar uma mulher ou casar com ela apenas pelo fato de ser fisicamente atraente. Se ela não tiver um papo edificante, não comungar dos mesmos princípios fundados na conformidade com o Todo que vem de Deus ou não gostar de estudar, a provável união terminará em divórcio, o que ofende a Deus.

2) Há muitas outras coisas ainda das quais me esqueci de citar. Mas, por enquanto, só me lembro dessas cinco coisas, as quais me parecem básicas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de julho de 2017.

A infância e a adolescência dos meus filhos é a atualização da minha infância e adolescência, uma espécie de repetição, à maneira de Kierkegaard

1) Só de antever o fato de que meu filho vai passar pelo mesmo sofrimento que passei na escola por força de bullying, acho que é prudente que eu espere a decisão do STF reconhecendo a constitucionalidade do homeschooling.

2) Enquanto fui menor, não tive quem me amparasse contra bullying. Na escola, as filas são formadas com base na altura. Como sempre fui alto, eu era obrigado a aturar os desordeiros, os mais altos da classe. Nestas horas, eu queria ser baixinho.

3.1) Eu imagino o que iria fazer com o marginalzinho que estivesse a importunar o meu filho sem um motivo justo. Se ninguém, nem mesmo o pai do marginalzinho, não bota ele na linha, alguém vai botar. E esse alguém sou eu.

3.2) Na Pseikörder, nós aplicamos o método russo com relação aos desordeiros, aos que conservam o que é conveniente e dissociado da verdade. Não reconheçamos a dignidade humana das pessoas que não respeitam seus semelhantes, seja na escola ou na Igreja. Como bárbaro é apátrida, nenhum direito lhe assiste, a não ser o direito de ser educado pela polícia na base da porrada. Bomba, tiro e morte é o que cabe para o bad boy, para o vir-a-ser de black block.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de julho de 2017.

Notas de diário: 15 de julho de 2017

1.1) Se o homeschooling tiver sua constitucionalidade reconhecida (ver RE 888.815/RS), eu darei aos meus filhos educação domicilar.

1.2) Pouco importa que me digam que a educação domiciliar seja "uma faca de dois gumes", como diz meu pai: o ensino está ideologizado e não quero que meus filhos aprendam o que não presta na escola. Até mesmo o ensino católico está ideologizado - enquanto não removerem esses professores comunistas do ensino católico, eu prefiro educá-los em casa.

2.1) Além disso, eu sofri muito com bullying no passado - e não quero que meus filhos passem pelo mesmo que passei. Por enquanto eu não sou casado e não tenho filhos, mas gostaria de ter isso. E é justamente porque quero muito ter isso que optei pela vida como leigo, mesmo que me digam que tenho potencial para ser um ótimo padre.

2.2) Sou de família pequena - se tivesse ao menos mais dois ou três irmãos, eu certamente poderia me dedicar ao sacerdócio, pois a perpetuação da família estaria garantida até a próxima geração. Como essa não é a realidade, então a necessidade de povoar o Brasil com gente do meu sangue é urgente.

3) O prof. Loryel Rocha falou que a fidalguia é uma nobreza que se funda do fato de amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento - e ela vai muito além dos títulos de nobreza, que deveriam ser dados após um relevante serviço prestado à nação, que deve ser tomada como se fosse um lar em Cristo, o que nos prepara para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu.

4) Se tivesse educação domiciliar, eu teria uma formação bem melhor do que aquela que eu tive na escola. Educação é ato de amor e meus pais investiram pesado em mim - por isso, sou muito grato aos meus pais - e a Deus, por tê-los em minha vida.

5) Desde 2012 estou aprendendo por conta própria agora. Já ampliei meu inglês e estou aprendendo polonês, além disso, estou me dedicando ao Direito Natural, à filosofia, à verdadeira História do Brasil e ao estudo do senso de tomar o país como um lar em Cristo e não como se fosse religião em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele (nacionidade).

6) Quando tiver minha própria casa, eu pretendo me dedicar ao estudo da Matemática, da Física, da Química, da Agronomia e da Biologia. Ficarei nos rudimentos, mas estudarei essas coisas de modo que meus filhos progridam nos estudos. Passei a ter mais interesse por isso depois que amadureci, pois a escola não me ensinou nada disso. Infelizmente, não tenho espaço para montar uma biblioteca voltada para as ciências da natureza, bem como para as ciências médicas, mas Deus proverá esse espaço.

7) Meu filho só irá pra faculdade apenas para pegar o diploma, que é a licença para exercer as profissões que são reguladas - e as faculdades não passam de fábricas de diploma: eis a realidade. Vou prepará-lo desde cedo a não ter esperanças na escola, pois infelizmente ela está ideologizada. Acho que desenvolvi depressão porque acreditei mesmo que isso era de fato sincero, quando, na verdade, não passa de uma empulhação.

8.1) Quando o país voltar a ser de fato uma nação cristã, tal como feito em Ourique, aí eles poderão mandar os filhos, meus netos, para uma escola católica, pois fora da Igreja não há salvação.

8.2) E uma dessas formas se dá pelo ensino, que deve ser voltado se conservar a dor em Cristo e não o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de edificar liberdade para o nada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de julho de 2017.

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Notas sobre a relação entre tradição e empiria

1) Empiria é o conjunto de dados e experiências decorrentes da vida vivida. Pode ser da própria vida vivida ou da vida dos que conheci e que me foi compartilhada - ou dos que me antecederam. Como é um conhecimento vivo, que se dá na carne, isso edifica os alicerces para a lei que se dá na carne, base da tradição fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

2) Se peço a Deus que me guie, então Ele me mostrará dados e experiências que, se meditados, me permitirão conhecer a verdade, o verbo que se fez carne que habitou nós por ser ela mesma uma pessoa. Afinal, se eu conhecer a verdade, ela me libertará - basta que eu conserve o que é conveniente e sensato. E do acúmulo de tudo isso, eu passo a conservar a dor de Cristo, a amar e rejeitar as mesmas coisas Ele amou e rejeitou. Eis o verdadeiro fundamento da imitação desse modelo, que é verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de julho de 2017.

O que pode ser pior do que uma sexta-feira 13?

1) Pior do que uma sexta-feira 13 é uma sexta-feira no dia 14 de julho (dia da queda da Bastilha, marco da famigerada Revolução Francesa). Enquanto a sexta-feira 13 só produz filme de terror, filme de ficção, a Revolução Francesa produziu o Terror Revolucionário, que foi retratado em muitos filmes, pois é um dado do que houve na História da França, um dado da realidade.

2) Verei muitos conservantistas celebrando a liberdade, igualdade e fraternidade voltadas para o nada que tomou conta dos nossos corpos e de nossas consciências e que passou a fazer uma habitação precária em nós, a ponto de desabar igual prédio de Sérgio Naya.

3) Detalhe: estamos nos 100 anos de Fátima, nos 300 anos da instalação da maçonaria carbonária no Brasil e nos 300 anos de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, assim como nos 500 anos da famigerada Reforma Protestante.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de julho de 2017.

terça-feira, 11 de julho de 2017

Todas as crenças devem ser respeitadas? Ora, crer no que é verdadeiro não é necessariamente crer no que conservo conveniente e dissociado da verdade

1) Se creio em algo porque isso é verdade, uma vez fui testemunha direta do houve na realidade, então isso marca o meu ser de tal forma que nem sob tortura eu nego o que digo. Se morro por defender a verdade, então sou um santo.

2) Se creio em algo porque isso me é conveniente e dissociado da verdade, então este tipo de coisa pode ser negada se eu for submetido a uma pressão de tal forma que eu admita que isso que falo é tudo mentira. Basta que haja um inquisidor conhecedor de minha obra que me faça as perguntas certas e me pressione de tal forma a admitir que eu errei, por força das falhas que há em minha obra.

3) O que é errado clama justiça aos céus. Se sou interrogado por conta dos meus erros e pressionado a admitir que eu errei, então esta pressão é válida. Não se trata de tortura, pois não fui submetido a tratamento desumano ou degradante. Eu é que fui desumano para com Deus, ao conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de edificar uma heresia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de julho de 2017.

Notas sobre o fim da nacionidade

1) O fim do país tomado como um lar em Cristo é nos prepararmos para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu. Se vivemos a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, então somos felizes porque Deus é a verdade, é o verbo que se fez carne e que habitou em nós.

2) Se o país fosse tomado como um lar em si mesmo, então tudo estaria no Estado e nada estaria fora dele ou contra ele, o que seria totalitário. Se o Estado legisla e cria a liberdade pública, então essa liberdade com um fim em si mesmo terminaria sendo voltada para o nada, o que nos levaria a perdermos o senso de criaturas amadas por Deus, o que nos leva a desligarmos da pátria do céu. Logo, terminaríamos sendo apátridas.

3) A maior prova disso é que as legislações que decorrem dos homens que se separam de Deus são um grave atentado à lei natural, à lei eterna - e por isso mesmo inconstitucionais, pois tendem a dissolver a comunidade dos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. E um dos elementos dessa dissolução está na abolição da célula-mãe da sociedade, que é a família.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de julho de 2017.

Comentários:

João Damasceno: Tenho a impressão de que estamos voltando a uma era de paganização globalizada. É o neopaganismo vindo com força total, amparado pela liberdade pública estatal no âmbito da ideologia laicista ou da laicidade. Talvez um traço do positivismo de Comte, pelo qual o homem sensível é o senhor da lei natural, que deve se verter em prol do que ele julga razoável e correto.

José Octavio Dettmann: E essa faculdade de juízo é voltada para o nada, uma vez que as coisas perderam sua conexão de sentido, em relação àquilo que é transcendente.