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quinta-feira, 8 de junho de 2017

Notas sobre nacionidade e romanização

Estive refletindo sobre uma coisa: os romanos não eram só grandes guerreiros e grandes legisladores, mas também ótimos engenheiros e construtores.

Um dos pilares da romanização era a realização de construções e serviços públicos em larga escala - melhoravam a vida da população da região, facilitando não só a integração entre as pessoas, como também a aceitação do direito romano por parte vencidos (responsabilização) e a adoção da língua romana, no trato da vida social (sociabilidade).

Os romanos não impunham, mas conquistavam mentes, pois para eles, assim como os gregos, os outros povos eram considerados bárbaros, portanto, vistos como povos inferiores, quanto aos costumes e moralmente falando. Exportando progressos técnicos e desenvolvimento social, eles simplesmente consolidavam suas conquistas e isso levava à nacionidade romana (os conquistados passavam a ser romanos por escolha, e passavam a considerados cidadãos romanos, o que inviablizava qualquer tentativa de revolta).

Se isso acontecia tanto na Roma como na Grécia Antiga, o mundo moderno é um desdobramento do que vinha acontecendo. A tradição cristã ajudou a desenvolver o conceito de nação a partir da tradição legislativa e da experiência romana e dos princípios da filosofia grega, pois a helenização do Oriente já havia sido tentada por Alexandre, o Grande, tempos atrás. Esses são os três pilares da nacionidade.

Saber tratar o vencido numa guerra, de modo a que presença do povo estrangeiro seja uma conquista tão boa para o vencido, quanto para o conquistador, é um aspecto relevante. Um exemplo particularmente marcante do que observei é o modo como os portugueses trataram os franceses da Guiana Francesa: o modo como Portugal os tratou foi tão bom que, no fim do livro, Arthur Cezar Ferreira Reis escreve: "fomos para uma guerra em resposta ao insulto napoleônico e escrevemos uma página na história da civlização".

Não estou dizendo que sou a favor da Guerra - aliás, sou contra elas. Mas, como se sabe, existem algumas guerras justas - devemos tomar a guerra como uma exceção no Direito Internacional. Governos socialistas não respeitam ninguém, pois são bárbaros - e contra bárbaros a solução é essa mesmo, adotada pelos gregos e romanos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 5 de novembro de 2010 (texto original)

Rio de Janeiro, 8 de junho de 2017 (texto republicano, sujeito à revisão)

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