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domingo, 25 de junho de 2017

Da mudança do regime como ponto de partida para a restauração da cultura (e da verdade sobre a qual este país foi fundado)

Intervenção - feito por intermédio de vênia (licença). E isso pede legitimidade, algo previsto e autorizado em lei.

1) Sempre que há um conflito de interesses entre a classe política e a população, uma solução precisa ser buscada. Esta solução se chama intervenção.

2) Uma dessas formas é a jurisdição, mas isso só funciona quando as regras do jogo são observadas. Quando isso não ocorre, um estado de exceção precisa ser provocado de modo que a relação entre o povo e a classe política volte ao normal. E isso se faz por meio de intervenção militar, prevista na Constituição.

3) Da forma como a República foi construída, por meio de golpe contra a Coroa e por meio de falsificações históricas da realidade, pouco importa se a constituição existe ou não existe, dado que não passa de uma folha de papel que não observa o que foi fundado em Ourique. O que ocorre é que, após a intervenção militar, a constituição é reescrita de modo a manter viva esta ordem conveniente e dissociada da verdade. Já passamos por 6 constituições, sendo que uma vez a cada 25 anos, em média, a constituição é reescrita.

4,1) E como já falei, o conservantismo é estar à esquerda do pai no seu grau mais básico.

4.2) O grande número de vezes em que a carta foi reescrita mostra que a solução pede mudança do regime de volta para a monarquia, uma vez que o exercício do Poder Moderador faz com que o conflito de interesse entre os poderes, ou entre a classe política e o povo, se encerre com a convocação de novas eleições até que haja um grupo de pessoas com a legitimidade necessária para representar os interesses da população de modo a cuidar da coisa pública e fazer o país ser tomado como se fosse um lar em Cristo e continuar aquilo que foi estabelecido em Ourique.

4.3) A principal vantagem da monarquia é que, sendo o monarca neutro, é que o poder moderador protege o povo de maus governos. Mas o mau governo é aquele que perverte tudo o que é de mais sagrado, fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus, ainda que o faça de modo populista. Afinal, popularidade não é sinônimo de amizade para com a verdade, com aquilo que fez de Portugal uma nação.

5.1) Mas a monarquia só não basta. Como já foi dito pelo professor Loryel Rocha, a política é uma expressão da cultura, tal como um corpo é uma porção limitada da matéria (daquilo que tem forma e ocupa lugar no espaço).

5.2) Para haver uma mudança, a cultura precisa ser trabalhada - para isso, você precisa trocar as falsificações históricas fundadas na alegação de que o Brasil foi uma colônia - construidas desde a separação do Brasil do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - pela verdade. E isso se faz ensinando a História do Brasil de maneira verdadeira, começando desde a fundação de Portugal na batalha de São Mamede até a aclamação de D. Afonso Henriques como Rei de Portugal na batalha de Ourique (nessa batalha, Nosso Senhor Jesus Cristo diz para ele sobre a missão que os portugueses teriam de modo a servir a Cristandade em terras distantes, o que viria a resultar nos descobrimentos portugueses em favor da causa cristã).

5.3) O Brasil é um desdobramento do que houve em Ourique. Como o país era província do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, ele nunca foi colônia, pois nunca teve um tratamento jurídico diferenciado, em relação ao que se aplicava em Portugal e Algarves. Como parte integrante do Reino Unido, muitos nativos do Brasil foram servidores públicos em Portugal e atuaram nos territórios da África e Ásia (e esta parte não é contada). Por isso, nada mais justo que se faça o resgate dessa parte da História que nos foi sonegada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de junho de 2017.

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