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quinta-feira, 22 de junho de 2017

Afinal, o brasileiro é santo ou apátrida? Resposta a uma pergunta interessante

Róger Badalum me fez esta pergunta: será que os brasileiros estavam mesmo servindo em terras distantes quando exploravam pau-brasil?

Eu respondo:
1) São Josemaria Escrivá falava da santidade através do trabalho. E o primeiro trabalho que houve aqui era extrair pau-brasil, a primeira riqueza existente. Além disso, a forma mais básica de economia para se tomar o país como um lar é a atividade extrativista, uma vez que a mão que extrai é a mesma que preserva.

2) O pau-brasil era uma riqueza valorizada, por conta da tinta que era produzida. Como era uma atividade braçal, não é uma profissão em si mesma condenável.

3) O problema está na ganância: como essa madeira era muito valorizada, então eles foram desenvolvendo uma atividade econômica predatória, sem repor o que se plantou.

4) Como diz o professor Loryel Rocha, onde se ama mais o dinheiro do que a Deus, há usura. E é na usura que a profissão perde sua dignidade e se torna escravidão, já que os abusos nas relações trabalhistas levam à escravidão.

5) E neste ponto, você pode dizer que o brasileiro é apátrida, dado que não está servindo a Cristo em terras distantes, mas a si mesmo em terras distantes. Talvez o caráter dinheirista de nosso povo esteja relacionando ao que houve nos primórdios.

6) O negócio de pau-brasil começou com Fernando de Noronha, que era judeu - e os judeus são famosos pela prática da usura. Ele obteve concessão para explorar comercialmente pau-brasil e escravos. E foi aí que começou o problema. A economia neste caso já nasceu descristianizada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de junho de 2017.

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