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domingo, 7 de maio de 2017

Notas sobre distributivismo e talentos múltiplos

1) Hoje, os que amam e rejeitam as mesmas coisas tal como eu faço, tendo por Cristo fundamento, encontram-se dispersos pelo país afora. E até pelo mundo inteiro.

2) Se no distributivismo eu sou proprietário dos meios de produção em que se baseia o meu sustento, então nada mais lógico que o aviador fosse dono de seu próprio avião, de seu hangar e de seu próprio aeroporto, que poderia ser compartilhado com outras pessoas que estão na mesma circunstância que a dele, formando uma espécie de comunitarismo (e a guilda nada mais é do que comunitarismo fundado numa atividade econômica organizada).

3.1) Se fosse aviador, eu iria visitar meus pares, sempre que tivesse disponibilidade - e pegaria livros deles emprestado de modo a fazer o que mencionei no artigo anterior, já que sou também digitalizador de livros, além de escritor. Exemplo disso seria meu bom amigo Vito Pascaretta, que está em Curitiba.

3.2) Dessa forma, eu poderia ampliar meu senso de localidade, pois o país inteiro estaria ao meu alcance e não estaria reduzido apenas à Região Metropolitana do Rio de Janeiro. E para quem pouco se desloca, o país tende se reduzir ao Rio de Janeiro, a ponto de fomentar má consciência bairrista e separatista, como acontece em outros cantos do país.

4) Para quem tem dons múltiplos, a pessoa que é capaz de desempenhar múltiplas atividades tem direito de possuir os meios necessários para que possa se sustentar nessas atividades em que é vocacionado. E ao conjugar as duas atividades, ela acaba criando um senso específico de tomar o país como um lar, por força das duas atividades - e acaba servindo ao maior número de pessoas possível, por força desse senso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de maio de 2017.

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