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segunda-feira, 3 de abril de 2017

Notas sobre a psicologia porra-louca da minha geração

1) Ao longo da minha vida de estudante - limitada tão-somente a Bangu, e a mais nenhum outro território, até o advento da Rede Social em 2004 -, eu já lidei com várias pessoas que tinham o costume de me convidar para ir a algum lugar. E quando chegávamos no dia combinado, a pessoa simplesmente desmarcava ou furava comigo.

2.1) Acredito que esse tipo de postura deve estar relacionada à vida livre e sem compromissos, onde cada um tem a verdade que quiser, a ponto de ser um porra-louca.

2.2) Isso não se reduz a uma pessoa só - muitos são assim e isso tende a ser universal. E isto é uma amostra de uma psicologia social altamente conservantista, que conserva o que é conveniente e dissociado da verdade. E isso é nefasto, mesquinho. Isso confirma a tese do Olavo da cultura de fingimento que está instalada nesta terra e que é anticivilizatória por essência.

3) As pessoas não conseguem ver em mim a figura de Cristo, mesmo que se digam católicas, nominalmente falando. E por não fazerem de seu sim um sim e de seu não um não, elas acabam causando danos, a tal ponto que estão semeando no seio da Terra de Santa Cruz o senso de não se crer em fraternidade universal, coisa essa que vem de Cristo.

4.1) A psicologia porra-louca deve vir do fato de que essas pessoas se acham especiais - e isso vem desses livros baratos de auto-ajuda ou de livros românticos que todo mundo lê.

4.2.1) Essas pessoas se acham seres eleitos por Deus, ao passo que o outro, que é solenemente ignorado, é um condenado - e o condenado é um concorrente que deve se danar; de alguma forma, com a minha presença, eu represento uma séria ameaça para esses seres doentes.

4.2.2) Se isso é buscar a felicidade, passando por cima de qualquer compromisso estabelecido, então isso é a desgraça completa. Se tomo chapuletada dessa gente a vida inteira, então eu sou um bem-aventurado, pois compreendo perfeitamente a miséria dessa gente que conviveu comigo e que nada aprendeu de mim, por falta de interesse e boa vontade.

4.3) Creio que há uma cultura protestante instalada na psique de nossa sociedade e que vai muito além das inúmeras igrejas heréticas que se edificaram por aqui por força da imunidade tributária concedida a a templos de qualquer natureza, decorrente desta atual Constituição. Isso tem edificado liberdade para o nada e fortalecido o amor de si a tal ponto que as pessoas não conseguem mais enxergar umas nas outras o Cristo que há nelas - e isso cria uma modernidade líqüida.

4.4) O que sei, com base na minha vivência pessoal, é que essa geração que está com seus 35 a 40 anos agora, a minha geração, vai ser uma desgraça completa - e isso vem de berço, pois muitos vêm de família desestruturada, dado que esta é a primeira geração nascida do advento da lei do divórcio, de 1977.

4.5) Já a geração nascida de 1986 até o início ou meados dos anos 90, essa é bem mais conservadora - e o renascimento do Brasil virá dessa geração que vem imediatamente após a minha.

5) Se eu tiver de julgar as coisas com base na amostra dos que conheço aqui online, eles certamente salvarão o país - e eu tenho de passar o pouco que sei, após muitos anos de vida nos estudos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 3 de abril de 2017.

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