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sábado, 1 de abril de 2017

Coisas que noto quando chego cedo à missa

1) Não sei o que acontece comigo, mas, toda vez que chego cedo à Igreja e encontro-a vazia, sinto como se tivesse encontrado um bom refúgio. A decoração mesma é um convite ao silêncio e à meditação.

2) Passo uns 20 ou 30 minutos olhando para a cruz, meditando sobre as coisas que vejo e ouço no face - e é de lá que encontro muita coisa para escrever.

3) Mesmo que não ocorra uma missa, estar na Igreja para isso já vale o esforço de sair de casa e estar com Cristo nos dias de domingo - nem mesmo o calor insuportável do verão carioca me impede de realizar esse encontro.

4.1) A maioria dos paroquianos já chega falando ou ri alto, com suas conversas vazias - acabam fazendo da Igreja uma casa de encontro, uma espécie de assembléia onde acontece de tudo, menos o encontro com Cristo. Neste ponto, isto e a praça de comércio, onde se encontra naturalmente a balbúrdia, são a mesma coisa - se Cristo estivesse conosco como esteve antes, o pau ia quebrar. E a culpa é desses que não sabem se portar bem numa Igreja.

4.2) Agora percebo porque muitos, se tiverem a oportunidade de ver uma missa em que mais ocorre um carnaval do que o encontro com Jesus, vão certamente preferir a balbúrdia instalada no templo à verdadeira devoção à Santa Cruz. Eu vejo isso pela atitude de muitos, que não têm a mínima sensibilidade de perceber nem os sinais do lugar em que se encontram.

4.3) Não sei se isso é coisa dos que moram no Brasil em geral, mas o que sei é que isso é um ato de apatria bem claro - uma verdadeira falta de respeito.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de abril de 2017.

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