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sábado, 18 de março de 2017

Continuado a tradição de homens do lar, iniciada pelo meu pai

1.1) Do jeito como anda a advocacia, deixá-la de lado para exercer um trabalho de escritor e reedificar a cultura e a consciência nacional é um ato heróico.

1.2) De ato heróico em ato heróico começa a surgir uma capitalização moral.

1.3) Como escritor, estou sempre em casa, pois trabalho em casa. E em casa, posso me fazer às vezes de homem do lar, cuidando da saúde e da educação dos meus filhos, enquanto minha esposa está trabalhando (a Madu é médica, uma excelente médica - e acho melhor que os pacientes estejam sob os cuidados dela, pois o país está carecendo de bons profissionais nessa área).

1.4) Enquanto minha mãe deu aula, meu pai fez esse papel que vou desempenhar em casa, se eu me casar com a Madu. E estou seguindo o mesmo caminho e não tenho vergonha disso. Meus filhos terão uma excelente educação e não ficarão numa creche. Esta é outra ação heróica, por conta das circunstâncias. Posso não ter as habilidades manuais do meu pai, mas posso fazer o possível para ajudar minha esposa.

1.5) O dia em que a OAB for saneada, eu poderei advogar - farei isso quando meus filhos estiverem crescidos.

1.6) Não sou um homem comum - desde que me tornei monarquista e católico, eu morri para mim mesmo. E não me incomodo de morrer ainda mais para mim mesmo, de modo a cuidar dos meus filhos. Já há tantos advogados neste país, numericamente falando - e nisso sou desnecessário.

2) A verdade é que o Brasil não precisa de tantos advogados; o que o Brasil necessita é de bons escritores - e nisso posso dar uma mão, pois sei fazer bem este papel.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de março de 2017.

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