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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Nacionismo e internacionismo pensados tanto de maneira estática (uma só família) quanto dinâmica (várias famílias concorrendo neste aspecto)

1) Quando se toma um país como se fosse um lar em Cristo, você toma todas as regiões que constituem este país como extensão de seu lar. E é mais sensato que você vá para terras distantes e deixe descendentes naqueles lados, pois uma semente será plantada de modo a que a cultura de uma região influencie na região da qual você é originário e vice-versa, uma vez que esse processo tende a ser facilitado no âmbito doméstico e depois distribuído a toda a vizinhança, a cidade ou ao estado, por meio do natural preenchimento dos círculos concêntricos, ao longo do tempo e das gerações.

2) Um exemplo disso é o meu amigo Vito Pascaretta, pernambucano que está tomando o Paraná como parte de seu lar, dentro do contexto brasileiro. Isso sem falar que ele é também italiano, o que torna a questão ainda mais complexa.

3) Se os filhos do Vito, que terão essa herança toda na família, forem atender à missão de ir servir a Cristo em terras distantes aqui no Brasil mesmo, este processo tenderá a se expandir até o ponto em que haverá um descendente na Família Pascaretta que descenda de pessoas oriundas de todos os territórios do Brasil. E neste ponto, os jus solli vira jus sanguinis.

4.1) Neste sentido, o verdadeiro brasileiro nato tem os laços federados no sangue - todos os regionalismos convergem no seu ser porque decorrem de relações familiares, pois a Família Pascaretta tomou o Brasil como um lar em todas as suas nuances, sem descuidar da herança italiana.

4.2) É algo muito mais profundo do que o brasileiro nato magicamente criado pela lei, por meio de declaração formal criada a partir do nada - o brasileiro nato, do qual a CRFB trata, é um ser atomizado, apátrida e sem origem - e por ser sem origem é um bárbaro. Por isso que a CRFB é socialista.

5) Se, no âmbito de uma só família, tomar o país como um lar em todas as suas nuances pede passagem do tempo e gerações, o que torna a questão complexa, imagine isso sendo feito por várias famílias concorrendo para isso paralelamente, tal como ocorre com os Pascaretta? Isso aí formaria um verdadeiro comunitarismo, do ponto de vista dinâmico.

6) Se tomar um só país como um lar em todas as suas nuances é complexo, imagine fazendo isso com dois países, no âmbito de uma família singular? Agora imagine várias fazendo isso tomando dois países como parte de um mesmo lar - e não necessariamente os mesmos (como o meu caso em que tomo Polônia e Brasil como parte do meu lar).

7.1) Uma internacionidade acaba sendo formada. A experiência das famílias é tão rica que o Brasil acabará se reinventando de várias maneiras diferentes.

7.2) O meu colega Silas Feitosa disse que o futuro do Brasil decorre da assimilação das mais diferentes culturas, coisa que se dá na Lusitânia dispersa. E isso se dá tomando dois países como parte de um mesmo lar ao longo do tempo e das gerações. E esses dois países podem se desdobrar em vários ao longo das gerações.

7.3) Se isso é extraordinário numa só família singular, imagina várias fazendo isso de maneira concomitante?

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de fevereiro de 2017.

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