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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Respondendo a mais uma pergunta importante

O colega Maurício Silva me fez esta pergunta:

_  José, "Liberal Conservative" não é um termo que nasce justamente na Inglaterra, por ocasião da Revolução Francesa e a despeito do cisma anglicano (ou seja, nasce protestante) e da Revolução Gloriosa? Não seria esse o sentido ortodoxo do termo?

Eu respondo:

_ Aqui, Maurício Silva, o sentido que dou é outro. No sentido da língua portuguesa, liberal é quem é livre em Cristo e quem busca liberdade fora da liberdade em Cristo é libertário ou liberalista. Quem é livre em Cristo busca conservar a memória da dor em Cristo, pois é do sacrifício de Jesus, de modo a fazer cumprir as profecias constantes nas Sagradas Escrituras,  que nasce a verdadeira liberdade. Por isso, é conservador. E para que a liberdade continue sendo a ordem do dia é preciso conservar a memória fundada nesta santa verdade. Por isso, conservador liberal e não libertário-conservantista.

_ Há também na língua portuguesa uma tradição de que liberal é quem dá as coisas com magnificência, fundada no amor ao próximo como um espelho de seu próprio eu. Como Cristo é a liberdade e é a verdade, e fazemos isso em memória d'Ele, então leva ao distributivismo.

_ O problema da definição de liberal-conservador é que ele parte do pressuposto de que a liberdade é quem cria o que deve ser conservado, como se o homem fosse Deus e isso é fora da lei natural. A liberdade é prerrogativa que decorre da lei natural, fundada na verdade que se dá na carne - quem respeita a lei de Deus é livre e conserva o que é conveniente e sensato, pois isso é memorial para se conservar a dor de Cristo. Por força disso, muitos têm usado o termo "liberal-conservador" como um eufemismo para mascarar o espírito "libertário-conservantista".

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 2017.

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