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domingo, 11 de dezembro de 2016

Notas sobre o conservantismo e sobre o paradoxo próprio de se dividir o mundo entre eleitos e condenados, constante no protestantismo

1) No protestantismo, o mundo é dividido em "eleitos" e "condenados".

2) Os "eleitos", por conta de sabedoria humana e dissociada da divina, dispensam o confessionário, dispensam a humildade e conservam o que é conveniente e dissociado da verdade. Por conta disso, criam uma falsa cultura que edifica liberdade para o nada, que quebra o ciclo da vida, próprio da conformidade com o Todo que vem de Deus. Logo, o sentido latino da revolução,  que é a renovação de um ciclo virtuoso, é forçosamente alterado para revolução, no sentido germânico do termo, em que os "eleitos" e perseguem e matam os "condenados" - os humildes que vivem a vida na conformidade com o Todo que vem Deus.

3) Quanto maior o conservantismo, maior a hipocrisia e maior é o progressismo na mentalidade revolucionária. No final, quando isso é feito sistematicamente, a maioria do povo ficará em conformidade com os "eleitos" e estará desligada da pátria do Céu. Eis os apátridas.

4) O paradoxo do protestantismo faz distribuir esse senso  falso de que todos são eleitos, criando um nefasto efeito democrático, que é a má consciência distribuída por aí, sem freio nem moderação. No final, os "eleitos" acabam levando um povo inteiro à condenação eterna - e os que eram antes chamados de "condenados", por viverem a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, são os verdadeiros eleitos, pois viveram o martírio, dado que não arredaram pé de sua verdadeira fé, sustentada numa santa razão que só pode ser mostrada por força de milagre, dado que a bondade de Deus é a causa da verdadeira autoridade, pois por sua vontade criou o mundo tal como o conhecemos - e o fez por amor.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 2016.

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