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sábado, 22 de outubro de 2016

A viagem de redescobrimento deve começar em Guimarães, onde está enterrado D. Afonso Henriques

1) Para se tomar o País como se fosse um lar, você precisa se universalizar primeiro.

2) Como diria Santo Agostinho, se você não viajar e não vivenciar a experiência religiosa - coisa essa que se dá na carne, na conformidade com o Todo que vem de Deus -, o mundo, cuja vivência nele deve ser feita tal qual um livro aberto, se reduzirá a uma mera página, a um mero resumo - e do conjunto sistemático de várias solas páginas acumuladas, cujo Todo não consegue transcender a mera soma das parte, isso acaba virando uma crença de livro vazia - um falso universalismo, baseado numa particularidade voltada para o nada, uma vez que isso prepara o caminho para a ordem social dos indivíduos atomizados, o primeiro passo do totalitarismo.

3) O primeiro passo é começar a viagem em Guimarães, a primeira capital de Portugal, onde está o túmulo de D. Afonso Henriques. E dali você faz toda a viagem de descoberta, todo o caminho de volta, até chegar a Roma. A única terapia que conheço para vencer os vícios da apatria é vivendo a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus. Se eu não conhecer as minhas raízes, a missão da qual sou herdeiro, morrerei como todos os homens, mas não terei vivido uma vida digna de ser registrada por escrito, o que é privilégio para alguns, que viveram a vida dessa maneira.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de outubro de 2016 (data da postagem original).

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