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terça-feira, 13 de setembro de 2016

Notas de uma experiência minha, quando do tempo de colégio

1) Antes de conhecer o professor Olavo de Carvalho, uma coisa que reparei nas pessoas era a falta de espontaneidade das mesmas. Elas não vinham naturalmente me contando as coisas - elas só contavam as coisas se fossem provocadas com perguntas. Como nunca fui do tipo que fazia perguntas, eu nunca tive a curiosidade de perguntar nada.

2) Um dos fundamentos da sinceridade é a espontaneidade. O ser sincero confia no outro, a tal ponto que perguntas são desnecessárias. Isso é a liberdade - ela implica presença do ser diante da eternidade, da conformidade com o Todo que vem de Deus. Como sou sincero, espero que me contem as coisas naturalmente, sem a necessidade de ficar procurando as pessoas e interrogá-las por isso.

3) Ficar perguntando coisas é como se estivesse investigando a vida da pessoa, como se ela tivesse algum crime a esconder. Quando o professor Olavo fala que o brasileiro tem essa nefasta cultura do fingimento dentro de seu ser, foi aí que percebi a relação disso com a falta de espontaneidade das pessoas, tal como vi ao longo da minha juventude.

4) Diante do interrogatório, qualquer coisa pode ser respondida, pois as pessoas não produzirão prova contra si mesmas. E o pior é que isso se tornou direito constitucional - e isso é fora da Lei Natural, pois isso está fora da verdade, fundada na dor de Cristo na Cruz. Por isso que nunca sei das coisas que todo mundo sabe ou diz saber que sabe. Essas coisas vêm do mundo - e eu tenho evitado o mundo da melhor maneira que pude.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de setembro de 2016.

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