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quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Da necessidade de governar múltiplas províncias e múltiplos municípios ao longo da vida

1) Na época do Império, os políticos, como no Império Romano, se notabilizavam por administrar as mais diferentes províncias. Exemplo disso foi Zacharias de Góes e Vasconcellos, que - antes de ser presidente do Conselho de Ministros de Sua Majestade, o Imperador D. Pedro II - presidiu três províncias: Bahia, Sergipe e Paraná, da qual foi o primeiro presidente da nova província instalada.

2) Para se tomar um país como se fosse um lar, o político deve governar ao menos três províncias diferentes - e integrá-las umas às outras de modo a que juntas sejam um exemplo para as demais, de modo que melhor tomem o país como se fosse um lar em Cristo.

3) Nos tempos republicanos, políticos vêem a província - ou a sua fração menor, o municípo - como um feudo, e acabam se apropriando indevidamente do bem comum como se isso fosse exclusivamente deles, o que é ilegítimo. E isso é feito de tal maneira que as naturalidades acabam se tornando nacionalidades, fazendo com que uma província faça intriga contra a outra através da guerra fiscal, de modo a fomentar separatismo. E isso acabará fomentando apatria sistemática, dado que todos estarão fora daquilo que foi fundado em Ourique, por conta da má consciência sistemática.

4.1) A mudança de regime começa necessariamente pela mudança de postura.

4.2) Para quem queira começar na vida política, o primeiro passo é ganhar a confiança de uma pequena comunidade local, de modo a desenvolvê-la até ser um importante município para a província.

4.3) Após isso, o próximo passo é ir para um município de médio porte ou para um município vizinho àquele que administrou, de modo a favorecer a integração de ambos. Feito isso, deve administrar a capital e só então se eleger governador da província como um todo.

4.4) Depois de ser um bom governador de província, é preciso que se represente a província no âmbito da União, no Senado, que é onde se discute aquilo que é decorrente da união das províncias, a questão do pacto federativo. E se houver a oportunidade de administrar outras províncias - caso seja convidado pelo povo local a se candidatar, através de petições públicas, por conta da fama de bom administrador que tem -, que o faça. E se fizer um bom governo nessas províncias, aí terá legitimidade para se candidatar à presidência do País, com uma vasta experiência testada e comprovada. E é este o começo de um governo de conciliação nacional necessário para se restaurar a monarquia no Brasil.

5) Enfim, para se combater a República, é preciso que se tenha um espírito público fundado no senso de se tomar como um lar, por conta daquilo que foi edificado em Ourique - e para isso, é preciso que se governe várias províncias e vários municípios ao longo de uma vida. Afinal, ninguém governa sozinho - e o dinheiro para as campanhas deve vir de pessoas que confiam no seu trabalho, e não de empresas, cuja função é servir ao público naquilo que o conjunto das famílias é capaz de por si mesmo suprir.

6) É preciso que as coisas sejam feitas de baixo para cima, através de uma ação de longo prazo, em que os sucessores continuarão a iniciada ao longo da vida. E este é o legítimo fundamento de uma dinastia, fundada na virtude republicana - e o Império é a evolução da República que temos, dado que esta é historicamente fisiológica e divisionista.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de setembro de 2016.

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