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segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Como o ritmo de vida fundado na velocidade das máquinas prepara o caminho para a destruição da nossa civilização?

1) Antigamente, a melhor forma de você causar uma boa impressão entre as famílias mais influentes da Idade Média ou Renascença era declamando poesias. Tanto era verdade que se fazia necessário decorar poemas inteiros de modo a declamá-los melhor.

2) Até porque a vida imitava a arte e a arte imitava a vida. Tanto é que o ritmo da agricultura, que é o ritmo próprio dos ciclos naturais, fundados na eternidade, dava a oportunidade de as pessoas meditarem sobre coisas importantes, terem uma vida interior rica e apreciarem a beleza por trás das coisas fundadas na conformidade com o Todo que vem de Deus. E isso favorecia muito à atividade poética, até mesmo a artística.

3.1) Num mundo ditado pela indústria, onde somos escravos do tempo e do dinheiro, a vida interior fica em segundo plano. Não há tempo para a contemplação e para apreciar a beleza das coisas. Por isso mesmo, a imaginação das pessoas fica pobre, por conta de não haver contato com aquilo que há de belo.

3.2) E onde há apeirokalia, há necessariamente entropia - isso sem falar que há uma vontade política feita de tal modo a justificar isso, ao tomar todos esses fatos como se fossem coisas - e ao fazer isso, o que é insensato e dissociado da verdade é conservado conveniente e isto acaba virando um odioso esquema de poder, onde ocorre a corrupção sistemática dos valores que constituem a base de vida da sociedade, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus. Uma corrupção que não tem freios e que não tem limites, o que acaba criando um vácuo de poder que será preenchido por um sistema de dominação totalitário, com pretensões de ser um esquema global: o islamismo.

4) Enfim, onde se descristianiza a sociedade, a noção do belo é destruída, uma vez que a verdade se torna algo relativo, o que acaba edificando liberdade para o nada. E a ordem do vazio acaba favorecendo a entrada de grupos oportunistas - e neste ponto que uma civilização acaba - e por isso mesmo, a da humanidade, que tem seu verdadeiro sentido de ser em Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de setembro de 2016 (data da postagem original).

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