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domingo, 14 de agosto de 2016

Notas sobre os muitos papéis que assumo (não formalmente falando)

1) Já me desejaram um feliz dia do advogado, mesmo eu não tendo carteira da OAB. Mas do jeito que a OAB está aparelhada, é preferível ser um reles bacharel, estudioso da Lei Natural, da conformidade com o Todo que vem de Deus, a ser um ativista judiciário e fazer valer falsos direitos e falsos deveres fundados em sabedoria humana dissociada da divina, coisa que nos obriga ao impossível, o que desconstitui tudo o que é de mais sagrado e caro para a nossa sociedade.

2) Na paróquia mesmo, já me desejaram um feliz dia dos pais, mesmo eu não sendo casado e não tendo filhos. E houve quem tivesse pensado que eu era o pároco da paróquia, o pai de minha comunidade paroquial, de muitos. E não foi só um - eu já vi uma outra, tempos atrás, achando que eu era padre.

3) Online, desde que passei a exercer meu sacerdócio leigo, dando aulas de nacionismo online, houve quem já tivesse me desejado um feliz dia dos professores, mesmo eu não dando aulas em sala de aula.

4) Enfim, seja como "advogado", "pai", "padre", "professor", coisas essas que não sou, eu agradeço muito pela lembrança.
5) Uma pessoa virtuosa começa sendo vista pelo que ela representa - e o primeiro indício está no que aparenta ser - e no direito chamamos isso "teoria da aparência". Como no Brasil nós temos a olhar muito mais para o papel do que para a pessoa, nós acabamos sendo vítimas de picaretas muito fácil. O fato de acharem que sou advogado, pai, padre ou professor se deve ao fato de ser virtuoso - poderia ocupar esses papéis muito bem na sociedade, se esses papéis não tivessem sido usurpado pelos picaretas. Eis aí porque luto contra a República - eu luto contra a usurpação, pois quero ocupar o meu lugar de direito.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de agosto de 2016.

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